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sábado, 11 de agosto de 2018

Sábado com algum french touch


Entre as torres da cidade
dormem os sonhos
dormem os amores
dormem lágrimas
o que corre sobre mim
cai como a chuva
da luz do crepúsculo
em cada pensamento
fugindo entre os olhos no mundo
fixa! Fixa!
no céu poente da memória


---

N'alguma praia
entre o fim do mar
na linha do horizonte
entre a boca dos dois amantes
um fim inteiro de todo o amor
terminado entre o último abraço de ontem
e o amanhã solteiro
em seus pensamentos
Caminhando na praia
estavam os dois
perdidos em alguma dimensão paralela
nada falavam
tudo diziam
vi n'aquilo um verdadeiro amor?
ou, cúmplices de um crime
dois ladrões da alegria do mundo
no momento deles
abraçaram o tudo, inteiro
entre a distância de suas bocas, toque de suas mãos
entre a distância da praia à linha do horizonte
entre a distância de limite de seus fios de cabelos
até aqueles pequenos fios brancos
Tudo, inteiro
Apenas dois, pra dois
N'algo entra no mar
Cai no horizonte
E me beija
Me beija até tudo
Tudo estar completo
Que crime, isto
Que crime

---
Na fumaça, em que todo o fogo
Está
Minha cabeça funcionando
Emitindo
Ideias como louco
Caçando seus moinhos
Conversando com seus demônios
Volvendo em seus ventos
Ares de pensamento
Da brisa até a tempestade, nas frases
Na caçada
De algum momento
Presente, parado no tempo
Registrável como poema
Ficção de alguma filosofia futura
Fumaça de nem sempre fogo
Ideia que nem sempre boa
Presente que esconde ora fundos vales
Ora serras
Nebulosas serras! Terras de Sóis, estrelas miradas
Artes passadas
Que em seus montes, ó serras! Que em seus montes me
Aqueça este inverno
Nas constelações
Torres das pontas góticas de uma capela
De todo o meu poema guarde
E ali, ali
No sacrário que me inspiras a escrever
Musa que aquece o coração
Da neblina, da fumaça do mundo inteiro
Escreva ao menos uma letra da verdade
Uma pequena coisa daquilo que passo
Da minha alma que presenteio
Mundo inteiro
Mas, sei, ora sinistro, funesto ou surdo mundo
Que jamais preciso dele uma resposta
Mas, que eu, Musa Sofia
O ajuntarei de perguntas
O questionarei nos poderosos, nas coroas e jóias
E buscarei nos passarinhos, no orvalho
Na rosa
Ou no ônibus de manhã, no salgado da padaria
Alguma prova desnecessária
Apenas porque já está lá
No meu peito
Que toda a real poesia da alma
Já encanta um pouco o verso inteiro
Queima cabeça! Queima! Que de sua fumaça, me faz verso!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Jaqueta Chiclete de Morango

Pic, ploc
Fez o chiclete rosa que ela
Estourou na minha cara
Era um sol de Primavera
Era há uns 9, 8 ou 10 anos
Atrás
Mas, está aqui na minha frente
Sua jaqueta de couro emprestada, brilhava
No meu coração
Um vento gelado caiu de cá pra lá
Eu nunca perguntei d'onde veio
Ninguém sabe muito quem vai primeiro
Nestas coisas
Foi um bom momento
Guardei no coração
O colégio tinha acabado de
Acabar
Saímos por uns minutos, até vermos o sol
Poente
Ela foi pra um lado, eu, pra outro
Gostinho de chiclê, de morangos
Nunca mais nos vimos
Nem sei se ela se lembra
Pic, ploc
Oi, minha moça de jaqueta emprestada
Tu tá na minha lembrança