Ela me olhou com seus olhos de maré, novamente, estava perdido entre o ali e o aqui. Apenas os lençóis revirados e lenços cobrindo as faces na cidade Borboleta. Apenas uma chama azul corria no centro dos prédios, Azulli, a pequena com cabelos negros e franja, alguma altura, pouca massa no corpo, nada de mais, ela não soube a sua importância, nem ela, nem a nossa ciência Patafísica
Nada como um dos dias mais escuros que já vi, um dia estranho em que a cidade de Allan Poe escurecia as suas vistas e os fluxos contínuos de carros e máquinas humanas, as pessoas da megalópole, eram as únicas que davam um pouco de lanternas àquela situação... Azulli andava por pedras lisas da grande cidade do continente sul-americano, seus pés brancos tocavam descalços o chão escuro... Tudo parecia um gigantesca globo em tons de cinza que saía do chão até o chão, logo, a única que vi foi ela, toda muito confusa, aquela era um dos seres mais impressionantes que os Agentes do Caos haviam visto, ela era um deles, talvez um dos maiores, mas não sabia disto -acabava por não conhecer a nós mesmos, como é comum-, apesar deste "erro" comum, eu não liguei, pois minha arma feita com ossos do Antigo Tubarão me deixavam invulnerável, os olhos delas em sua franja, idioticamente imortal
Ela andava pelos subúrbios, pois pelas ruas sujas da cidade que cresceu pelo trigo, ela não tinha um quinhão do pão; sozinha, cheguei por trás, minha espada estava guardada, dentro da calça, como um pequeno alfinete... Meus dedos foram como cordas de violão tocadas em seu corpo...
Um pequeno chamar e ela se assustou, me conhecia de algum lugar... A Máscara de Dopp, o doppelganger, me disfarçou e eu cheguei perto dela, meu nome era Denis Raven, um amigo de escola. Ela me abraçou e falou que era muito bom encontrar-me... Eu, por dentro da máscara, sorri quando ela me tocou com seu corpo branco e com alguns pontos de pelos pretos...
Levei-a para um pequeno hotel na cidade velha, a Casbah, os tons cinzas misturavam com o amarelo e eu via sua face pálida se misturar com o vermelho cada vez que com um gracejo lançava meus tentáculos sobre Azulli. Logo, cheguei em um ponto, no 3º andar, quarto trancado e algum tempo de conversa... O ponto era aquele, chegava a hora de consumar o ato!
Lancei minhas mãos grandes sobre ela e a coloquei de costas para mim, peguei um tubo de borracha que guardava no osso da perna direita e cravei atravessando seu corpo, saquei outro do outro membro e coloquei na outra direção, sua dor parecia não me incomodar... Fui até a cozinha e peguei uma panela, colocava alguns fios para poder gerar um transferidor, pois precisava curar ela, a garota havia explodido um bairro inteiro -foi divulgado no jornal que havia sido uma explosão de gás, um bueiro que voava pelo céu e desencadeou a situação... Eu sabia que não... Ela era um ser que em meus estudos de patafísica e de filosofia, descobri que se chamava Copo, um ser que acumulava seus sentimentos em uma timidez e um silêncio tão perturbadores, que apenas o amor - paixão poderia fazer com que fosse possível capturar sua força... Sua expressão, seu Sentir, a capacidade mais poderosa que encontrei...
Eu, uma máquina, apenas via que nela eu poderia capturar o meu poder, mas nunca imaginei aquilo: "Ela era bela"; sou uma máquina do século XIX, sou Mach III, não deveria sentir nada... Não tinha mais que metade do meu rosto de carne que implantei dos mortos, os esquecidos por todos, ao quais os seres humanos pregam que devemos temer em tornar-se um, e igualmente tentam amar seus parentes mortos, em um contrassenso que me faz duvidar de uma das duas atitudes humanas sobre os falecidos...Eu, uma máquina, não morria, apenas continuei minha caminhada até o começo de um novo século e, novamente, começo outro...
Olhava pra ela no entanto, para Azulli, ela olhou com ódio por um espelho, logo, percebi que minha máscara caiu, ela já não mais parecia o que ela queria ver... Senti um arrepio... As luzes ligaram sozinhas e era dia, começou o quarto a dar saltos, rápidos, e sedentos, não sabendo eu se eram meus olhos ou algo assim, retirei a escopeta portátil de meu braço... Mirei nela, ouvi apenas em minha cabeça, como se eu dissesse a mim mesmo:
-Não pode derrotá-la, ela acredita em você, sua crença o destrói, robô e Ser Racional, o Ser Humano Máquina.
