quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pequena Balada: Rei Arthur o Cash #Agentes do Caos

 As planícies do cerrado estavam ligeiramente mais belas naquela época do ano, as relvas brilhavam e as árvores demoníacas abraçavam os idiotas que caíram em anos e anos de batalha que levavam aqueles dois reinos.
 Abraço
 Era o que não saia da cabeça daquela barba negra com elmo; magro como um galgo, e com mãos do tamanho de braços de águia, e armadura brilhante escarlate: De Sangue Vivo... Assim cantaram as baladas e cantos até mil anos depois.
 Morena
 Tinha um corpo escultural, para uma época sem agulhas, facas e dietas estava muito bom! Formava um 8, um belo número mais achatado da parte cobiçada da cintura... Mas, ele nunca teve a oportunidade de dizer isto em seus ouvidos, seus pálidos ouvidos.
 Esperava a morte
 -Noooout! -Berrou em sua língua natal, segurou a espada novamente e golpeou forte a perna do atacante, este caiu e de repente, sentiu o vento de sua vida ser ceifado pelas mãos de Arthur, o Cash (um fantasma que caminha no céu); ele matara o pior inimigo de seu povo.
 Oz Arawn
 O bruxo caiu, nenhum veneno ou erva cura um corte de uma perna... Nem uma degola; o Senhor de Annwn, o Paraíso do seu Povo e Inferno dos Outros tinha sido desestruturado, foram naquelas terras que os pais de Arthur haviam morrido, Coy Lil'Rich e Ote DreamGirl haviam sido vingados!
 Vinganças
 Agora, o rei dos reinos de Granz-Pinus, Hardrelva e Goia tinha conquistado Annwn, seu nome agora seria o Luminoso, suas armas seriam santificadas, seu conselheiro, um grande mago que a tudo via, etc; estranhamente, não se sentia bem por ter chegado a esta posição.
 Pressentimento
 Ele caminhou pelo castelo de Wall Adriano e viu algo terrível, que nunca abandonou seus sonhos... Uma sombra com uma máscara parecia que ia devorá-lo, o rei viu a morte nos dentes caninos de uma fera que parecia um homem, mas agia em busca da vida e para sugá-la.
 Um baixinho
 Caiu do céu e veio em seu socorro, bateu com a um tipo de instrumento... Pareceu-lhe uma flauta; depois afastou a criatura com um corte feito c'um metal brilhante na outra mão, a criatura correu para a floresta próxima ao corredor de arcos abertos
 Guínever
 Sua amada mulher estava morta a muitos anos, ela morrera de cólera... Na verdade, não contou nunca a diabrura a base de veneno de ouriço feita por  Oz Arawn para não assustar seu soldados; assim se chamou a primeira leva de cavaleiros, de pessoas que lutariam contra "As Forças"
 Lâmina Azul
 Era o símbolo da Ordem, o baixinho ser parecido com um pequeno urso, só que vermelho e com uma grande cauda, seria o padrinho, "ser como o vento", o lema deles; lutaram contra muitos, a maioria mascarado e com um manto negro
 Hoje
 Eles usam máscaras de gás e ainda o mesmo manto negro, são muitos, mas ainda há a Ordem da Lâmina Azul e outras (muitas das quais auxiliadas pelo ser que hoje sei ser um "panda vermelho"); eu, o 4°a assumir o lugar de liderança da Ordem estou velho, mas ainda tenho o lema de meu antigo chefe na cabeça:
 "Seja como o Vento" -dizia as vezes a tragos de whisky



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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cidade de Fatos #Agentes do Caos

