Algoro prometeu para si mesmo que nunca mais entraria numa fria como aquela de novo, não acabaria por se ferrar como se ferrara daquela vez. Entrou e saiu, e era isto, em um pequeno ponto do espaço da superfície terrestre, ao qual se ocupa a Geografia, se juntara com um ponto da abóboda celeste, ao qual os astrólogos rendem homenagens noturnas em seus telescópios.
Algoro tentara, em vão, abrir a porta daquele seu quarto imundo, dando de frente para uma parede, a janela, sempre com a mesma paisagem, congelada, também não lhe era permitida pular: era um fundo de papel, atrás, mais parede.
Sempre era fim de tarde, uma hora do dia que Algoro gostava, porém, que agora lhe rendia o ódio eterno, pois, nunca deixava de ter o quarto do apartamento aquela cor laranja sonolenta - não mais renovadora.
Tudo tremeu.
Então, o homem de terno riscado abriu a porta e por ela uma luz saiu, cobriu todo o seu corpo.
Lá estava ele, no Mundo novamente, uma linda moça de olhos verdes, de roupas antigas de arqueóloga o olhava:
-Minha nossa! -disse ela - Então, é verdade! Vocês existem mesmo!
-Sim... - Respondeu Algoro, enfadado - "Quais são os teus desejos mais profundos, teus amores mais secretos e tuas vontades mais aberta?"
-...
-Diga logo, quero acabar logo com isto - Algoro não aguentava mais a luz do Mundo, ele vivia sempre na mesma tarde de 2014...
-... Meu Alex, ele morreu para nós chegarmos aqui... Foram os caingangues e seu maldito pajé e...
-Não me importa! O que quer com isto?
-... TRAGA ELE DE VOLTA!
-... - Algoro pegou algo que ele, com seus olhos doloridos, pensou ser um galho, suas unhas cortaram a madeira até deixá-la na forma de uma hominídeo. Disse: - Está feito! - E o boneco pegou fogo.
Então, como um flash e sem dizer adeus, Algoro voltou para seu lugar, a sua tarde.
...
Acho que não se passaram nem alguns dias, ou séculos, tudo tremeu novamente.
-"Quais são os teus desejos mais profundos, teus amores mais secretos e tuas vontades mais aberta?"
Havia ali um homem, ele estava vestido como um explorador, como aquela dos olhos verdes, só apenas de camisa... A última que vira. Ele olhou para ele com uma cara de fúria, em suas mãos, uma navalha ensanguentada, chorando, disse o homem:
-... Eu tive de fazer isto... Sei que Aline nunca usou o seu poder corretamente... Mas, enfim... Ela era alguém que... - E lacrimejou - Eu amava... - E chorou.
-Fale logo o que quer!
O homem o olhou com uma cara de louco, pegou sua navalha e cortou o peito de Algoro. Não saiu sangue, mas, gás verde:
-Não pode matar algo que não é deste mundo... - Sorriu Algoro, deu um safanão no homem, que desmaiou na hora.
Ficou naquele lugar iluminado demais por cerca de uma ou duas horas, até o homem acordar. Nisto, como não conseguia andar muito pelo cômodo em que estava, apenas viu algumas coisas, como, a casa bagunçada, uma carta na mesa, a foto do homem com a moça de olhos verdes que vira antes... Tudo desinteressante para Algoro, queria sair dali...
O homem, que Algoro colocara em um sofá, acordou, assustado por ainda estar vivo:
-Você tem de pedir primeiro. - disse o homem de terno riscado para o desesperado.
-... Eu, eu quero...
-Diga
-Eu quero nunca ter conhecido Aline... Quero ter ficado com Paula, ter virado um professor de escola, como queria nos meus quinze anos!!!
-... -Algoro observou aquilo... Era algo grande. Mas, o fez: ficou de frente para o homem, meteu a mão em sua carne, arrancando-lhe o fígado, aonde estavam todos os sentimentos. O pedinte caiu aos seus pés, gritando de susto, não de dor.
-Agora, se você não conheceu aquela moça, ela não deve morrer... - Algoro puxou um pequeno fio de cabelo seu e sobrou ao vento.
-Esta feito - disse e voltou para seu mundo.
...
