Ela mandou um beijinho, estava uma coisinha de saia xadrez e óculos gigante, mas, não me distraí...
Meu vestido incomodava e as águas desta terra de solo vermelho são feias para meus olhos
"Sem distrações, pare com isto!", disse em minha mente a mim mesma, como um conselheiro que conversa com um espelho
Havia uma parede de pedras negras, pus minha mão e ela se liquefez; o líquido cai e acabei causando muito barulho, droga! Isto que eu ganho, estou na TPM e vou querer entrar em um quartel general!
-Pegue a japa! -Berra o gordo, ele é escroto, tendo um grande corpo verde e com sua armadura samurai que me faz lembrar de Shino... Mas, ele é passado, o Tempo sempre cura as feridas, até as que fiz.
Corto a garganta dele, sangue, nunca gostei, sempre acabo causando
Haviam uns idiotas ali, derrubei suas baionetas e espadas facilmente, não eram bons servidores... Suas armaduras eram pesadas pelo Dinheiro, não pela Honra... Porém, meu coração também não toca a música da Honra, nem do Amor, nem nada disto que se constrói...
Trinta se foram, atravesso o segundo pátio quando um gás atinge minhas narinas, parece jasmim, no entanto, ele me leva a cair em um buraco... Vão profundo, muita luz! Vejo entre luzes de um entardecer; um homem abraça uma mulher bela, ela usa um quimono rosa, ele, um brasão da Onda -honraria das maiores...
Corro pra eles, "-Nami!", a voz é bonita, suave... "-Nami!", a voz torna-se amarga... Piso no campo de flores em que eles estavam, agora eles são espinhosos e eu os odeio -os odeio! Sinto a Família de Shino, me condenando à entrega, de meu corpo e serviços, o nojo de suas saliva só foi retardado por ela... Sakura, minha pequena amiga... Sinto traição, sinto morte, a minha começa e, de repente, acordo
-Maldita cadela! -Me diz o homem de cabelo escorrido e roupas brancas, é nipônico como eu; sua mão esmaga meu pescoço e vejo que suas calças queriam cair
Cravo minhas unhas e ele cai... Levanto sem remorso. Sinto um ar estranho, ao me virar, um coelho gigante tenta me esmagar, pulo e desvio de seus golpes
A arma do mosqueta lá esta, PÁ! Na cabeça! Vesgo, se volta o coelho ao homem de cabelo escorrido, para mim, ele tinha a cara de Shino, ele, todos os outros... É minha Vingança, fria, pálida...
Subo as escadas, nada mais parece me impedir, na porta ao fim do corredor, sinto que lá esta a esperança -ela tem vestidinho xadrez e estava uma coisinha!
-O quê?! -Minha parada é seguida de gotas de água que atiro dos dedos são como balas das mais fortes. Nada o afeta... Sinto o cheiro de cigarro, tem um chapéu coco e uma cara de safo!
-Olá, Senhora do Mar...
-Piadista! -É o Cão Calixto, um ser estranho e as vezes romântico... Um bom amigo, um velho amigo - O que há?
-Você quer mesmo viver com ela?
-Como assim?
-Sabe que salvá-la vai fazer com que ela se prenda em você...
-E daí? O que quer que eu faça? Não precisamos ser "sozinhos" no mundo....
-...
-Não precisaria ser você, velho amigo
-...... - Ele desapareceu, sumiu como uma fumaça negra e pulando a janela
Abro a porta, dos fundos e à direita, lá esta ela, com cara chorosa... Beijo-a, sorrindo, ela quieta
Ao virar, chamando ela para que se apresse, sinto um "-Desculpe! Nami...", era um mosquete... Há dor e estou quase desmaiando em meus últimos momentos... Não há mais nada... Não há nem a Esperança de vestidinho xadrez e cabelinhos loiros... Adeus, Pequena!
*
Chih, chih... [cheirando]
Sinto cheiros estranhos, não sabia que morrer tinha cheiro! Cigarro, conheço este cigarro... Sangue, também tem este cheiro, assim como de óleo queimado...
Minha mão vai vagarosamente tirando a tampa do barril em que usam para enterrar os mortos... Tem um dos samurais caídos na minha frente; as bandeiras de sua nação, chamada Assaí, no sul de Brasilis, estacavam o solo vermelho, não só naturalmente, como pelos corpos... Não entendo nada! Dirigíveis que pareciam com lanternas, com a mesma marca de sua honra, pegavam fogo, eram destruídos... O quê?...
Sem forças, sem dor, olhei procurando achar alguém... Minha mente caíra por causa dela, senti vergonha por lembrar e me preocupar em achá-la, talvez conversar, talvez...
-Você esta caída por ela mesmo... -Olhei, ainda sem foco, reconheci Calixto. Ele fumava seu cigarro, o cuspiu e disse:
-Vou indo, não quero continuar aqui... Eu não fiz isto, foram eles -Olhei sem foco e só ela, sim, minha Esperança; lá estava chorando, meu olhar ficou normal e percebi que ela não tinha braços e pernas. À frente, um homem de terno estranho, virou-se para mim, assim como um corvo parou em uma árvore.
-Quer se juntar a nós? -Pergunta o homem-mecânico, o corvo agora é outro, este me ajuda a ficar em pé...
-Espere...
-Eu espero... -Disse ele
-Eu estou indo para outra oportunidade, espero que você entenda...
Até que gostaria de chorar e fazer a cena, mas, nunca consegui fazer isto -não ali, não agora. Parei e fiquei olhando a cara chorosa dela... Talvez fosse a dor nela, ou fosse o prazer da Vingança que inebriava minhas lágrimas contidas;
Só tinha um pouco de fuligem, nada mais, segui o outro caminho pelos corpos e fui
Pelas cinzas, segui a oportunidade
MUSIQUETA DA POSTAGEM
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