 Ontem, tentaram ligar para o Chefe, mas ele estava ocupado, um tal de Coronel Nicola Claus tinha armado uma armadilha ou sei lá o que
não se importando, foram até a Estação North e cataram o primeiro trem para o lugar desconhecido que viesse a ir; a cidade, o exército do país inteiro os procurava, antes -a duas horas atrás, eram Lordes e Condessas, hoje, os Procurados
 Tomaram o trem sem muito problema, naquela época, 1867, não havia o mesmo inovador sistema de informações Estratégico-Geográficas que os pegaria em 1873.
 Em todos os jornais, do Jornalê até o The Wall Floydy seu crime era relatado: Marie II, a Nova Iluminista, morrera num atentado no seu quarto de hotel, nas Ilhas Balcãs, junto com seu marido, o conde Edward Twilight, eram acusados a doutora em Química Augustine Nobbel e o conde Edmundo, juntamente com a condessa Maria Jane de serem os mandantes; a primeira já estava presa e logo foi para a forca, porém, os dois últimos fugiram por 6 anos, até serem pegos, trabalhando como funcionários de uma fábrica de peças para tecelagem -situação "irônica" para os jornais da época- estranhamente, continuavam no mesmo país, Bretan, onde haviam cometido seus crimes (alguns falaram até em possível remorso, outros, em metidez, neste aparente "desejo de serem pegos").
                            *
 -Adeus! -Falou calmo o loiro barbudo, enquanto sua mulher passava na frente de sua cela e era levada para forca. Os guardas nunca estranharam tanta calma dum condenado, o próprio casal estava muito calmo;
 Ela foi pedida pela corda, morreu rápido, ninguém teve que agarrar-lhe os pés... O marido seria o próximo;
 -Tudo bem? -Falou o barbudo a uma figura com manto preto que estava em sua cela, ninguém a vira entrar ou sair; ela lhe deu uma corda, mas daí eles discutiram em sussurros e decidiram por uma navalha de barba, ele tinha pedido para ser enforcado sem pelo no rosto, ninguém percebeu nada!
 Deu nos jornais, a mulher ruiva e de olhos castanhos famosos morrera enforcada, o marido se matara com a navalha, antes de cumprida a sentença, porém a pressão sobre a burrice dos executores estatais foi esquecida devido a total onda de medo e temor coletivo que causou a próxima notícia sobre o caso: os corpos, dois dias depois do ocorrido, haviam sumido, sem sangue, sem nada, eles estavam trancados no Necrotério Municipal -até hoje, fico com calafrios ao atravessar o lugar e me imaginar como uma pessoa da época.
                           *
 -Vamos? -Disse a ruiva                         -Claro! -Disse o loiro, sem barba
 Entraram na Casa Real e ela, com duas pistolas Colt (novíssimas pra época) acabava com todos os guardas que vinham para eles, o homem ficava com as mãos nos bolsos, porém, de suas costas brotavam sobras que se estendiam e formavam foices que marcavam freneticamente as paredes;
 Desceram ao cômodo dos filhos da rainha morta por eles a seis anos, era um "quarto-cofre", criado pelo antigo Inventor-Mor da família, Jorge Nobbel, lá, o casal vestido com as roupas jovens da época -terno e vestido decotado- apontaram pistolas para a mais alta Corte Real de Bretan e disseram:
 -Estamos vivos!
  Um disco luminoso cegou a todos e ninguém mais viu nada
                            *
 N'outro dia foi constatado que praticamente toda a Guarda Real foi dizimada a tiros de pistola, mas nenhum membro que ficara com a Família no quarto-cofre; nas paredes da Casa Real, sobre pinturas e assoalho de lajotas lusitanas, a frase se repetia:
 -Estamos vivos!
                    O caos tomou conta, por muito tempo os nobres que estavam naquela sala nunca saiam de casa sem antes chamarem muitos guardas com muitas armas, o disco luminosos virou sinônimo místico, as pistolas Colt nunca venderam tanto; a frase "Estamos vivos!" seria repetida anos e anos depois, por jovens do rock que revisitariam este tempo, usariam cabelos ruivos e barba, assim como os membros de suas bandas favoritas -os responsáveis por esta Arqueologia Não-acadêmica
                    Os dois, porém, deram-se uns anos de férias, depois da missão de Agentes cumprida: Sabiné Al Duwayce e Wallace Animus fugiram para Gaia Brasilis para ter uns momentos de paz vendo cachoeiras inexploradas e montanhas cheias de neblina; não precisaram matar ninguém nem viver grandes aventuras românticas como espera você, só ficaram viajando por aí, até receberem outra ligação do Chefe.