Finalmente, passou-se vários séculos, talvez, pois, ninguém tinha mexido com Algoro ainda. Tudo calmo e quieto, ele pode contar pela enésima vez a quantidade de tábuas no teto, quantas baratas misteriosas moravam ali e ouvir o lamurio de suas próprias lembranças.
Tudo tremeu, então, como sempre acaba acontecendo, Algoro tinha uma vida rotineira, como se vê.
-"Quais são os teus desejos mais profundos, teus amores..."
Um dedo feminino pintadinho de roxo nas unhas o interrompeu, por um instante, pode ver o rosto que fizera aquilo: a mulher que ele amava, com seus olhos de tão negros que são azuis e cabelo de caramelo...
-Oi, Gogo!
-... Você...
-Sim, sou eu... Finalmente, finalmente te achei! - As lágrimas corriam o rosto da jovem, logo, ela abraçou-a e começou a ter algo estranho, algo, talvez, sentimentos? De novo? Esta coisa ruim que pesa no peito e no pé do olho esquerdo.
-O que você... O que vai pedir? - Disse o homem de terno riscado.
-... Te amo, meu Gogo... Mas, você naquela tarde pediu para libertar aquele homem... E, nunca mais voltou... Então, meu Gogo... Me perdoe...
A moça chorou, então, saiu de uma quarto um homem com tipo... Tipo explorador; pegou no ombro da moça de olhos negros e disse:
-Paula! O que você fez, Paula? Você mexeu com isto??
-... Alex? - Perguntou o homem de terno riscado.
-... Si.. Sim... Mas, o que vai fazer agora?
Algoro apenas olhou para a cena.
-Qual é o seu desejo... Paula?
-... Que seja feliz... Apenas isto - a moça com lágrimas, deu um beijo na testa do gênio. Tudo sumiu num clarão.
Algoro, acordou em seu quarto de apartamento, levantou-se, contando as baratas no chão e as tábuas no teto. Então, tudo tremeu novamente, porém, agora era de manhã.
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sexta-feira, 4 de abril de 2014
Sobre portas com tijolos
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domingo, 20 de maio de 2012
A Redenção de Um Velho - A Saga dos Elfuns
Klaln era agora cinza,o ar queimava as narinas,tudo reduzido a escombros.Um único homem andava em direção ao monte de pedras de uma varrida construção,corpos se mutiplicavam as vistas,alguns torrados,outros quebrados e alguns em pedaços,o velho cansado ajoelhou-se e começou a retirar os restos,encontrou uma criança,chorou.
-Não!-Brandou o velho enquanto acariciava a cabeça da menininha de uns oito anos,tinha sangue atrás de seus cabelos negros como a noite.Escutou um bufar,este foi aumentando de força,um bruxo se levantou,tinha ódio.
O chão tremeu,uma gargalhada nojenta se espalhou pelo lugar,estrondos tornavam-se mais potentes,finalmente saiu do solo um demônio,este surgiu embaixo do feiticeiro,deu-lhe um soco e,enquanto o velho voava no ar,agarrou-lhe o pescoço,terminado esse ataque,estava Kjards,rei dos cdevos,a segurar Locke Booke,”o mago maldito”,perto do centro da cidade.
-Pensou ter me matado?!-Disse o ser maligno,guspindo sangue azul escuro e com o braço esquerdo e uma parte do peito com profundos cortes-Pois quase conseguiu!-Sorriu com a boca ferida.
O mago o olhava com raiva incontável, Kjards virou para trás e percebeu a criança, riu e falou:
-Idiota!Escutei um choro de um humano patético,não pensei que era você!Foi ela que desviou seu golpe,ridículo,podia ter me matado,mas distraiu-se com uma pequena fedelha!Se pelo menos tivesse me destruído!Me deu tempo de cavar um buraco,pena que estracalhei meu braço...
-Maldito!-Disse Locke Booke-Cale-se!
-Foi você que a matou!Se tivesse me deixado em paz,talvez ela fosse meu almoço de amanhã,assim viveria mais um dia!-Riu o demônio em alto tom.
-Vou matá-lo!Desgraçado!
-Não,eu é que vou!-Terminando esse dito,o ser maligno começou a juntar uma chama roxa entre seus dentes,Booke reuniu suas últimas forças,abriu a mão esquerda,Whailibur,a espada do mago,jazia próxima,embaixo de escombros.
