domingo, 20 de setembro de 2015

Sintonia Fina

"... Estive acompanhando alguns filmes durante este mês e descobri que a maioria das imagens das grandes cidades tem um tipo de fundo azul, um tipo de cor azul, isto é como se a sociedade dos anos 2010 estive em busca de um certo blues, uma certa tristeza inapta - ou seja, duma inaptidão para lutar sobre algo em tom semelhante para com o que aconteceu com o período pré-Guerras dos anos 1910, tenho muito medo disto se tornar um conflito sangrento.
-Compreendo os seus temores, meu caro amigo, porém, ao mesmo modo que temos filtros azuis nas grandes cidades, ao qual nos faz pensar sobre a grande urbanização corrente no mundo, que era esparsa nos início dos anos 1910 que você compara, anacronismo não é história, amigo - temos de lembrar sobre as luzes amarelas dos momentos de sonho e paraísos tropicais que sempre usamos para fugir durante as férias. Ou seja, da mesma forma que há coisas boas, há ruins, pense positivo!
-Realmente, agora compreendo que não temos que nos preocupar com a falta de objetivos das gerações pós-2000, fora que me parece que toda esta discussão incute no mundo burguês que estamos, cheio de tecnologias, redes sociais e o caralho a 4
-... Vocês dois deveriam ficar em silêncio e perceber que não existe só o Urbamundo
 Estamos passando por uma Sintonia Fina de emoções exacerbadas por multidões de pessoas famintas, porém, elas não são mais famintas apenas por comida, mas, por símbolos
 O Século XXI será o da Fome de Signos, consumíveis ou estatais, religiosos ou científicos, e isto nem a nossa concepção de mundo urbano globalizado deixará sem brilho. Não há mundos com filtros azuis, nem tampouco amarelos, há apenas vendedores de porta em porta dos novos deuses de mil indústrias"
("Debates sobre minha geração", Gerard Abumam, Cristine S., Augusto Karaboo, 2015)