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 Um casal aí... Pra descontrair
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Do Fundador aos #Agentes do Caos

 Sou o fundador deste grupo, o que chamam de Agentes do Caos...
 Sou velho como o Vento e me escondi ao inverso da aparência d'uma Montanha
 Ninguém se lembra de meu rosto ou de quem fui
 Não há muitos registros de minha passagem, a não ser
 Algumas figuras em pequenas ilhas do Oceano Empaz, lá eu resido marcado nas pedras
 Apenas nisto;
           Fui reservado e tentei me mostrar o mínimo,
           Caminhei por aí, sem você ver
           Criei coisas e estudos "as mecânicas das coisas"
           Descobri a mediocridade e ali, encontrei paz, o que vocês chamam de Paz
           Fui construindo a Imagem do seu Mundo, ele não é mais meu
   O nome do primeiro era Astar, do segundo Kalla
   O terceiro foi discípulo deste e seu nome era Órion
   Dele, Sinnix, a Dama de Preto, reinou como primeira Catástrofe
                                     Catástrofe é aquele que nunca, ou muito pouco, falha
                                     Nome inventado dois mil anos depois da minha partida
                   Os quatro primeiros morreram, sendo que Kalla, o mais poderoso dos quatro
                   Morreu por minhas mãos, nossa Batalha está ali, pra quem quiser ver
                   Indicada pelas pedras de Babel
                   Cinza foi a Imagem do dia em que batalhamos, Entendimento foi aquilo que me fez vencer
                   Nada sobrou de registro meu; Contaram os anos, Indícios de meu paradeiro foram procurados
                   nenhum Achado;
 Esta carta eu escrevo, depois de milhares de anos
 Para provar que alguém criou esta organização, mas o seu nome
 De nada importa, apenas sangue é mostrado mais a minha vista, como a sua também leitor
 Porém, somos mais que Isto
 é nas coisas sem sangue que demonstramos mais eficiência, logo
 sim, acredito na Vitória da Causa
 Qual?
         Talvez por muitas, não há exército aqui, entidade que me causa repulsa
         Nem tão pouco Desejo por nada
         A revolta com tudo e com todos é por nós explorada, porém
         nunca me verão julgando ninguém por seguir seus próprios desejos
         não haverá deuses, ídolos ou idéias que nos homogenizam
         a morte de Kalla foi meu aviso
         outros aqui morrerão por simples fato, ninguém será mostrado como a Mão que Executa
         Mas, há a "Mão Que Pune", o Carrasco-mor
                                                       sem glórias a meu nome
      Pois não o Tenho
      Caminho com um só pé, o Vento
      Minha arma tem apenas um alcance, o da Montanha
     Não tente me achar
     Estou dentro.