Quando estava para lançar o golpe,o rei dos cdevos,ainda piscou sarcasticamente para Locke,este deu um berro e a espada vôou para sua mão,o bruxo deu um ataque na lateral do demônio,quando este baqueou virando para o lado e assim perdendo toda a energia acumulada,o mago passou-lhe a lâmina diagonalmente,do ombro direito ao peito,jorrou o líquido de vida,o golpeado deu um grito de dor,quando viu,já estava com o feiticeiro,que dando um giro no céu,equilibrou-se em seu ombro recém cortado,Booke cravou-lhe a arma no pescoco e pulou para o lado,fazendo uma grande sujeira e caindo de mau-jeito poucos metros depois.
Kjards ajoelhou,caiu,bufando e sangrando muito,teve forças ainda para dizer:
-Foi sua culpa,não pode mudar isso.-E olhando para o feiticeiro,que levantando com dificuldade,levantou a espada e fazia esta brilhar com cor de fogo,completou:
-Um último golpe?
-Eslibur chenmai!-Berrou Locke,e sua espada queimou em chamas,deixando esta verticalmente,viu ainda um leve piscar de olho,cravou-a,escutou um último sussuro,um fogo amarelado queimou rapidamente o corpo,logo,este explodiu,o mago foi jogado para trás,um enorme barulho ecôou pelo deserto de carcaças,Kjards,o rei demoniáco dos cdevos fora destruído.
-Não!-Brandou o velho enquanto acariciava a cabeça da menininha de uns oito anos,tinha sangue atrás de seus cabelos negros como a noite.Escutou um bufar,este foi aumentando de força,um bruxo se levantou,tinha ódio.
O chão tremeu,uma gargalhada nojenta se espalhou pelo lugar,estrondos tornavam-se mais potentes,finalmente saiu do solo um demônio,este surgiu embaixo do feiticeiro,deu-lhe um soco e,enquanto o velho voava no ar,agarrou-lhe o pescoço,terminado esse ataque,estava Kjards,rei dos cdevos,a segurar Locke Booke,”o mago maldito”,perto do centro da cidade.
-Pensou ter me matado?!-Disse o ser maligno,guspindo sangue azul escuro e com o braço esquerdo e uma parte do peito com profundos cortes-Pois quase conseguiu!-Sorriu com a boca ferida.
O mago o olhava com raiva incontável, Kjards virou para trás e percebeu a criança, riu e falou:
-Idiota!Escutei um choro de um humano patético,não pensei que era você!Foi ela que desviou seu golpe,ridículo,podia ter me matado,mas distraiu-se com uma pequena fedelha!Se pelo menos tivesse me destruído!Me deu tempo de cavar um buraco,pena que estracalhei meu braço...
-Maldito!-Disse Locke Booke-Cale-se!
-Foi você que a matou!Se tivesse me deixado em paz,talvez ela fosse meu almoço de amanhã,assim viveria mais um dia!-Riu o demônio em alto tom.
-Vou matá-lo!Desgraçado!
-Não,eu é que vou!-Terminando esse dito,o ser maligno começou a juntar uma chama roxa entre seus dentes,Booke reuniu suas últimas forças,abriu a mão esquerda,Whailibur,a espada do mago,jazia próxima,embaixo de escombros.
Quando estava para lançar o golpe,o rei dos cdevos,ainda piscou sarcasticamente para Locke,este deu um berro e a espada vôou para sua mão,o bruxo deu um ataque na lateral do demônio,quando este baqueou virando para o lado e assim perdendo toda a energia acumulada,o mago passou-lhe a lâmina diagonalmente,do ombro direito ao peito,jorrou o líquido de vida,o golpeado deu um grito de dor,quando viu,já estava com o feiticeiro,que dando um giro no céu,equilibrou-se em seu ombro recém cortado,Booke cravou-lhe a arma no pescoco e pulou para o lado,fazendo uma grande sujeira e caindo de mau-jeito poucos metros depois.
Kjards ajoelhou,caiu,bufando e sangrando muito,teve forças ainda para dizer:
-Foi sua culpa,não pode mudar isso.-E olhando para o feiticeiro,que levantando com dificuldade,levantou a espada e fazia esta brilhar com cor de fogo,completou:
-Um último golpe?
