Negação
Em entrar em si mesmo e ver que só é apenas um monte de não
Desinteresse
Tédio
Negando a si mesmo, perdeu-se no mundo
Cheio de gente
Mas, já nenhuma lhe aparecia alguma coisa
Ou ele aparecia algo
Não parece
Não presta pra nada
Um simples desocupado, disse o professor
Está cheio de palavras, mas o sentido
O sentido não interessa
Não quer mais que interesse nada de si
Não faz por merecer nada
Apenas viciou-se, na negação
Ele a busca, a deseja ardentemente
Apenas para ver se está vivo
Ou já está morto
Dormindo, entre lençóis de sua casa
Que já não é mais sua
Já não é mais nada
Já não tem interesse
Nunca foi interessante
Apenas, peculiar
Não...
A angústia já lhe abraça todo o tempo
E estas palavras, seguram o pouco de vento
Que sobra soprando em seu peito
Não...
Já nega a si mesmo a tantos anos
Que o relógio já não mede nada
Apenas, apenas nada
Nem mapa ou perdido está
Viveu na inércia, trazia em sua lápide
Não fez nada
Não mereceu nada
Não interessou a ninguém
Mais do que a conversa ou a piedade descrita.
E agora,
Nega
Adeus
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