segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alquimata I e II


Alquimata I
 Aqui encontram-se os escritos sobre a Batalha de Witmarsur, quando eu venci os Trolls e seu rei, Gustave Gepetto, e sobre o Cerco em Bombaína, quando mais da metade de meu povo foi morto pelo Cruel, Søren. Depois disto, me tornei líder efetivo do Clã Luparinos, através da dentenção da Espada Selada de Salomão e vivo meus dias melancólicos olhando para um espelho vazio de reflexo, pois, perdi minha motivação de viver.
(Onório Escapuleri)

Alquimata II – Metrô
 Era um dia estranho, abriu uma porta do trem-bonde que corria da Avenida Xavier até o Alto da Glória. Entramos, eu e Nervosa, o Velho Dimas estava atrás de nós, nos dando o apoio. Estava claro e estranho, abafado... Mas, ainda de blusa de pele negra colada em mim, e capote em minha colega, o velho estava vestido como um de sua idade, com as modas de outrora, de velho.
 Vimos ele, estranho, magro, calvo... Anel de casado numa mão, mas, olhava rapidamente pra todo o lugar, buscando uma fuga daquela vida:
 -Hey, você, Montemarte!
 Ele levanta, assustado, percebendo que a bolsa negra que carrega é o que queremos
-Cala-te! Meu nome é José...
-Não, mortos não tem nome... –Voz cadavérica de Rita Nervosa, com seus caracóis de medusa, assustando. Puxa a mulher uma faca, as pessoas do metro olham para baixo... Em silêncio
-Saia! Meu nome é José! – E o careca toca na mão de minha colega, ao qual ela responde com cortes em seu braço... Ele cai em cima de uma pessoa no metro, que sentada, olha pra baixo...
-... Meu nome... – Diz  o homem... – Meu nome...
-Você é morto! – E minha colega arma o braço para desferir corte mortal, matador; grito não, mas, ela não escuta, o Velho Dimas, está sentado, mas, não olha pra baixo, olha a morte do careca
     Cravada no ombro, a dor é sentida por mim... Eu sinto a dor dele... É o meu segredo...
-Meu nome é Stigma! – E o braço do careca lança minha amiga quebrante da janela do metro com o corpo, quase desmaiada agora...
    Abro a mala que levo comigo, e o sabre se volta, começo a bater  no maldito Stigma, mas, ele defende, pois, embaixo de sua pele, há uma braçadeira... Os golpes são contínuos, mas, estou conseguindo!
 Viro pr’aquele ser, ele babeia, ao qual bato em sua canela e ele desaba sobre uma velha que foi fazer compras... A velha olhava para baixo, não nota, cravo o sabre no meio das costas do careca, que gruni
 -Maldito Lupa! – Ele não morre, maldito!
 Pá! – Corta o som surto todo o ar
 A bala sai da arma quente latente do Velho Dimas, em pé, com seu velho 38...
-Vá, garoto, eu vi o que ele é, é um Djanho dos Be-Stoker, sua cor é o Cinzento!
 E eu sigo para cima do ser, que agora está caído, num canto, grunindo baixinho... Ele retirou minha lâmina de seu corpo... A bala parece que o fez murchar... Cato minha lâmina, e professo o rito contra Be-Stoker:
 -Al-Afaan tout quel le mer et earth, grundo-mon hands! – E minha espada se torna brilhante e alva, com corte certeiro, a cabeça do ser rola entre o corredor do metro-bonde...
     No mesmo momento, chegamos na Estação do Alto da Glória. Pego a cabeça do nosso inimigo, Rita, o corpo, saímos do lugar... Neste momento, antes de sairmos, o Velho Dimas estala seus dedos e retira a Desatenção das pessoas daquele vagão, todos acordam de seu sono... Também chamado de Rotina Que Nos Cegou.
 Sobre os Djanhos, eles são os Humanos que tiramos as dores e a emoção da compaixão, são nossos guerreiros perfeitos, como a Rita Nervosa – que perdeu seu nome quando a fizemos uma Djanho. Eu e Dimas, já somos Cavaleiros (Chavalier, no idioma original), nossa estratégia é golpear os inimigos depois que seres-escravos como os Djanhos os cansam, então, os mais velhos descobrem de qual dos Três Clãs eles são, ao qual cada um tem uma fraqueza... Logo, uso um feitiço para selar a força do ser e matá-lo, tomando para mim a sua Força.
 Depois de mais de cem mortes, ganhei a Alcunha de Lobo da Estepe, porque nos Campos Gerais nós temos muitas destas plantas, é de lá que venho, de uma família de classe média, de um curso de Humanas, mas, isto é antigo... De antes
 E estava na minha vida de Cavaleiro Luparino, quando, saindo da estação de trem-bonde Norte e Sul dos Campos Gerais, aparecerem três homens, de óculos escuros e ternos laranjas:
 -Olá, você é Onório?
 -Sim! - respondo eu. Olhando para o Velho Dimas, ele responde:
-Eles são confiáveis, posso ver marcas de Alta Alquimia deles... – Disse o Velho, com seus olhos azuis. Sendo que a Alta Alquimia era algo que deveria ser respeitado, estavam mais próximos do Chefe da Ordem, dos Luparinos, a nossa e...
-Então, você sendo Onório... – O segundo disse e retirou de uma bolsa uma espada embainhada e ajoelhou, o mais próximo de mim, segurou a minha mão e me puxou para baixo, para se ajoelhar com ele... O terceiro, disse em alto e bom som:
 -Salve Onório Escapuleri, Herdeiro e Líder dos Luparinos! Lutador contra Be-Strokers e Montemarianos, campeão dos Lobos, Sangue e Pele Vermelha!
 Ninguém entendeu... Ainda mais, eu.
 Porém, todos ainda olhavam para baixo



