terça-feira, 16 de outubro de 2012
Le Deux de Gévaudan
Ali estavam
Ela no banho
Ele no pequeno tassé de café
E nada mais havia no amanhecer
Além de que, o puro e relevante ar da manhã,
Cheiro de cafeína, vapores do sereno e da água
No corpo dela
Enquanto, saindo e se encontrando com ele
O susto correu sobre uma gota suada
Na testa, compartilhada
E eu perco a inocência
Ela, à inocência me tem roubada
Nada mais há daquela manhã, em que um "Bonjour" se tornou um
Toujour
Apenas meus olhos fecharam
E a escopeta lançou
Sangue pros lados, lados de um algo que os escritores tolos
Chamaram de amor
Hoje, é só sexo, drogas e rock'n'roll
Hoje, nada mais é do que uma manhã
Em que dois seres famigerados
Roubam a inocência dos velados, entre dentes
Vapores, saliva e cafeína
Entre eu, você e nós
Apenas isto, leve e tristo, até
Um leve sorriso
E os dois seguem seu caminho, nos bosques de Gévaudan
Alimentando-se de si mesmo, deles, delas, nós e eles
O Mundo contra dois Seres
O caminha apenas como única flecha rajada de sangue
Que sai entre nossas presas
Ao quais chamamos: coração
Meu, teu, nós
E um bom dia pra você
Mon Deux.
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Poesia
domingo, 7 de outubro de 2012
Alquimata III
Alquimata III – Visita na Tabacaria
Pegaram o metrô em
direção ao Ponto Sudeste, no Sistema Radial de transporte de Campos Gerais,
tudo saía da cidade ou entrava deste jeito. E lá iam o jovem Onório, sentado
apenas olhando a espada ao qual ganhara, embainhada e acorrentada, Rita, que
estava fumando em lugar proibido, e o Velho Dimas, lendo um livro de Nelson
Rodrigues.
-Velho...
-Sim, Mestre Onório?
-Mestre? – Perguntou Rita,
assustada em sua cara.
-Sim, – respondeu o senhor quase careca e pequeno – agora ele
é o Rei do Mundo dos Luparinos, e como nós o somos, devemos chamá-lo assim.
-Ah... Sim...
-Hey, Rita, cale a boca! –Gritou o jovem de mullets e camisa
listrada verde – Os humanos estão conversando aqui, ok?
-Oras... Seu...
-Tome, Rita, leia um pouco... – E Dimas deu para Rita um
livrinho, se bem lembro, Jerusalém
Libertada, acho que uma ópera antiga – Vai saber muito mais lendo do que
berrando.
Ela obedeceu e o
jovem continuou:
-Os Altos de laranja que estavam com a gente... Se eu sou o
chefe, por que deixaram a gente depois de me anunciar?!
O Velho se aproximou de Escapuleri e disse, segurando seus
ombros como que para um segredo:
-Nunca confie nos caras de laranja! É uma cor que dá azar...
-Como assim? Eu não sou O CHEFE?
-Não. Você é apenas o Portador da Espada de Salomão, esta,
que você tem nas mãos... Cada um dos Três Clãs de alquimistas tem uma arma: a
Espada dos Luparinos, a Javelin dos Be-Strokers e o Escudo dos Montemartinos.
Estas armas são importantes, não os Portadores... Elas contém todo o segredo
das principais magias e selos que cada um dos nossos povos possui, em
quinhentos anos de guerra entre os Alquimistas, nunca perdemos esta arma porque
sempre há alguém para protegê-la, se não forem os Altos Alquimistas, o próprio
Portador deve ser de todo o modo proteger a arma!
-Ok... Os Três Clãs dependem disto? E nós nunca soubemos? –
Onório olhou para Rita, ela nem estava ali para a conversa, apenas lia seu
livrinho, devorando-o enquanto o mesmo dava vermes em seu cérebro de Djanho. –Enfim,
e agora?! Eu não posso nem tirar esta espada da bainha! Como vou proteger
alguma coisa?
