sábado, 28 de agosto de 2010

Bíblia do Absurdo #3

 Legião de bestas de queijo e presunto
 E então vi no céu, o escarlate da tarde de janeiro para dezembro vi o céu e nuvens se abrirem assim, fuuuuóóóó, foi seu som. Saíram discos de lá.
 Eles desceram, e abriu uma porta um homem velho... De uns trinta anos. Me olhando na face, disse:
 -Tu é o profeta?
 -Não sei, tu me chamas assim? -Ele encoleirizou-se e praguejou-me; dizia que vinha de muito longe, uma tal de Escócia do Sul, ou algo assim.
 Quando estava prestes a castigá-lo, pois me irritara e lançara meu cajado sobre ele -derrubando-o, uma mão tomou-me de assalto. A pele negra e o cabelo pintado a spray de vermelho denunciava: Zenão, o profeta antigo ali estava.
 -No faça iço! -Me disse ele, com sua língua presa que eu havia cortado um pedaço alguns dias antes.
 -Por que?
 -Esste é um anço! Buurro! Ele fiera em pass! - Como sabe? - Respondi.
 -No çei... É apenass o que çei! - Me citou poesia antiga, o safado. Acreditei.
 Fomos cear. Dividimos o pão e o vinho em quatro, pois minha mulher -a ex de Zenão- estava junto e, pela lei, devia ser a melhor alimentada.
 -Qual tua procedência hóspede? - Fica quieta mulher! -Respondi-lhe a altura dum homem.
 -Quieto você! Quem pensas que és?! - Diante disto, com raiva no coração, fique calado: "Pois palavra de mulher não se desdiz", já dizia a lei.
 -Vim de Celuria e não vim aqui para fazer-lhes brigar uns com os outros. Isto já fazem bem! - Riu - Vim anunciar ordens, ordens de lá! - Apontou para o chão, depois para o céu.
 E disse a profecia, ou se quiser chamar, a ordem:
 -Em vinte e quatro horas na meia-noite, deves ver como a luz se porta, não a da lua, mas a tua -do candeeiro!
 Ele falou e eu entendi, o velho Zenão e minha mulher ficaram com cara e pastel.
 Logo, veio o café e eu disse: "-Já é a hora!". Perguntaram-me do quê, respondi:
 -Da liberdade da mente, do fulgor do peito e da ira do Filho sobre o Pai! -E lancei minha espada sobre minha esposa, sobre o velho e sobre Zenão, este não caiu de prima -tive de esforçar e cortar-lhe um braço e depois feri-lo de morte.
 Sai de casa, corri para o campo e depois para a estrada. Minha justiça seria aquela que caberia em todo o ser pensante e toda a criatura criada à Luz, eu seria a tua Justiça que os livros proferiram ao velho do disco!
 Mas, eis que no segundo viajante que iria matar pela estrada, me deparei com um magrelo de óculos de garrafa e roupas quadriculadas; não pude atacá-lo, pois antes do golpe, ele virou-se e disse:
 -Se você pensa que faz o certo, erra. A alguns quilômetros daqui há uma guerra, chamam-na de Guerra do Loko... Tu devia ser um dos generais dela, esta seria tua prova... Porém, reprovou.
 Eu me assustei, caiu minha espada da mão, mas eu logo me recuperei -tinha que interrogá-lo, catei a adaga e fui.
 Ele me repeliu, com uma mão me derrubou -sem força, mas com conhecimento. Pisou na minha perna e a partiu em duas, eu chorei de dor.
 -Nós -falou-, as bestas que cheiram a queijo e defumam seus inimigos como presunto, não iremos permitir alguém assim como você!
 Logo, vieram luzes, do céu vi o brilho azul e me senti voando, fui arrebatado e lançado aqui, na Ilha de Las Loiras- a prisão mais terrível por não ter absolutamente nada para se fazer.
 Por isto, escrevo estes diários.
 #Em vinte e quatro horas na meia-noite, vê como a luz se porta, não a da lua, mas a tua -do candeeiro