-Eslibur chenmai!-Berrou Locke,e sua espada queimou em chamas,deixando esta verticalmente,viu ainda um leve piscar de olho,cravou-a,escutou um último sussuro,um fogo amarelado queimou rapidamente o corpo,logo,este explodiu,o mago foi jogado para trás,um enorme barulho ecôou pelo deserto de carcaças,Kjards,o rei demoniáco dos cdevos fora destruído.
Parte 2.
Leont voltava para perto da cidade com os outros magos,pois correram como o vento durante a fuga,ele estava à frente dos outros feiticeiros e viu a cena narrada a pouco,compreendeu o irmão.Em sua companhia,seu cavalo e o de Booke,este,mesmo estando a uns quinhentos metros,enxergou o jovem mago e assobiando logo fez sua montaria o acolher.Leont permaneceu calado,apenas abaixou a cabeça e,sussurando,disse:
-Adeus.
O jovem mago disse aos outros apenas o necessário:”-Ele sumiu,assim como Ecinos(cavalo de Locke),logo que chegamos,o potro saiu em disparrada para os campos,Locke deve estar lá,temos que ir procurá-lo!”-Os velhos bruxos,claro,desconfiaram da história,tendo alguns até demonstrado isso,porém,seguiram para o leste em busca de Booke,entretanto,o verdadeiro seguia para o norte,sem rumo nem espírito.
Andara quase um dia inteiro quando chegara à Tol,pequeno vilarejo fundado pelos lendários Galampricys durante a expulsão dos gigantes,isto,a muito tempo atrás,tendo descido da montaria,estava Locke Booke de frente a taverna-estalagem de Dom Libidijos,um famoso velho porco da região,agora caolho e sem uma perna.
-Quero um quarto.-Falou Booke ao taverneiro,um gordo rosado e de faces abigodadas.
-Vai custar 20 pesos em ouro,mas se quiser bóia,velho torpe,é 25.-Respondeu cuspindo.
-Adeus.
O jovem mago disse aos outros apenas o necessário:”-Ele sumiu,assim como Ecinos(cavalo de Locke),logo que chegamos,o potro saiu em disparrada para os campos,Locke deve estar lá,temos que ir procurá-lo!”-Os velhos bruxos,claro,desconfiaram da história,tendo alguns até demonstrado isso,porém,seguiram para o leste em busca de Booke,entretanto,o verdadeiro seguia para o norte,sem rumo nem espírito.
Andara quase um dia inteiro quando chegara à Tol,pequeno vilarejo fundado pelos lendários Galampricys durante a expulsão dos gigantes,isto,a muito tempo atrás,tendo descido da montaria,estava Locke Booke de frente a taverna-estalagem de Dom Libidijos,um famoso velho porco da região,agora caolho e sem uma perna.
-Quero um quarto.-Falou Booke ao taverneiro,um gordo rosado e de faces abigodadas.
-Vai custar 20 pesos em ouro,mas se quiser bóia,velho torpe,é 25.-Respondeu cuspindo.
O mago estava como disfarçado,havia tirado suas peças armaduradas e posto roupas mais simples,se estivesse de posse de uma forma guerreira,com certeza,seria uma “pérola no meio de conchas vazias”.
-Pago metade hoje.-Disse o mago,como se desse uma “resposta”.
-É agora ou racha!-Guspiu mais o gordo.
-Venha.-Desafiou o mago.
A taverna estava cheia,o fim de tarde atraía “os lobos velhos”,o balconista olhou para uma mesa,nesta,estavam malencarados e robustos capangas que,ao olhar de ordem,levantaram-se e iam na direção de Booke,este,calmamente,olhou de relance para os três bugres.
Eles estavam armados de picaretas e paus,aproximaram-se cada vez mais perigosamente,de repente,a um som de vento,estava Locke a empunhar o cajado,olhava-os poderosamente,a disfarçada bengala de velho senhor voltava em sua forma de bastão de feiticaria e apontava para o pescoço de um dos atacantes,de vistas agora aterrorizadas.Como se obra de magia,os atacantes,em movimentos compassados,sentaram-se novamente em seus lugares,beberam sua bebida e,imediatamente depois do gole conjunto,caíram a dormir sentados.
-Sua melhor bebida,por favor.-Pediu o mago.
-Sim,sim,já vai.-Respondeu,sem guspir,o assustado gordo.