-Bem, garoto, estamos indo pra um ponto da Metrópole visitar
um velho amigo meu...Dono de Tabacaria.
-Por quê? Isto é hora de fumar um begue?
-Não, vamos lá porque ele é alguém que pode explicar sua
situação para você.
Desceram na Estação
Central da Lapa, uma antiga cidade daqui. Tiveram ainda que tomar um ônibus
para uma região perto do Aeroporto 125, deserto e degradado, um bairro surgia
do mato verde que ainda se via ali. Em uma casa de dois andares e estilo
polaco, com teto pra neve apesar de estarmos nos trópicos, lá estava escrito na
plaquinha:
Tabacaria Xavier
Cinquenta anos servindo o melhor tabaco legal para sua família
Entraram e já estava
noite, foram recebidos por um velhinho mais velho que o Velho Dimas, só que
mais alto, apesar de ser oriental, acho que japonês. Ele abraçou o companheiro
idoso e logo todos foram tomar um pouco de chá, enquanto ele fumava um enorme
cachimbo fedorento.
Ao entrarem na Sala
de Chá, dentro da loja, uma enorme biblioteca. Olhando para o chão, Onório
disse para Rita:
-Tome cuidado, este velho é esperto...
-Sim, entendi! –Disse ela fingindo agora ler seu livro e com
uma faca próxima da mão, mas por baixo do casaco.
-Não precisam se
preocupar, ele é confiável, meus jovens. –Disse Dimas – Xavier não possui
nenhum vínculo, ele é um Sem-Clã.
Diante da cara de
espanto dos dois, o japonês completou:
-Exatamente, sir! Francisco Xavier de Oliveira, um orgulhoso
velho Sem-Clã! E não se preocupem – Apontou para chão – este Selo de Estrela de
Cinco Pontas aqui é contra todo o tipo de magia, mas, não é para vocês serem
atacados ou algo assim... Se tentasse atacar alguém que é amigo do Dimas, com
certeza estaria morto hahahahahahaha e olha que sei disto, ele já foi meu
amigo! Hahahahahahaah
Os dois gargalharam
por alguns minutos. Depois disto, sentaram em um sofá velho e Dimas contou a situação
que aconteceu naquela manhã, ao qual o japonês perguntou para Onório:
-Oras, então, você é o Chefe dos Luparinos agora! Que grande
honra! Eu vi tipos como você apenas me perseguindo ou ceifando cabeças alheias
hehehe e já faz uns cem anos?!
-Não vale nada, na real, este título aí... De que vale ser o
“Chefe dos Luparinos” se nem posso ser protegido ou algo assim?!
-... Hm... –E assoprou o velho Xavier seu pito – Acho que Dimas veio aqui porque
tenho algo bem didático para explicar esta situação, ainda mais para jovens
como vocês, que não gostam de ouvir como eu ouvia de meu pai, lá na Terra do
Sol Nascente...
Ele levantou-se e
tirou os panos de um velho maquinário no meio da biblioteca:
-Isto é uma
Maquiladora de Metempsicose, algo velho e antigo... Funciona como um mostrador
de slides de hoje em dia, mas, é melhor...
-Hm... Por que melhor, velho china? – Pergunta a curiosa
engenheira Rita.
-Ele é baseado na Metempsicose, o transporte do que nós
chamamos de aura para outros corpos... Ela faz isto e, assim, pode-se passar um
tipo de “filme” com as antigas histórias do passado, reproduzindo tudo o que
viveram aquelas pessoas e...
-Oras, por favor, comece logo, Xavier! –Fala Dimas – Mostre ao
rapaz de uma vez!
-Ok, sir!... Continua um chato – resmungou o velho japonês,
que pegou alguns ossos e jogou numa rede de tubos que havia para um enorme
triângulo branco. Logo, tudo começou a se encher de fumaça e o velho pitou seu
cachimbo e assoprou, misturando as duas névoas...