De repente, quatro sombras saíram de seu corpo e cresceram a minha altura, que não era pouco... Eles tinham caras de corvo e pegaram minha arma. Minhas tentativas de soltar-me foram inúteis... A mão desceu sobre minha face... Desativei
Desativei por um tempo, havia apenas algumas horas eu planejava conquistar a menina e conseguir sua força... Conseguir me tornar humano... Mas, a Fada Azul não recompensou esta marionete, pois, sentada em um banco, com quatro sombras ao seu lado e no seu olho a cor de dentro branco estava... Estava meu sonho... Manda a sentença a garota:
-Você viveu para enganar, enganar-se... Viveu achando que em algum momento da vida iria se tornar um ser poderoso, pensou que poderia conseguir realizar seus sonhos... Não pode, pois ninguém sonha na verdade... São apenas memórias organizadas em sua mente... O que ocorre é o que faz com mãos e pedras, durante o tempo que esta acordado... -Ela chegou perto do meu ouvido:
-Eu, Azillis, sou teu fim, pois você e suas pedras param por aqui... Sonhou mais que agiu, não usou nem a proporção 3/4 dos camundongos... Como ratinho na ratoeira, te liberto!
O golpe na costela e eu senti o cabo de borracha entrar, o outro, eu conseguia sentir... EU SENTIA!!! Porém, estava beira da morte, não me adianta nada agora, se por fios eu tenho sangue, se por circuitos, tenho nervos... Tudo se resumi a um pequeno momento tolo...
Os peças explodiram, quando por alguns segundos não vi mais que minha cabeça voando em um explosão... Girou, girou e girou... Havia um Parque Verde lá, olhei para cima e vi uma pequena borboleta azul voando... A Morte me beijou ali... Com sua boca fria, havia por um momento, sonhado e agido
Agora é tarde, pois a borboleta continuou a voar e nada mais vi, a não ser sonhos.
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pataf%C3%ADsica
http://www.youtube.com/watch?v=kAjl21R7yBM&feature=fvsr
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sábado, 17 de setembro de 2011
Um último voar de borboleta #Agentes do Caos
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sábado, 15 de janeiro de 2011
Mach I #Agentes do Caos
os aviões formaram os anjos de metal que davam a terra o sarrafo de bombas que liquidavam e geravam o mar de fogo no chão
eu nunca tinha terminado um livro até aquele, que terminei e ler no armário; nem a Bíblia que minha mãe e minha tia me obrigavam a ler no domingo, nem a Educação Sexual de Mad, na escola, 6°ano
você quer salvar o mundo?salve-se primeiro! -me disse senhor tomas jerry noutro dia, às 8horas
acontece que sobrevivi ao entrar num armário de metal em nossos apartamento no 2°andar; o barulho na hora do ataque foi tamanho ao silêncio na manhã e no dia que se seguiram e que fiquei dentro do meu cofre. Li lá o livro.
sai e dei de cara com um ser de longos cabelos negros, manto negro, máscara contra gás... Estava chutando uma pedra... Nos assustamos, dois saíram de trás de um monte e perguntaram se estava tudo bem, ela os dispensou e me puxou pelo braço: tivemos uma noite juntos, no armário!
de manhã, tinha um bloquinho de dinheiro perto de mim, me senti um prostituto! Haha! Mas, peguei e segui pela cidade destruída, até encontrar um grupo da Defesa Civil que me resgatou, saímos de lá às 8hs, o chefe do pequeno comboio era Tomas Jerry.
conversei com um homem que parecia ter um problema mental, tinha grande porte e pele morena, muito normal e com cara normal... Me fazia lembrar de Heimidall, o que me fez lembrar de Dino e depois da tristeza de ter perdido meus colegas de Escola Técnica naquele bombardeio... Mas, o garoto, o sentado ao meu lado no caminhão, seu nome era Humme Grin, ele havia sido coveiro, e como soube depois, tinha um tal de autismo, algo que recentemente tinha sido descoberto.
