"...Algo mais estúpido que amor."
Li o bilhete, estava horas depois descalço numa praia de areia branca, mas fria, era madrugada, às 4:49 da manhã; sem casaca e sem meu relógio de bolso, estava sem tempo e sem proteção, não, estava protegido, lembrava de uma antiga companheira, seu nome era Carmen... Que corpo! Não, ela era quente mesmo.
Pensamento interrompido.
Começou a chover e pensei em voltar pro meu carro, mas não, ainda não. É difícil ser decidido quando se é humano, ser imortal é bem mais fácil... Que se dane que é solitário, o simples fato de não precisar ligar para os outros e poder fazer qualquer coisa de sua vida já me valeria a imortalidade!
Começou a esquentar, sim, chovia mais o ar esquentava.
Um homem de terno preto, negro, com desenhos de asas atrás de sua roupa, voz com sotaque do sul. "-Então, você acha mesmo que vai poder nos ajudar?", "-Sim", eu respondi. Então, ele me deu um tapa no peito e eu cai na areia:
-Filho a mãe! -Berrei. Ele, sumiu.
Olhei para meu pulso, já estava dentro do carro e olhava para o céu se abrindo -era uma daquelas chuvas de verão-, havia um marca, uma mancha, creio que parecia um corvo, ou algo assim, agora fazia parte deles...
É difícil pensar nisto, mas já fazem mais de 100 anos que isto aconteceu, que sou um deles, sou imortal, mas apenas minha mente, não a alma, o Pensamento. Sou um Agente do Caos, pois altero o sentido da Morte.
MUSIQUETA DA POSTAGEM
Só sobre imortalidade...
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