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quinta-feira, 3 de março de 2016

O Revenã, o Filho e o Príncipe

Escuta o que te digo - me disse a grande estátua do Sábio Falecido - mata três que salvarás o mundo da destruição eterna!
Põe fim ao revenã, ao príncipe e ao filho, que o trio deixará de trazer a danação terrena
Pus minha casaca, entre na cápsula, viajei
Voltei ao tempo em que ainda na terra havia água caindo do céu como chuva e não em garrafa
Cheguei em campo insólito, solitário, mas, ainda verde
Eu nunca tinha visto aquela cor, era novidade para meus olhos
Chegou um baque, desmaiei
Acordo num salão, imponente Senhor de Coroa de Diademas, Manto Carmim e Visão do Passado Humano
-Não creio em nada que contas, ó homem de capote!
-Não posso dizer mais nada, não entendo o que você fala, a mim sua língua antiga é como pó
-Não admito tal ofensa, futuro ou não, podes fazer qual for a previsão, aqui não passarás!!!
Do meu sorriso veio o fim dele, as vestes vermelhas não mostraram o sangue azul
Usei uma arma acoplada em meus olhos, laser mortal de um tiro único
O Príncipe
No cavalo do Rei fugi pelos campos, uma pistola carregava e busquei por três anos morada
Apenas encontrei um Céu de estrelas
E também, uma namorada
Paladina de grande martelo dourado e orelhas de coelho, uma mutante dos Tempos Antigos
Eu a amei, jurava que estava grávida, porém, não era possível saber, coisa de gente de antes
Então, ele apareceu, ouvi falar nos campos vazios do rei agora sem rei:
Ser sem rosto, lenço amarado, poncho, saiu de uma cova e busca vingança
Sabia que o destino daquele desterro era o  mesmo de minha missão, vaguei até lá, deixando a amada
Vazio cortante, pelas lápides caminhei, senti algo frio, aço mortal, fino como água
Disse-me: -Quem és tu para tentar impedir o Destino?
Dei o primeiro tiro, ele voou como espectro em forma de corvo
-Juras atirar em Teu Deus?
Dei o segundo tiro, ele virou poeira, brotou atrás de mim e falou em meu ouvido
-Eu vim do mesmo lugar que o teu, conforme com tua vida, que já não existe mais
Senti o frio novamente, minha barriga vazava sangue, uma mão pontuda tinha um olho no meio da palma
Meu fim, meu fim
A marreta caiu do céus, era a menina coelha, valquíria minha, cimentou a cabeça do ser em seu corpo
-Meu amor, aqui é coisa da Ordem Paladina!
Me silenciei, pela minha heroína
Mas, veio segunda saraivada, segunda tristeza: -Cadê minha arma?
Terceiro tiro, ela caiu
O Monstro sorriu, e com grito lancei a marreta dela
Ele sumiu, rindo no horizonte de cavalo alado
Horas se passaram, dias findaram, meses e anos e não morri
O corpo dela, deixei do meu lado
Insano, transtornado, imbecil na maior parte do tempo, ou seja, eu a havia amado
Criei bestial invento, sobras do meu Reino Esquecido no Tempo
Luzes e raios, profundezas e ventos
Logo que acordei, no outro dia vi meu intento:
A luz dos segundo sol lá estava ela, linda, olhos vermelhos me fitavam... Antes eram verdes...
-Desculpe, tinha razão, seríamos pais, mas, nosso filho não pude salvar!
Ela me olhou, linda e intensa, de trás dela saiu um pequeno fedelho
A luz do sol seus olhos eram vazios, todo a essência dele era vazia
Como era a minha época no futuro
O Filho
Corri para meu escritório, a pistola ainda estava lá
Senti o frio nos meus ossos
Mas, como? O que...
Então eu soube, descobri na hora
O Ravenã
Era eu
Mais três balas na pistola


