domingo, 26 de agosto de 2012

Oofotorianos - Cosmologia do Caos


 Os Oofotorianos são, juntamente com o Sol de Kaleria, Protetores Galáticos da UGOSK. Seu planeta sede é Oofotoria, que fica no Sistema Solar de Ooia, constituído de uma estrela amarela e apenas dois planetas telúricos – Oofotoria e Dagon 1 -, cercadores de enormes correntes de asteróides e um gigantesco planeta gasoso nos confins do sistema:  Dagon 2.
 Oofotoria é um planeta totalmente coberto por enormes cidades de concreto e metal, sendo que não há muitas áreas com plantas e animais, isto se deve ao fato de que os oofotorianos serem uma raça ciborgue, aonde possuem pouquíssimas células, sendo estas apenas constituintes da sua capacidade de imaginação e criatividade, além de algumas emoções – que os transformam e seres passionais as vezes. A Cidade de Silvian é a maior do planeta, constituindo-se de todo o continente de mesmo nome, fora ela, há mais três continentes cercados de águas as vezes azuis e outras púrpuras e sufurantes. Há apenas uma grande floresta, Ciparis, aonde há espécies de gramas e poucas árvores altas, constituindo no único remanescente do ambiente original em todo o planeta.
 A Sociedade Oofotoriana foi fundada há cerca de 150 há 170 mil anos terrestres. Ela se originou de uma guerra entre os ciborgues e os habitantes orginais do Oofotoria, que naquele tempo era Silviatoria, e pareciam ser algo entre humanóides e seres faunicos. Não se tem muitas informações sobre como era esta sociedade anterior, só se sabe que eles começaram algumas teorias numéricas da Tecnologia Dimensional e que eram avansadíssimos em questão legal e teórica; porém, dentro da questão do tratamento de seus robôs, acabaram por desenvolver os Ciborgues, que possuíam uma parte de seu DNA adjunto a uma armadura metálica. Os ciborgues eram mal tratados pelo governo vigente, o de Silvian, sendo quase que aniquilados por serem considerados como não-vivos; isto acabou gerando a Guerra Mundial de Dagon, um ciborgue-mordomo de Silvian que acabou se tornando o Senhor de Oofotoria, após os antigos silvatorianos serem totalmente aniquilados ou os povos sobreviventes serem continuamente cada vez mais transformados em ciborgues através de partes robóticas.
 Dagon acabou emulando a ditadura de Silvian e ordenou um Reboot de toda a Cultura Anterior ao seu governo, sendo que apenas sobraram como remanescentes o nome da cidade principal e a Floresta de Ciparis, aonde estava a Mansão do Antigo Ditador. Dagon desenvolveu ao máximo as áreas urbanas de Oofotoria e investiu na tecnologia Dimensional ao passo dela ser possível. Quando isto ocorreu, o planeta começou a descobrir outros mundos em sistemas solares próximos e muitos embaixadores destes foram sendo encontrados, assim como os ciborgues também viajam para estes mundos.  Dagon então ordenou que seu governo fosse “expandido até os limites de tudo” (a dita Lei de Dagon), e toda a tecnologia Dimensional foi aplicada pelos ciborgues, expandindo em cerca de dez planetas: o Império de Dagon.
 Porém, entre os próprios ciborgues houve um crescente descontentamento com o governo de Dagon, que ficara igual ao antigo governante do planeta e emulava a destruição que ocorrera com a Guerra Mundial. Nisto, em uma ação impressionante, todas as tropas de Dagon foram aniquiladas por um novo grupo de governantes, o Conselho Justo, formada por ciborgues complexos aliados a tecnologia Dimensional de capacidades aplicáveis na distorção do tempo-espaço. Nisto, o próprio Dagon foi desmontado e sua porção viva foi julgada e condenada ao Reboot, aonde tudo foi apagado e ele foi exilado nas florestas de Ciparis, aonde existe um túmulo pré-construído para ele. Seu governo foi terminado, após vinte mil anos.
 Depois disto, houve um período de estabilidade e pausa na expansão do Império Oofotoriano. O Conselho Justo resolvera tentar a conciliação com todas as sociedades destruídas por Dagon, porém, isto não durou muitos anos, quando os Generais do Exército voltaram por conta própria a conquistar violentamente os planetas, com sociedades ou não. O Conselho Justo se preparava para a guerra com os Generais, porém, foi descoberto que Oofotoria estava entrando em um colapso ambiental e que uma guerra esgotaria fatalmente os recursos, não sendo possível a vitória contra os comandantes ciborgues, que naquele tempo já controlavam quinze dos vinte planetas participantes do Império Oofotoriano.
