quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Depeche Mode - Strangelove (Remastered Video)

Orbitar

Alguma felicidade está
Em simplesmente olhar o acontecimento
No meio da sala
Observar e orbitar
Sobre aquele que venceu
É uma forma meio egoísta envergonhada
De se achar participante de algo
Maior
Sideral ou imperial
Dentro do mundo
Ver as coisas acontecerem para o bem, sendo
Na maioria que apenas gostam de ver o mal
É fortificante
O outro nos esquece de nossa mortalidade
E nele vemos a felicidade
Ficar realmente triste por aquel'é difícil
Ficar feliz pelo outro é uma das poucas
Genuínas faces da vida.
Alguma felicidade está
Em ver a estrada de tijolos amarelos ao seu lado
E mesmo que, apenas ouvinte ou sustentando sua mão
Ora criticando ou debatendo
Ter participado de algo maior
Que o eu.



Passa-se muito tempo falando de si
Perde-se muito pouco pensando em si
Viver não é contrário ao pensar
Existir tem como parte o pensamento
E sobre si mesmo e sua estrada
É a sina que todos nós caminhando
Devemos falar
Dentro de nós mesmos
Não se silencie.

sábado, 26 de agosto de 2017

Corpo Político

"Um grande problema das teses de hoje é a política do corpo. Quando se transmuta o corpo externamente a nós mesmos para uma coisa sempre política, se cria duas coisas: a primeira é o eu perdido, o livre-arbítrio torna-se construção de outros, o meio suplanta o interior dando-o a nossa vida um caráter menor, sempre de máscara e nunca de ator, acabamos não construindo nada por estas teses, mesmo que eles travestam-se de psicologia e simbolismo instrumental; a segunda é a própria onipotência da política, o agir-político e o ars politic fica interinamente em movimento, desconcertando-se as ideias de rotina, melancolia, tédio e mesmo das crises em si, pois, se tudo é política, tudo está em embate, logo, não há como identificar os movimentos reais de transformação, pois, tudo está em um processo (positivo ou negativo dependendo da sua visão ideológica). Assim, o corpo não torna-se prisão do aventureiro, mas, simples construção social (o símbolo toma parte do ente, logo, o símbolo sou eu?), os variados outros constroem uma obra vazia, a memória perdida e compartilhada não serve a nada, ela em si só caminha, caminha e não forma nada - mesmo que nós queiramos construir motivos para nossa vida e viver bem, mesmo que apenas livres, isto é inútil, não existe eu, nem o vazio, existe símbolo por esta visão moderníssima. Se não existe eu, porque continuar a escrever? E o niilismo envergonhado cria histórias de Vontade de Potência, pois terminar a si mesmo não pode, toda a Vida é transformação, se ele diz ser ela apenas contínuo vazio (morno, homens e mulheres mornos), logo, não existe vida" (Emil Haddaward, "Nas Garras do Fantástico")

Cada montanha

Cada montanha tem seu segredo.
Cada rocha e rochedo, guarda um pedaço
Do sol que lhe fez
Há zilhões de anos atrás
Naquela montanha, há algo diferente
Ela se escala todo o dia, busca confrontar a si mesma
Das asperezas da vida se tira duas certezas
Ou somos vítimas de nossa escalada
Ou fazemos o caminho continuar
E cadeias nenhumas de montes, colinas ou serras irão nos segurar
Dos pequenos caminhos que vejo aqui de cima,
Vejo você
Caminhando com seu tênis velho
E sei que está bem
Pois, seu espírito está em seus pés
E eles fazem a jornada
Valer a pena.
Cada montanha tem seu segredo
Que você só aprende ouvindo no pé-do-ouvido.

Céu Azul / Adote

No caminho do céu azul
Anda com passos pequeninos
Como todos nós na humanidade
Rosa.
Ela caminha, como choque
Pelo sky blue, cortando os universos do tempo-espaço
Da mente dos infiéis
Em pequenas sortes
Cada passo que se dá, se acha novas aventuras
Lembre-se disto, pequeno caminhante
Que cada passo atrás se dá as vezes cinco à frente
Do sol se vê a fronte, do bom combate se tira a melhor fonte
E em cada livro lido pelo
Seu caminho no céu azul
Se conquistam novos aspectos deste mundo
Em que por hora achamos uma estrela numa esquina
N'outra, sete pedras de sete palmos
Não nos abana, porém, nossa história.

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Adota para além de filho
Adotou-me por uma memória
Ajuda-te ajudando.
A de amigo é
A do amor?
Que ponte entre os dois, além
Daquelas que podemos construir juntos
Em toda a boa conversa.


