As vezes me parece q uma das linhas/cordão/moira de todo o desejo de salvação da mente revolucionária vem da frustração sobre o apocalipse no ano 1000, a refundação de Roma e uma busca pelo messias no mundo, uma impessoalidade crescente- aonde os heróis deixam de ser as genes, as realezas, para se tornar o Estado e os maquiavélicos, até uma tentativa crítica do imperativo de Kant sobre o deus Natura dos Iluministas -, a alma pela natureza científica(e a Moral enquanto Racional e Positiva e Psicológica) e, finalmente, o Eu pela História, a morte do herói pela esterilidade do pensamento. Tudo em um Caldeirão Mágico de acúmulo de informação, estórias e dados, fontes de uma Babel da Ordem dos Paladinos da Razão e Prudência, em um balé chacina com a Revolução da Revolução, a Juventude Modificativa e a Velhice Permutativa/ frustrada / doutrinante. No meio, vendo arte ora grotesca, ora apenas puta, ora apenas novos mitos e heróis, de cinema, quadrinhos, séries, reciclados da tradição, meu tempo interno, o Tempo Real, sufocado pelo Tempo Sensível, que busca emular o Tempo Externo, mundano, gerando gerações fragmentadas de não poderem mudar o "mundo", ou deprimidas pela rotina áspera, acomodados em beber o néctar de um Belo transcendente, mesmo q grotesco ou fútil, mesmo que não mais participado, de mim, do eu.
E no grande esquema das coisas, do que me limito a pensar e escrever, jamais serei nada, serei pó a frustar-se, o deus matado jaz ao meu travesseiro frustrado, ainda que eu possa e saiba que Ele, o Real, exista, me demorarei a confessar. A dúvida, meu pêndulo, minha pouca honra memoriada de pequenos trapos de tradições, ainda me sustenta. Família, amigos e companhia, alguma responsabilidade que sabe meu nome.
Porém, meu caro, ser Moderno está aí, e jamais cerrando os passos, os olhos débeis: de pessoas, passando à créditos à forças à nadas, e nesta vibração modernidade, me aparento comigo, consigo, leitor.
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