 Neste ambiente hostil, um novo grupo surgiu: os Amigos de Ôsnio. Ôsnio (abreviatura do nome Oo-Silvian Nativo Inácio Obus) é um lendário ciborgue-soldado expansionista, portador do Estandarte Oosia, ele possuía poderes de Tecnologia Dimensional desconhecidos pelo Conselho dos Justos e suas tropas, o que gerava desconfiança sobre ele. Após anos de uma guerra fria, o conflito finalmente estoura sobre alegações do General Isidoro que habitantes do conselho haviam invadido seu planeta (dasabitado de alguma sociedade que não fosse de ciborgues), Isidoro-6. Nisto, o conflito começara e os Amigos de Ôsnio foram chamados a escolher um lado, já que eram famosos por seus feitos.
 Ôsnio, em uma decisão até hoje lembrada e não entendida, ordenou que seus colegas formassem uma milícia que não lutaria por ninguém e atacaria apenas os mandantes da Guerra. Antes que algum conflito mais forte se iniciasse, alguns dos membros do Conselho e dos Generais foram destruídos, juntamente com suas tropas de elite. O Pânico fez com que todos buscassem explicações, elas vieram dos Amigos de Ôsnio, que diziam que continuariam a destruir todos os comandantes de todas as guerras até que a intenção de violência parasse... Isto comoveu as grandes massas de ciborgues e formaram-se grandes filiações aos Amigos.
 Neste momento, haviam duas facções dentro do Império Oofotônico, aquela dos Generais e do Conselho Justo, que queriam a Guerra Interplanetária, e aquela dos Amigos, que gostariam de novas medidas que não fossem em um primeiro momento as da guerra e destruição. Adjuntas a este conflito teórico, foram conhecidas as Ideias da Nulidade do sistema do Sol de Kaleria, que aumentaram as confusões acadêmicas e militares.
 Só que não apenas de ideias este ambiente confuso se formava, pois, entraram em cena um gigantesco inimigo: a Galáxia Virgo. Sobre um governo ditatorial, aquela galáxia vinha se expandindo e começava a tencionar o ataque final e mortal a própria Oofotoria. Contando com um total de vinte e cinco planetas, anexados violentamente ou por acordos, o Império Oofotoriano não conseguia se organizar devido a crise filosófica e social que havia entre os diversos segmentos da sociedade. No entanto, antes que tudo fosse perdido e já com um ataque maciço sendo realizado na cidade de Silvian, aonde ocorreram várias baixas, Ôsnio liderou uma contra ofensiva que destruiu toda a frota de Virgo.
 Com a vitória, Ôsnio fora elevado pelo Conselho Justo como seu imperador, os Generais começaram a tomá-lo por inimigo. Mas, o Soldado-Ciborgue não aceitou o título por mais do que alguns meses, tempo suficiente para gerar a União Oofotoriana na questão legal e promover uma eleição entre todos os ciborgues vivos de um novo Conselho, com candidatos do antigo grupo de conselheiros e generais expansionistas. Abandonando o governo, Ôsnio se retitou para os confins do sistema de Kaleria, que mostrou total apoio a nova União, sendo anexado a ela quando, surpreendentemente, tudo ocorrera bem e se formara pela primeira vez nas galáxias conhecidas uma união de planetas: a UGOSK.
 O Segundo Conselho Justo evocara uma combinação do Exército Expansionista Ciborgue, a Guarda do Conselho, o Monastério Kalérico e outras raças, como os Vandalorianos, Mantalorianos e Reptilianos, a chamada Coalisão Veloz-Mortal. Com o ataque combinado e seguido de diversos séculos e diversos planetas e raças destruídas, finalmente se findou a Primeira Guerra Galática, com a vitória da UGOSK.
 Após isto, houve um interesse enorme para com a Tecnologia Dimensional, que se mostrou poderossísima em níveis de conquista galática enormes. Só que os membros do próprio conselho não aceitaram este novo interesse e, em uma ação secreta, chamaram o lendário Ôsnio para liderar uma séquito de agentes que destruíram todas as secretas técnicas de controle e máquinas-sem-registro do velho Império Dagoniano e do Primeiro Conselho, após isto, alguns membros discordantes de manter este segredo foram expulsos ou rebootados, sendo colocados na Floresta de Ciparis, desmemoriados de toda sua vida, próximos ao túmulo de Dagon. O próprio Ôsnio, agora membro de uma misteriosa Ordem, a do Caos, desapareceu.
 E assim se deram os principais eventos da União Oofotoriana-Sol de Kaleria por parte dos poderosos povos Ciborgues de Oofotória. Que permaneceram com um governo relativamente estável e de filiação pacífica de outras sociedades como protetorados, membros e sócios, mesmo com eventos como o envolvimento não de larga escala na Quarta Guerra Galática.

FONTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Silvano_(mitologia)   http://merzworks-animes.blogspot.com.br/2010/08/o-oceano-negro-e-metafora-de-lovecraft.html  http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_de_Loyola http://www.youtube.com/watch?v=KK23BhEQVyU (ouvi esta versãorelacionável às outras fontes, digo isto para outros autores de ficção, como eu, tenham alguma baliza de aonde achar sua inspiração)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Chorando Palhaços Tristes 3 #Panda Vermelho


Volta seus olhos para a Mansão de Suboshi:  a pequena jovem GG, ela vai nas costas de Máquina-Bagre que, enquanto se transforma em uma forma metálica, abre turbinas nos pés. Eles voam juntos para o alto da montanha...
 Enquanto isto, apenas a cabeça do Panda está para fora do feitiço de selos que o prendeu em madeira petrificada.  Ele lançara algo com os olhos, que dera uma onda de choque, porém, Miboshi nada sofreu e se levantando, depois de um tempo desacordado:
 -O que fez, Mago? – Pegunta o ainda tonto filho do clã Suboshi.
 -Existem coisas que um filho de um Mundo Só não sabe meu caro...
 -Ora, o que, Mago?
 -Que existem outros mundo... E que amigos são importantes as vezes, mesmo que longe...
 -Estranho, - diz com tom mais sério Miboshi – na hora de morrer um assassino falar isto!
 E, logo, as turbinas são escutadas, explode uma parede da muralha o enorme Peixe: a Máquina-Bagre! Ele atinge o inimigo e o carrega para fora da cena; nisto, GG salta e se encontra em frente ao Mago:
 -Olá! Lembra-se de mim, Senhor?
 -Ora, minha última discípula... A pequena máquina humana criada por Númeno, aquela que só conheço por GG... O que faz aqui? – Sorri o ser, sendo irônico.
 -Mas, foi o Senhor que me chamou... Eu fui trazida por uma fumaça vermelha, apareci numa caverna e, quando saio, vejo o Sr. Peixe lutando com uma monstra... Ela tá morta, já ajudei ele! –Sorri a garota.
 -GG, sei disto... –Estranhamente, o Panda sorri ao ver a inocência da máquina – Bem, me tire daqui, precisamos tentar me libertar!
 -Sim, Senhor!
 Só que o tempo não está com eles, pois, explode uma parede a mais e aparece o Bagre metralhando e Miboshi desviando. GG leva o Panda para dentro de um puxandinho que guardava um jardim belo. Diz para o Panda:
 -Calma, Mestre! Não permitirei que você morra!
 -GG... Eu estou morrendo, quando ficar preso nesta casca nada haverá... Você deve ouvir bem! Escute-me!
 A menina parecia sem o sorriso habitual, olhava para fora, entre tábuas de madeira, para ver se via o que ocorria na batalha.
 - ...Você deve contatar outros seres... Outros que são iguais a mim e...
 -Senhor, - Disse a máquina – se um dia puder, gostaria de ser uma pessoa de carne e ossos!
 -O quê?
- E, bem, acho que as máquinas não podem chorar, nem sorrir, nem beijar... E já vi muitos que eram de carne assim: máquinas... Bem, só gostaria de um dia ter sido de carne pra ver se ia acabar assim também, novamente dura como metal...
 E o Mestre Panda olhou com o que lhe restava de face para GG, uma simples máquina. Nada sabia o que falar sobre isto.
 - Hahahahah – Ria a moça – O senhor parece um palhaço, com estas manchas brancas e cara vermelha...
 Sem jeito, o Panda apenas sorri, algo que pouco fazia, desconcertado... Nisto, ouve-se uma explosão que começa a partir o puxadinho. É carregado por GG para fora do quarto e encontram o enorme Máquina-Bagre. Ele está com um papel retangular de selo, com o pé na sua cabeça, o último filho de Suboshi ri.
 A menina joga o Panda para trás e solta sua arma para combater o vilão, pula para cima dele tentando acertá-lo com a espada, Miboshi desvia e a acerta com um selo na testa. Ela olha vesta para o papel e o rasga. Continua a atacar.
 -O quê?!! – Diz o inimigo
-Ela é uma máquina, Miboshi... Apenas isto! –Diz com o restante das forças, o Panda.
 -ORAS! –Grita o filho de Suboshi, desviando dos ataques da menina com sua grande espada – Então, terei de acabar com isto de outro jeito!
 Com um golpe certeiro, Miboshi parte a espada da menina, com outro, perfura seu peito. Sua mão a atravessa:
 -Vê? Robô tolo! Eu sou o filho Amado de Suboshi! Nem você pode me deter e...
          ... Logo, os cabos que formavam GG vão se agarrando no braço de Miboshi. Ele vai tentando se libertar, não consegue, tenta acertar o braço na cabeça da robô, com o outra mão ela o segura... O desespero do ser vai aumentado, batendo com cabeçadas e chutes, mais e mais fios vão surgindo e agarrando o Mestre do Silêncio, que grita e grita.
 -Hey, Novo mestre... – Fala o resto de GG
 -Sim, menina...
 -Foi bom ter convivido com o senhor... É lenda...  Mesmo que apenas uma vez – E ela sorri, com o resto de cara... Sai correndo, levando o maldito Miboshi, que berra e berra. Uma luz pisca dos seus olhos vivos....
              Há um penhasco próximo, que dá para um deserto.
 Ela salta e se vai. Explodindo em uma luz amarela e roxa, como seus cabelos e tênis, fios e Miboshi. Uma jovem mecânica-robótica de dezessete pra dezoito, acho... Agora nada mais que: pedaços de máquina.


  Por um instante, lágrimas caem... Apenas um instante.
               “Lágrimas de um palhaço triste”
 A frase vem subindo pela cabeça do “Lendário Panda”, ao qual vai caminhando para uma sala no centro de todo o complexo. Os pedaços de madeira vão caindo enquanto anda e há fumaça ao longe. A frase ressoa em sua cabeça, sem parar, sem ir, sem ficar de vez, apenas, indo.
  Vê um jardim florido e uma árvore enorme, nela, um meio-homem velho se agarra à armadura e chora, chora e chora... Ele se liga a árvore e tem a pele dela.
 Mas, não são lágrimas de alguém que perdeu alguém, mas, algo. Ainda que as coisas pareçam as mesmas, algos não te deixam esperando num telefone a discar um número de alguém que nunca mais vai retornar a ligação. Uma ligação... Isto era algo que a pequena adolescente GG havia dispertado no Panda... No entanto, não aquela árvore velha, não o velho que ali estava enterrado-vivo, um metavivo... Ele era algo que daria poder, a qualquer custo... Talvez.
 -Suboshi.
-Hã? Hã! – A coisa apenas gruni. E no meio de sua testa abriu-se um olho fantasmagórigo, com um círculo cinzento dentro de pálpebras vermelhas.
-Vi... –Gruniu a coisa – Vi a tua chegada... O Olho de Warana vê tudo!
 -Um “olho previsor”? –Olhou com cara de descrédito para a coisa o Panda, ela apenas gruniu mais uma vez  - Você mudou teus filhos para monstros, você deu isto a eles confiando no tal “Olho-de-Warana” ao qual você viu o futuro e... E não pôde saber que não havia futuro? Não para você?!
 O Panda se aproximou e tentou pegar a armadura em que a árvore-Suboshi se agarrava, esmagou seus galhos que expeliam sangue, mas, mesmo assim não largava. Então, o Panda vira-se e com a mão na boca faz uma corneta, ao qual expeliu fogo que se misturara com as lágrimas do velho e sua madeira. Queimou então, carregada com outras lágrimas, de um palhaço, um guerreiro triste... E o fogo consumiu a velha árvore, mas, não a Armadura do Clã, não o tesouro... Este, permanecia vivo, ainda em pé.
 O Panda vai até o altar em que estava a coisa e coloca-a no corpo, pois ainda estava apenas com o short preto e branco – suas roupas de baixo. A Armadura de Suboshi é dele, ele agora começa a ler seus segredos... Vê tudo que o velho Suboshi viu e aprendeu: o Panda mais uma vez destruiu e obteve o poder do derrotado...
         Mas, há o vazio. Algo que ele fora derrotado. Ele narra:
 No deserto, no fundo do precipício nas proximidades da Mansão Suboshi é que isto acaba... Ando pelas areias e lá, perdido em cheio de algum cheiro de óleo e carne queimada. No sóis escaldantes, depois de um monte de pedras, é lá que encontro uma cabeça robótica, cercada de destroços... Uma lembrança que não pode morrer neste palhaço...
 Com um feitiço, evoca em sua barriga uma criatura: Goobo, o Devorador, este, só é uma enorme boca no ventre do Panda e que o deixa com olhos inteiramente verdes... As mãos do mago jogam a cabeça robô para dentro e se fecha o feitiço... O Panda digere a pequena GG, como uma lembrança, algo de bom que talvez ainda houvesse nele. Talvez, crescendo de novo, talvez, não só lembrança.

