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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Moro no bosque, Domingo furioso

Eu moro naquele bosque
Perto da serra
Onde um riacho se esconde
Entre o meio de meu peito
Silenciosa, melancolia
Alimenta meu espírito
Com aquilo que não tive
Obtendo
Alguma ou outra alegria
Mas, apatia
Tudo apatia

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Na fúria, de um domingo
Qualquer
Famílias voltam com sua criançada escandalosa
Em pais mais escandalosos
Tudo, um bravio de bestas
Mecânicas, ônibus, parques moldados
Tudo, um qualquer
Sol de outono coroa a cabeça com calor
A gritaria das máquinas e crianças permanece
A serra de minha casa está longe
O lar do meu peito, desbastado de novas
Árvores está
No mundo
Máquinas e crianças-pais, tagarelam
Tagarelar pra não deixar-se o silêncio
Tomar de si
A voz mecânica
E num coro preso, sem tom ou som
As vozes se abafam, na barulheira
De domingo

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domingo, 15 de abril de 2018

Fragmentos de domingo 19

Pois, a chuva está vindo, meu amor
e eu já não temo mais ficar molhado
perto de você, má amie
apenas a giro das tempestades e as órbitas
de planetas em mundos sombrios,
dos globos oculares
do peso dos corpos
e aquela escuridão torna-se
doce
e aquele fingimento
sadio
só que eu não estou na chuva
estou estranho
um estranho na perdição de si
Um estranho antes da chuva

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"Há uma tendência a dificultar tudo"


Sonhos, abraços e beijos
Coisas agradáveis são difíceis,
Coisas mais sinceras
As aventuras são difíceis
A intolerância, a ignorância e estupidez
Gratuitas
Ainda assim, o tudo pode ser belo, estimulante
Ainda que minha vida esteja cinza
Parca
Perdida
Em algum momento ela estava lá
Viva.
Mas, a vejo agora numa vitrine
Um pedra perdida
Em si mesma
Alguns momentos ela ressurge, ela voa
E por estas linhas que você lê
E eu escrevo
Algo nasce em algum rio
Algo corre entre uma nascente e algum delta do engasgo
Por aí
Algo corre
O tempo escapa pelas mãos
E tudo fica difícil


A aventura se cala
A vitrine se despedaça
E eu já não sei quem olha no espelho
E quem já foi olhado


Olha, uma pequena luz
Perdida em algum lugar
Belo, estimulante e moral
Apenas sentimentos de um desocupado bardo

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Escondi uma pérola aos porcos
Aos poucos
Era um deles



domingo, 26 de novembro de 2017

Pensamentos de Domingo 2

O segredo dos teus olhos, é a maré que eles me trazem

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As pessoas escolhem umas as outras
Mentira e bobagem esta coisa de afeto distribuído, como sorrisos bom dia
Você escolhe amores,amigos, inimigos
O lugar onde estou é o lugar onde caio, já dizia o velho grisalho
Então não venhas com insinceras despedidas desculpas, abraços omissões
Escolhemos com quem choramos e sorrimos
Com os olhos manhã,
O resto, meu amigo, é consequência
O nada, e o tudo.

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Não posso deixar de amar algumas pessoas
Mas, isto não exclui o ódio, raiva e tédio
Amor não elimina as coisas ruins da vida, isto é paixão
E é uma doença
Amor deixa tolerável

Pensamentos de domingo 1

Quando me pego pensando sobre como sou inútil neste mundo, como estou confuso, lembro algo que uma amiga me disse uma vez: Ulisses também não queria sua aventura, sua intenção foi sempre voltar pra casa.
Se você está perdido, as vezes é caminhar e não o destino.



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Ser frágil não é o problema, não compartilhar sua fraqueza com quem importa o é. Ajudar é fortalecer o pouco que tem dando aos outros mesmo que apenas um momento, apenas a paciência de ouvir, é uma forma de amar
E ouvir é outra palavra, em nossos tempos de solitários nas multidões, para amigo.



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A maré nos engole, nos traga em nós mesmos para coisas, que nem estávamos preparados. Ela nos traz para terras distantes, nos leva por terras insólitas, sem mantimentos, companheiros ou bandeiras.
O navegante naufrago de si mesmo, vendo afundar a sua vida, pouco a pouco, pelo caminhar dos anos. Ele pode olhar melancólico, pode sorrir histericamente, pode ranger os dentes, mas, o navio continua lá, nas águas
Ele, porém, na maré
De pé
Na praia que convida a algo novo.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Quadro na cabeça 1

Vou pintar seu cabelo
Com pequenos laços de cor
Com as luzes da cidade
Vou pintar seu cabelo
De dourado do sol
De faíscas da lua
Da ajuda que nunca dou nos livros
A cor escolhida é a sua mesma
Cada flor desabrocha no seu tempo
Cada fagulha incendia a floresta no seu dia

Em cada momento preto-e-branco
Mesmo em tons de cinza existe ainda um olhar
Coloridinho sorridente.