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 24 horas.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bíblia do Absurdo #2

 A Canção de Abroão
 E seu nome era Abroão, mas antes era Simon. Com couro negro e cabelos ao alto, este menino vagava pelos Desertos do Caos com seu bandolim; com ele falava coisas rápido e tocava em três acordes demoníacos, pelos bares lançava facas nos malfeitores e roubava os bons.
 Porém, a Luz o tomou. Ela roubou seu coração. Tinha o nome de Coralina Cardozo, com cabelo ruivo e vestido surrado; numa casa em um deserto de sal ela disse a ele:
 -Sou tua mãe, era meretriz e agora sou de novo mulher completa!
 -Morra!! -Disse o filho, que não era seu filho, era nosso, do mundo.
 Com uma garrafa ele a cortou e sangrou-a por dois dias até que morreu. Simon correu para o meio do vazio demográfico. Lá viu o anjo: um coiote comeu sua perna enquanto dormia, ele sangrou e ninguém o ajudou. Neste momento, ele conjurou o primeiro salmo de seu livro:
 -À estrume!!! Não terei mais perna! Não correrei por mais campinas, mas ainda hei de vingar no pensamento!
 Passaram dias e meses, Simon - agora Abroão - pegava as cocotas que passavam pelo caminho da encruzilhada do deserto do Sinhô; para comer, as conquistava com seus "dotes" e pedia para trazer-lhe um prato de pelo menos um frango com farofa e agrião.
 Mas, eis que a Luz quis de novo uma contribuição de nosso anti-herói, enviou uma tropa de cavaleiros errantes comprometidos a sua missão. Mercenários, mataram a aldeia que Abroão morava. Ele fugiu e, de pistola na mão, levou ainda mais uma garota com ele -sua mulher era Estrela, a santa!-, matando um cavaleiro   para morte nisto.
 Na corrida, o segundo salmo: "-Se queres fugir, leva apenas bagagem de mão!". E foram para a grande cidade de Goethe, um subúrbio industrial cheio de casas uma em cima da outra e dando espiral.
 Estrela, a santa!, foi por vezes corneada e maltratada pelo seu "marido", enquanto ele via o jogo de futebol no estádio, ela lhe trazia a cerveja. Nisto, ele disse o 3º salmo:
 -Só de pão e álcool  o homem vive!
 Entretanto, por uma última provação ele passaria. A Luz, mandou um jardineiro, seu nome era David, loiro e forte, tinha todas as mulheres em suas mãos, porém...
 No dia do senhor e da senhora, Abroão saiu para comprar pão, unica coisa que fazia, pois aproveitava e comia um churrasquinho de gato e as vezes fazia a alegria do cafetão. Sua mulher ficou só com o jardineiro... Forte e bronzeado, seria ele seu libertador -pensou ela em alguma hora. No quarto, depois de um logro e concertar um chuveiro que nem tinham, ela tentou, uma, duas e a terceira... Até eu me jogava, mesmo sendo o mais purista dos monges!
 Mas, A santa!, desapontada, ficou feliz; deu um pacote de notas amarelas ao seu novo homem.
 Abroão chegou, seu corpo não resistiu, pois os anos de sedentarismo o deixaram em "disforma". Saído de trás da porta, o jardineiro o fez.
 Depois do ato, quase morrendo, Abroão deu seu último respiro em poema chulo antes de morrer e sumir no Limbo:
 -Passar na rotina com a companhia é o mesmo que assinar sentença de promissória de qualquer coisa!!!
 Morreu.
 Seu filho, gerado a contragosto pela Santa! ficaria pior que ele, mas esta é só uma previsão do próximo periódico. E a chuva cai lá fora, sapos do céu; eu vou a um bar, quem quer?
 Não tenho mais perna, não mais correrei por campinas, mas ainda hei de vingar no pensamento
 Se queres fugir, leva apenas bagagem de mão ;
 Só de pão e álcool o homem vive ;
 Passar na rotina com a companhia é o mesmo que assinar sentença promissória de qualquer coisa.