Chorando palhaços tristes 2 #Panda Vermelho


 Ainda desmaiado, minha pele esta coberta de fios e catéteres... Sinto que alguém tenta roubar meu sangue...
 Ele ri, então, ri e ri... Criatura azul e de olhos amarelados, seu nome é Nakagobo, o Bebedor de Sangue Ruim.
 -Você é um tipo de ser divino? –Diz o ser azulado. – Pois, nunca vi alguém com tanto sangue assim!! É divino!
 A voz dele é insuportável, mas, não tanto quanto a dor dos cartéteres que vejo levarem meu sangue para dois tonéis quase cheios... Olho bem para a cara do demônio e digo:
 -Você vai morrer antes de provar meu sangue! Demônio!
 -Ora, prove você o meu! – Ele se corta com uma faca e leva os pingos até a boca de um outro prisioneiro, que forçado por ele, engole as gotas de líquido escarlate. O homem começa a espumar pela boca quase que instanteneamente, sua face se cobre de bolhas e ele vai vomitando líquido amarelo até parar... As convulsões param, em menos de dois minutos, se foi.
 -Olha, - diz Nakagobo – sou uma entidade imortal! Se tocar em mim com teus golpes, logo sangro e tu se infecta, bicho esquisito! – E a gargalhada dele se faz absurda de estranha...
 -Ainda não! – E me movo duas vezes: quebro as correntes, percebo que estava sem meu manto, apenas com as vestes de baixo. Nakagobo me vê e se assusta, mas, rapidamente, corta sua língua e quase me acerta com o veneno que lhe dá vida.
 Olhando para seus olhos amarelos e aquele lugar fétido, vejo que meu manto está ao seu lado, existe apenas uma chance! Cuspo-lhe fogo e ele salta, voando em um leque para amortecer a queda ao qual vai preparando um enorme cuspe sanguíneo.
 Meu manto é pego, mas, ele cospe: toda a minha roupa está coberta de veneno, mas, antes de largá-la, eu cuspo um pequeno monte d’água. Encarro o Sangue Ruim, ele canta:
 -E agora, Mago? O que tem pra mim?
 Uma sombra surge atrás dele e chutá-lhe a perna, que quebra. A coisa pula e me engole...
 -Eu tenho isto! Conheça meu servo e amigo: Máquina Bagre, o guardião do 7º Mar terrestre! – Sai uma pequena bolha de vidro da cabeça do enorme bagre humanóide, coberto de uma armadura azul, que logo, revela duas metralhadoras Gatling.
 -Eu, eu tenho sangue ruim! – Grune o mostro, ainda com a dor lastimável...
 -Sim, e este ser tem uma couraça formada de sete peles... Logo, seu veneno demorará... Agora, maldito Nakagobo... – As metralhadoras destroçam o ser, espalhando por todo o lugar seus restos e veneno.
 O Bagre lança um enorme turbilhão de água que limpa tudo. Posso sair e pegar meu sangue de volta: abrindo um do barris, toco minha cauda e ele volta ao vermelho de minha pele. O outro, porém, não coloco em mim, mas, tiro um chumaço de pelo ao qual uso meu sangue para escrever um texto na parede da caverna em que estava preso, “Viagem da Memória dos Amigos”, escrevo em língua baltânica [ de Baltos, antigo lugar de treinamento do Panda Vermelho na Terra, N. A]; afinal, sinto que precisarei de ajuda...
 -Mak sokir altur, je necessité d’um bagne! – Ouço o Bagre dizer, ele pede para tomar um banho para tirar o veneno antes que ele entre em seu corpo, eu permito. Nós partimos para a luz e logo vemos um lago e uma montanha com escadaria.
 Então, ali está... A Mansão vazia dos antes glorioso Suboshi. Lá reside Miboshi, o Silencioso.
 Cada passo meu é como se um assobio frio corresse meu corpo... É estranho. Apenas a minha espada é minha roupa, ando e ninguém impede a minha passagem: as muralhas estão vazias, os moinhos, secos, as flores, não mais dadas a ninguém. Por um momento, sinto o silêncio correr pela minha mente, que nunca para – nunca  -, só que agora ficou quieta, estranhamente.
 No topo da escada, o castelo de Suboshi e em sua porta, ali, o último filho legítimo: Miboshi. Com pele estranhamente cheia de pó de arroz, ele me vê e nada diz, com as mãos dentro do quimongo dourado, apenas observa... O vento corre, de um lado para o outro, porém, nada escuto, nem uma palavra. Se nada escuto, corro e ataco: ele escapa. Tento de novo, mais uma vez, só que o filho de Suboshi salta para longe do alcance da minha espada katana.
 -Homem-Animal, - diz ele com uma voz calma e lenta – eu sei de todos os selos de meu pai, foi o seu legado para o Mais Amado Filho... Se você lutar comigo, não mais viverá!
 -Oras! – Jogo minha espada nele, ele desvia e toca o cabo da arma. Com três pulos já estou com ela próxima de minha mão, ele já está longe. Quando toco minha arma que está presa numa rocha, ela queima minha mão...
 -Desgraçado! – Grito-lhe, sabendo que ele selara minha arma. Cuspo-lhe fogo e com papéis ele evita que eu o queime, pois eles apagam antes que meu hálito o toque...
 -Maldito! – Grito e me transformo em craquém, lançando dois tentáculos nele, o qual toca dois selos neles, viram um tipo de madeira... Madeira petrificada!
 -Todo... –Diz Miboshi – Todo o poder...
 Me destransformo e metade da minha mão está petrificada.
 -Droga! Então, é assim? – Digo-lhe
-Como?
-O Silêncio... É assim que você ganhou este apelido e por isto não sinti nada quando te enfrentei?
 -Ora, meu caro, estes selos são antigos demais para que você possa evitá-los: são divinais, sagrados! – Ele anda em minha direção.
 Faço uma posição com os dedos cruzados e tento evocar as Torres de Pedra, ele joga seus panos como tentáculos no chão e sela com figuras antes que eu possa completar...
 -E agora, mago? – Diz ele de frente para mim.
 Abro minha boca em um ângulo gigante e o engulo.
 ...  ...   ...
 Os olhos de Miboshi abrem e ele está em um lugar apenas branco e listrado de preto, ao olha tudo aquilo, escuta:
 -Agora acabou, filho de Suboshi...
 -Sim, diz ele, acabou para você, Mago! – E as mãos de Miboshi trazem uma faca ao qual ele corta o ar que é listrado branco e preto, o corte revela uma luz ao qual o ser esquálido salta...
  O Panda, cai segurando sua barriga, a sua frente, o filho Mais Amado o olha, diz:
 -Você tentou me selar dentro de você para tentar me matar, um erro, pois, agora, eu te matei... – Sorri – Veja o que fiz com sua barriga.
 O Panda olha e há um enorme selo em sua barriga. Logo, vai crescendo um enorme vazio e silêncio em seu corpo, ele vai virando madeira, não viva, mas, de pedra... E vai crescendo o frio como é aquele do medo, e vai crescendo o momento da morte do Mago...
 -Não! –Diz o Panda. Nisto, de seus olhos se lança uma brilho vermelho que ilumina tudo, uma onda de choque joga Miboshi para trás... Só que nada acontece, ao menos, ali: o Panda continua se trasnformando em árvore morta enquanto seu atacante apenas desmaiou.
 Na caverna do morto Nakagobo, ouvem-se barulhos e passos...