-Mas, o que...
-hehehee isto é para o show! –Sorriu o oriental e deixou seu
cachimbo em uma mesa. – Agora, se me permitem, vou ao banheiro que o chá desceu
na bexiga!
Então, apertou o
velho um botão e uma luz encheu a sala...
Começa a narração de uma voz pra dormir, só que como se
fosse a sua voz que falasse para você mesmo. Uma sensação estranha de perder o
controle de si mesmo, ao qual começou dizendo, enquanto cada imagem que ela ia
comentando se mostrava em sensações para nossos sentidos:
Então, no alto da Guerra entre os Alquimistas, Três Clãs vieram à tona
como a espuma da água do mar que invade a terra, vem e lhe rouba a areia, para
os Castelos Submarinos.
No século XV, nos restos da Cidade Romana do Ocidente, se ergue os
Luparinos, poderosos da Pele Vermelha. No sultanato púrpura, amarelo e vermelho
de Solimão, que com seu Sabre baniu todo o Mal sobre seu Clã e numa floresta,
encontrou o Lobo, símbolo de toda a Criação Luparina...
Nos anos de 1000 até 1790, uma enorme batalha se findou, e dela,
surgiram os Cores Azuis, Cinzas e Castanhos, entre dois clãs inimigos surgiu um
vitorioso apenas: os Montemartes. Dotados da defesa de todo o saber e mesmo
sendo de Sicília, seu reino se deu nas florestas insólitas e negras da América
Espanhola, sobre o Signo de Aldovaz, o Andarilho...
E na Era do Vapor, dentro de um povo sueco com fome e sede, todos os
que se dão nome de Clãs do Norte Austral se unem, sobre um signo Bispal e de
cores Celeste, Branca e Rósea, sobre uma única Justa e para uma única Guilda,
dão-se o nome de Be-Stroker, os “Para Limpeza”. E em todo o navio vitoriano se
vão, conquistando e colonizando, sobre a efígie da Santa Javelin usada pelo
descendente do Santo Aurélio, Romano devotado ao único senhor dos Be-Stroker...
Com os três nomes dos Grandes Clãs do Ocidente o mundo se assombra,
tamanha é a força e expansão de suas pronúncias e força... Porém, anos negro se
vêem
Se vão... E chegam.
A Guerra contra os Inimigos de Todos os Bruxos se dá, e todos se unem!
Porém, a Vitória parece não vir sem o Ego, ao qual consumiu todos os Líderes
dos Três Clãs... Na Batalha Quase perdida, apenas os Antigos poderiam ajudar
E das tumbas eles se erguem, Vencendo, todos e tudo!
Selam as armas para que apenas aqueles dignos pudessem usar...
Dignidade conseguida apenas no brilho prateado da guerra contra coisas
bestiais, como os terríveis...
...PLAFT!
Neste momento, o Velho Dimas sai de sua
cadeira e corre em direção ao banheiro, sacando sua pistola. Levanto-me e ainda
com bolinhas brilhantes, faço o mesmo, enquanto seguimos pelo corredor, pergunto:
-O que há
Dimas?
-Você não
ouviu? É barulho de passos!
Ele abre a porta,
nisto, Rita já está atrás de mim, portando sua faca. Todos nós paramos, sem nos
mexermos... A cena é bizarra: o velho Xavier está com a cabeça decepada, com o
corpo ajoelhado em frente ao vaso sanitário. Olho o espelho e há inscrições, na
boca da patente, o mesmo.
-Velho, isto
é uma Maria Sangrenta?
-Sim, é sim
garoto... Mas, parece que ela já terminou, era apenas para o velho Xavier... Se
você olhar o espelho, já está queimado e a água da patente, limpa... O feitiço
terminou...