Caminhos dos Traidores #Agentes do Caos

 Uriel beijou aquele ser, e ele morreu
 Eva fora punida, agora cabia a ele caminhar pelo Vale do Indo e
 À Sombra da Morte levar Adam, o Conde da Valáquia
 Caminhou pelo castelo, poderia voar, mas caminhou
 Dois capangas com mosquetes,
                   "-Dois corpos com a garganta arrebentada", como me contou
 No telefone, a noite do dia 2 de janeiro de 1790
                                 *
 Marcelle estava um caos, a Revolução dos Páreas tinha começado a alguns meses e o caos se confimava
 Ainda este caos ecoava no caótico castelo de Versalles, aristocracias decadentes lá se esconderam;
                         Mas, de nós, os Agentes do Caos, nenhum traidor poderia sair ileso
                         Começou a 3anos, a caça
                         Dois foram os escolhidos: Uriel e Baar, o Anjo e o Urso
                                 *
 Esta caça tinha algum valor para Uriel, ele não lembrava o que era, pois nunca tinha remorso
 Nunca falava o desnecessário, parecia até ter certo prazer em ter as trancas de seu silêncio
             Maiores que as chaves de um possível coração, que acho que ele não possuía;
 -Não! -Berrou a mulher, já com as roupas ensanguentadas pelo seu marido que agora estava em pedaços
 Uriel deteve-se, sentia a obrigação de obedecer
 -Tu lembras de mim, não? Eu e meu antigo marido estivemos como seus senhores a muito tempo... Um tempo antes de tu seres um eremita no Deserto... Lembras? Eu sou a...
            O sangue jorrou, era igual o dele, era água
 O ser com um manto preto e uma máscara de corvo curvou-se sobre a mulher e retirou a prova de sua morte: um colar com um pedaço duma fruto grudado, seu símbolo;
           Os rebeldes estouraram a porta do castelo e entraram, porém, só encontraram no salão de baile os corpos de dois nobres, os unicos que não fugiram quando a situação apertou;
 Dizem alguns, que eles viram um espectro voar da janela, tinha grandes asas que pareciam nuvens, alguns consideraram aquilo como um "sinal divino" do apoio a sua causa, mesmo a revolta se dizendo atéia, esta foi uma coisa muito falada


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 Caminhos de fuga...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Morre St. Claus #Agentes do Caos