 Cuidando de seus ferimentos, a Máquina Bagre passa sua esponga mágica nos cortes e machucados provocados por Nakagobo ao lançar seu sangue venenoso, banhando-se no lago abaixo de toda a batalha lá de cima...
 Porém, ele puxa rapidamente uma metralhadora de um coldre em suas costas... Não é rápido o bastante e é acertado por uma coisa áspera... Ele choca-se em uma rocha que faz uma cachoeira. Olha para a fumaça e vê uma criatura enorme, qual uma metade é mulher e outra peixe, ou serpente – pelo tamanho da cauda... Há uma placa em seu peito, nela está escrito Ashita. Ela, segundo o documento que o Panda lera, era uma filha bastarda da Família Imperial daquele mundo  - reconhecida no final da vida por Suboshi -, ao qual tinha uma gêmea perdida Soiboshi.
 Máquina-Bagre preparou-se para o combate, retirando uma enorme faca e já ia pegar balas para a sua metralhadora quando, de repente, a fumaça do lago de água quente vai discipando e, aos pés da monstra - para a surpresa dos dois -, uma jovem se encontra. Ela tem um cabelo meio roxo e de um lado cortado, undercut, seus tênis de tecido e borracha de cor amarela e seus grandes olhos não combinam com o que carrega: uma espada-bastarda; enorme lâmina, que, no metal, está com a inscrição “Helter Skelter” – sim, o aprendiz do Panda, o que surpreende o Máquina-Bagre tanto quanto eu. Ela olha o monstro peixe e lhe diz:
 -Você irá morrer, me chamaram pra isto...
 E cai para cima da mostra que grita e desvia, batendo com a cauda e jogando a menina numa pedra. M – Bagre assustado e temendo pela garota, fica irrado e se joga com a faca presa nos dentes, dando socos na monstra que foge, afundando no lago.
 O grande peixe vê a menina que estava com a cabeça chocada na pedra... Ele estranha a falta de sangue e, quando a leva entre seus braços, percebe que ela tem engrenagenagens misturadas a um cérebro esbranquiçado... Ela é uma robô! Uma boneca! Alivia o Máquina...
 Só que, abrindo os olhos rapidamente, a menina grita:
 -Cuidado, Sr. Peixe! – O Bagre pula e vira-se, escapando de uma investida da mulher-peixe, que afunda novamente. Há um silêncio no lago... Máquina-Bagre está sobre as águas e escuta, a menina está em seu ombro, ela diz:
 -Eu sei como derrotar esta coisa... Sr. Bagre, fui chamada pelo Mestre, confia em mim?
 -Senti o cheiro do sangue do Mestre, - escuta a jovem em sua cabeça, sendo uma telepatia do peixe – se ele confia em tu, confio também!
 -Ora, um peixe precisa de uma isca, não? – E com uma piscadela, ela salta para o meio do lago. Nisto, salta a monstra e tenta acertá-la: o Máquina-Bagre carregou sua arma e atira, mas, a monstra é rápida!
 A menina salta e salta, pelas pedras e desviando da monstra que também desvia dos tiros do outro peixe. Porém, quando o lago acaba e ela tenta se virar para afundar de novo nas águas a pequena pega sua espada que tinha caído ali e fica-lhe na cauda,
      Ashita, presa, ainda vê de relance o Bagre mirar e descaregar uma carga nela, que explode em vapor... Lá se vai mais um membro dos Suboshi.
 A fumaça se dispersa enquanto a menina adolescente que nem é uma menina de verdade, talvez só uma máquina, cumprimenta o Máquina-Bagre dizendo:
- Olá, me chamo GG!
-Olá, me chamo Bagre!
 E os dois, por um momento, breve, veem que poderão ser amigos: amizade natural?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Daqui há 100 anos

