Depois da batalha contra Olhos-de-Espelho, o Panda vê que
não está forte o bastante e resolve ir atrás da Armadura do Clã Suboshi, a
antiga Arma do Senhor do Leste. Nos confins do Lugar-Nenhum, perto da Casa do
Último Mandarim, lá estava esta armadura, guardada pelos quatro filhos do
patriarca Suboshi:
Kang, aquele ao qual
o Panda encontrou quando chegou na erma terra de Lugar-Nenhum... Uma terra que
um dia fora uma enorme primavera, que possuía moinhos de trigo, cevada e
infinitas criações de mel, hoje, nem parada de naves para reabastecimento é...
Uma terra triste, uma terra que chora. Este lamentar era acompanhado pela fúria
de Kang, ditador maldito das poucas povoações que lá haviam, ele era um enorme
centauro, armado de espadas e arcos, ele limpava todos aquelas e aqueles que
não aceitavam suas ordens.
E então, abrindo uma
pequena porta de um taberna, aonde os ventos carregavam os ventos e folhagens,
saiu o Panda, ele estava com seu chapéu e portava apenas uma espada – sua forma
era de um homem, sua face, animalesca. O ditador Kang não temeu a besta-maga,
estava a cobrar impostos dos moradores, era representante do Poder, do Estado,
da Igualdade de todos forçada, logo, tinha as proteções dos governantes e
antigos deuses do Leste. Parte para o golpe com seus capangas armadurados de
samurais e armados de carabinas.
Em um movimento de
sorriso, o Panda corta as faces do comparsas e fica de frente para o enorme
animal que se tornara o Centauro Kang. Ele branda sua espada, o outro a combate
e... E... Por um momento, o sol demarca a forma de um homem lutando contra um
cavalo, mesmo que os dois não fossem nem uma coisa nem outra. E, logo, a arma
brande novamente e seu som é molhado, um pé de Kang cai... Mas, ele corre, ele
corre e as pessoas saem de suas casas, assustadas, pois, não se imagina que o
Ditador um dia cai, que um dia haja algum tipo de Justiça...
-Você já imaginou o medo,
Kang, filho de Suboshi? – Grita, o Panda.
-Não!!!! – Corre o
centauro, mancando...
Uma das carabinas é
mirada, disparada, o animal cai. Feirdo, Kang clama por sua vida. Ao qual o
Panda propõe, em palavras calmas, que ele seja poupado por ele:
-Diga, Kang, aonde
morram seus irmãos?
-... Eu, eu não posso! – Grita de dor – Eles são bons... Me
deram esta gente pra que eu cuidasse, não posso traí-los!
-Não digo traição,
digo que você me diz aonde estão e pronto...
– Mira o Panda na cabeça do animal...
-Tudo bem! Tudo bem!
Eles estão no Vale da Última Primavera, é um lugar fácil... É o único aonde há
flores...
-Obrigado! Agora, vou
indo... – Nisto, as pessoas que estavam na pequena aldeia trazem anchinhos,
facas, panelas... Vêm se aproximando...
-Por favor! Me salva!
–Diz Kang.
-Já te salvei... De mim. – O Panda parte, pegando uma das
antas que os capangas montavam; porém, antes, deixa a carabina para Kang,
descarregada.
Chego numa ponte
aonde não posso atravessar. Desco da minha montaria – uma anta enorme e caminho
para a frágil estrutura de madeira... Parece que chegue no Vale da Última
Primavera, pois, nesta terra seca e árida ao qual chamam de Mansão da Família
Suboshi, localizada em Lugar-Nenhum, um confim da Galáxia conhecida, vi uma
enorme cerejeira – a primeira, em quilometros.
Meus pés tocam as
finas madeiras e ouço um click, pulo, pois, pode ser uma bomba...
-BEEEEEEEEEEEEEEhhhh
– Grita a corneta. É um alarme, ao qual, do outro lado da ponte, surgem
diversos soldados com baionetas. Porém, deles sai um maior, um alto, com a cara
deformada por parafusos...
-Sou Tomobo.
-Olá, Tomobo, é um dos filhos de Suboshi? –Lembro dele, do
documento que li contando a história desta família, a Suboshi: o pai, patriarca
e poderoso membro da Corporação Seyriuu, se viu envolvido em uma guerra enorme,
ao qual lhe deu o poder sobre esta terra. Nos confins da Galáxia conhecida,
Suboshi trouxe muitos colonos para escravizar sem precisar se preocupar com as
leis e outros planetas invasores... Então, com escravas, ele tem 4 filhos
conhecidos e mais alguns bastardos. A toda a revolta, a morte, que ele dá
através de um poder misterioso, que conduz a madeira – podendo transformar até
os inimigos em árvore!
Logo, eu precisava
daquele poder!
-Sou Tomobo! Você é
morto! – Tira a camisa o ser de cara deformada,
e metade dele é de robô, de metal e braço de garras, outra, humana,
fraca perante a máquina, ao que parece, pelo nível de burrice deste ser...
Mira suas garras em
mim, desviarei e cravarei minhas espadas nele, claro... Corro, desviando das
garras e... Elas voltam! Elas se mexem como cobras!
Amarrado pela
criatura que se diz humana, sou trazido para perto para um tipo de pistola com
um feixe de luz vermelha. Tomobo ri, atira para o lado e explode uma árvore,
para mostrar sua poderosa arma. Mas, armas poderosas não indicam que há um bom
portador delas... Meu corpo derrete-se em uma forma plástica, rotorno a forma
normal e atigo ele com um soco, ao qual, decaindo no grunido dado como um
bicho, pulo em suas costas e finco minha espada...
Ele grita, pulo para
o canto da ponte, ele não está morto, nem os soldados que apontam suas armas
para mim. De repente, sou amarrado pelas garras novamente e ele atirará seu
raio em mim... Não há outra chance a não ser pular de encontro ao precipício –
raio disparado, soldados explodem, eu giro com as garras amarradas como cordas
e fecho meu punho, minha mão conduz fogo e cravo-lhe o peito... Tomobo não
tinha sentimentos, mas, vi uma lágrima escorrer-lhe enquanto tirava a lâmina de
minha espada de uma forma ao contrário, segurando não pelo cabo...
Ajeito-a, e corro
para um ataque final... Ele é duas partes agora... Porém, seu rosto me sorri,
um riso de dentes sádicos que terminam em uma enorme explosão...
A partir daí, apenas
sombras...
Ainda desmaiado,
minha pele esta coberta de fios e catéteres... Sinto que alguém tenta roubar
meu sangue...
Ele ri, então, ri e
ri... Criatura azul e de olhos amarelados, seu nome é Nakagobo, o Bebedor de
Sangue Ruim.
... ... ...
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