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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bíblia do Absurdo #1

 E então, o Esquimó Rocker disse para o Cão Que Ladra e Morde (vulgo CQLM): "-Bicho, que há com a luz?"; e foi respondido:
 -Não sei, e isto é apenas o que sei.
 E com estas sábias palavras, fora criado o primeiro versículo da Bíblia do Absurdo. Escrita em coletânea pela primeira vez por um "habitante das terras altas" (highlander) na Escócia do Sul -lugar próximo a Madagascar-, e impressa pelo lutier Gutemberg, nos anos de 12 e bolinha da era pós moderna. E tenho dito.
 Temos o segundo trecho a historinha:
 Eis que um disco voador cruzou o céu e eu, você e minha amante, vide sua irmã, falamos:
 -Cave Canem!!!
 O segundo versículo fora escrito, em terras muito "verdes e enfumaçadas", por um robô.
 "Cuidado com o cão" ele significa. E no disco haviam muitos ets na forma de lindos filhotes com rabos em forma de pena. Lá onde desceram se deu a Guerra das 4:23 da Madruga, a mais sangrenta desde a Guerra do Arroz com Quibe (eu mesmo esmaguei com minhas botas muitas cabeças e adotei muitos filhotinhos que achei bonitinhos demais para matar).
 Na batalha, surgiu um herói, mas tal ser era tão nefasto e presunçoso, que o destrinchamos e deixamos num deserto de sal a duas quadras da Casa da Vovó. Porém, este menino não morreu, ele virou o terrível Gorfo, ser que come grávidas e mata a porrada estupradores que ainda não esculachamos no cacete.
 Disse um sobre ele:
 -Quando se é um zumbi que não dorme, nada mais chato que levantar cedo!
 Este é o terceiro versículo. Um pinguim me contou, em seu leito e morte, esta frase que ouviu a própria boca do highlander da Escócia do Sul que mencionei agora a pouco, este a proferiu quando sua cabeça, retirada do corpo a golpes de facão durante a Guerra do Loko, ainda guardava algum ar.
 E eu, a voz que escreve este texto principal, digo que fui, que sou e que, talvez -por que não?-, serei o general de pilotagem de pirotécnicos durante as três guerras citadas nesse texto. Sempre fui do lado vencedor, pois na hora H eu mudava para quem vencia.
 -Se queimar o rabo, filho, é porque ficou de costas ao forno!
 O quarto versículo, proferiu meu pai -na verdade meu padrinho de batizado- antes de sair montado num Thotho ( um bicho esquisito meio urso polar meio rinoceronte), durante a primeira guerra que presenciei na vida e onde, após a morte de meu ente, fiquei feliz por me tornar tenente de pilotagem de pirotécnicos (pegamos um cargo acima depois que ele morreu). A primeira guerra foi a dos Loko e eu não lembro porque aconteceu.
 -Se comer pera com leite não durma, se dormir, não dirija; nem um avião, viu?!
 Esta enigmática frase considerada o quinto versículo é aquela do meu general, ao qual matei com um machado, durante a segunda guerra - a    do Arroz com Quibe. A razão de matá-lo foi os acessos de raiva e a distância dum hospital, também com esta morte eu subi, mas agora para o cargo de general de pilotagem de pirotécnicos.
 Sobre a razão da guerra eu não quero falar por motivos óbvios de força maior...