Me aproximei devagar e tirei o corpo decapitado parecia que o japonês tinha sido acertado no peito e jogado na
patente, aonde a Maria Sangrenta foi escrita. Um dos feitiços mais macabros,
faz com que toda a massa de água tornar-se uma Devoradora de Membros (em geral,
apenas um), - no caso, se escolhem privadas por serem as mais fáceis de se encontrar... O que deu a superstição humana de um “fantasma”.
-Estranho,
-diz Rita- teríamos percebido algo como uma Maria Sangrenta... Não ouvi nada!
-Mesmo um ouvido
de Djanho, Rita, está prejudicado pelo Selo de Estrela 5 Pontas da
biblioteca... Não daria pra ouvir... Na verdade, nenhum humano poderia sequer
fazer uma magia com aquilo escrito no chão, usando ferro fundido...
-Mas,
velho... Como você? ...
-Espera! –Grita
Dimas, ao qual corremos de volta para a sala.
-O cachimbo
do Xavier! – Diz o velho. – Sumiu!
-O que tem
aquele pito fedorento? Nem se pode fumar mais em local público! – Diz Rita.
-Aquilo era
uma arma mágica, Rita –Digo eu para ela. Olho em volta e vejo que os desenhos
no chão derreteram, algo poderoso havia passado por ali.
De repente, sirenes tocam. Dimas grita para
tentarmos achar uma saída, mas, a biblioteca não possui nenhuma.
Então, entram Policiais Militares com
metralhadoras Tommy Gun e na frente deles um gordinho que diz:
-Capitão Torquemada! Vocês estão todos presos
pela Polícia do Estado Paranaense!
MUSIQUETA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solim%C3%A3o_o_Magn%C3%ADfico http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9m_libertada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier_de_Oliveira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Torquemada
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Alquimata XV
Alquimata XV – Assassina
Não conseguia dormir, aqueles malditos tambores faziam a
minha segunda-feira pior do que todas as outras, mesmo as de quando ainda
trabalhava e não vivia de uma pensão. Eles ficavam ressoando e batendo na minha
cabeça... Me fazendo, em pulsos, me lembrar o que aconteceu ontem
Uma reunião na
paisagem alaranjada daquela cidade, tudo estava fedendo a novo e eu com o Velho
Dimas, estávamos discutindo o que aconteceu em uma reunião relâmpago por
vídeo-conferência que ocorrera no Bar do Oswaldo (point dos Luparinos).
-Não é possível que
isto aconteceu... Tão perto da Guerra contra os Trolls, Vanda morrer assim...
De ataque do coração
-Sim... –Disse o Velho, ele estava mais calado do que nunca
-O que foi?
-Sabe, acho estranho... – Falava e olhava pra baixo.
Eu nunca soube,
ficava apenas pensando em tudo aquilo, naquela maldita segunda-feira. Os
tambores iam batendo cada vez mais fortes e fui ao banheiro, estava no Hospital
Universitário, mas, não estava. Olhava pro espelho e minha cabeça no dia de
ontem:
-... A morte de Vanda
trouxe um velho do túmulo dos Conselheiros dos Be-Stroker, Søren...
-Quem é Søren?
-Ele é alguém, bem, alguém que eu poderia chamar de Místico
e Severo... – Andamos e atravessamos a rua, já não havia mais sol laranja e
tudo começou a ficar em um estranho breu. Enquanto chegávamos às lajotas da rua
de nossa casa, senti uma névoa nos meus pés.
-Mas... Isto não é importante – continuou Dimas, meu amigo –
sabe, há muito tempo, te levei até a Antioquia, em Esmirna, naquele lugar, que
chamamos de lar, soube que você seria grande...
-Hum? O que você... –E a névoa cresceu percebi, enquanto
chegávamos perto de um beco escuro, havia alguém com cachimbo ali, de onde saia
toda a névoa – Entendo. – completei
-Hm... Tome cuidado, ok? Você agora é o Líder dos Luparinos...
Os Maiores Alquimistas! – E gritando em alto e bom som, disse: - Não deixe de
respirar!!