Era uma bebida pobre,mas com certeza a melhor da espelunca,de nome Wizirum,tinha um cheiro forte,pois fora fermentada de um arroz-bravo da região ainda no mesmo dia.Desceu a garganta do mago como uma labareda que cai em uma folha seca,ele,já com um bafo horrível,perguntou:
-Pago metade hoje.-Disse o mago,como se desse uma “resposta”.
-É agora ou racha!-Guspiu mais o gordo.
-Venha.-Desafiou o mago.
A taverna estava cheia,o fim de tarde atraía “os lobos velhos”,o balconista olhou para uma mesa,nesta,estavam malencarados e robustos capangas que,ao olhar de ordem,levantaram-se e iam na direção de Booke,este,calmamente,olhou de relance para os três bugres.
Eles estavam armados de picaretas e paus,aproximaram-se cada vez mais perigosamente,de repente,a um som de vento,estava Locke a empunhar o cajado,olhava-os poderosamente,a disfarçada bengala de velho senhor voltava em sua forma de bastão de feiticaria e apontava para o pescoço de um dos atacantes,de vistas agora aterrorizadas.Como se obra de magia,os atacantes,em movimentos compassados,sentaram-se novamente em seus lugares,beberam sua bebida e,imediatamente depois do gole conjunto,caíram a dormir sentados.
-Sua melhor bebida,por favor.-Pediu o mago.
-Sim,sim,já vai.-Respondeu,sem guspir,o assustado gordo.
Era uma bebida pobre,mas com certeza a melhor da espelunca,de nome Wizirum,tinha um cheiro forte,pois fora fermentada de um arroz-bravo da região ainda no mesmo dia.Desceu a garganta do mago como uma labareda que cai em uma folha seca,ele,já com um bafo horrível,perguntou:
-Onde há diversão por aqui?
-Na Casa de Cortesia,senhor,-falou baixo o gordo-fica descendo a ladeira.-Apontou com o dedo.
-Pode dar-me a chave do quarto?-Entregou o gordo a chave para o feiticeiro,este,pegou a garrafa da bebida que tomara,perguntando:
-Posso?
O balconista permitiu com um movimento de cabeça.Locke subiu para seu quarto deixou suas coisas,as quais foram decarregadas de seu cavalo gentilmente pelo gordo,pôs a garrafa na pequena mesa ao lado da cama e trocou de roupa,ficando com uma não tão pobre nem tão refinada,saiu e se dirigiu para a Casa de Cortesia de Dona Majerona,que só para constar,era mulher do fundador da taverna.
Voltou à madrugada,tinha tido uma noite boa,uma bela e alguns vinhos o haviam acompanhado,porém,estava em silêncio,total e mortuário.Entrou no quarto,sentou na cama,olhou para o nada,revisou toda a vida que participou,sua e a dos outros,lembrou-se desde o resgaste seu e do irmão feito pelo mago Son-tsu,o treinamento com este,a vida de pobreza e orfã,o roubo,a sobrevivência,o assassinato,o bandido,o mercenário,o mestre e a morte.
Chegou o raiar avermelhado do dia,Locke pegou a garrafa,deu três longos goles e derramou o pouco que restava no chão,sua face era estática,meditante,não chorou,pois suas lágrimas secaram-se.
-Chega disso...acabou!-Ordenou.
Um velho bruxo redimira-se.
Pegou seu cavalo,ainda durante o meio da manhã,pagou ao taverneiro,25 pesos de ouro e 5 de prata,”-A fim de pagar a bebida.”,disse ao gordo.Partiu rumo ao nordeste,pois queria ver o passado.
-Na Casa de Cortesia,senhor,-falou baixo o gordo-fica descendo a ladeira.-Apontou com o dedo.
-Pode dar-me a chave do quarto?-Entregou o gordo a chave para o feiticeiro,este,pegou a garrafa da bebida que tomara,perguntando:
-Posso?
O balconista permitiu com um movimento de cabeça.Locke subiu para seu quarto deixou suas coisas,as quais foram decarregadas de seu cavalo gentilmente pelo gordo,pôs a garrafa na pequena mesa ao lado da cama e trocou de roupa,ficando com uma não tão pobre nem tão refinada,saiu e se dirigiu para a Casa de Cortesia de Dona Majerona,que só para constar,era mulher do fundador da taverna.