sábado, 9 de fevereiro de 2013

G - Encontro na Taverna de Iggui



E então, o Marquês quase se fora, quando  o Rainha Iggui Blah XIX lhe disse:
-Há gente aqui que quer lhe ter um papo!
E toda a gente viu entrar na Grande Taverna da Cúpula dos Antes, uma figura estranha
Rosto de pássaro corpo, mãos do mesmo animal, só que este as usa como patas
Manto negro, olhos vermelhos em ponta incandescente central
Perguntou o Marquês Vilêncio o que queria
Ele disse estar em conferência, tão longe de casa, pois queria uma ajuda de tão nobre senhor]
E Valêncio estranhou, pediu para saber de onde era e qual o seu nome
A criatura disse assim ser um dos Sete Irmãos, que agora tinham casa, ao norte
Quando mencionou o nome da casa, alguns riram, muitos assustaram: a Torre Branca de Valiuné]
-A Torre Branca de Valiuné, o Dracomante Morto?
-Sim, disse o corvo
E todos duvidaram, ainda mais o Marquês, cético por sua idade, vida
Mais por aquela viagem que empreendera em busca de respostas a suas dúvidas sobre o Poder]
Quando a resposta de como é possível, já que a tal construção era guardada por ferozes criaturas do fogo]
O corvo mostrou um pergaminho em bolo, lá disse: aqui estão quase sessenta nomes
Cada um deles, de um dragão vencido, em nossa servidão!
Ofereço à que me ajudar, este presente! Uma draconeida inteira!
E todos riram, perguntaram, “como é possível? Homem-Corvo?”
Ele disse ser pelas Armas de Orfeu, que são vivas e lutam sozinhas, nunca dormindo
Todos duvidaram
Pelo Bastão de Nitael, o Bastão dos Cansados
Ninguém acreditou, pois isto estava a muito perdido, na Guerra dos Goblins Madeira,
Nem a própria dona sabia seu paradeiro
E a Capa do Faminto, ninguém ouviu pelas risadas, pois, era do Demônio Barbatos, perdido no Esquecimento Empoeirado]
-Só falta dizer, que tens também o Amuleto da Perdição, do nosso mestre Artesão Dragão Éfesto?]
Disse um soldado, tocando o bico do pássaro semi-humano...
Só que logo que todos pararam, a criatura lançou mão de uma varinha, e um soldado viu aquilo~]
O Marquês também, só que ele não ria, apenas observava
O gordo e forte homem caiu sobre o pássaro xingando-o, só que ele lançou mão dum raio
O soldado caiu, esbranquiçado
Valencio mirou-lhe um foco de luz verde da defesa para o ser, que rebateu com sua capa
Capa que se tornou ser gatuno de presas branquelas, mordeu a lanterna
O Marquês mandou parar com aquilo, pois a vil criatura não largava o cetro
Clamou por um duelo, que sua ajuda ia dar depois disto, se poupadas as vidas dali presentes]
E assim foi feito, atrás da Grande Taverna, sobre a supervisão de Iggui com seu Escudo Ronronante]
Da lanterna saiu raio, do condão, luz
E foi tão poderoso que o Chefa de Iggui entrou atrás de seu escudo
Só que logo caiu, o Marquês vencido, com a Lanterna de Degeon apagada
Quando ia mirar o condão nele, o Corvo parou sobre a sua mão asteada:
-Sobre a Marca de Criptília não posso agir, iras superiores me daria, não quero mais disto
E tirou do seu condão a forma de cetro, e dele, luzes brilhantes, que voltaram a lanterna
Ligou-a e disse:
-Venci você com o Bastão de Nitael, minha capa, é a do Faminto, antiga posse do Barbatos
Agora acordo temos, agora, acordo o faremos!
- Assim, se fará, então, criatura estranha!
Fez-se o Acordo, que mais tarde viria a ser dito nas Lendas e Livros: o Trato da Taverna!
(Iggui, o Pop)