domingo, 16 de setembro de 2012

Asas do Epílogo Alvo

 Em uma casa antiga, de sapê... Enquanto existia alguns meteoros caindo nos carros, enquanto os povos fugiam em seus V8. Nada havia de esperança, apenas alguns 38 e escopetas... Os bacamartes caiam por cima dos fugitivos, apenas olhávamos na escuridão... Enquanto as asas rodavam pelos céus e as vozes tremiam, logo
queria ver bastante de você
queria ter por baixo
dentro dos beijos
da boca no seio, risonho límpido
do teu corpo nu branco, alvo
com poemas que não me deixam terminar, pelos fogos da escuridão
     Mas, nem teu corpo para de tremer, mesmo com eles
para
continua
no ritmo frenético
sigo, até o crepúsculo
de todo o deus, a Queda, no Poder dos Filósofos
falo com teu falo, meu falo
linda, alva coisa, quente
mora na mente
delírio do epílogo

Epílogo dos Humanos, com seus automotores... Correndo pelo deserto de estepes, cheios de asas
Asas do Escuro,
Lápides voadoras


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ensinamentos sobre o Tempo

Os anos 50 nos ensinaram como querer um mundo sem disputas ideológicas: explodindo em bombas atômicas. Os anos 60, a espionar nossos filhos. 
Os 70, a ficar de trip em cogumelos. 
Os 80, a se vestir como manda seu coração - por isto, as roupas daquele jeito! 
Os 90, bem, não teve muita coisa senão esperar que o mundo acabasse nos 2000... E começa
 um nome milênio e, veja, o Universo não gira em torno de você, 
Humanidade! Beija a própria mão onininante e vá dormir.

domingo, 2 de setembro de 2012

Triste


My dead girl sang in my ears
And a picture pulled off the photo
Push a tears for inside
And uprising
Rise in the sun

