Mostrando postagens com marcador kim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador kim. Mostrar todas as postagens

domingo, 11 de março de 2018

Olhos de Saturno



Não desista.
Enquanto olhas, Saturno continua
Entre anéis, vidros gélidos e pó de estrelas
Continua lá
Galáticos movimentos, formigas no meu sapato
E toda a força de mil-sóis
E todas as palavras entre raposas
Leões parvos e homens-tartarugos
Todas estarão lá
Continua, teu ouvir
Tua palavra, tua força
Não olhas a cara do ímpio e abaixe
Lute, acredite
Lute ensinando, lute reagindo, lute mesmo no silêncio
Luta, luta minha querida
Respira
Sobe e desce
Continua


Que te vejo agora, presa numa cama
Ainda te amarei pra sempre
Aurélia de minha juventude
Pois, a memória de meus passos
É a estrada de meus feitos
Arrependimentos
E do caos insólito, vi você
Camarada naquela rua
Encontrada na barriga de sua mãe
Na chuva
Me dizendo, ah, minha Eduarda:
-Estou grávida

E de Saturno, permanecerei te cuidando
Pois, a memória de meus passos
É a estrada dos meus feitos

sábado, 18 de novembro de 2017

Perdido em Tóquio

Naquele hotel em Tóquio,
no outro lado do mundo
Um pedaço de uma pessoa só
senti
Uma árvore tocando o som do vento
De um dia chuvoso, pela janela enxergando
A vida passar lentamente
Entre as mensagens dos grupos, do curso, da família
Mensagens, um pedaço de textos
Cortados e selados
Enviados
Buscando levar sentimentos
Sem ti
Estava longe de tudo, de mim mesmo
Mas, ainda estava ali, cercado do concreto
Mas, com ideias na cabeça
As vezes, sombrias e enforcadas
As vezes, com algum calor luminoso do sol
Só naquela hora, entre os papéis do trabalho
Café frio, mensagens não respondidas ou que não vi
Não encontrava o que faltava
Outro pedaço


Naquele hotel em Tóquio
no outro lado do mundo
Um pedaço de pessoa

Sem ti
"Bom dia, luz do sol e das estrelas!"
Lia na mensagem automática


domingo, 15 de outubro de 2017

Guerreiros Galáticos

Eu nunca vejo esta luz
Que tanto falam, que eu tive uma vez

Uma Armadura de Soldado, dos Guerreiros Galáticos
Contém um segredo, seu ponto de vida ou não
É uma pequena lamparina
Pequena fagulha acesa
Eu nunca vi a minha
Apenas vi da Elfa Felícia, da Tenente Lupina
Do Sábio dos Mil Jogos, da Irmã Perdida
E mesmo lá, agora descansando, do Coruja Insone e do Seu João
Me dizem que eu a tinha
Pequena luzinha
No espelho eu só via oceano
Soturno, profundo
Apenas isto
Jamais mais

Apenas via, não verei mais.
A última Guerra Sideral desta última lágrima jamais
Tida, em qualquer que fosse a partida
Aqui não existe lâmpada, não existe luz
Nenhuma
Assim que este Guerreiro caça pelas Galáxias
Em sua alva armadura, nada existe além
Da Luz Negra de suas próprias falácias
Memórias daqueles que tombaram
Vilão por vilão, monstro por monstro
Império por Império, dentro ou fora de sua cabeça
E da total Fraqueza de Espírito

Voa o Serafim Vico, em direção ao fogo
Na batalha contra si, já perdida.