 Não sei, e isto é apenas o que sei
 Cave Canem
 Quando se é um zumbi que não dorme, nada mais chato que levantar cedo 
 Se queimar o rabo, é porque ficou de costas para o forno
 Se comer pera com leite não durma, se dormir, não dirija; nem um avião




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terça-feira, 10 de agosto de 2010

PôÉTia: Meu Partido

 Verde, vermelho, azul
 Preto com a primeira letra em círculo
 Foice e martelo agrico-industrial
 Capital de giro, girando Desenvolvimento
 Meio Ambiente na paz verde à amarrar-se no navio
 E os passos do mendigo são poucos
 E eu,
 Você e TODO o mundo
 Pisando nas mãos dos pedintes
 Pedir revolução
 Passou
 Ela alguma vez se fez
 ?
 Não vi nada
 Só vi gente sem pão e mortadela
 Mas, que ganha dentadura
 Ou minha rua asfaltada...
 Isto é direito, mas
 Eu tenho o Dever de,
 Sendo Boom Cidadão,
 Retribuir
 E a lobos dar minha mão,
 Assim como a lenda Fenrir,
 Comê-la
 Mas, a vida é assim
 Eu não ligo mais
 Você não liga mais
 Nós não ligamos
 Pro cadáver do nosso filho na fila
 Ou com bala ou fome
 Não há revolução
 Não há esperança no amanhã
 Porém,
 Sei do hoje; é
 Hoje
 Há Hoje...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sufrágio de ideários: João Catalun, Edgar dos pés de feijão I

 Estava no quarto branco quando me veio o pensamento, de repente: "-Poderia ir visitar a cidade Rubra! Isto me parece uma grande ideia!!". Sai, passei pelos guardas como o vento, fui na minha forma espiritual.
 Vinte minutos depois já cheguei, um caminho de doze quilômetros.
 Ela estava viva, como a virgem que conheci, mexiam as pessoas nela como formigas em um formigueiro de mel. A menina, a cidade, que se chama Rubra, estava se transformando -virando mulher ruiva e potente; os portos carregavam os grandes vapores de cargas das colônias e as putas no cais aos braços dos marinheiros caíam, os índices normais de um crescimento urbano.
 Andava por uma rua, quando encontrei um galante garoto, de fraque e cartola, pensei: "-Vou passar esse babaca pra trás e, com seu dinheiro, fugir da minha prisão. Me apresentei e disse que era um gran-milore (médico e feiticeiro), falei que conhecia o seu passado e fora enviado por um Grande Guru Panda da Montanha para aconselhá-lo. Ele, com fé sem razão, aceitou e fomos tomar um café.
 Me contou seus medos, ridículos, pois só os meus valem.
 Ele se chamava Edgar e disse que na vida tinha tido sorte. Andava por uma via, deserta e da região metropolitana, eis que então encontrou um senhor de terno vermelho e rosto oriental. O rapaz, como pessoa do campo, resolveu dar a conversar com o estranho. Esse homem dizia ter a solução para todos os problemas do mundo, que nem o Detentor do Anel Vermelho dos Desejos nem o Guru Panda da Montanha poderiam imaginar. "-Se nem os deuses poderiam ter esta capacidade, -imaginou o garoto- então isto deve ser bom!"; perguntou ao homem o que era:
 -Um feijão vermelho! -Respondeu o homem. Ele logo caiu da pedra que estava sentado, o garoto deu-lhe um tapa no rosto com toda a força.
 -Acha que eu sou um imbecil!! Não sou trouxa véio, posso ser pobre, mas trouxa não!!
 O velho, humilhado, levantou e continuou seu caminho, disse baixo: "-Isto sempre acontece!"
 Edgar olhou para ver se nada esquecera, já tava puto e ia continuar também seu caminho. Olhou para sua bolsa e viu que algo estava caído, era um feijão.
 Olhou, jogou no chão... Continuou um pouco, parou... Pensou, por um segundo acreditou.
 Nada aconteceu.
 Seguiu no seu caminho até que ouviu um barulho de um barco ou trem, sei lá, que o fez virar-se para trás, talvez houvesse algo lá!
 Não havia.
 Edgar seguiu pela estrada de paralelepípedos amarelos, depois de um tempo encontrou uma carroça. Pensou em pedir carona, pois já estava cansado. Contornou-a e deu de cara com um carroceiro enorme, um "gigante" de barba negra.
 -Pode me dar uma caro... - O homem parou seu carro antes dele continuar e disse: -Não!; -Mas, senhor... -tentou continuar o rapaz...
 -Não!! - Gritou o homem. O rapaz se conformou, porém antes olhou dentro do carro e viu um ganso, estranhamente quieto, havia apenas isto.
 -Miserável, ladrão!!  - O gigante desceu o braço na sua cuca e, enquanto o garoto estava caído, pegou uma pedra da rua. Edgar desesperado viu um machado pendurado na borda da carroça, ele correu. O homem tacou-lhe a pedra que acertou suas costas, o rapaz caiu mais uma vez, mas agora ele já alcançara a lâmina.
 -Ahhhhhhhhh -Berrou o gigante, enquanto Edgar corria ferido pelo mato, com o ganso nos braços, o bicho era empalhado! Porém, podia valer algo. O homem da carroça desmaiara, sem as pernas qualquer um desmaiaria!
 O garoto se escondeu na cidade, a guarda poderia ir em sua casa. Pagou com seus últimos trocados uma pensão perto do parque industrial, chovia e ele olhava para o bendito ganso empalhado.
 O bicho parecia falar com ele... Ou era o próprio Edgar se achando um imbecil pelo que tinha feito, num acesso na noite de insônia ele jogou o bicho na parede, o que deve ter assustado as trabalhadoras do cafetão no outro quarto.
 De manhã, depois de um sono forçado a bebida, Edgar olhou o bicho ali caído no chão; andava de um lado para o outro até que pegou o dinheiro para pagar mais uma diária à dona da pensão, caiu algo do seu bolso, ele olhou e era um feijão vermelho.
 Ficou trêmulo e olhou para todos os lados até olhar para o ganso. Suas penas caíram e ele viu algo brilhar, era ouro.
 Edgar saiu pelas ruas com fumaça e chuva. Corria com o "animal" na mão, ia ao Banco fazer trocas comerciais.


