As pessoas estão aí e eu estou aqui, lá vou eu com meu copo de café com leite comprado na padaria, pedia pra garçonete china me colocar mais café, sempre vinha mais leite, droga! A máscara de Panda Vermelho não me deixava beber muito bem... Tinha que levantá-la, mas quase derrubava no terno... AH! Molhei minha camisa xadrez! Minha mãe vai ficar uma fera...
Sai à 1:25 e atravessei a rua; ao ônibus vazio de passageiros, abaixei, levantei e segui rápido pela rua, com uma sacola preta grande... BUM!
"A distração"
Entrando e subindo as escadas no prédio atrás da velha Catedral, na Praça Central da cidade; mais uma cidade que começou com as bençãos do Senhor, sobre as Ordens do Livro Vermelho... Mais uma em que o marco zero nada mais era do que o point para que os bêbados e "punks" da época berrassem e para que o Resto, o resto berrasse internamente por alguma coisa
Era construção de paredes e reboco velho, com janelas trancadas com tábua, saquei da sacola a escopeta. Poucos são sinceros quando não tem uma arma na cara, eu era, pois queria achar uma tal garota que uma vez me vendera um pão na chapa... Ela estava no alto da torre quadrada do prédio... Eu subia e ouvia uns gritos lá de cima, de repente, aranhas pularam na minha frente:
-Oi, amor!
-Oi, benzinho!
-Olá! -Respondi as duas gostosas aranhas negras, cabelos morenos e coxas grossas, suas presas saiam da boca da face humana -o corpo era de aracnídeo, a cara um dos pares de pernas, de lindas mulheres, o veneno da língua, mortal.
Atirei seco e acertei a perna bela d'uma, ela cai e tanta me matar a outra. Desvio batendo num pedaço de madeira, aproveita isto a outra e me abraça, é mortal, mas, ouço um berro ordenando... O veneno em pouca quantidade da língua delas vai me fazendo apagar...
"A frustração inicial"
-Oi! -Diz a morena na minha frente, ela é uma das estranhas com quem conversei... Tem franja e uma roupa alternativa, estas modas! -Você é estranho... -Ela completa me olhando assustada, mas não ligo muito pra isto, estou amarrado numa cadeira no que acho que é a torre do bendito prédio...
Na minha frente, meu objetivo: Luna Mcbee, uma garota de 133 anos, cabeça de 13, fios brancos e estranhos da última rainha élfica, perdida numa cidade fria no sul do Equador
Nas três cadeiras, só solidão. Sem nada no lugar, tento puxar papo com a morena, ela esta acordada, diferente da outra -"a minha missão".
-Qual é o seu nome?
-Jane's, Jane's Tempest... - Eu ri
-E você?
-Sou o Panda Vermelho... -Rimos.
É evidente que isto era um simples flerte, mas, nada mais do que isto para começar uma grande amizade... Ou alguma bobeira destas; pena que ouvimos os passos subindo pelas escadas de madeira
-Hey! -Fala ela, eu respondi: "-O quê?"
-Não esqueça de anotar uma frase pra mim... -Eu falo sim e ela diz:
-"Talvez, seja só mais um psicopata buscando testes pra ver se ama alguém ou dispensa numa última esquina... Dizem alguns que isto é ser human..."
Abrem a porta que estava ao lado de Luna e entram três caras mal-encarados, armados, e o chefe gordo que braveja para serem rápidos, pois alguém explodiu um ônibus e a guarda estava fechando todas as saídas do lugar. Levam a garota na minha frente e ela diz:
-Não esqueça, hein? -Sorri e é levada para uma outra porta algemada nas mãos e nos pés, atrás de mim... Ouço tiros. Silêncio, estou com ele novamente
"Flerte"
Passaram-se minutos, ninguém voltou, só eu com o gordo sentado e a garota desmaiada... Minha máscara numa mesa onde estava a arma do gordo, vi para a cara dele e fiquei observando enquanto limpava sua unha do pé, sem bota.
Realmente tentava lembrar o que a garota sem nome tinha me pedido pra lembrar, acho que ia esquecer... Logo, pensei que o melhor tentar fugir daqui... Vi o pé sujo do gordo, uma viga, minha cadeira e uma janela
-Não sei como as coisas que vi aqui podem me ajudar a fugir -Falei pro meu carcereiro
-Cala-te! -Ele fica insano e me dá uma bofetada, levantou até sem bota...
Olhei mais uma vez pra ele, ele respirava muito alto. Virou-se o gordo e dei-lhe uma cabeça, pulando com toda força e cadeira
A cabeça dele se espatifa na viga - era uma coluna, na verdade -, ele tropeçara na própria bota, isto o fizera cair e morrer mais que a minha tentativa de acertá-lo, ao menos, o silêncio retornara
"Silêncio perturbador"
...
Já estamos descendo as escadas, eu e a elfa Luna McBee... Ela tinha uma navalha no pulso, mas a idiota caiu por causa de um simples veneninho, pffff... No salão há as duas aranhas e uns sete caras, eu de más cara e só com uma pistola... Sou muito distraído e estou na mira deles, ouvindo pequenos sons e tento escutar alguma coisa de esperança; a esperança vomita na forma de portas abertas, a guarda esta com mosquetes e os tiros começam... O sangue verde escorre e levo Luna entre balas para uma Porta d'Leste, umas das irmãs aranhas morta, há ainda muita resistência na sala, a outra irmã me derruba e a garota tenta acertá-la na perna...
Minha arma caída e a bicha enorme corta minha perna, derruba a minha protegida e tenta me envenenar finalmente me matando... A Adrenalina corre
"Primeiro beijo"
...
-Lembrei dela... Tive que escrever num papel o que ela me disse... - A pequena rainha élfica esbugalha os olhos, eu levei ela de ônibus até o pai, na Estação Norte, secretamente
-É mesmo?
-Tá aqui...
-Nem é dela... Isto é de Ilda Ramona... "Moinhos de Mancha", bom livro humano
-...Ela não era a sua guardiã, né?
-Nunca havia a visto... Trouxerem ela algum tempo depois
-... Hehe... Nem eu era o Panda Vermelho... -Entreguei o pacote de papel e deixei ela perto das escadas... A garota foi de encontro aos caras de terno amarelo, sentei num banco -eles não me conheciam-, esperei ela ir no banheiro, pois tinha dado laxante... A mala ficou com a comitiva
Desci as escadas e deu uns três minutos
KA.BUM!!
Acabou, minha missão terminou, ela era uma boa menina e se tornaria uma mulher forte, deixei ela lá e espero que não tenha se ferido, talvez um dia volta atrás de mim... Não me importo agora
"O Sorriso depois..."
...Soube que uma mulher morena e com roupas estranhas havia chamado a guarda... A parte da de pegar a pistola no último segundo da luta contra a aranha fora a minha... Então, assim eu estava salvo, apenas uma lembrança da Garota Sem-Nome
Em uma casa fria, perto das 4... O triiiim do telefone é atendido por alguém que pede um trabalho a alguém como eu
-O que é? -Pergunto a voz feminina
-Você sabe, seu ser Caótico...
-É...? Fale!
-Um Segundo Encontro pra alguém que guardou um papel e tem que me devolver agora...
Alguns segundos depois, pego o papel dado pela Sem-Nome e anoto uma data e hora, que jamais me lembrarei, nem mesmo dela... Ou é apenas barulho
Sei que apenas escrevi como título:
"Primeiro Encontro"
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=yoD1M-h1DiQ&feature=related
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