Voltou à madrugada,tinha tido uma noite boa,uma bela e alguns vinhos o haviam acompanhado,porém,estava em silêncio,total e mortuário.Entrou no quarto,sentou na cama,olhou para o nada,revisou toda a vida que participou,sua e a dos outros,lembrou-se desde o resgaste seu e do irmão feito pelo mago Son-tsu,o treinamento com este,a vida de pobreza e orfã,o roubo,a sobrevivência,o assassinato,o bandido,o mercenário,o mestre e a morte.
Chegou o raiar avermelhado do dia,Locke pegou a garrafa,deu três longos goles e derramou o pouco que restava no chão,sua face era estática,meditante,não chorou,pois suas lágrimas secaram-se.
-Chega disso...acabou!-Ordenou.
Um velho bruxo redimira-se.
Pegou seu cavalo,ainda durante o meio da manhã,pagou ao taverneiro,25 pesos de ouro e 5 de prata,”-A fim de pagar a bebida.”,disse ao gordo.Partiu rumo ao nordeste,pois queria ver o passado.
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Meus cães
Em um tempo desconhecido, na região fria e cheia de pinheiros que chamamos de Caninéia, dois grandes guerreiros derrotaram todos os seus inimigos, principalmente formados pelo Clão Gatuno do Norte, seus nomes foram esquecidos pelas canções e trovas, porém, seus deuses os chamavam de Lorde Branco e Negro, eles foram os primeiros da dinastia dos Solitudum. Os conhecidos pelos poetas por Dois Irmãos derrotavam muitos e andavam por terras desconhecidas, a fim de ampliar ao máximo seus territórios e riquezas, naquele tempo, dada pelas latas de lixo reviradas e por todas as fêmeas procriadas de outros.
Porém, o Grande Castelo começou a ficar mais e mais tumultuado, o Lorde Branco, de menor força e esperteza que seu irmão, era cada vez mais jogado da liderança, sendo quase aquartelado em sua casa, no Templo dos Donos. As forças de cada um levavam a um reinado do esperto Rei Preto, o Menor, porém, ventos logo vieram trazer a derrota dos sonhos do Lorde Preto. Estes ares tinham a forma de uma carroça, trazida por viajantes, mascates, o peso sobre a perna do esperto senhor fizeram sua perna se partir em três, e seu sangue jorrou por todo o castelo enquanto sua morte com ataduras tentava ser evitada... Mas, a tempestade era mais forte que o navio, para o Abismo fora o Lorde Negro e para o Trono, seu irmão Branco era o dono, sendo agora chamado de Rex, o Felpudo.
Eis que sobre este senhor as façanhas foram menores, cuidou de tudo como um verdadeiro “bom rei”. Mesmo não espandindo suas terras e latas de lixo, teve em seu julgo vários bons cavaleiros, desde Pitty de Bassê até o Jovem de Shoesbox. Porém, seus tempos também não foram fáceis, seus cavaleiros morreriam de doença ou acidentes terríveis – o próprio Conde Pitty fora esmagado por uma peça móvel do castelo, durante um invasão-; assim seus filhos e primeira rainha, morreram todos, num período que foi chamado de Era dos Príncipes dos Caixões, um tempo sombrio, em que poucos restaram, apenas o Rex sobreviveu, junto com sua segunda esposa, chamada de Pequena. Porém, já em idade avançada, o Lorde estava cego e fraco, não poderia conduzir o Reino e o Grande Castelo por muito tempo.
Logo, os ventos mais uma vez trouxeram um forasteiro, seu nome era de longe e usava roupas estranhas, tinha o nome de Billy, era D’kid. Um caçador nato, ainda jovem mostrava sua fúria e em poucos meses, seu tamanho já era maior que o idoso Lorde Branco. Elevado pela Rainha Pequena à Duque, sintiu as forças o elevando às alturas... Logo, o velho Lorde Branco não conseguiu mais ter controle sobre suas tropas, foram derrotadas ou debandaram: o Duque tomou a sua esposa como dele e condenou ao ostracismo em seu próprio castelo ao velho Rex.
Elevou-se ao dono de Todas as Tropas, Billy D’kid, o Caçador. Teve com a rainha dois filhos, um fora chamado de Bih D’du, nome do povo da rainha, apesar deste ser mais parecido com o pai fisicamente, caso inverso de seu irmão, Trovon, o depois dito, o Gordo. Os dois filhos foram chamados de Marqueses de Solitudum.
