Útil com o que sente
Faça arte
E renegue a sua insignificância
A estrada foi fechada
O sol está na sua cara,
O inverno mais seco em décadas
E você apenas está úmido
Por dentro, uma única lágrima
Nada além de afogar-se
Em seu próprio Fosso
Do próprio Castelo
Sem príncipe, sem princesa
Você só sente aquele peso
Do seus ossos e corpo
Andando pé-a-pé pela ponte
Da muralha
Apenas vejo rostos conhecidos
De memórias que tento afogar
Elas sempre voltam
Como uma flecha com ponta curva
Não se mostra o que não se é
Se finge muito bem
mas, um dia as muralhas do castelo caem
Por mãos de seu dono ou dos bárbaros
E o rei está nu
de fronte ao pior inimigo possível
Si mesmo.
Faça Arte, mesmo que simples
Resista a sua insignificância
Aceitando-a
Não seja artista, pois este já humilde não é
E do insulto vive sua vida
Pra ver se em seu castela nascem flores
Que só são pinturas, sempre o serão.
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