 Então o Velho germânico de calça vermelha desceu com seu mono-motor
igualmente vermelho e chamuscante
 Ele desceu novamente, de seu avião e as escadas do castelo no Norte do Mundo
ouviu um estribilho de metais
 Contorceu-se pela via estreita e retirou do bolso da calça a sua arma
parou ao ver um corpo de duende, esfolado ao chão
 Temeu por Margareth, a Mamãe
correu até o Salão de Presentes, sentiu-se imbecil, pois caíra na armadilha
 Na frente, o Medo, expresso pelo ser gigante com capa e máscara contra gases
característica, era um Agente do Caos
             -Veio aqui me buscar, não é?
            -Não! -Falou voz metálica, três capangas surgiram atrás do Noel;
 Mas, Nicola não se abalou, e então ele ficou nervoso, senti um cheiro conhecido de cão molhado
            -Olá! Velho, finalmente o Filho Pródigo retorna a casa do Pai!
 O Grinch estava com roupas caras, mesmo não estando bem com elas, se sentia mais forte que aquele velho pela primeira vez
            -Você vendeu a alma para os seres mais nefastos que conheci... A Ordem dos Templários nunca o aceitaria, assim como eu nunca o aceitei!
 O ser verde ia fulminar o velho com uma lâmina, ia estripá-lo como fez com muitos de seus irmãos de criação;
 O Agente do Caos, de nome que vamos dar de Mach III, nada ia fazer, ele não poderia matar alguém da importância do velho, mas um ladrão ressentido e louco, nada o ligaria em uma futura investigação; porém, balas zuniram, uma rena entrou na sala e bateu no gigante Mach III
              -É a hora!! -Gritaram os últimos duendes para Noel
 O gordo senhor corria pelo corredor lateral, precisava chegar a sala de controle de máquinas, lá havia uma máquina de telégrafo onde ele poderia enviar um sinal de socorro direto com o 26°quartel de Sctotia
 Entrou na sala e Pá! Pá! Pá!... Bum!
                 -Morre! Miserável! -O Grinch saiu correndo para o terraço, ele deu três tiros, mas um acertou a barriga de Noel, outro errou e o último acertou um duende, que entrou na sala, seu nome era McBoll, ele era o mais fiel, fora ele que gritara no Salão dos Presentes e seguiu o velho para protegê-lo
                -Acaba com ele Noel! Você pode! Já chamei a guarda! -o sangue negro do pequeno amigo escorria pela sala de controle enquanto o velho germano-russo sai com dificuldade para o terraço e era acertado por um cano de PVC;
                -Não mais Natal, velho! -Enquanto o verde o espancava, era isto que gritava; St. Claus caiu no chão, mas não podia deixar...
 Nunca, um soldado não podia ter coração; segurou a mão do ser verde e torceu seu pulso e o quebrou, deu dois socos no Grinch e derrubou-ou, chutou sua cara e preparava para lançá-lo, mas um capanga dos atacantes deu um tiro de pistola nas costas do velho, ele errou, pois estava no lá no pavimento; esse capanga levou um tiro, a guarda chegou!
 Tommy guns zuavam, escopetas também, as tropas do exército da Sctotia começaram a entrar, o tiroteio foi pouco intenso, não haviam tantos capangas assim;
                        -Acabou! -Disse o velho Noel, mas seu "Filho Pródigo" puxou uma faca de trinta centímetros da bota e enterrou no senhor
                               *
                        -Não creio que vão passar, senhores... -O gigante Mach III estava parado, todos os antigos atacantes da primeira cena que descrevi estavam ao seus pés... Cada um em duas partes... A capa do Agente do Caos se abriu e sacou duas pistolas, sua má pontaria não matou muitos soldados, que o fuzilaram, mas ele se escondeu atrás de uma pilastra, não podia ser morto por suas balas;
 Ele saiu e pegou mais duas pistolas das pernas, desta vez, matou três soldados e subiu as escadas que davam para a sala de controle
                             *
 As balas zuniam, o velho Noel arrancou a faca e passou no Grinch, não o acertou, mas o assustou, o velho soldado ainda deu um chute no joelho do ser verde e catou sua mão esquerda, a qual cortou com um só golpe de faca, o sangue verde jorrou
 Um tiro de pistola estourou a mão do velho, ele gritou e caiu sobre a trave de metal que separava o terraço da queda mortal;
                        -Um soldado nunca deve se entregar a um inimigo! - St. Claus pulou e com a neve fez seu túmulo; nem o Agente do Caos, o atirador que estourou a mão, nem o ser verde, que ainda com dor e sangrando não se continha
 Mas, os soldados vinham, subiam as escadas também, Mach III virou-se e agarrou o Grinch com um braço e com o outro atirou sete granadas pela porta,
 Baaaammmm!!!
 O fogo consumiu a neve, mas Mach  deixou o inoperante ser verde na neve, perto da construção, logo ele foi preso, o Agente, correu e desapareceu na floresta, como uma sombra, correu entre as árvores com velocidade de máquina.
 Assim, o Wall Floydy deu a notícia na 1ª página do dia seguinte:
 "Morre o excelentíssimo empresário Nicola Santa Claus!
 O grande filantropo foi atacado ontem a noite em seu castelo por um louco chamado Grinch Karrey Jr., as autoridades fizeram de tudo, mas St. Claus, como é conhecido o empresário, foi jogado do terraço de seu castelo..."
 Da notícia, dada no dia 26 de dezembro, até a execução pela forca, se passaram três meses, dizem que quando mister Grinch Karrey Junior estava preste a ser enforcado, babado e careca, disse:
 -Pelo menos, não mais Natal!
 E com a corda desceu


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sábado, 18 de dezembro de 2010