E o velho Dimas abriu
o olho direito e revelou um Selo de Anulação, apontou para minhas pernas e
senti uma dor enorme, cai no chão, de joelhos. Corri para longe da fumaça do
cachimbo, e ia me virar, já com a Espada nas mãos, porém, quando meus olhos
focaram novamente
... Um clarão. Vi o cara de gorro com algo prateado e enorme
nas mãos lançar luz sobre a cabeça de Dimas, senti que não havia mais nada dele
ali. Nada havia além das lápides agora; e minha vingança fez com que continuasse
e fosse em direção aquele corpo pequeno no gorro marrom.
... Tambores na minha cabeça, depois do clarão em minha
direção. E acordei aqui, com as palavras de Dimas fazendo mais barulho que as
balas que me acertaram no ombro e me jogaram longe, nesta cama de hospital de
segunda-feira.
***
Naquela mesma
segunda-feira, um homem grisalho reza em uma Catedral de Rocha com um enorme
paredão de vidro na frente, de São Denis. Vem andando para perto dele um gorro
marrom:
-Ali estão, sete tesouros de Duendes, como você pediu. –Diz o
grisalho ser.
-Ótimo. – Fala a voz rouca, mas, feminina.
Ela retira o gorro e
revela sua pele branca, cabelos ruivos pintados presos, olhar para o nada. Se
aproxima de sete pacotes, entre caixas de madeira e sacos de pão com inscrições
de selamento. Depois de checar tudo, joga perto do homem grisalho que rezava
uma enorme Colt prateada:
-Ela é sua. Pegue.
-Não, pode ficar...
Você é uma honrosa representante de sua raça, – levantando-se, mas sem virar
para trás, o senhor de terno negro, fala sempre macio, como um pai – esta arma
apenas funciona com guerreiros dignos, você o é, Janes Tempest.
Com os olhos verdes e
negros, ela o fita, mas pega a arma. Coloca as caixas empilhadas e os pacotes
em suas pequenas mãos de 1,68 m.
-Você, por que matar alguém de seu próprio povo?
-Oras, - vira-se o homem grisalho – isto é demasiado humano,
jovem celita.
Ela sorri, e deixa
cair uma adaga no chão. Um vento sopra e desaparece. O homem sorri com o
estalado.
Em um instante,
aparecem das estátuas dos santos na capela diversos homens de preto. O maior
entre eles, pergunta:
-Você está bem,
Mestre Søren?! Alguma coisa quebrou nossa conexão telepática com o senhor!
-Estou bem, Chavalier!
Foi aquela pequena lâmina que barrou vocês... Não se preocupem, apenas uma
reunião com uma Entidade Superior.
-O quê? Mas, mestre, o senhor está bem?
-Sim, agora, vamos... O enterro da nossa amada Vanda está
para acontecer...
Neste momento, toca o
celular tijolo de um dos seguranças, ao qual diz, atônito:
-Mestre Søren! ...Acabo de saber que o Lendário Dimas de
Luparino morreu ontem à noite!
-O quê? Aquele velho desgraçado?!! – Diz outro – Pensei que
ele fosse imortal! Mestre, ele não era seu amigo?
Søren apenas olha
para eles e diz:
-Vamos, estamos atrasados para o enterro.
E a luz alaranjada toma a Catedral, a segunda está pra
acabar.
FONTES: http://letras.mus.br/interpol/104857/traducao.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_igrejas_do_Apocalipse#Esmirna
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Alquimata I e II
Alquimata I
Aqui encontram-se os escritos sobre
a Batalha de Witmarsur, quando eu venci os Trolls e seu rei, Gustave Gepetto, e
sobre o Cerco em Bombaína, quando mais da metade de meu povo foi morto pelo
Cruel, Søren. Depois disto, me tornei líder efetivo do Clã Luparinos, através
da dentenção da Espada Selada de Salomão e vivo meus dias melancólicos olhando
para um espelho vazio de reflexo, pois, perdi minha motivação de viver.