Bih D’du fora um grande caçador de Mercenários Anfíbios e caçou até as mais altas paredes de pedra do reino. Expandiu o Reino até as maiores distâncias, mesmo o Grande Rio Valeta era conhecido por este Marquês. Era, mesmo com tudo isto, um frágil poeta, de voz ruim, porém, meigo, um assassino meigo.
Trovon, pequeno e corpulento, com seu irmão disputava sempre, desde terras até fêmeas, porém, sua voz potente não se exprimia em seu pequeno tamanho. Sua inteligência, era inegavelmente herdada dos pais e semelhante ao irmão, no Grande Templo era o único que tinha permissão para viver.
O Grande Duque Billy D’kid tinha muita força e seu exército era poderoso, nada se perdeu desde o antigo Rex, porém, em um lance funesto, no decorrer de um ano fora marcado por eventos que quase derrubaram este rei. O Velho Lorde Branco partiu, em paz, num tarde de segunda, no domingo, uma invasão de Vizinhos Bárbaros fez com que as tropas do grande Duque, agora elevado Lorde e seus filhos fossem enganadas por um estratagema que enviara tropas inimigas para um ponto do reino, atacando e invadindo fatalmente o Grande Castelo e invadindo o Templo, roubando pertences daquele local. Reinos vizinhos são os possíveis responsáveis por isto, mesmo que apenas na boca dos poetas, e na cabeça do Lorde Billy, que fora derrubado por um golpe na fronte, para sempre marcado em sua honra. Na segunda, um último evento do que fora chamado de Tempos Funestos: em uma missão de reconhecimento de novos territórios, Duque Bih D’du extendeu-se até os desconhecidos terrenos do Rio Valeta, o dia era de chuva e a terra enxarcada, os portões do reino estavam longe e não havia mais como voltar, perderam o rastro a XXVII legião e o Duque, que fora dado como desaparecido, nas sombras das tempestades.
O Lorde Billy e seu filho Trovon agora eram os únicos no reino, pois, a rainha Pequena, agora já a Velha, decidira ir também a paragens distantes. Como uma grande jornada, desapareceu nas Terras das Araucárias, ficando em um castelo de seu tio, até que sua vida caisse dos ossos.
Passaram-se anos, os ventos estavam calmos. Cerca de três invasores dos Gatunos chegaram a invadir o reino, o Lorde os derrotou de forma honrosa; um antigo morador das Partes Descuidadas do Reino fora o primiro dos derrotados, com sua gargata estraçalhada, fora deitado numa carroça, sua pequena tropa expulsa; seguiu um novo descendente seu, ao qual fora devorado, não sobrando nenhuma parte para o envio de seus restos, tamanha era a fúria do Lorde em atacar o Jovem Gatuno. Finalmente, um último representante deste clã, de nome Saltitante, fora encuralado depois de admiráveis dias de um lado para o outro.
Logo, sentimos cheiro ruim no ar. Os feitos do Grande Lorde iam desde a caça dos bárbaros, aumento do território e inúmeras repulsões aos inimigos. Porém, seu filho, Trovon, de dentro do Templo mantinha todos a sua conduta, sua força era total neste espaço, porém, o velho Lorda ainda mantinha algum respeito dentro do resto do Reino. Era um bom cão, era um bom Lorde, que pulava pelas mesas de banquetes e roubava seus deuses, deixando-o alguns rindo ou outros loucos.
Isto, porém, fora a muito tempo. Suas entranhas verteram sangue e o povo do reino, lágrimas. Fora durante a viagem de um dos deuses que ocorreu, sorrateiro, a tristeza e o silêncio do olhar do velho Lorde com seus pelos brancos cobriu a terra de tristeza. Em espasmos, dormiu em posição de queda, abriu os braços e se foi... Seu filho em silêncio, logo teve uma festa por ser o novo Lorde, o novo Rex, porém, um dos deuses o olhou no momento final... Era um momento final, um espasmo e o cheiro ruim fora substituído pela dureza do Dono
Ele o enterrou com a ajuda do outro
Colocando a terra por cima do Lorde Billy e entre duas árvores
E a Canção do Lorde da Caça Billy se encerra
De maneira torpe, rápida e com grandes lembranças
Como fora este ser
Agora, minha grande lembrança
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