PôÉTia: Terrorista de Palavras caminha na rua

"Terrorismo poético é largar flores na porta do vizinho"
Estava na rua
                    dei com isto no meu
       caminho
Se pela maça da Árvore da Sabedoria
Fomos expulsos
          Por poesia
          Podemos nos Libertar
Mas,
 Eis que meus pés não mais comandam
Só minha Bunda
    Mas também Minha Cabeça
Se antes por campos vastos navegavam os veneziaenses
                                              espanhóis, portugueses
                                                   árabes e chineses
                                                    os longínquos
                                                     subsaarianos                                                        
                                                         e  tupis
                    Hoje é nossa mente
                                                  Que vagueia
                       Por páginas mil ventos
                                                          não à mil pés, mais
 Mas, ainda podemos fazer o Terrorismo
                                             Não de BAZUCA
                                                     ou FUZIL
               Tinta, papel e flores, talvez bastem
                     Impressora, monitor e plástico, também valem
             Só não perca
                A lágrima seca
                    de alegria que
                         tua alma e a
                           minha, se valem
                      Se conectam
                   Leitor & Leitor
                Escritor & Escritor
                   Observador
             Terrorista de Palavras

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma véia para Dario

  O grande senhor persa Dario estava entediado, queria algo para viver, necessitava de algo que ascendesse sua chama, aquela que Zoroastro disse a ele em sonho, ou aquela que vemos nas piras dos heróis mortos, ou ainda, aquela que possuímos ao ter um corpo unido ao outro numa felação complexa dos corpos humanos, mas não tinha.
 "Eis que os mares do rio de Eufrates ou Tigre vieram e vão, mas nossos sonhos de grandeza permanecem,
  Queremos a imortalidade
  Queremos a honra e glória eterna" 
 É a inscrição que encontra-se no túmulo do rei babilônio hoje, mas resume-se bem a sua vida...
 O mais estranho, é que eu, ao ir para meu tratamento de hipnose no mês passado, descobri que sou a reencarnação do tal rei. Me senti muito bem, eu era um antigo rei, deveria me unir espiritualmente a ele, esta era a minha ideia quando, perigosamente, entrei no Irã; através de caminhos tortuosos e cartas falsas de Oxford, dizendo que eu era um grande antropólogo em projeto inovador de doutorado, estava eu nas portas dumas ruínas que diziam alguns estudiosos da região, ser do rei babilônico em plenos anos 70, durante uma época que ser um "ocidental" ali seria muito arriscado.
 Li a inscrição e, de repente, tive um insight.
 Me vi em um reflexo de água num pote. Estava com uma barba esquisita e era careca, minha pele estava mais morena, mas ainda me via ali.
 -O meu senhor deve estar satisfeito com o resultado do meu trabalho! - Virei-me e vi um homem negro alto com túnicas vermelhas... Ele falava uma língua estranha e enrolada, mas eu entendia... Na verdade, ele era tão negro que era azul, isto é, literalmente, percebi que ele era azul, assim como seus dentes e olhos... Nunca tinha visto aquilo, o sol oriundo das portas do palácio que batia no corpo daquele ser e fazia ele mais esquisito, de modo que demorei para perceber que ele não era humano.
 -Desculpa, o que tu és? -Falei na língua enrolada e percebi isto, realmente, era uma situação bem insólita.
 -Um djin, meu senhor, vejo que minha obra foi mais forte que pensei!
 Não entendi nada, mas depois lembrei de um pedido que fiz para aquele ser: "-Queria ter uma grande emoção, ser imortal!". Minha mente ainda estava confusa, quando o ser azul me disse:
 -Veja bem, você viveu uma vida em um mundo onde os homens voam como pássaros, andam nas águas através de cascas de metal e correm como o vento e seres que parecem touros de ferro, que mujem e fazem fumaça, um mundo muito barulhento e onde as pessoas vivem espremidas em palácios de conforto, mas que sempre estão a correr, para na vida de rotina não se perder...
 Ele, o gigante azul, então continuou depois de me olhar fixamente nos olhos:
 -Você queria ver algo que te completasse, eu te mudei do mundo em que estava e em ti sempre faltou algo... Infelizmente, talvez nem eu possa completar o que você não enche por si mesmo...
 -Então, vou viver aqui agora... Talvez a finitude humana seja incorrigível? 
 -Não sei, não sou humano, você também não será por muito tempo... -Respondi um "-O quê?" e o ser me bateu com seu cajado, desmaiei.
 Estou de volta a meu hotel, em Teerã, uma garrafa de whisky me explicou muita coisa... Mas, então, olhei para a janela... Naquele sol do Oriente, meus olhos encheram-se d'água e eu quis que alguém por mim colocasse uma vela, alguém completasse o que nunca pude, esta dúvida do eu mesmo...
 "Era Dario, no meu quarto
  Uma véia me tocou no ombro
  E no Irã
 Vi a Dona Morte
 Talvez eu nunca complete a reposta, saiba a minha real existência
 Um rei em que se falta a coroa
 Ou a pessoa buscou ser igual a um rei"

