A ordem do dia era simples: Caminhar numa ponte com algumas faixas, lutar por direitos dos outros e blablabla
Nada que vocês não fariam, simplesmente mais uma coisa que se faz movido pelo poder dado pelos outros... Só por status mesmo; não sou minoria por tomar estar atitude, sou da maioria absoluta mesmo levando uma vida em noção de relativas
Sou estatístico
Ele fuma um baseado e pensa nas suas teorias sobre o mundo. É um grande contraventor das regras, ficando deitado em sua sala e maldizendo o Sistema, sempre se manifestando sobre tudo, este poderia ser eu, poderia ser você, se tivéssemos oportunidade de estudar posteriormente ao ensino médio e não ter que trabalhar na maldita obra da casa do estudante
Ele faz alguma coisa em Ciências Sociais
-Estou hoje muito bem! -Diz a esforçada garota loira que tira seu vestido de carola do armário e o coloca juntamente com um ousado conjunto de lingerie vermelha, ela quer tomar o corpo inteiro do barbudo que ela conheceu numa festa de calouros... Só que ela era ainda uma garçonete, só uma garçonete, mas tinha sonhos... Como todos nós
Ela era garçom feminina de um bar que queria estudar
Tirar a massa da calça jeans e ir vagarosamente para o ônibus que vai ao Centro Cívico da cidade, nada de mais... Só quer participar de algo, que viu o atual patrão comentar, chamou um amigo bom em contas, só que acabou como contador e ele, como pedreiro... O relógio de pulso do pai é antigo assim como seus sonhos, esta enferrujado
O Homem-de-Lata, pedreiro
Estava perto das 11 e o frio se misturava com chuva... Talvez o tempo abrisse... Fumei o último cigarro preto e cuspi o pigarro, o símbolo de corvo e meu pequeno mecanismo no bolso do casaco com uma caveira atrás estavam quase prontos... Ia ver no que dava
O Agente do Caos
Limpa o bigode loiro o gordo guarda próximo de aposentar-se, olha para o companheiro no cavalo -jovem, iniciante, ainda assustado-, existe preocupação na cabeça do velho Segurança da Lei da mesma maneira que com o cozido de sua esposa no domingo que comemora o término de tudo: a paz novamente de uma cadeira e uma tv
O cavaleiro policial
Descendo a rua vem a turma de manisfestantes -ou de acordo com o gosto, baderneiros, ou ainda, heróis. Cartazes e faixas pedem reformas, as cruzes em volta do esquadro pedem mais que simplesmente novos métodos no tratar com os novos estudantes das Abadias Superiores, pedem novas cargas e verbas para viagens, assim como coisas sem importância. É um mar de ideias, cada um busca que o outro faça logo o que ele deseja, espera-se, ou tenta-se, no grupo que escoa pela avenida, algo a mais... Mas, alguns nem sabem por que lutam, ou se era preciso lutar, uns acreditam, outros não
Berreiro infernal, estandartes subindo com faixas
No marasmo de quase duas horas da tarde, estão quase chegando as forças estudantis e trabalhistas do seu objetivo: berra na face dos Governantes... Aqueles que sempre terão a culpa de todos, pois deles é o Reino do Cidadão, amém!
A barrulheira é infernal! As corridas se fazem como fluxo infernal de estrelas cadentes na avenida. Naquela grande rua ficam os corpos espalhados pelo chão beijando o asfalto grosso e esburacado...
O vão é aberto pelas câmeras, os repórteres, como seus cães e portando armas, afastam todos para gravar aquilo que era um jovem cadete chorando sobre o corpo de uma jovem loira... Um barbudo esta lá também... Desmaiado pelo cassetete de um velho guarda bigodudo que olha atônito a cena...
Na confusão, um corpo com um velho relógio e de outro cara, que tem cara de que mexe com números, dado aos esteriótipos comuns a nós, estão próximos a área em que as pessoas se acumularam na fuga louca; pisoteados, os dois não mais protestam por nada
Ninguém nunca sabe como o caos acontece... O piano toca suas teclas de uma forma a sempre nos desorientar em conhecer qual é a melodia, porém, não para aquele Agente que fumava seu cigarro e agora anda entre as pessoas... Porta na mão pequena garra negra, carrega consigo uma caixa, de ébano, com uma forca -símbolo sacro-, esta ele parecido a um coveiro...
Ele corta as costas do velho com a garra e ele cai, fulminado em um ataque do coração
Passa pelo corpo do estudante fumante e aperta seu peito, da cabeça sangrando, sai um último suspiro
Pela loira com a bala, ele acaricia a face
Atravessa o jovem guarda atirador que estava mais desesperado que nunca
Nas escadas, onde se tenta salvar o um, ele toca a perna do pedreiro
Espera um pouco, a massagem cardíaca não funciona, ele toca no estatístico
Vai seguindo a avenida, depois disto
Vai saindo da confusão
Eu não pude ver, mas, no caixão, estão os cinco mortos neste dia
Suas vidas, memórias e lágrimas
Na arma no bolso do ser, a Culpa
Sempre um Culpado, sempre alguém pra aonde vão nossos protestos
Porém, ninguém nunca protestou contra ele
Pois, ele está no meio de todos, no meio da multidão
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=g3y87t1rotg&feature=player_embedded#!
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