nós éramos bons amigos; com meu recente curso em eletrônica (um curso tão novo que ninguém ligou que eu não o terminei, já que o campus havia explodido), consegui vaga na Heimidall&Volta Associados, uma recente empresa de mecânica elétrica que estava despontando no ramo da Ciência Eletrônica, ou melhor, das armas e sistemas para a guerra que dizimava este lugar
Humme Grin era um homem estranho, porém, mesmo ele tendo sido colocado como meu emprego, secretário, mas ganhava como faxineiro! (devido ao racismo dum RH antigo) Tratava-se dum homem bom e decente, um dia deixei ele com alguns algoritmos que não estava consegui decifrar, quando dei por mim, voltando para com o café -meu amigo não sabia fazer café muito bem, cozinhava melhor-, ele resolvera tudo... Em vinte minuto! Cumprimento menos em sua vida do que o tempo que levou para fazer todos os meus trabalhos mais complexos: Um Gênio em Padrões e Combinações!
levei ele para o próprio senhor Heimidall, homem grave e com espólios de caça em seu escritório -chifres de alce e cervo, algumas cabeças de javali-, não ligava para cor de meu amigo, como outros, mas em seu resultado nas máquinas. Vendo o que podia fazer, tornou-o técnico como eu, logo, meu colega tornou-se meu chefe, já não mais o via em nossa casa, um apartamento na "parte segura" da cidade, ele não parava de trabalhar.
conversei com ele e me disse que trabalhava em um projeto máximo! Um bio-mach-homem, me explicou as funções deste ser, suas particularidades em poder ser desde uma peça substituída de um ser, até um, "quem sabe!", "humano completo". Gostei da ideia... Era a época em que começava a sentir inveja de meu amigo, apesar de eu já ter consolidado um círculo de amigos e mulheres inexistente a ele, tinha tanto sucesso que nunca poderia ter conseguido... Mas, num lampejo, decidi me lembrar de nossa velha amizade e ajudar-lhe da forma mais boba possível: "-O nome é muito ruim Grin! Use algo melhor!", "-Você acha?"(ele me olhava nos olhos, era o único ao qual ele fazia isto), "-Sim, use Mach, apenas Mach, dá sentido moderno, como as locomotivas!" (meu amigo adorava as locomotivas, e este nome era duma das mais modernas)
no projeto eu fui um simples peão de obra... Mas, conhecia o Líder, então acompanhei a medida do possível a formação dum exército de meio Mach, meio Homem que pela primeira vez nos fez avançar frente aos nossos inimigos na Guerra. Logo, o primeiro Homem Mach completo se deu, seu nome era Dummont Grin Gonçalves-Dias, o Mach I, fiquei emocionado com a homenagem de meu amigo! Mesmo que apenas nós três lembrarmos do nome: eu, ele e o próprio Mach I, nome que pegou para o gênio de metal
não só soldado era Mach I, inclinou-se as artes, podia ser um bom orador, mesmo as cordas vocais de naílon darem a ele uma voz terrível... Era também ótimo em padrões, como meu amigo, e um excelente jogador de xadrez e gamão! Conhecia ele, morava na nova casa de meu colega, um apartamento na região central da Zona Segura -grande ser de metal com uma pintura dourada e olhos faiscantes... Sua careca reluzente sempre me atrapalhou; me considerava, junto com seu "pai" Grin, os únicos amigos dele, os outros o tratavam como bicho de exposição, matérias e charges, sermões em templos em pedaços e discursos em câmaras fictícias condenavam-o... Me sensibilizei até pelo "moço"... Não acreditava numa "alma" ou "salvação" para ele, mas talvez ele fosse uma coisa com sentimentos.
coisa com sentimentos foi o que disse para Humme, ele encolerizou-se e não nos falamos desde então... Ao menos, até esta noite, no teatro... Para a minha Missão
levado com um saco na cabeça, fui parar numa ilhota a 2km da costa, lugar perigoso, poderia muito bem ter sido atingido por uma artilharia inimiga em expedição secreta com seus navios, ou os tais "submarinos". Não fui. Na verdade, fui recebido por três senhores de manto negro e máscara contra gás, demorei, mas reconheci: aquela mulher, daquele dia! Mas, claro, não havia surpresas para eles, me disseram que ela havia me escolhido, eu deveria fazer uma determinada missão na noite de sábado... Ela era contra meu antigo amigo.
mostraram-me um banker, lá, haviam espadas velhas e fotos, reconheci o senhor Heimidall nelas... Me disseram que ele uma vez ajudara eles, ficou muito rico com o que ganhou com a empreitada, matou um tal de General Loki, ou algo assim, um parente dele, algo assim... O investimento na tecnologia de Volta e depois na de meu ex-amigo Humme estava tudo em seu plano: ele o mataria assim que desse os projetos de Mach I, disponibilizando o recém criado código binário que usara para gerar uma inteligência artificial tão sensacional em sua gênese quanto o próprio ser e sua evolução.