 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 Um dark pop do Irã...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Edda dos Pandas #Agentes do Caos

 E então, vi uma batalha de muitas estandartes e lanças
 Caminhando pelas estradas áridas, hoje, eu fugi de lá
 O que vi, foram os Sete Grandes reinos caídos
 Seu líder era quase um deus
 Ele abriu a planície do rio Yellow
 E quebrou as barragens, que irrigavam os campos
 Mas, um camponês disto nada gostou
 Seu nome era Wall Jyraya
 O grande deus riu de sua cara
 Um camponês não poderia vencer um mestre panda nas artes da Terra
 Porém, Jyraya mandou que ele golpeasse três vezes a sua face
 Se nenhum de seus três poderes o atingisse,
 O deus, o rei, de nome Fuk Yo
 Deveria ao pobre panda vermelho se ajoelhar e prestar honras
 No vigésimo nono dia do segundo mês
 Entre uma rocha vermelha que parecia uma taça
 O rei lançou no camponês seu punho, com as mãos abertas,
 Como a um tapa, pois queria humilhá-lo
 O camponês caiu numa vala, mas antes do golpe final
 Pediu para que o rei o matasse com uma cripta,
 Isto é, ele deveria enterrá-lo em uma cripta, como diziam as leis da região
 O deus, muito orgulhoso, decidiu realizar seu desejo
 Coletou uma enorme rocha e lançou-a
 -Ainda há uma peça de ouro?
 Disse o camponês antes que a rocha o atingisse
 O rei segurou a rocha e perguntou o que era isto,
 O outro disse que apenas aquele que não enterrasse alguém
 Sem nenhuma peça de ouro
 Seria pelo grande Senhor Macaco castigado
 O divino ser então, temendo um castigo,
 Converteu a mão do panda em ouro, e assim, deu-lhe a tal peça
 O pobre homem deu um pulo, e um tapa na cara do rei deu
 Depois no rio pulou
 O divino ser se enfezou, pegou sua lança e na água pulou,
 Nela fez grandes ondas
 Procurou rio afora, mas nada achou
 Encontrou o panda na taça de rocha em que tudo começara,
 E o dia já tinha fim
 O camponês o olhou
 E o ser divino em ira, parou por um instante
 O panda lhe mostrou-lhe o crepúsculo
 O rei perdera, foi humilhado
 Ele levou um tapa
 Ele se molhou
 Ele se desequilibrou e buscou vingança
 E então, o rei ainda perdeu a aposta
 O deus catou sua lança e atravessou o peito do camponês
 O poderoso ser subiu na taça de rocha e
 Desonrado
 Com sua espada abriu a barriga
 A morte do rei, do divino ser, com vísceras lavou a terra
 No camponês, levantou uma sombra, era
 Um pequeno anão, nele, uma máscara de panda vermelho
 Então, o deus Macaco surgiu e disse:
 -Obrigado! Mais um caos foi liberado na Terra
 Eu lhe pagarei pelo serviço...
 Aquele que narra esta história,
 Viu e viveu este conto,
 Os deuses matando deuses,
 Os poderosos matando poderosos,
 Um jogo?
 Até agora