domingo, 26 de agosto de 2012

Oofotorianos - Cosmologia do Caos


 Os Oofotorianos são, juntamente com o Sol de Kaleria, Protetores Galáticos da UGOSK. Seu planeta sede é Oofotoria, que fica no Sistema Solar de Ooia, constituído de uma estrela amarela e apenas dois planetas telúricos – Oofotoria e Dagon 1 -, cercadores de enormes correntes de asteróides e um gigantesco planeta gasoso nos confins do sistema:  Dagon 2.
 Oofotoria é um planeta totalmente coberto por enormes cidades de concreto e metal, sendo que não há muitas áreas com plantas e animais, isto se deve ao fato de que os oofotorianos serem uma raça ciborgue, aonde possuem pouquíssimas células, sendo estas apenas constituintes da sua capacidade de imaginação e criatividade, além de algumas emoções – que os transformam e seres passionais as vezes. A Cidade de Silvian é a maior do planeta, constituindo-se de todo o continente de mesmo nome, fora ela, há mais três continentes cercados de águas as vezes azuis e outras púrpuras e sufurantes. Há apenas uma grande floresta, Ciparis, aonde há espécies de gramas e poucas árvores altas, constituindo no único remanescente do ambiente original em todo o planeta.
 A Sociedade Oofotoriana foi fundada há cerca de 150 há 170 mil anos terrestres. Ela se originou de uma guerra entre os ciborgues e os habitantes orginais do Oofotoria, que naquele tempo era Silviatoria, e pareciam ser algo entre humanóides e seres faunicos. Não se tem muitas informações sobre como era esta sociedade anterior, só se sabe que eles começaram algumas teorias numéricas da Tecnologia Dimensional e que eram avansadíssimos em questão legal e teórica; porém, dentro da questão do tratamento de seus robôs, acabaram por desenvolver os Ciborgues, que possuíam uma parte de seu DNA adjunto a uma armadura metálica. Os ciborgues eram mal tratados pelo governo vigente, o de Silvian, sendo quase que aniquilados por serem considerados como não-vivos; isto acabou gerando a Guerra Mundial de Dagon, um ciborgue-mordomo de Silvian que acabou se tornando o Senhor de Oofotoria, após os antigos silvatorianos serem totalmente aniquilados ou os povos sobreviventes serem continuamente cada vez mais transformados em ciborgues através de partes robóticas.
 Dagon acabou emulando a ditadura de Silvian e ordenou um Reboot de toda a Cultura Anterior ao seu governo, sendo que apenas sobraram como remanescentes o nome da cidade principal e a Floresta de Ciparis, aonde estava a Mansão do Antigo Ditador. Dagon desenvolveu ao máximo as áreas urbanas de Oofotoria e investiu na tecnologia Dimensional ao passo dela ser possível. Quando isto ocorreu, o planeta começou a descobrir outros mundos em sistemas solares próximos e muitos embaixadores destes foram sendo encontrados, assim como os ciborgues também viajam para estes mundos.  Dagon então ordenou que seu governo fosse “expandido até os limites de tudo” (a dita Lei de Dagon), e toda a tecnologia Dimensional foi aplicada pelos ciborgues, expandindo em cerca de dez planetas: o Império de Dagon.
 Porém, entre os próprios ciborgues houve um crescente descontentamento com o governo de Dagon, que ficara igual ao antigo governante do planeta e emulava a destruição que ocorrera com a Guerra Mundial. Nisto, em uma ação impressionante, todas as tropas de Dagon foram aniquiladas por um novo grupo de governantes, o Conselho Justo, formada por ciborgues complexos aliados a tecnologia Dimensional de capacidades aplicáveis na distorção do tempo-espaço. Nisto, o próprio Dagon foi desmontado e sua porção viva foi julgada e condenada ao Reboot, aonde tudo foi apagado e ele foi exilado nas florestas de Ciparis, aonde existe um túmulo pré-construído para ele. Seu governo foi terminado, após vinte mil anos.
 Depois disto, houve um período de estabilidade e pausa na expansão do Império Oofotoriano. O Conselho Justo resolvera tentar a conciliação com todas as sociedades destruídas por Dagon, porém, isto não durou muitos anos, quando os Generais do Exército voltaram por conta própria a conquistar violentamente os planetas, com sociedades ou não. O Conselho Justo se preparava para a guerra com os Generais, porém, foi descoberto que Oofotoria estava entrando em um colapso ambiental e que uma guerra esgotaria fatalmente os recursos, não sendo possível a vitória contra os comandantes ciborgues, que naquele tempo já controlavam quinze dos vinte planetas participantes do Império Oofotoriano.
