Ato de destruir leva pouco tempo,
Termina com obra longa
Confiança, um castelo, um Império
Tudo cai rápido, mesmo que demorado
Mas, a memória, algo fica
Permanece, algum sorriso
perdido no canto do rosto
Alguém olhando perdido um espaço
Um lugar qualquer, cheio daquele
significado perdido, permanente de sentido
Esquecer não é destruir
É calar
Descanso, depois da vida
Terá caos, naquilo que já vivo?
Amar é perder-se
Ou descansar eternamente?
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No toque de suas mãos, completo
Meu olhar no seu
Inteiro, descubro cada mistério
Escondido no seu corpo
Contido em sua história
Meu pedacinho brilhante de memória
Meu momento crescido de fascinação
Mas, estava apenas ali
Na sombra ausente do passante
Naquela rua chuvosa
Naquele aceno em algum ameno
Aperto do peito
Saudade, saúde, momento
Cima, embaixo
Descubro na aventura de dois
Sendo um, eu mesmo
Algum caminho feito a pares de passos
Na poeira da cidade perdida
Na trilha da montanha
Naquele pôr dos mil sóis
Entre dois olhos
Completos
---
Em algum canto de láUma moça sentada, perdeu os olhos
Nos meus
Sai da sala, ela não mais lá
Estava
Estando num ponto qualquer
Algum canto de cá
Quentinho no peito
---
Solto
Num vôo cadente
Entre os lábios, sou palavra
Poema contente
Ou tragédia latente
Ruído em ironia
Ou grito da epopéia
Romance de alguém, pira incendiada
Prometeu que leva a luz sagrada
De algum versinho galante
Pra você, pra mim
Perdido entre alguma flor
Sol adormecido numa lua acordada
Palavrinhas em verso
Rimas de sorriso de canto dos olhos
Valorize o que te guarda, não o que te usa
Abraça o que fala com você
Não o que fala de si por você
E em uma ou duas palavrinhas
Um amigo agradece cruzar seu caminho
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