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domingo, 25 de março de 2018
Testamento
Testamento
Se reclamas de minha escrita triste
Me prova a felicidade
Ela está morta, mais do que Deus.
O filósofo estava errado, em sua loucura
Ela morreu no momento em que criaram o espelho
E na melancolia, não acho nada
Não estou pelo desejo, não vivo mais neste maldito mundo
Que me cerca de coisas, pessoas-coisas
Com suas ideias coisas, com seus ideais feitos no plástico
Roubei meu ideal dos tempos antigos, ele ainda era de latão
Ou madeira? Não me lembro
Se reclamas de meus escritos melancólicos
Não digo que saibas a sua terapia
Achas que escapo do mundo, encarando-o em meus olhos
Achas que você saberá do mundo, vivendo-o animalmente?
Achas?
Não acho jamais algo mais
Já não me acho melancólico, blasfemo os românticos
Queimei a juventude primeira, esperançosa por pastéis e mocinhas saltitantes
Das cinzas fiz uma lâmina do melancólico e nela
Formei a minha prisão, que retorno condicional
Algumas vezes
Ainda não total libertado
Desta vaidade que é a juventude
Ah, vil juventude
Pelotões de hipócritas dos soldados de Mudar o Mundo
De governá-lo, de comprá-lo, de vencê-lo
Existem aos montes, nos velhos de idade
Aos estúpidos internéticos intergaláticos
Ah, vil juventude, saudade de você...
É a potência constante na História, é um amor de Hegel
Mas, cai conforme caímos
Conforme a dor nas costas vem, ou a bebida já deixa mais mal do que bem
Ah, vil juventude, agora estou em sua ressaca
Blasfemo-a antes do fim
Antes de passar aos cânions estéreis da maturidade
Antes de poder valorizar cada jardim
Ah, vil maturidade
Sim, gostaria de tê-la valorizando
Achar a flor rocha no deserto cinza, o jardim de delícias escondido e nele dormir uma noite que fosse
Mas, apenas tenho o abraço dos meus cachorros
O olhar de meus gatos
E o desprezo dos amantes ou tolerância de poucos amigos
Tenho momentos reais de alegria
Tenho a ponte entre a potência juvenil e a firmeza do maduro
É tudo pó
Sejais pó
Já não vejo mais estrelas no mundo, pois,
E isto nem sei se esperança débil dos 20 anos o és
Talvez elas estejam em mim
Por um momento
Momento de alegria por você
Para você e em mim
Que você tenha estes momentos guardados ou esqueça-os
Mas, exista-os
Exista na alegria, resista na alegria de ser um pouquinho mais
Que um jovem que não valoriza
Que um velho que guarda demais
Que um poeta que apenas exila
Apenas fique
Firme
Faça mais
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Meus cães
Em um tempo desconhecido, na região fria e cheia de pinheiros que chamamos de Caninéia, dois grandes guerreiros derrotaram todos os seus inimigos, principalmente formados pelo Clão Gatuno do Norte, seus nomes foram esquecidos pelas canções e trovas, porém, seus deuses os chamavam de Lorde Branco e Negro, eles foram os primeiros da dinastia dos Solitudum. Os conhecidos pelos poetas por Dois Irmãos derrotavam muitos e andavam por terras desconhecidas, a fim de ampliar ao máximo seus territórios e riquezas, naquele tempo, dada pelas latas de lixo reviradas e por todas as fêmeas procriadas de outros.
Porém, o Grande Castelo começou a ficar mais e mais tumultuado, o Lorde Branco, de menor força e esperteza que seu irmão, era cada vez mais jogado da liderança, sendo quase aquartelado em sua casa, no Templo dos Donos. As forças de cada um levavam a um reinado do esperto Rei Preto, o Menor, porém, ventos logo vieram trazer a derrota dos sonhos do Lorde Preto. Estes ares tinham a forma de uma carroça, trazida por viajantes, mascates, o peso sobre a perna do esperto senhor fizeram sua perna se partir em três, e seu sangue jorrou por todo o castelo enquanto sua morte com ataduras tentava ser evitada... Mas, a tempestade era mais forte que o navio, para o Abismo fora o Lorde Negro e para o Trono, seu irmão Branco era o dono, sendo agora chamado de Rex, o Felpudo.
Eis que sobre este senhor as façanhas foram menores, cuidou de tudo como um verdadeiro “bom rei”. Mesmo não espandindo suas terras e latas de lixo, teve em seu julgo vários bons cavaleiros, desde Pitty de Bassê até o Jovem de Shoesbox. Porém, seus tempos também não foram fáceis, seus cavaleiros morreriam de doença ou acidentes terríveis – o próprio Conde Pitty fora esmagado por uma peça móvel do castelo, durante um invasão-; assim seus filhos e primeira rainha, morreram todos, num período que foi chamado de Era dos Príncipes dos Caixões, um tempo sombrio, em que poucos restaram, apenas o Rex sobreviveu, junto com sua segunda esposa, chamada de Pequena. Porém, já em idade avançada, o Lorde estava cego e fraco, não poderia conduzir o Reino e o Grande Castelo por muito tempo.