 Neste ambiente hostil, um novo grupo surgiu: os Amigos de Ôsnio. Ôsnio (abreviatura do nome Oo-Silvian Nativo Inácio Obus) é um lendário ciborgue-soldado expansionista, portador do Estandarte Oosia, ele possuía poderes de Tecnologia Dimensional desconhecidos pelo Conselho dos Justos e suas tropas, o que gerava desconfiança sobre ele. Após anos de uma guerra fria, o conflito finalmente estoura sobre alegações do General Isidoro que habitantes do conselho haviam invadido seu planeta (dasabitado de alguma sociedade que não fosse de ciborgues), Isidoro-6. Nisto, o conflito começara e os Amigos de Ôsnio foram chamados a escolher um lado, já que eram famosos por seus feitos.
 Ôsnio, em uma decisão até hoje lembrada e não entendida, ordenou que seus colegas formassem uma milícia que não lutaria por ninguém e atacaria apenas os mandantes da Guerra. Antes que algum conflito mais forte se iniciasse, alguns dos membros do Conselho e dos Generais foram destruídos, juntamente com suas tropas de elite. O Pânico fez com que todos buscassem explicações, elas vieram dos Amigos de Ôsnio, que diziam que continuariam a destruir todos os comandantes de todas as guerras até que a intenção de violência parasse... Isto comoveu as grandes massas de ciborgues e formaram-se grandes filiações aos Amigos.
 Neste momento, haviam duas facções dentro do Império Oofotônico, aquela dos Generais e do Conselho Justo, que queriam a Guerra Interplanetária, e aquela dos Amigos, que gostariam de novas medidas que não fossem em um primeiro momento as da guerra e destruição. Adjuntas a este conflito teórico, foram conhecidas as Ideias da Nulidade do sistema do Sol de Kaleria, que aumentaram as confusões acadêmicas e militares.
 Só que não apenas de ideias este ambiente confuso se formava, pois, entraram em cena um gigantesco inimigo: a Galáxia Virgo. Sobre um governo ditatorial, aquela galáxia vinha se expandindo e começava a tencionar o ataque final e mortal a própria Oofotoria. Contando com um total de vinte e cinco planetas, anexados violentamente ou por acordos, o Império Oofotoriano não conseguia se organizar devido a crise filosófica e social que havia entre os diversos segmentos da sociedade. No entanto, antes que tudo fosse perdido e já com um ataque maciço sendo realizado na cidade de Silvian, aonde ocorreram várias baixas, Ôsnio liderou uma contra ofensiva que destruiu toda a frota de Virgo.
 Com a vitória, Ôsnio fora elevado pelo Conselho Justo como seu imperador, os Generais começaram a tomá-lo por inimigo. Mas, o Soldado-Ciborgue não aceitou o título por mais do que alguns meses, tempo suficiente para gerar a União Oofotoriana na questão legal e promover uma eleição entre todos os ciborgues vivos de um novo Conselho, com candidatos do antigo grupo de conselheiros e generais expansionistas. Abandonando o governo, Ôsnio se retitou para os confins do sistema de Kaleria, que mostrou total apoio a nova União, sendo anexado a ela quando, surpreendentemente, tudo ocorrera bem e se formara pela primeira vez nas galáxias conhecidas uma união de planetas: a UGOSK.
 O Segundo Conselho Justo evocara uma combinação do Exército Expansionista Ciborgue, a Guarda do Conselho, o Monastério Kalérico e outras raças, como os Vandalorianos, Mantalorianos e Reptilianos, a chamada Coalisão Veloz-Mortal. Com o ataque combinado e seguido de diversos séculos e diversos planetas e raças destruídas, finalmente se findou a Primeira Guerra Galática, com a vitória da UGOSK.
 Após isto, houve um interesse enorme para com a Tecnologia Dimensional, que se mostrou poderossísima em níveis de conquista galática enormes. Só que os membros do próprio conselho não aceitaram este novo interesse e, em uma ação secreta, chamaram o lendário Ôsnio para liderar uma séquito de agentes que destruíram todas as secretas técnicas de controle e máquinas-sem-registro do velho Império Dagoniano e do Primeiro Conselho, após isto, alguns membros discordantes de manter este segredo foram expulsos ou rebootados, sendo colocados na Floresta de Ciparis, desmemoriados de toda sua vida, próximos ao túmulo de Dagon. O próprio Ôsnio, agora membro de uma misteriosa Ordem, a do Caos, desapareceu.
 E assim se deram os principais eventos da União Oofotoriana-Sol de Kaleria por parte dos poderosos povos Ciborgues de Oofotória. Que permaneceram com um governo relativamente estável e de filiação pacífica de outras sociedades como protetorados, membros e sócios, mesmo com eventos como o envolvimento não de larga escala na Quarta Guerra Galática.

FONTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Silvano_(mitologia)   http://merzworks-animes.blogspot.com.br/2010/08/o-oceano-negro-e-metafora-de-lovecraft.html  http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_de_Loyola http://www.youtube.com/watch?v=KK23BhEQVyU (ouvi esta versãorelacionável às outras fontes, digo isto para outros autores de ficção, como eu, tenham alguma baliza de aonde achar sua inspiração)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Chorando Palhaços Tristes 3 #Panda Vermelho


Volta seus olhos para a Mansão de Suboshi:  a pequena jovem GG, ela vai nas costas de Máquina-Bagre que, enquanto se transforma em uma forma metálica, abre turbinas nos pés. Eles voam juntos para o alto da montanha...
 Enquanto isto, apenas a cabeça do Panda está para fora do feitiço de selos que o prendeu em madeira petrificada.  Ele lançara algo com os olhos, que dera uma onda de choque, porém, Miboshi nada sofreu e se levantando, depois de um tempo desacordado:
 -O que fez, Mago? – Pegunta o ainda tonto filho do clã Suboshi.
 -Existem coisas que um filho de um Mundo Só não sabe meu caro...
 -Ora, o que, Mago?
 -Que existem outros mundo... E que amigos são importantes as vezes, mesmo que longe...
 -Estranho, - diz com tom mais sério Miboshi – na hora de morrer um assassino falar isto!
 E, logo, as turbinas são escutadas, explode uma parede da muralha o enorme Peixe: a Máquina-Bagre! Ele atinge o inimigo e o carrega para fora da cena; nisto, GG salta e se encontra em frente ao Mago:
 -Olá! Lembra-se de mim, Senhor?
 -Ora, minha última discípula... A pequena máquina humana criada por Númeno, aquela que só conheço por GG... O que faz aqui? – Sorri o ser, sendo irônico.
 -Mas, foi o Senhor que me chamou... Eu fui trazida por uma fumaça vermelha, apareci numa caverna e, quando saio, vejo o Sr. Peixe lutando com uma monstra... Ela tá morta, já ajudei ele! –Sorri a garota.
 -GG, sei disto... –Estranhamente, o Panda sorri ao ver a inocência da máquina – Bem, me tire daqui, precisamos tentar me libertar!
 -Sim, Senhor!
 Só que o tempo não está com eles, pois, explode uma parede a mais e aparece o Bagre metralhando e Miboshi desviando. GG leva o Panda para dentro de um puxandinho que guardava um jardim belo. Diz para o Panda:
 -Calma, Mestre! Não permitirei que você morra!
 -GG... Eu estou morrendo, quando ficar preso nesta casca nada haverá... Você deve ouvir bem! Escute-me!
 A menina parecia sem o sorriso habitual, olhava para fora, entre tábuas de madeira, para ver se via o que ocorria na batalha.
 - ...Você deve contatar outros seres... Outros que são iguais a mim e...
 -Senhor, - Disse a máquina – se um dia puder, gostaria de ser uma pessoa de carne e ossos!
 -O quê?
- E, bem, acho que as máquinas não podem chorar, nem sorrir, nem beijar... E já vi muitos que eram de carne assim: máquinas... Bem, só gostaria de um dia ter sido de carne pra ver se ia acabar assim também, novamente dura como metal...
 E o Mestre Panda olhou com o que lhe restava de face para GG, uma simples máquina. Nada sabia o que falar sobre isto.
 - Hahahahah – Ria a moça – O senhor parece um palhaço, com estas manchas brancas e cara vermelha...
 Sem jeito, o Panda apenas sorri, algo que pouco fazia, desconcertado... Nisto, ouve-se uma explosão que começa a partir o puxadinho. É carregado por GG para fora do quarto e encontram o enorme Máquina-Bagre. Ele está com um papel retangular de selo, com o pé na sua cabeça, o último filho de Suboshi ri.
 A menina joga o Panda para trás e solta sua arma para combater o vilão, pula para cima dele tentando acertá-lo com a espada, Miboshi desvia e a acerta com um selo na testa. Ela olha vesta para o papel e o rasga. Continua a atacar.
 -O quê?!! – Diz o inimigo
-Ela é uma máquina, Miboshi... Apenas isto! –Diz com o restante das forças, o Panda.
 -ORAS! –Grita o filho de Suboshi, desviando dos ataques da menina com sua grande espada – Então, terei de acabar com isto de outro jeito!
 Com um golpe certeiro, Miboshi parte a espada da menina, com outro, perfura seu peito. Sua mão a atravessa:
 -Vê? Robô tolo! Eu sou o filho Amado de Suboshi! Nem você pode me deter e...
          ... Logo, os cabos que formavam GG vão se agarrando no braço de Miboshi. Ele vai tentando se libertar, não consegue, tenta acertar o braço na cabeça da robô, com o outra mão ela o segura... O desespero do ser vai aumentado, batendo com cabeçadas e chutes, mais e mais fios vão surgindo e agarrando o Mestre do Silêncio, que grita e grita.
 -Hey, Novo mestre... – Fala o resto de GG
 -Sim, menina...
 -Foi bom ter convivido com o senhor... É lenda...  Mesmo que apenas uma vez – E ela sorri, com o resto de cara... Sai correndo, levando o maldito Miboshi, que berra e berra. Uma luz pisca dos seus olhos vivos....
              Há um penhasco próximo, que dá para um deserto.
 Ela salta e se vai. Explodindo em uma luz amarela e roxa, como seus cabelos e tênis, fios e Miboshi. Uma jovem mecânica-robótica de dezessete pra dezoito, acho... Agora nada mais que: pedaços de máquina.