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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Música: Mr. Plow

 Mr. Plow
 Segue pela rua na escuridão
 #Da noite mais escura
 #Do floco mais pesado
 #Do beijo mais apaixonado
 No fuzil d'trator
 Não vejo nada!
 Só a fuça do meu inimigo!
 #Da noite mais escura
 #Do floco mais pesado
 #Do beijo mais apaixonado
 Já trai,
 Sim
 Já fui traído
 Oh, sim
 Mas, e daí?
 Meu floquinho de neve!
 Senta aqui...
 Sem medo!
 #Da noite mais escura
 #Do floco mais pesado
 #Do beijo mais apaixonado
 Já enfrentei montanhas maiores, baby
 Na calada da noite
 Escapamos entre a chuva
 Entre os flocos da neve
 E o frio?
 #E do frio, baby?
 #Tens medo do frio? (2x)
 Mas, não te preocupas
 Nem culpas,
 Por que tens um casaco d'pele
 Que vai te cobrir
 E muito mais!
 #É, muito mais!! (3x)
 #Na noite mais fria
 #Do beijo molhado!! (2x)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PôÉTia, Trevian/Trevisan

Trevian/ Trevian...
Hoje eu não li Dalton Trevisan
Não vi o anão que come o traveco e
Lhe bate na fuça
Não vejo ele/a tomar no buraco proibido
Não vejo o falido emocionalmente viver
Com mulher que não ama
Nem os elefantes caídos nas beiras do rio
Não enxergo luz na vela
Dum tal Dario
... É preciso ler?
Ou ver em espelho?
Ou perguntar pra quem eu piso na mão
Quando me pede ajuda?
Olhar pra você?
Será que comer a comida com
Vidro santo anjo pra
Me rezarem Ave-maria?
Uma 51, Boa idea?
Então, viver vendo no rosto um rosto
Rosto que não representa um coisa ou outra
Só mais um Dario?
Ou viver no Trevian ou na Bonance, na Felicidade?
A Maria Madalena mereçe pedra e amor
Nós ainda mortais e sempre
Merecer isso...
Talvez eu precise de uma luz e vela...
Ou um feliz aniversário...
Acho que vou falar com Dalton,
O Vampiro