desconfiei várias vezes que estes seres estranhos fossem parte das tropas de Machado de Assis, dos nossos inimigos, os Guarani-Vinkin, que a trinta anos nos atacavam, assim como mais três nações. Os três mascarados negaram tudo, eles faziam parte "de algo maior", uns tais Agentes do Caos. Não liguei muito, fiquei perturbado no que poderia acontecer com meu amigo... Talvez, nunca paramos de nos preocupar com aqueles que chamamos de amigo na vida...
tinha que fazer algo! Tudo aconteceria no sábado, no teatro, depois dum show de rock com a Orquestra Sinfônica do estado, depois da música "Smell of the Woods", eu entraria na sala vip da agora Heimidall&Humme Associados, mataria Heimidall com uma garrucha, modificada para não fazer barulho, fazendo isto, acabaria com a empresa: o escândalo e a falta de jeito nos negócios de meu amigo cientista, fariam ele perder tudo com o tempo... Mas, estaria vivo. Eu, se fugisse, logo estaria preso, talvez a pena de morte legal recém votada seria estreada por mim... Mas, um amigo estaria salvo! E também os Agentes me garantiam alguma salvação, os dois milhões numa mochila demonstravam isto, além dos olhos azuis daquela Agente morena que tinha braços como molas, me disse que podia "voar com suas pernas", o outro, me disse ser como uma sombra, estaria a salvo
estava tudo pronto, ia acontecer... Depois, fui saber que Humme fora me visitar na prisão, mas eu já havia fugido e embarcado para os Andes... Estava vivo, mas com medo. No dia do teatro, Mach I ficara em casa, pois estava indisposto (?talvez com falta de óleo?), acontece que dois seres estranhos invadiram o local, um parecia um fantasma, outro pulava alto e dava fortes golpes: mataram todos, menos Mach I, que consegui fugir... Ao tentar chamar a Guarda, ninguém o dera muita importância, ao chamar o Juizado e o Departamento de Investigação, dias depois, não davam direitos, por ser uma máquina, a situação insustentável levava a uma crise, máquinas criadas por Humme e o próprio Mach se revoltavam e queriam partidos e direitos, alguns mestiços mecânicos se juntavam a eles, mesmo alguns políticos e nobres concordavam e davam apoio, as vezes por ganhos futuros, ou por fazerem parte do grupo de renegados... Meu amigo Humme era um símbolo, mas não queria a Guerra, precisava da Paz, sentia-se bem com isto, já enterrou muita gente, sabia das coisas. Fugiu para Guarani, uma das nações inimigas, tentou recomeçar lá, o perseguiram, as nações não mais brigavam, pois a nossa nação vencera a Guerra, porém, agora lutava internamente e meu amigo foi caçado em todo o lugar que foi, por suas criações e inimigos, buscavam o tal "código da vida".
Mach I seria um grande inimigo dos Agentes do Caos, principalmente depois de se tornar o 1°presidente máquina; Humme acabou sendo esmagado... No meio das duas facções... Nunca pude visitar seu túmulo, sem recursos e saúde, nem mais encontrei a morena Agente, passo a vida como um camponês nas alturas andinas...
penso sempre: como seria fácil se tivesse ficado naquele armário, mas também, como não teria vivido nada, se de lá não saísse
MUSIQUETA DA POSTAGEM
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[Qualidade melhor do som, caso haja problema, http://www.youtube.com/watch?v=ibpKX9VywAs&feature=related ]
eu nunca tinha terminado um livro até aquele, que terminei e ler no armário; nem a Bíblia que minha mãe e minha tia me obrigavam a ler no domingo, nem a Educação Sexual de Mad, na escola, 6°ano
você quer salvar o mundo?salve-se primeiro! -me disse senhor tomas jerry noutro dia, às 8horas
acontece que sobrevivi ao entrar num armário de metal em nossos apartamento no 2°andar; o barulho na hora do ataque foi tamanho ao silêncio na manhã e no dia que se seguiram e que fiquei dentro do meu cofre. Li lá o livro.
sai e dei de cara com um ser de longos cabelos negros, manto negro, máscara contra gás... Estava chutando uma pedra... Nos assustamos, dois saíram de trás de um monte e perguntaram se estava tudo bem, ela os dispensou e me puxou pelo braço: tivemos uma noite juntos, no armário!
de manhã, tinha um bloquinho de dinheiro perto de mim, me senti um prostituto! Haha! Mas, peguei e segui pela cidade destruída, até encontrar um grupo da Defesa Civil que me resgatou, saímos de lá às 8hs, o chefe do pequeno comboio era Tomas Jerry.