Em 2100 olharão pra trás e verão uns 10 contemporâneos nossos; estes serão tão geniais, terão vivido tantas coisas a mais que os da geração do 21º século, terão feito tantas descobertas e ampliado o nosso conhecimento sobre nós e o Universo que para as pessoas do futuro eles serão gênios, pessoas que mudaram o curso de tudo... Afinal, talvez as coisas sejam assim: apenas para uns a memória existe. Tente lembrar de 10 pessoas de cerca de 10 anos atrás e agora tente lembrar de 10 do início do século... Agora, tente calcular a sua importância. Ironia Humana.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Chorando palhaços tristes #Panda Vermelho



Depois da batalha contra Olhos-de-Espelho, o Panda vê que não está forte o bastante e resolve ir atrás da Armadura do Clã Suboshi, a antiga Arma do Senhor do Leste. Nos confins do Lugar-Nenhum, perto da Casa do Último Mandarim, lá estava esta armadura, guardada pelos quatro filhos do patriarca Suboshi:
 Kang, aquele ao qual o Panda encontrou quando chegou na erma terra de Lugar-Nenhum... Uma terra que um dia fora uma enorme primavera, que possuía moinhos de trigo, cevada e infinitas criações de mel, hoje, nem parada de naves para reabastecimento é... Uma terra triste, uma terra que chora. Este lamentar era acompanhado pela fúria de Kang, ditador maldito das poucas povoações que lá haviam, ele era um enorme centauro, armado de espadas e arcos, ele limpava todos aquelas e aqueles que não aceitavam suas ordens.
 E então, abrindo uma pequena porta de um taberna, aonde os ventos carregavam os ventos e folhagens, saiu o Panda, ele estava com seu chapéu e portava apenas uma espada – sua forma era de um homem, sua face, animalesca. O ditador Kang não temeu a besta-maga, estava a cobrar impostos dos moradores, era representante do Poder, do Estado, da Igualdade de todos forçada, logo, tinha as proteções dos governantes e antigos deuses do Leste. Parte para o golpe com seus capangas armadurados de samurais e armados de carabinas.
 Em um movimento de sorriso, o Panda corta as faces do comparsas e fica de frente para o enorme animal que se tornara o Centauro Kang. Ele branda sua espada, o outro a combate e... E... Por um momento, o sol demarca a forma de um homem lutando contra um cavalo, mesmo que os dois não fossem nem uma coisa nem outra. E, logo, a arma brande novamente e seu som é molhado, um pé de Kang cai... Mas, ele corre, ele corre e as pessoas saem de suas casas, assustadas, pois, não se imagina que o Ditador um dia cai, que um dia haja algum tipo de Justiça...
 -Você já imaginou o medo, Kang, filho de Suboshi? – Grita, o Panda.
 -Não!!!! – Corre o centauro, mancando...
 Uma das carabinas é mirada, disparada, o animal cai. Feirdo, Kang clama por sua vida. Ao qual o Panda propõe, em palavras calmas, que ele seja poupado por ele:
 -Diga, Kang, aonde morram seus irmãos?
-... Eu, eu não posso! – Grita de dor – Eles são bons... Me deram esta gente pra que eu cuidasse, não posso traí-los!
 -Não digo traição, digo que você me diz aonde estão e pronto...  – Mira o Panda na cabeça do animal...
 -Tudo bem! Tudo bem! Eles estão no Vale da Última Primavera, é um lugar fácil... É o único aonde há flores...
 -Obrigado! Agora, vou indo... – Nisto, as pessoas que estavam na pequena aldeia trazem anchinhos, facas, panelas... Vêm se aproximando...
 -Por favor! Me salva! –Diz Kang.
-Já te salvei... De mim. – O Panda parte, pegando uma das antas que os capangas montavam; porém, antes, deixa a carabina para Kang, descarregada.

