quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Eu não tenho nada, tenho por ventura minha desilusão
Agarro
Não há mais nada, nela não há nada. Ela é algo que é vazio
Desiludido com ninguém
A não ser eu
Mas, nem o eu existe mais aqui
Apenas há desilusão
Apenas o vazio insosso de viver
Como máquina biológica
Cheia de fungos e bactérias, consumos, desejos e inspirando
Ora amor, ora vergonha, ora graça
Não há mais nada aqui
Há o vazio
Desilusão
Agarrei ele
Não há mais nada nestas horas
Talvez o único caminho seja dormir um pouco
E deixar a tormenta passar
Amanhã é outro dia
Mas, não soa como esperança
Uma hora o vazio volta
O niilismo acaba
A comunidade mata
E não há mais nada ali
A não ser o eu vazio de tudo e todos
Olhando para o espelho
Sem ilusão de imagem
Com a espada em chamas no fronte da cabeça
Mas, nem ela te salva
Do vazio
Do desiludido
Da balança
Pesando magicamente, mentalmente
O nada
Que é o que você passa nesta hora
Espere mais um pouco

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Parede

"Tô gritando te procurando nas paredes, acho apenas retratos, aos quais meus olhos percorrem, e da memória, me vem seu corpo, e da história, me falseia sua alma. Percebo, logo, que grito em silêncio para as paredes, mas o som aparece, aparece o eco" (EE)