sábado, 5 de fevereiro de 2011

"In hoc signo vinces" #Agentes do Caos

"IN HOC SIGNO VINCES"
 O repórter Francis escreveu em suas palavras da 140, uma famosa rede social cibernética dos anos 70. Era menção a frase de Mílvia, quando ela derrotou seu irmão na Ponte D'Constante no séc.IV, ela significa: "Sobre esta marca vencerás", pois nos escudos da general estavam as marcas da Forca, símbolo duma fé esquecida de nosso mundo; a fé move montanhas, mas quem as move sempre serão mãos humanas.
 Algo que não parava de pensar enquanto era arrastado pelo corredor da Casa Real, sede do governo de Dom Afonso; como era um membro ligado à Corte, deveria ser morto pelo próprio rei ou o seu Juiz-Mor, com o uso de uma espada montante, aquelas gigantes que os antigos cavaleiros utilizavam, mesmo sendo um mero barbeiro... Teria esta honra...¬¬'' Tsctsc. 
 Fato é que minha pena de morte só existe nas dependências desta casa, isto porque a pena de morte foi abolida na Lusitânia, desde que o povo vota em primeiro-ministros e legisladores... Mas, eu estava em outro território, era a Casa Real, um lugar que mantinha independência das "leis do mundo mortal" -como falavam. Estava ferrado; ah, meu nome é Helter Skelter.
 Frio, chovia, era agosto. As luzes fracas nos vitrais me deprimiam ainda mais, na verdade, depressão foi algo que sempre me acompanhou pela vida, como não acreditava em nada pós-morte, então sabia que lá ela não me acompanharia... Que coisa feliz!
 Ouvi um zumbido fino, sabia o que era; o guarda do lado caiu, o outro, assustado, ainda viu seu peito estourar com o tiro de fuzil, droga, o sangue dele sujou minha cara. Só pra constar, estava paraplégico neste tempo, por isto me arrastaram até o Salão Real. Estourou o vidro, entrou um velho amigo: São Denis, um corpo de velho, na cabeça um escafandro, nas costas, um fuzil ainda com fumaça saindo pela ponta; levantou-me e disse um: "-Salut!", meu francês foi sempre ruim, mas consegui retribuir o "oi" e logo saímos dali. Ah, sim! Claro que outros guardas apareceram, mas Denis acertava-os com uma faca, ou usava a pistola com silenciador.
 9 agosto de 1988: Jornal O Pisão -um dos maiores concorrentes do The Wall Floyd bretão, também tinha o nome de Le Pesata, The Stomp e Quebra Tu Cara, se alguém se interessar em comprar.
 Bem, algumas notícias sobre a União Sovieta saindo da crise, mas com uma estranha Peste nas terras do Oeste (plano 122 dos Agentes do Caos, quem cuidava dele era o Desmorto e seus amigos), time da Bulgária ganha a Copa de Futebol (plano 899, uns caras da Confederação de Futebol trapassearam, logo cairiam e levariam um caos a confiança nos jogos oficiais), homem de 45anos, desempregado, encontra 5milhões em libras de Bretan em ouro numa arca no quintal de casa (plano 456, "Roda da Fortuna"), Dom Afonso e sua Guarda Real caçam o conspirador Helter Skelter depois de uma ousada fuga ontem, da Casa Real... Olha, sou eu!!
 ...Bem, ao que tudo indica para vocês eu sou um Agente do Caos que queria matar D. Afonso... Não.
 Sei dos planos porque a muito tempo investigo os Agentes, sou um tipo de discípulo dum tal Panda Vermelho. Não sou justiceiro nem herói, fui envolvido nisto e preferi fazer alguma coisa na vida para ser lembrado... Ou, ao menos, pra me livrar do tédio. Não queria matar ninguém, eu era o barbeiro real, se quisesse, poderia ter cortado a jugular do rei ou de seu filho, ou na depilação da sua mulher, mas, não o fiz...
 -Tá aqui... -Falou São Denis em sua pronúncia horrível do meu idioma. Ele colocava algumas agulhas na minhas pernas mortas; "-O remédio vai fazer efeito durante sua viagem... Não se preocupe!", me disse, já em francês, fato é que o remédio doía pra cacete... E teria que aguentá-lo até chegar em Feist, ou seja, umas 12ou15horas!! Chegando em Feist, arranjaria novas pernas lá... Usaria magia de bruxa, da pesada, mas prefiro isto a ficar sem pernas, me desculpe prof.° Xavier!
 "IN HOC SIGNO VINCES"
 Continuava na minha cabeça... A frase. "Sobre esta marca vencerás", qual era minha marca? Qual o meu legado? Bem, acho que busco isto a vida inteira... Talvez, a busca seja a minha marca, ou isto seja mais um livro de auto-ajuda do que uma história steampunk...
 O trem ia e minha perna doía. Minha missão era descobrir o infiltrado na Corte de D.Afonso e matá-lo, silenciosamente, já desconfiava de um tal Capitão Manuel Moreira; mas, dois dias depois da minha viagem descobri que São Denis estava preso e fora deportado pra Bastilha... O rei idiota estava morto, ele e sua comitiva sofreram um atentado numa viagem que ele fizera à Lisboa, seu filho e mulher, mortos... Ainda bem que Helter Skelter era um nome comum em Feist, resolvi não trocá-lo, só cortaria a barba e pintaria o cabelo de loiro, falhei na missão, mas estava vivo, é o que importa no final: manter-se vivo no Caos. 


 MUSIQUETA DA POSTAGEM

Um comentário:

  1. Gostei, o livro Rock Signo Vinces existe sim, é de minha autoria aqui no Brasil, 1984, fala exatamente de um reporter que vai a um show de rock, lá pelas tatntas encontra mensagens subliminares e tal....

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