Se a vida acabasse agora
Não seria uma boa
Ir embora?
Tédio. Apenas isto que vejo.
Não existe nada além do beijo, dos gracejos, dos saberes
E poucas coisas que escrevo
Nada mais que os pequenos detalhes
Sem nada pra se ver.
A melancolia é uma bela bebida
Pra quem acha isto juvenil, adolescente
Sempre aos adultos que suas contas, ao que parece ser a chave
De ser maduro
Pergunto se tens coragem de ver o espelho sua imagem
Sem temer que aquela pessoa esteja ali
Te olhando no canto.
Nada mais encontro nos mapas, a viagem
Acabou.
Paz não existe, apenas as guerras de todo dia
Rotina das leituras, das engrenagens ou dos pão-café-com-pão
Se a vida acabasse agora
Não seria uma boa?
Ir embora.
Vou.
Fico
Cada piscada de olho, mais próximo do penhasco fico
Maior a estrada percorro
Na minha visão.
Tediosa, melancólica, infantil-imapeável.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ditadura da Ação

Ficar contente com o pouco que sou
É a única estrada que vejo
Na janela do meu ônibus
É caminho seco e áspero de mim mesmo
Busquei por certos anos a chuva e a bonança
Vi que eu mesmo não era digno
Vi que outros ao redor eram menos ainda
Me fechei
Selo-me dentro de mim mesmo
Busco não mais o Eu
Passamos da idade disto
Não busco mais a tranquilidade
Utopia muito grande
Busco, talvez, o silêncio de algumas manhãs
Busco, talvez, a dignidade do trabalho algum dia recompensado
Porém, já não tem mais o Eu ali
Não está em nenhum lugar mais
O busquei por esquinas e perguntei para várias pessoas
Elas só me respondem com perguntas sobre si mesmas
Ou deboche
A única saída, as vezes
É a violência de si contra si
A destruição da Vontade pela Razão
A ilusão pelo "agir"
Vivemos ditadura da Ação
Mas, não vejo ninguém agindo
Apenas olhando seus próprios Narcisos
Como cães de caça por si mesmos
O mundo lhes passa e nada apreendem
Apenas dúvidas e mais dúvidas sobre si
O mundo passa
Não busco mais o Eu
Ele se perdeu totalmente
Dentro da aventura de minha vida
Mesmo rotineira, bucólica e ridícula.
O que é um nome
Além daquilo a ser esquecido
Apagar-se da vida de alguém é uma benção
Pena isto nunca se aplicar ao outro
Sempre, minimamente e por poucas gerações
Deixamos nossa marca no outro
Forja de nós mesmos
Cada dia que passa
Pensa no que forjas
A ti mesmo já está perdido
E esquecido.

domingo, 20 de agosto de 2017

Semana longa

Às vezes alguém para o tempo
Com você
E aquela semana parece durar meses, parece algo de anos
Atrás
Parece dura tudo
Porém, tudo que passa naquilo que me
Fortalece
E aquela semana passou
Mas, fica na memória
De você
Já não é mais diferente
Pois, a diferença vista com outros apequena
Pra uns isto é ruim, pra uns isto é banal
Banalizar-te a ti mesmo, as vezes, é único caminho
Pra encontrares
Um dos poucos alívios
Do corpo solitário
E aquela semana fica marcada em algum lugar lá
Dentro da memória
Uma guerra dentro da gente
Sempre é a melhor batalha.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Trevisan


O demônio tem olhos verdes
Ele não cala a boca
E não para de escrever
É poeta o demônio
Mas, talvez só pela espiação
Que se encontre uma ponta de deus
Algo que você entra dentro de si


E sem explicação
Encontra o silêncio
Deus é ira silenciosa
É intensidade
É a sabedoria de compartilhar o silêncio
Sabendo que é impossível voltar no tempo ou
Mesmo avançá-lo pra não dizer o dito
Pra não fazer o feito
Pra não ser o que sou


O demônio tem olhos verdes que me olham sempre
Ao olhar no espelho
Eu o encaro de volta, sabendo que dele
Nada posso esperar a não ser tragédia
E alguma comédia
Não posso fugir de minhas palavras e escolhas
Porque ainda são minhas


Posso tentar melhorá-las através
De livros, de poesia, de encontros e colegas
Posso tentar melhorar com estes atos de resistência
Mas, ele continua falando, falando e falando
Escrevendo, escrevendo, escrevendo
Até que, cansado, ajoelho
Na prisão que estou
Dizendo baixo que este caminho é o melhor
Que eu pude tomar
Por ser o meu


O demônio tem olhos verdes
O meu, o seu
Apenas uma porta para o deus
Que com cada memória
Atinge dos fundos oceanos até as mais altas
Estrelas

domingo, 13 de agosto de 2017

Citações 42

"Todo o sorriso que você acredita ser real é, mesmo que não acredite, uma parte de deus"

"A fé para o crente não é feita pelo que se faz, nem pelo que se espera. A crença não é esperança, é certeza, desde o destino até os mais variados deuses e deusas"