  Por um instante, lágrimas caem... Apenas um instante.
               “Lágrimas de um palhaço triste”
 A frase vem subindo pela cabeça do “Lendário Panda”, ao qual vai caminhando para uma sala no centro de todo o complexo. Os pedaços de madeira vão caindo enquanto anda e há fumaça ao longe. A frase ressoa em sua cabeça, sem parar, sem ir, sem ficar de vez, apenas, indo.
  Vê um jardim florido e uma árvore enorme, nela, um meio-homem velho se agarra à armadura e chora, chora e chora... Ele se liga a árvore e tem a pele dela.
 Mas, não são lágrimas de alguém que perdeu alguém, mas, algo. Ainda que as coisas pareçam as mesmas, algos não te deixam esperando num telefone a discar um número de alguém que nunca mais vai retornar a ligação. Uma ligação... Isto era algo que a pequena adolescente GG havia dispertado no Panda... No entanto, não aquela árvore velha, não o velho que ali estava enterrado-vivo, um metavivo... Ele era algo que daria poder, a qualquer custo... Talvez.
 -Suboshi.
-Hã? Hã! – A coisa apenas gruni. E no meio de sua testa abriu-se um olho fantasmagórigo, com um círculo cinzento dentro de pálpebras vermelhas.
-Vi... –Gruniu a coisa – Vi a tua chegada... O Olho de Warana vê tudo!
 -Um “olho previsor”? –Olhou com cara de descrédito para a coisa o Panda, ela apenas gruniu mais uma vez  - Você mudou teus filhos para monstros, você deu isto a eles confiando no tal “Olho-de-Warana” ao qual você viu o futuro e... E não pôde saber que não havia futuro? Não para você?!
 O Panda se aproximou e tentou pegar a armadura em que a árvore-Suboshi se agarrava, esmagou seus galhos que expeliam sangue, mas, mesmo assim não largava. Então, o Panda vira-se e com a mão na boca faz uma corneta, ao qual expeliu fogo que se misturara com as lágrimas do velho e sua madeira. Queimou então, carregada com outras lágrimas, de um palhaço, um guerreiro triste... E o fogo consumiu a velha árvore, mas, não a Armadura do Clã, não o tesouro... Este, permanecia vivo, ainda em pé.
 O Panda vai até o altar em que estava a coisa e coloca-a no corpo, pois ainda estava apenas com o short preto e branco – suas roupas de baixo. A Armadura de Suboshi é dele, ele agora começa a ler seus segredos... Vê tudo que o velho Suboshi viu e aprendeu: o Panda mais uma vez destruiu e obteve o poder do derrotado...
         Mas, há o vazio. Algo que ele fora derrotado. Ele narra:
 No deserto, no fundo do precipício nas proximidades da Mansão Suboshi é que isto acaba... Ando pelas areias e lá, perdido em cheio de algum cheiro de óleo e carne queimada. No sóis escaldantes, depois de um monte de pedras, é lá que encontro uma cabeça robótica, cercada de destroços... Uma lembrança que não pode morrer neste palhaço...
 Com um feitiço, evoca em sua barriga uma criatura: Goobo, o Devorador, este, só é uma enorme boca no ventre do Panda e que o deixa com olhos inteiramente verdes... As mãos do mago jogam a cabeça robô para dentro e se fecha o feitiço... O Panda digere a pequena GG, como uma lembrança, algo de bom que talvez ainda houvesse nele. Talvez, crescendo de novo, talvez, não só lembrança.