Logo, os ventos mais uma vez trouxeram um forasteiro, seu nome era de longe e usava roupas estranhas, tinha o nome de Billy, era D’kid. Um caçador nato, ainda jovem mostrava sua fúria e em poucos meses, seu tamanho já era maior que o idoso Lorde Branco. Elevado pela Rainha Pequena à Duque, sintiu as forças o elevando às alturas... Logo, o velho Lorde Branco não conseguiu mais ter controle sobre suas tropas, foram derrotadas ou debandaram: o Duque tomou a sua esposa como dele e condenou ao ostracismo em seu próprio castelo ao velho Rex.
Elevou-se ao dono de Todas as Tropas, Billy D’kid, o Caçador. Teve com a rainha dois filhos, um fora chamado de Bih D’du, nome do povo da rainha, apesar deste ser mais parecido com o pai fisicamente, caso inverso de seu irmão, Trovon, o depois dito, o Gordo. Os dois filhos foram chamados de Marqueses de Solitudum.
Bih D’du fora um grande caçador de Mercenários Anfíbios e caçou até as mais altas paredes de pedra do reino. Expandiu o Reino até as maiores distâncias, mesmo o Grande Rio Valeta era conhecido por este Marquês. Era, mesmo com tudo isto, um frágil poeta, de voz ruim, porém, meigo, um assassino meigo.
Trovon, pequeno e corpulento, com seu irmão disputava sempre, desde terras até fêmeas, porém, sua voz potente não se exprimia em seu pequeno tamanho. Sua inteligência, era inegavelmente herdada dos pais e semelhante ao irmão, no Grande Templo era o único que tinha permissão para viver.
O Grande Duque Billy D’kid tinha muita força e seu exército era poderoso, nada se perdeu desde o antigo Rex, porém, em um lance funesto, no decorrer de um ano fora marcado por eventos que quase derrubaram este rei. O Velho Lorde Branco partiu, em paz, num tarde de segunda, no domingo, uma invasão de Vizinhos Bárbaros fez com que as tropas do grande Duque, agora elevado Lorde e seus filhos fossem enganadas por um estratagema que enviara tropas inimigas para um ponto do reino, atacando e invadindo fatalmente o Grande Castelo e invadindo o Templo, roubando pertences daquele local. Reinos vizinhos são os possíveis responsáveis por isto, mesmo que apenas na boca dos poetas, e na cabeça do Lorde Billy, que fora derrubado por um golpe na fronte, para sempre marcado em sua honra. Na segunda, um último evento do que fora chamado de Tempos Funestos: em uma missão de reconhecimento de novos territórios, Duque Bih D’du extendeu-se até os desconhecidos terrenos do Rio Valeta, o dia era de chuva e a terra enxarcada, os portões do reino estavam longe e não havia mais como voltar, perderam o rastro a XXVII legião e o Duque, que fora dado como desaparecido, nas sombras das tempestades.
O Lorde Billy e seu filho Trovon agora eram os únicos no reino, pois, a rainha Pequena, agora já a Velha, decidira ir também a paragens distantes. Como uma grande jornada, desapareceu nas Terras das Araucárias, ficando em um castelo de seu tio, até que sua vida caisse dos ossos.
Passaram-se anos, os ventos estavam calmos. Cerca de três invasores dos Gatunos chegaram a invadir o reino, o Lorde os derrotou de forma honrosa; um antigo morador das Partes Descuidadas do Reino fora o primiro dos derrotados, com sua gargata estraçalhada, fora deitado numa carroça, sua pequena tropa expulsa; seguiu um novo descendente seu, ao qual fora devorado, não sobrando nenhuma parte para o envio de seus restos, tamanha era a fúria do Lorde em atacar o Jovem Gatuno. Finalmente, um último representante deste clã, de nome Saltitante, fora encuralado depois de admiráveis dias de um lado para o outro.
Logo, sentimos cheiro ruim no ar. Os feitos do Grande Lorde iam desde a caça dos bárbaros, aumento do território e inúmeras repulsões aos inimigos. Porém, seu filho, Trovon, de dentro do Templo mantinha todos a sua conduta, sua força era total neste espaço, porém, o velho Lorda ainda mantinha algum respeito dentro do resto do Reino. Era um bom cão, era um bom Lorde, que pulava pelas mesas de banquetes e roubava seus deuses, deixando-o alguns rindo ou outros loucos.
Isto, porém, fora a muito tempo. Suas entranhas verteram sangue e o povo do reino, lágrimas. Fora durante a viagem de um dos deuses que ocorreu, sorrateiro, a tristeza e o silêncio do olhar do velho Lorde com seus pelos brancos cobriu a terra de tristeza. Em espasmos, dormiu em posição de queda, abriu os braços e se foi... Seu filho em silêncio, logo teve uma festa por ser o novo Lorde, o novo Rex, porém, um dos deuses o olhou no momento final... Era um momento final, um espasmo e o cheiro ruim fora substituído pela dureza do Dono
Ele o enterrou com a ajuda do outro
Colocando a terra por cima do Lorde Billy e entre duas árvores
E a Canção do Lorde da Caça Billy se encerra
De maneira torpe, rápida e com grandes lembranças
Como fora este ser
Agora, minha grande lembrança
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