Mostrando postagens com marcador fronteiras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fronteiras. Mostrar todas as postagens

sábado, 9 de novembro de 2019

Tua fronteira, casinha italiana

Frentes mapas
Que escrevi pelo teu corpo
Com letras de topônimos
De nossos encontros,
Daquela vista no ônibus,
Àquele sorvete sobre a mesa,
Na batata do botequim.
Planisfério definido em ti
Em teu traço para mim.

Faço as fronteiras que em
Nós enlaço
O próximo fronte a ser descoberto
A nova cascata nas Áfricas
A ser achada, para nascer o Nilo
É o teu sorriso!
Fronteiriço, corrente do rio
Seperas e calas
A alma contigo
Num abraço 'inimapeável'
'Inecontrável'
'De um lugar nenhum'
Sendo contigo todos
Todas as tardes em busca
Daquele próximo sorriso
Daquela fronteira de Paraíso
De um pequeno tesouro
Escondido em desbravamento
Dos dias, assim


---

Caminho pra casinha italiana

Olhinhos cintilantes
Viagem do céu ao peito
Com as estrelas cadentes
Sobre meus passos
Fulminantes, entre o dia
E a noite, quando te revejo
Entre os beijos
Daquele quarto qualquer
Naquela casinha à italiana
Onde se esconde, entre-meios
O meu peito.


A conversar com meu
Olhar, vejo estes cintilantes
Passeio, entre seu sorriso
Festejo, com seu abraço
Toco as pontas dos dedos
Tecendo com nossas mãos
O dia de amanhã
A noite de segunda, a manhã de terça
E, de tardinha
Uso seus olhos que cintilam
Em minha memória, farol, guia,
Para guiar a minha volta
À casinha, ao lar
Que trago contigo
N'meus olhos, q'agora
Cintilam

Cintilamos

---
































https://open.spotify.com/track/2AfzOdSWixeVRaQ6F0kjjq

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Bolso de jaqueta

Um anel de alguma coisa de antes
Uma chave
Uma moeda que peguei de uma estrela
Tudo que guardo no bolso
Nada de muito valor
Nada muito como eu
Apenas coisas, apenas pequenas marcas
Um cheiro de morangos, um abraço marcado, caminhar
Sem rumo definido, por um bairro perifério
Marcas
São todas pequenas, as minhas fronteiras
As fronteiras do mundo de um pequeno e medíocre
Poeta ruim
Uma geografia de paisagens bucólicas, coisas que
Só a mim, tem sentido,
Coisas que passam, passarinho
O anel que seu usou, a moeda que nunca pagou nada
Uma chave sem porta
Um bolso, tudo num bolso de um planeta azul
E nas fronteiras do mundo de minha memória
Me lembro do que faz brilhar este pequeno ponto azul
No mar vazio
Do tudo.