domingo, 25 de março de 2018

Mofo



Moro num quarto mofado
Durmo num mofo só
2 por 2
Mofado de mim, mofado de outros
O mundo dos fungos
Se alimentam ou fazem fotossíntese, já não me lembro mais
Mofado do mundo estou
E nessa cela do eremita urbano
Inútil de tudo, não representante de nada
Mas, representando todo o esteriótipo
Permaneço
Tento e esqueço
De mim mesmo, pensando em mim
Agindo em mim, reine sobre mim
O mofo
O nada do mofo
Sendo algo
Mas, nada
Na cela, o ermitão encontra a sua morada
No meio da cidade vazia
De sentido, ele nada
Nos mares do ar estático de seu cômodo de casa
Ele está, dormindo
Esperando algo acontecer, que não acontece
Esperando o príncipe que jamais virá, Adormecido
Esperando que volte a ser o príncipe, jamais saíra da Fera
Na profundeza de sua alma
O mofo
Sim, o mofo lá está


Morro num quarto mofado
Durmi num mofo só
2 por 2
Mofado de mim, mofado de outros
O mundo dos fungos
Se alimentam ou fazem fotossíntese, já não me lembro mais

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