"A profundidade dos espíritos está em quanto ligamos pra eles no café da manhã ou no cair da noite. A importância muda, pois, em certa medida, nós mudamos um pouco a cada dia, porém, permanecemos os mesmos: as pessoas não mudam realmente, apenas se comportam diferentemente, apenas um trauma as forja novamente, ora para coisas mais fortes, se suportam humildemente, ora para vítimas, se apenas o tempo dos dias e anos forem necessários para lhes dar integridade nova"

Sobre Poetizas

"O amor romântico é, ao que parecem, uma criação masculina. Observo isto na poesia: é muito difícil encontrar uma poetiza ou força artística que se devote eminentemente a ideia de amor romântico, trata-se mais de formas de enxergar o relacionamento; aonde o lugar comum enxerga a mulher como sentimental, talvez ela seja a verdadeira potência racional, fria e calculadamente do amores. As poetizas, focadas em sua maioria no existencialismo, política ou poema-concretos apenas me dão algumas provas disto. Não trata-se do "macho com superior no amor", trata-se de visões diferentes, talvez os poetas tenham apenas uma idealização do amor para o seu gênero mais antiga ou com profundas diferenças daquela feminina, talvez os príncipes tenham sido criados pelos sapos."

sábado, 12 de agosto de 2017

Outros

Outros
São a porta entre o eu e o você, entre aquele
E nós, entre tudo e tudo um pouco
É a visão do outro que tentamos, em vão
Encaixar em nossas cabeças
Entretanto, os olhos são dos outros
O inferno são eles
E eu, por ora, inferno sou
Outro de você mesmo
Olho no espelho e vejo você
Mas, já é outra
Coisa, inferno
Apagado, escrevo na soleira da porta
Esperando que anjo não venha a noite
Levar m'alma
Porém, já não preciso mais olhar no olho d'outro
E se aquele vier me buscar
Pelos de peito aberto poderia, uma pouca e última vez
Imaginar o que teria sido
Ver a mim mesmo
Como outro que nunca fui
As vezes, precisamos ser
O espelho de nós mesmos


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Gratidão
É algo que não se explica, algo
Que não se mede
Algo que apenas, se diz
Obrigado
Por tudo que vivemos, por tudo que fizemos, por tudo
Que poderíamos ser e fomos em nossos sonhos
Gratidão é algo não constrói castelos
Mas, que fundi nossas almas
Que cresce no que somos
Que conduzi-nos na noite mais escura
Das neves e ventos mais intensos
Obrigado
É uma palavra muito jogada ao vento
Pouco concentrada na alma
Mas, para aquelas pessoas
Aquelas que valeram mesmo a pena
São sinceras como da nuvem mais intensa
Na tempestade solar mais furiosa
Obrigado
Não termina a luta, não finda o bom combate
De cada um de nós, da nossa guerra da gente
Mas, eu te uso, palavra que as vezes parecer amarga
De toda força de uma
Palavra
Gratidão
É o que tenho por você
Agora enfrento mundo, cada um de nós em nossa
Aventura.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Ami

Caçando moinhos gigantes
Você apenas pode contar com uma
Foto de Dorotéia
E ter sorte de ter um amigo Sancho
Se fosse Dom teria de amigo até o Príncipe
Quixote, somos todos detentores de uns poucos amigos
Tesouros da ilha perdida de Crusoé
Se todos querem ser Pernalonga
Apenas nós, Patolinos de fato, podemos contar com
Este sonho
Em nossos parcos amigos
Amizade é uma ciência da escassez
E as vezes da escolha

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Fernanda

Fernanda olhou a borboleta
Viu ela voar
Viu ela levar embora com ela
O sonho de Fernanda
A lágrima seca, a esperança pateta, aquela última viagem
"Vem pra casa, filha!" Gritou a voz masculina
A menina olhou a pequenina planar
Planar e voar
Até sumir
Escondida entre os planetas
Que o céu azul esconde de nós
Éter inebriante das borboletas sumidouras de sonhares
De Fernanda

Não é dia dos pais.
Sinto sua falta, sinto falta da compreensão
De ter o jeito arredio da fúria da tormenta
Que nele, os anos apaziguaram
Sinto sua falta, mas, sei que isto é fraqueza
Devo ser montanha
Pena, sou oceano
Aquilo que ensinou dos museus, do amor pela História
Da delicadeza do silêncio
Para responder as piores questões
Do tempo de um dia
Para acalmar os piores espíritos
"Só se dá valor naquilo que perde"
"Se vire"
"Ihhhhh"
Três pequenas frases das várias
Que não lembraria neste dia
Que não é dia dos pais
Aonde antes eu dava alguma calça, cinto ou gibi do Tex
Agora só dou uma certa saudade, nostalgia da velocidade
Agora só existe a tormenta
Dos céus silenciosos
Do pensamento daquele que já não é mais filho
Nem pai
O nada reside no Absurdo de alguns momentos
Que hora são o mínimo do que você precisa saber
Pra saber o que é ter seu pai
Adeus. Nunca você diz o suficiente para alguém que partiu
E nunca se deve
A vida é uma série de passos incertos
De uma dança silenciosa
De anos, momentos
E saudades
"Algumas pessoas estúpidas
Apenas pelo dadaísmo de si mesmas
Podem pintar belos quadros
O lobo espreita elas sempre
Temendo que elas o sejam também lupinos"