conversei com um homem que parecia ter um problema mental, tinha grande porte e pele morena, muito normal e com cara normal... Me fazia lembrar de Heimidall, o que me fez lembrar de Dino e depois da tristeza de ter perdido meus colegas de Escola Técnica naquele bombardeio... Mas, o garoto, o sentado ao meu lado no caminhão, seu nome era Humme Grin, ele havia sido coveiro, e como soube depois, tinha um tal de autismo, algo que recentemente tinha sido descoberto.
nós éramos bons amigos; com meu recente curso em eletrônica (um curso tão novo que ninguém ligou que eu não o terminei, já que o campus havia explodido), consegui vaga na Heimidall&Volta Associados, uma recente empresa de mecânica elétrica que estava despontando no ramo da Ciência Eletrônica, ou melhor, das armas e sistemas para a guerra que dizimava este lugar
Humme Grin era um homem estranho, porém, mesmo ele tendo sido colocado como meu emprego, secretário, mas ganhava como faxineiro! (devido ao racismo dum RH antigo) Tratava-se dum homem bom e decente, um dia deixei ele com alguns algoritmos que não estava consegui decifrar, quando dei por mim, voltando para com o café -meu amigo não sabia fazer café muito bem, cozinhava melhor-, ele resolvera tudo... Em vinte minuto! Cumprimento menos em sua vida do que o tempo que levou para fazer todos os meus trabalhos mais complexos: Um Gênio em Padrões e Combinações!
levei ele para o próprio senhor Heimidall, homem grave e com espólios de caça em seu escritório -chifres de alce e cervo, algumas cabeças de javali-, não ligava para cor de meu amigo, como outros, mas em seu resultado nas máquinas. Vendo o que podia fazer, tornou-o técnico como eu, logo, meu colega tornou-se meu chefe, já não mais o via em nossa casa, um apartamento na "parte segura" da cidade, ele não parava de trabalhar.
conversei com ele e me disse que trabalhava em um projeto máximo! Um bio-mach-homem, me explicou as funções deste ser, suas particularidades em poder ser desde uma peça substituída de um ser, até um, "quem sabe!", "humano completo". Gostei da ideia... Era a época em que começava a sentir inveja de meu amigo, apesar de eu já ter consolidado um círculo de amigos e mulheres inexistente a ele, tinha tanto sucesso que nunca poderia ter conseguido... Mas, num lampejo, decidi me lembrar de nossa velha amizade e ajudar-lhe da forma mais boba possível: "-O nome é muito ruim Grin! Use algo melhor!", "-Você acha?"(ele me olhava nos olhos, era o único ao qual ele fazia isto), "-Sim, use Mach, apenas Mach, dá sentido moderno, como as locomotivas!" (meu amigo adorava as locomotivas, e este nome era duma das mais modernas)
no projeto eu fui um simples peão de obra... Mas, conhecia o Líder, então acompanhei a medida do possível a formação dum exército de meio Mach, meio Homem que pela primeira vez nos fez avançar frente aos nossos inimigos na Guerra. Logo, o primeiro Homem Mach completo se deu, seu nome era Dummont Grin Gonçalves-Dias, o Mach I, fiquei emocionado com a homenagem de meu amigo! Mesmo que apenas nós três lembrarmos do nome: eu, ele e o próprio Mach I, nome que pegou para o gênio de metal
não só soldado era Mach I, inclinou-se as artes, podia ser um bom orador, mesmo as cordas vocais de naílon darem a ele uma voz terrível... Era também ótimo em padrões, como meu amigo, e um excelente jogador de xadrez e gamão! Conhecia ele, morava na nova casa de meu colega, um apartamento na região central da Zona Segura -grande ser de metal com uma pintura dourada e olhos faiscantes... Sua careca reluzente sempre me atrapalhou; me considerava, junto com seu "pai" Grin, os únicos amigos dele, os outros o tratavam como bicho de exposição, matérias e charges, sermões em templos em pedaços e discursos em câmaras fictícias condenavam-o... Me sensibilizei até pelo "moço"... Não acreditava numa "alma" ou "salvação" para ele, mas talvez ele fosse uma coisa com sentimentos.