 Chego numa ponte aonde não posso atravessar. Desco da minha montaria – uma anta enorme e caminho para a frágil estrutura de madeira... Parece que chegue no Vale da Última Primavera, pois, nesta terra seca e árida ao qual chamam de Mansão da Família Suboshi, localizada em Lugar-Nenhum, um confim da Galáxia conhecida, vi uma enorme cerejeira – a primeira, em quilometros.
 Meus pés tocam as finas madeiras e ouço um click, pulo, pois, pode ser uma bomba...
 -BEEEEEEEEEEEEEEhhhh – Grita a corneta. É um alarme, ao qual, do outro lado da ponte, surgem diversos soldados com baionetas. Porém, deles sai um maior, um alto, com a cara deformada por parafusos...
 -Sou Tomobo.
-Olá, Tomobo, é um dos filhos de Suboshi? –Lembro dele, do documento que li contando a história desta família, a Suboshi: o pai, patriarca e poderoso membro da Corporação Seyriuu, se viu envolvido em uma guerra enorme, ao qual lhe deu o poder sobre esta terra. Nos confins da Galáxia conhecida, Suboshi trouxe muitos colonos para escravizar sem precisar se preocupar com as leis e outros planetas invasores... Então, com escravas, ele tem 4 filhos conhecidos e mais alguns bastardos. A toda a revolta, a morte, que ele dá através de um poder misterioso, que conduz a madeira – podendo transformar até os inimigos em árvore!
 Logo, eu precisava daquele poder!
 -Sou Tomobo! Você é morto! – Tira a camisa o ser de cara deformada,  e metade dele é de robô, de metal e braço de garras, outra, humana, fraca perante a máquina, ao que parece, pelo nível de burrice deste ser...
 Mira suas garras em mim, desviarei e cravarei minhas espadas nele, claro... Corro, desviando das garras e... Elas voltam! Elas se mexem como cobras!
 Amarrado pela criatura que se diz humana, sou trazido para perto para um tipo de pistola com um feixe de luz vermelha. Tomobo ri, atira para o lado e explode uma árvore, para mostrar sua poderosa arma. Mas, armas poderosas não indicam que há um bom portador delas... Meu corpo derrete-se em uma forma plástica, rotorno a forma normal e atigo ele com um soco, ao qual, decaindo no grunido dado como um bicho, pulo em suas costas e finco minha espada...
 Ele grita, pulo para o canto da ponte, ele não está morto, nem os soldados que apontam suas armas para mim. De repente, sou amarrado pelas garras novamente e ele atirará seu raio em mim... Não há outra chance a não ser pular de encontro ao precipício – raio disparado, soldados explodem, eu giro com as garras amarradas como cordas e fecho meu punho, minha mão conduz fogo e cravo-lhe o peito... Tomobo não tinha sentimentos, mas, vi uma lágrima escorrer-lhe enquanto tirava a lâmina de minha espada de uma forma ao contrário, segurando não pelo cabo...
 Ajeito-a, e corro para um ataque final... Ele é duas partes agora... Porém, seu rosto me sorri, um riso de dentes sádicos que terminam em uma enorme explosão...
 A partir daí, apenas sombras...

 Ainda desmaiado, minha pele esta coberta de fios e catéteres... Sinto que alguém tenta roubar meu sangue...
 Ele ri, então, ri e ri... Criatura azul e de olhos amarelados, seu nome é Nakagobo, o Bebedor de Sangue Ruim.
                                                    ...       ...               ... 

sábado, 11 de agosto de 2012

Vi vic?

a gente vai ficando velho e acumulando derrotas
porque as vitórias são menos brilhantes
os despojos brilham menos que as feridas no espelho