Aparece

"A alegria é para os idiotas"

Disse o sábio dos montes
Antes de se lançar no éter
E plainar para a Vida Eterna
"A fúria é a porta dos justos"
Disse a mãe
Antes de condenar o filho aos Tártaros
"A tristeza só atrasa a vida!"
Li no folheto do ônibus
Naquela estúpida rotina de trabalho
Por salário
"Eu gostaria de ser apenas sua amiga"
Disse Júlia, antes de desligar
O telefone vendo mensagens
E fingir olhar pra minha cara
"Olha, você tem de fazer a sua parte, nós faremos a nossa!"
Disse aquele amigo nerd de barba loira e óculos grossos
Como sempre quis dar um soco na cara dele
"Você tem de torcer pra alguém, garoto"
Técnico de Educação Física da quinta série
"Melhore sua letra"
Meu pai ou minha mãe pro caderno de Caligrafia
"Compre agora, o novo celular Elegê 580"
Algum anúncio em algum lugar
Chega
Disse eu mesmo no poema
Apenas mensagens, apenas aquela gigantesca máscara
Que são as palavras
Dos sentimentos do que hoje
Eu sei, eu vejo, eu faço
São as poucas ações
Do concreto passamos a ser uma Sociedade de Palavras
Contratos, Estados, computados
O pó do ser já não forma o querer
Aparenta-te que serás vivo!!


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

"Todo o ser humano não nasce em um processo. Dizer que ele é contemporâneo, moderno, antigo, arcaico, atrasado, tudo parte de um certo ponto de vista. Eu nasço em uma certa época, vou sendo parte de uma geração, vou passando por questões que vão desde relações de gênero, romances, literatura, filmes, cultura em geral que passam a partir d'onde estou, logo, há certa posição de nascer, existir é também estar.
Entretanto, o que se parte do pressuposto em certas linhas é que a mente das pessoas funciona, magicamente, como algo radicalmente que a "Cultura" funde, forma. O humano seria uma forma? Logo, estaria disposto como em um mapa, aonde os caminhos que "o constroem socialmente" delegam certas funções e classes? Entretanto, apesar de toda a condição mutante d'onde estou, é possível que nada haja? O ser então, alocado em sua condição estaria disposto no mar de nada? O que me vejo nada é do que aquilo que eu era, não o que me basta, o que estou sendo? Vivemos presos ao passado, esta talvez seja uma das maiores questões das linhas de pensamento do século XX" (Emil Hadaward, "Os Cavaleiros de Turim")

Caçando rouxinóis


Eu não conheço os rouxinóis
Apenas sei que há várias araras
Em minha mente
Aonde penduro ternos toda a semana
Pavão misterioso
Da madrugada não dita
Não vivida
Da imagem não pintada
Do quadro de aquarelas
Tão vívidas
Que acalentam a lembrança
Freud diria: Achou sua mãe? Está com seu pai?
Fora Ilíadas do Cientista Psicólogo
Até onde vai o seu ato
De escutar os pássaros do mundo
Pensando que você é maior que eles
Que tens domínio sobre o que podem fazer
Um dos vôos da humildade
É saber que o outro é
E nunca tantos livros formaram tantas bibliotecas
Filmes passaram em tantas telas
Séries tocaram tantas músicas
Quanto o fato disto:
Sou a prisão de mim mesmo
O que posso fazer, além de
as vezes, fazer um Castelo?
Enxergarei das nuvens ele... Saberei isto?
Não, estamos presos dentro dos espelhados olhar
D'outra humanidade

Carta ao leitor

Toda a história tem um fim
Um ponto
O primeiro verso, primeira sílaba
das últimas linhas, parágrafo dos últimos capítulos
É falsamente o mais difícil
Lê-lo o é
Saber dele o é
O autor nunca parece tocar na verdadeira obra
Um conto, uma poema, um romance
É no leitor que, palavra por palavra esperada, sentida
Corta na carte e traz
Pingo por pingo
A verdade daquilo que passou
O sol é uma estrela de milhares
O som do pássaro canta
Aonde o crepúsculo daquele apaga
E nas primeiras gotas de chuva
O autor a pena desce na mesa
Olha no horizonte e se espanta
Nunca poderei eu completar a minha obra
Pois, nunca leitor de nós
Serei.