coisa com sentimentos foi o que disse para Humme, ele encolerizou-se e não nos falamos desde então... Ao menos, até esta noite, no teatro... Para a minha Missão
levado com um saco na cabeça, fui parar numa ilhota a 2km da costa, lugar perigoso, poderia muito bem ter sido atingido por uma artilharia inimiga em expedição secreta com seus navios, ou os tais "submarinos". Não fui. Na verdade, fui recebido por três senhores de manto negro e máscara contra gás, demorei, mas reconheci: aquela mulher, daquele dia! Mas, claro, não havia surpresas para eles, me disseram que ela havia me escolhido, eu deveria fazer uma determinada missão na noite de sábado... Ela era contra meu antigo amigo.
mostraram-me um banker, lá, haviam espadas velhas e fotos, reconheci o senhor Heimidall nelas... Me disseram que ele uma vez ajudara eles, ficou muito rico com o que ganhou com a empreitada, matou um tal de General Loki, ou algo assim, um parente dele, algo assim... O investimento na tecnologia de Volta e depois na de meu ex-amigo Humme estava tudo em seu plano: ele o mataria assim que desse os projetos de Mach I, disponibilizando o recém criado código binário que usara para gerar uma inteligência artificial tão sensacional em sua gênese quanto o próprio ser e sua evolução.
desconfiei várias vezes que estes seres estranhos fossem parte das tropas de Machado de Assis, dos nossos inimigos, os Guarani-Vinkin, que a trinta anos nos atacavam, assim como mais três nações. Os três mascarados negaram tudo, eles faziam parte "de algo maior", uns tais Agentes do Caos. Não liguei muito, fiquei perturbado no que poderia acontecer com meu amigo... Talvez, nunca paramos de nos preocupar com aqueles que chamamos de amigo na vida...
tinha que fazer algo! Tudo aconteceria no sábado, no teatro, depois dum show de rock com a Orquestra Sinfônica do estado, depois da música "Smell of the Woods", eu entraria na sala vip da agora Heimidall&Humme Associados, mataria Heimidall com uma garrucha, modificada para não fazer barulho, fazendo isto, acabaria com a empresa: o escândalo e a falta de jeito nos negócios de meu amigo cientista, fariam ele perder tudo com o tempo... Mas, estaria vivo. Eu, se fugisse, logo estaria preso, talvez a pena de morte legal recém votada seria estreada por mim... Mas, um amigo estaria salvo! E também os Agentes me garantiam alguma salvação, os dois milhões numa mochila demonstravam isto, além dos olhos azuis daquela Agente morena que tinha braços como molas, me disse que podia "voar com suas pernas", o outro, me disse ser como uma sombra, estaria a salvo
estava tudo pronto, ia acontecer... Depois, fui saber que Humme fora me visitar na prisão, mas eu já havia fugido e embarcado para os Andes... Estava vivo, mas com medo. No dia do teatro, Mach I ficara em casa, pois estava indisposto (?talvez com falta de óleo?), acontece que dois seres estranhos invadiram o local, um parecia um fantasma, outro pulava alto e dava fortes golpes: mataram todos, menos Mach I, que consegui fugir... Ao tentar chamar a Guarda, ninguém o dera muita importância, ao chamar o Juizado e o Departamento de Investigação, dias depois, não davam direitos, por ser uma máquina, a situação insustentável levava a uma crise, máquinas criadas por Humme e o próprio Mach se revoltavam e queriam partidos e direitos, alguns mestiços mecânicos se juntavam a eles, mesmo alguns políticos e nobres concordavam e davam apoio, as vezes por ganhos futuros, ou por fazerem parte do grupo de renegados... Meu amigo Humme era um símbolo, mas não queria a Guerra, precisava da Paz, sentia-se bem com isto, já enterrou muita gente, sabia das coisas. Fugiu para Guarani, uma das nações inimigas, tentou recomeçar lá, o perseguiram, as nações não mais brigavam, pois a nossa nação vencera a Guerra, porém, agora lutava internamente e meu amigo foi caçado em todo o lugar que foi, por suas criações e inimigos, buscavam o tal "código da vida".
Mach I seria um grande inimigo dos Agentes do Caos, principalmente depois de se tornar o 1°presidente máquina; Humme acabou sendo esmagado... No meio das duas facções... Nunca pude visitar seu túmulo, sem recursos e saúde, nem mais encontrei a morena Agente, passo a vida como um camponês nas alturas andinas...
penso sempre: como seria fácil se tivesse ficado naquele armário, mas também, como não teria vivido nada, se de lá não saísse
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[Qualidade melhor do som, caso haja problema, http://www.youtube.com/watch?v=ibpKX9VywAs&feature=related ]
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