(Onório Escapuleri)
Alquimata II – Metrô
Era um dia estranho,
abriu uma porta do trem-bonde que corria da Avenida Xavier até o Alto da
Glória. Entramos, eu e Nervosa, o Velho Dimas estava atrás de nós, nos dando o
apoio. Estava claro e estranho, abafado... Mas, ainda de blusa de pele negra
colada em mim, e capote em minha colega, o velho estava vestido como um de sua
idade, com as modas de outrora, de velho.
Vimos ele, estranho,
magro, calvo... Anel de casado numa mão, mas, olhava rapidamente pra todo o
lugar, buscando uma fuga daquela vida:
-Hey, você,
Montemarte!
Ele levanta,
assustado, percebendo que a bolsa negra que carrega é o que queremos
-Cala-te! Meu nome é José...
-Não, mortos não tem nome... –Voz cadavérica de Rita
Nervosa, com seus caracóis de medusa, assustando. Puxa a mulher uma faca, as
pessoas do metro olham para baixo... Em silêncio
-Saia! Meu nome é José! – E o careca toca na mão de minha
colega, ao qual ela responde com cortes em seu braço... Ele cai em cima de uma
pessoa no metro, que sentada, olha pra baixo...
-... Meu nome... – Diz o homem... – Meu nome...
-Você é morto! – E minha colega arma o braço para desferir
corte mortal, matador; grito não, mas, ela não escuta, o Velho Dimas, está
sentado, mas, não olha pra baixo, olha a morte do careca
Cravada no ombro,
a dor é sentida por mim... Eu sinto a dor dele... É o meu segredo...
-Meu nome é Stigma! – E o braço do careca lança minha amiga
quebrante da janela do metro com o corpo, quase desmaiada agora...
Abro a mala que
levo comigo, e o sabre se volta, começo a bater
no maldito Stigma, mas, ele defende, pois, embaixo de sua pele, há uma
braçadeira... Os golpes são contínuos, mas, estou conseguindo!
Viro pr’aquele ser,
ele babeia, ao qual bato em sua canela e ele desaba sobre uma velha que foi
fazer compras... A velha olhava para baixo, não nota, cravo o sabre no meio das
costas do careca, que gruni
-Maldito Lupa! – Ele não
morre, maldito!
Pá! – Corta o som
surto todo o ar
A bala sai da arma
quente latente do Velho Dimas, em pé, com seu velho 38...
-Vá, garoto, eu vi o que ele é, é um Djanho dos Be-Stoker,
sua cor é o Cinzento!
E eu sigo para cima
do ser, que agora está caído, num canto, grunindo baixinho... Ele retirou minha
lâmina de seu corpo... A bala parece que o fez murchar... Cato minha lâmina, e
professo o rito contra Be-Stoker:
-Al-Afaan
tout quel le mer et earth, grundo-mon hands! – E minha espada se torna
brilhante e alva, com corte certeiro, a cabeça do ser rola entre o corredor do
metro-bonde...
No mesmo momento,
chegamos na Estação do Alto da Glória. Pego a cabeça do nosso inimigo, Rita, o
corpo, saímos do lugar... Neste momento, antes de sairmos, o Velho Dimas estala
seus dedos e retira a Desatenção das pessoas daquele vagão, todos acordam de
seu sono... Também chamado de Rotina Que Nos Cegou.
Sobre os Djanhos,
eles são os Humanos que tiramos as dores e a emoção da compaixão, são nossos
guerreiros perfeitos, como a Rita Nervosa – que perdeu seu nome quando a
fizemos uma Djanho. Eu e Dimas, já somos Cavaleiros (Chavalier, no idioma original), nossa estratégia é golpear os
inimigos depois que seres-escravos como os Djanhos os cansam, então, os mais
velhos descobrem de qual dos Três Clãs eles são, ao qual cada um tem uma
fraqueza... Logo, uso um feitiço para selar a força do ser e matá-lo, tomando
para mim a sua Força.