domingo, 5 de agosto de 2012

Cosmologia do Caos – A Captura do Fundador



 Um Esquadrão do Reino Cósmico do Rio Amarelo cerca o Fundador e seus servos, utilizando nele o CIK (Cárcere Interdimensão Kellogue) que veio de um projeto roubado de Olhos-de-Espelho, presa por uma destas chaves após ter sido enganada pela hacker urso-de-óculos BG. Pórem, ao ser utilizada a prisão no Fundador, esta – que tem a forma de uma esfera – atravessou seu corpo e acabara por trancafiar apenas uma parte do ser do caos, já que esta prisão baseia-se em trancafiar criaturas de poderes cósmicos, só que ainda dotadas de Um Único Ser Fonte (ou Origem) de todo este poder, o que não é o caso do Fundador, que parece possuir mais de um corpo de origem.
 Esta forma nova passa a atacar as tropas do Esquadrão do Reino do Rio Amarelo e aniquila uma boa parte dos soldados com um mar de cristais brotados do chão, agulhas voadoras e peixes de nuvem que engolem vivos, porém, a nova forma ataca também os servos do próprio Fundador, parecendo que não se lembra de mais nada de sua “antiga vida”. Logo, apenas os generais do Rio Amarelo sobrevivem: o Monge de Ar Cefalograndaniano, o Gladiador-de-bazuca Lêmure Branco-Colar, a hacker urso-de-colar BG e o Lorde Hemero-Planes. No entanto,  o Fundador esta alucinado e vai de encontro a eles, mesmo assim os quatro quase conseguem matar o ser caótico, só que ele usa jaulas mágicas de cobre que trancafia o Monge do Ar e lança este em um mar de cristais matando-o, fora isto, ele usa uma chama em sua mão para cortar o braço e a perna do Gladiador-de-bazuca... Mas, antes de se continuar a matança de seu ataque, surge o Homem-Tudo, último dos Catástrofes terrestres e companheiro de viagem do Fundador, que, sem reconhecê-lo, matá-o com um jato de gelo de sua boca capaz de congelar a capacidade incrível de mutação do ser.
 Antes dele morrer, o Fundador se interessa pela criatura que não para de chamá-lo de mestre e transforma a sua mão em um polvo e entra nos pensamentos do Homem-Tudo, relembrando de parte de sua vida e ficando curioso por isto... Ele deixa os generais ali e leva o corpo de seu mais fiel servo já morto para um nave que ele usara para a invasão, seu objetivo: voltar a Terra e encontrar com seu passado perdido.
 Nisto, os generais do Reino do Rio Amarelo se reúnem e começam a pesquisar como aquilo ocorrera, através dos arquivos que a hacker BG tem acesso, ela encontrar pelos poderes que o Fundador utilizou, um Sistema Solar morto, com um enorme Sol Turquesa. Descobre-se que aquele sistema está cheio de ondas Delta-X, que são mortais para qualquer criatura com um telencéfalo desenvolvido de Nível 1 pra cima – isto equivaleria a animais a partir dos insetos atravessando os mamíferos e toda outra qualquer forma de vida com Cognisciência (capacidade de pensar e imaginar básicas para formar e sentir, além de expressar-se materialmente ou por voz ou gestos para organizar sua vida) -, isto havia ocorrido como último evento na 4ª Guerra Galática, quando um enlouquecido General Mantaloriano arremessara sua nave em velocidade de Viagem Estrelar dentro do sol daquele sistema contendo um Reator de Raios Delta-X, isto gerou uma enorme mudança no núcleo da estrela e fez com que ela emitisse esta radiação, matando todo aquele sistema; isto fez com que os Conselhos de Guerra proibissem o uso de armas com Raios Delta-X, pois, fora descoberto que os Mantalorianos criaram um Reator que poderia se alimentar de Hidrogênio e era um Tecnologia Intra-estrelas (poderia resistir a condições de extrema destruição, como o núcleo de uma estrela, pois se baseava na intereção perpétua entre um circuito de elementos químicos que não permitiam que o reator fosse destruído) e condenassem aquele sistema à quarentena, no caso, até que a estrela explodisse, além de toda a frota Mantaloriana a Aniquilação.
 Pórem, os Generais do Rio Amarelo encontraram fatos interessantes vasculhando os registros, pois, um dos oficiais Mantalorianos fugiu da nave e chegou até uma base do planeta Manida, aonde ele aprendeu técnicas de combate com as Mãos-de-Fogo com os oficiais deste planeta, que possuíam forma de Pangolim e falavam apenas por grunidos. Ao descobrir que aquela nave era uma tentativa de fuga dos Manidanitas devido a estrela que ficara estranha e emitira uma radiação desconhecida à eles – tal povo não possuía o conhecimento de que havia uma Guerra Galática ocorrendo, nem da mortalidade dos Raios Delta-X -, o oficial foi até o Comandante, que era um monge, e o desafia para um duelo afim de roubar seu incrível poder de gerar criaturas com nuvens, o atacante derrota o poderoso líder com grades de cobre que ele retira de gotas do seu sangue; usando um polvo em sua mão, o oficial Mantaloriano foge da nave para uma lua inabitável formada de cristais e que apenas comportava bactérias. Lá este oficial passa o tempo de três gerações do planeta Manida, pois seu transporte de fuga não poderia fazer grandes viagens, sendo que ele escuta ali, pelo rádio, as civilizações daquele sistema morrerem, pois: “Em uma geração ocorreram muitos casos de mutações e cânceres, na segunda, além disto, ficaram todos estéreis e mesmo os clones eram danificados e morriam, logo, na terceira, houve apenas silêncio... Silêncio por todo um Sistema Solar...”. Assim relatou ele, quando uma frota de pesquisadores fora pesquisar o que ocorrera com a população infectada por aquela radiotividade o resgatou, sendo que ele desapareceu pouco tempo depois.
  A Hacker BG havia descoberto tudo aquilo no banco de dados secretos da Organização Científica que tinha ido até aquele sistema solar morto, que era conhecido agora como Manida – uma homenagem esquecida ao planeta mais habitado de lá. Porém, todos eles estavam atônitos, pois, a 4ª Guerra Galática havia ocorrido há cerca de 36 mil Perseus (cerca de 30 000 anos terrestres), o que indicava que se este oficial fosse o Fundador, ele teria uma idade avançadíssima e por alguma razão e forma, conseguira chegar a Terra –até agora seu planeta de origem – cerca de 22 mil anos depois, só que tais sistemas eram muitíssimos distantes um do outro, o que seria muito estranho...
 Nisto, o grupo de generais, ainda ferridos pelo Fundador, chegam até sua nave... No entanto, o disco em que voavam não está lá e eles vêm apenas que todos os seus soldados estão mortos pelos cristais e agulhas... Eles estão desolados, mas, nisto, acontece mais uma coisa horrível para eles: surge Olhos-de-Espelho, livre, com uma tropa de Mech da nação Laika – animais usados em viagens experimentais que foram confinados em escafandros para darem capacidade de organização a exércitos de robôs por alienígenas de nossa Galáxia, os Ets Cinzentos. Ela os prende mata BR, estripando-a, mas, antes disto consegue a senha para utilizar o computador da hacker e saber de tudo que contara aqui nesta história.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sinfonia Prega

Nossas sinfonias do séculos XX estarão inclusas no tempo dos filmes, em suas durações, pois, nossas vidas saíram da lentamente sonata para a rápida sessão de cinema, porém, é da mesma forma que as notas nos tocam, que geramos melodias ainda melhores, quando nos embalamos com as canções, velhas ou novas, pois o velho e novo é tão relativo quando se trata da batida, da batida do coração.