Chorando palhaços tristes 2 #Panda Vermelho


 Ainda desmaiado, minha pele esta coberta de fios e catéteres... Sinto que alguém tenta roubar meu sangue...
 Ele ri, então, ri e ri... Criatura azul e de olhos amarelados, seu nome é Nakagobo, o Bebedor de Sangue Ruim.
 -Você é um tipo de ser divino? –Diz o ser azulado. – Pois, nunca vi alguém com tanto sangue assim!! É divino!
 A voz dele é insuportável, mas, não tanto quanto a dor dos cartéteres que vejo levarem meu sangue para dois tonéis quase cheios... Olho bem para a cara do demônio e digo:
 -Você vai morrer antes de provar meu sangue! Demônio!
 -Ora, prove você o meu! – Ele se corta com uma faca e leva os pingos até a boca de um outro prisioneiro, que forçado por ele, engole as gotas de líquido escarlate. O homem começa a espumar pela boca quase que instanteneamente, sua face se cobre de bolhas e ele vai vomitando líquido amarelo até parar... As convulsões param, em menos de dois minutos, se foi.
 -Olha, - diz Nakagobo – sou uma entidade imortal! Se tocar em mim com teus golpes, logo sangro e tu se infecta, bicho esquisito! – E a gargalhada dele se faz absurda de estranha...
 -Ainda não! – E me movo duas vezes: quebro as correntes, percebo que estava sem meu manto, apenas com as vestes de baixo. Nakagobo me vê e se assusta, mas, rapidamente, corta sua língua e quase me acerta com o veneno que lhe dá vida.
 Olhando para seus olhos amarelos e aquele lugar fétido, vejo que meu manto está ao seu lado, existe apenas uma chance! Cuspo-lhe fogo e ele salta, voando em um leque para amortecer a queda ao qual vai preparando um enorme cuspe sanguíneo.
 Meu manto é pego, mas, ele cospe: toda a minha roupa está coberta de veneno, mas, antes de largá-la, eu cuspo um pequeno monte d’água. Encarro o Sangue Ruim, ele canta:
 -E agora, Mago? O que tem pra mim?
 Uma sombra surge atrás dele e chutá-lhe a perna, que quebra. A coisa pula e me engole...
 -Eu tenho isto! Conheça meu servo e amigo: Máquina Bagre, o guardião do 7º Mar terrestre! – Sai uma pequena bolha de vidro da cabeça do enorme bagre humanóide, coberto de uma armadura azul, que logo, revela duas metralhadoras Gatling.
 -Eu, eu tenho sangue ruim! – Grune o mostro, ainda com a dor lastimável...
 -Sim, e este ser tem uma couraça formada de sete peles... Logo, seu veneno demorará... Agora, maldito Nakagobo... – As metralhadoras destroçam o ser, espalhando por todo o lugar seus restos e veneno.
 O Bagre lança um enorme turbilhão de água que limpa tudo. Posso sair e pegar meu sangue de volta: abrindo um do barris, toco minha cauda e ele volta ao vermelho de minha pele. O outro, porém, não coloco em mim, mas, tiro um chumaço de pelo ao qual uso meu sangue para escrever um texto na parede da caverna em que estava preso, “Viagem da Memória dos Amigos”, escrevo em língua baltânica [ de Baltos, antigo lugar de treinamento do Panda Vermelho na Terra, N. A]; afinal, sinto que precisarei de ajuda...
 -Mak sokir altur, je necessité d’um bagne! – Ouço o Bagre dizer, ele pede para tomar um banho para tirar o veneno antes que ele entre em seu corpo, eu permito. Nós partimos para a luz e logo vemos um lago e uma montanha com escadaria.
 Então, ali está... A Mansão vazia dos antes glorioso Suboshi. Lá reside Miboshi, o Silencioso.
 Cada passo meu é como se um assobio frio corresse meu corpo... É estranho. Apenas a minha espada é minha roupa, ando e ninguém impede a minha passagem: as muralhas estão vazias, os moinhos, secos, as flores, não mais dadas a ninguém. Por um momento, sinto o silêncio correr pela minha mente, que nunca para – nunca  -, só que agora ficou quieta, estranhamente.
 No topo da escada, o castelo de Suboshi e em sua porta, ali, o último filho legítimo: Miboshi. Com pele estranhamente cheia de pó de arroz, ele me vê e nada diz, com as mãos dentro do quimongo dourado, apenas observa... O vento corre, de um lado para o outro, porém, nada escuto, nem uma palavra. Se nada escuto, corro e ataco: ele escapa. Tento de novo, mais uma vez, só que o filho de Suboshi salta para longe do alcance da minha espada katana.
 -Homem-Animal, - diz ele com uma voz calma e lenta – eu sei de todos os selos de meu pai, foi o seu legado para o Mais Amado Filho... Se você lutar comigo, não mais viverá!
 -Oras! – Jogo minha espada nele, ele desvia e toca o cabo da arma. Com três pulos já estou com ela próxima de minha mão, ele já está longe. Quando toco minha arma que está presa numa rocha, ela queima minha mão...
 -Desgraçado! – Grito-lhe, sabendo que ele selara minha arma. Cuspo-lhe fogo e com papéis ele evita que eu o queime, pois eles apagam antes que meu hálito o toque...
 -Maldito! – Grito e me transformo em craquém, lançando dois tentáculos nele, o qual toca dois selos neles, viram um tipo de madeira... Madeira petrificada!
 -Todo... –Diz Miboshi – Todo o poder...
 Me destransformo e metade da minha mão está petrificada.
 -Droga! Então, é assim? – Digo-lhe
-Como?
-O Silêncio... É assim que você ganhou este apelido e por isto não sinti nada quando te enfrentei?
 -Ora, meu caro, estes selos são antigos demais para que você possa evitá-los: são divinais, sagrados! – Ele anda em minha direção.
 Faço uma posição com os dedos cruzados e tento evocar as Torres de Pedra, ele joga seus panos como tentáculos no chão e sela com figuras antes que eu possa completar...
 -E agora, mago? – Diz ele de frente para mim.
 Abro minha boca em um ângulo gigante e o engulo.
 ...  ...   ...
 Os olhos de Miboshi abrem e ele está em um lugar apenas branco e listrado de preto, ao olha tudo aquilo, escuta:
 -Agora acabou, filho de Suboshi...
 -Sim, diz ele, acabou para você, Mago! – E as mãos de Miboshi trazem uma faca ao qual ele corta o ar que é listrado branco e preto, o corte revela uma luz ao qual o ser esquálido salta...
  O Panda, cai segurando sua barriga, a sua frente, o filho Mais Amado o olha, diz:
 -Você tentou me selar dentro de você para tentar me matar, um erro, pois, agora, eu te matei... – Sorri – Veja o que fiz com sua barriga.
 O Panda olha e há um enorme selo em sua barriga. Logo, vai crescendo um enorme vazio e silêncio em seu corpo, ele vai virando madeira, não viva, mas, de pedra... E vai crescendo o frio como é aquele do medo, e vai crescendo o momento da morte do Mago...
 -Não! –Diz o Panda. Nisto, de seus olhos se lança uma brilho vermelho que ilumina tudo, uma onda de choque joga Miboshi para trás... Só que nada acontece, ao menos, ali: o Panda continua se trasnformando em árvore morta enquanto seu atacante apenas desmaiou.
 Na caverna do morto Nakagobo, ouvem-se barulhos e passos...


 Cuidando de seus ferimentos, a Máquina Bagre passa sua esponga mágica nos cortes e machucados provocados por Nakagobo ao lançar seu sangue venenoso, banhando-se no lago abaixo de toda a batalha lá de cima...
 Porém, ele puxa rapidamente uma metralhadora de um coldre em suas costas... Não é rápido o bastante e é acertado por uma coisa áspera... Ele choca-se em uma rocha que faz uma cachoeira. Olha para a fumaça e vê uma criatura enorme, qual uma metade é mulher e outra peixe, ou serpente – pelo tamanho da cauda... Há uma placa em seu peito, nela está escrito Ashita. Ela, segundo o documento que o Panda lera, era uma filha bastarda da Família Imperial daquele mundo  - reconhecida no final da vida por Suboshi -, ao qual tinha uma gêmea perdida Soiboshi.
 Máquina-Bagre preparou-se para o combate, retirando uma enorme faca e já ia pegar balas para a sua metralhadora quando, de repente, a fumaça do lago de água quente vai discipando e, aos pés da monstra - para a surpresa dos dois -, uma jovem se encontra. Ela tem um cabelo meio roxo e de um lado cortado, undercut, seus tênis de tecido e borracha de cor amarela e seus grandes olhos não combinam com o que carrega: uma espada-bastarda; enorme lâmina, que, no metal, está com a inscrição “Helter Skelter” – sim, o aprendiz do Panda, o que surpreende o Máquina-Bagre tanto quanto eu. Ela olha o monstro peixe e lhe diz:
 -Você irá morrer, me chamaram pra isto...
 E cai para cima da mostra que grita e desvia, batendo com a cauda e jogando a menina numa pedra. M – Bagre assustado e temendo pela garota, fica irrado e se joga com a faca presa nos dentes, dando socos na monstra que foge, afundando no lago.
 O grande peixe vê a menina que estava com a cabeça chocada na pedra... Ele estranha a falta de sangue e, quando a leva entre seus braços, percebe que ela tem engrenagenagens misturadas a um cérebro esbranquiçado... Ela é uma robô! Uma boneca! Alivia o Máquina...
 Só que, abrindo os olhos rapidamente, a menina grita:
 -Cuidado, Sr. Peixe! – O Bagre pula e vira-se, escapando de uma investida da mulher-peixe, que afunda novamente. Há um silêncio no lago... Máquina-Bagre está sobre as águas e escuta, a menina está em seu ombro, ela diz:
 -Eu sei como derrotar esta coisa... Sr. Bagre, fui chamada pelo Mestre, confia em mim?
 -Senti o cheiro do sangue do Mestre, - escuta a jovem em sua cabeça, sendo uma telepatia do peixe – se ele confia em tu, confio também!
 -Ora, um peixe precisa de uma isca, não? – E com uma piscadela, ela salta para o meio do lago. Nisto, salta a monstra e tenta acertá-la: o Máquina-Bagre carregou sua arma e atira, mas, a monstra é rápida!
 A menina salta e salta, pelas pedras e desviando da monstra que também desvia dos tiros do outro peixe. Porém, quando o lago acaba e ela tenta se virar para afundar de novo nas águas a pequena pega sua espada que tinha caído ali e fica-lhe na cauda,
      Ashita, presa, ainda vê de relance o Bagre mirar e descaregar uma carga nela, que explode em vapor... Lá se vai mais um membro dos Suboshi.
 A fumaça se dispersa enquanto a menina adolescente que nem é uma menina de verdade, talvez só uma máquina, cumprimenta o Máquina-Bagre dizendo:
- Olá, me chamo GG!
-Olá, me chamo Bagre!
 E os dois, por um momento, breve, veem que poderão ser amigos: amizade natural?