Depois de mais de cem
mortes, ganhei a Alcunha de Lobo da Estepe, porque nos Campos Gerais nós temos
muitas destas plantas, é de lá que venho, de uma família de classe média, de um
curso de Humanas, mas, isto é antigo... De antes
E estava na minha
vida de Cavaleiro Luparino, quando, saindo da estação de trem-bonde Norte e Sul
dos Campos Gerais, aparecerem três homens, de óculos escuros e ternos laranjas:
-Olá, você é Onório?
-Sim! - respondo eu.
Olhando para o Velho Dimas, ele responde:
-Eles são confiáveis, posso ver marcas de Alta Alquimia
deles... – Disse o Velho, com seus olhos azuis. Sendo que a Alta Alquimia era
algo que deveria ser respeitado, estavam mais próximos do Chefe da Ordem, dos
Luparinos, a nossa e...
-Então, você sendo Onório... – O segundo disse e retirou de
uma bolsa uma espada embainhada e ajoelhou, o mais próximo de mim, segurou a
minha mão e me puxou para baixo, para se ajoelhar com ele... O terceiro, disse
em alto e bom som:
-Salve Onório
Escapuleri, Herdeiro e Líder dos Luparinos! Lutador contra Be-Strokers e
Montemarianos, campeão dos Lobos, Sangue e Pele Vermelha!
Ninguém entendeu...
Ainda mais, eu.
Porém, todos ainda
olhavam para baixo
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domingo, 16 de setembro de 2012
Asas do Epílogo Alvo
Em uma casa antiga, de sapê... Enquanto existia alguns meteoros caindo nos carros, enquanto os povos fugiam em seus V8. Nada havia de esperança, apenas alguns 38 e escopetas... Os bacamartes caiam por cima dos fugitivos, apenas olhávamos na escuridão... Enquanto as asas rodavam pelos céus e as vozes tremiam, logo
queria ver bastante de você
queria ter por baixo
dentro dos beijos
da boca no seio, risonho límpido
do teu corpo nu branco, alvo
com poemas que não me deixam terminar, pelos fogos da escuridão
Mas, nem teu corpo para de tremer, mesmo com eles
para
continua
no ritmo frenético
sigo, até o crepúsculo
de todo o deus, a Queda, no Poder dos Filósofos
falo com teu falo, meu falo
linda, alva coisa, quente
mora na mente
delírio do epílogo
queria ver bastante de você
queria ter por baixo
dentro dos beijos
da boca no seio, risonho límpido
do teu corpo nu branco, alvo
com poemas que não me deixam terminar, pelos fogos da escuridão
Mas, nem teu corpo para de tremer, mesmo com eles
para
continua
no ritmo frenético
sigo, até o crepúsculo
de todo o deus, a Queda, no Poder dos Filósofos
falo com teu falo, meu falo
linda, alva coisa, quente
mora na mente
delírio do epílogo
Epílogo dos Humanos, com seus automotores... Correndo pelo deserto de estepes, cheios de asas
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terça-feira, 11 de setembro de 2012
Ensinamentos sobre o Tempo
Os anos 50 nos ensinaram como querer um mundo sem disputas ideológicas: explodindo em bombas atômicas. Os anos 60, a espionar nossos filhos.
Os 70, a ficar de trip em cogumelos.
Os 80, a se vestir como manda seu coração - por isto, as roupas daquele jeito!
Os 90, bem, não teve muita coisa senão esperar que o mundo acabasse nos 2000... E começa
um nome milênio e, veja, o Universo não gira em torno de você,
Humanidade! Beija a própria mão onininante e vá dormir.
Os 70, a ficar de trip em cogumelos.
Os 80, a se vestir como manda seu coração - por isto, as roupas daquele jeito!
Os 90, bem, não teve muita coisa senão esperar que o mundo acabasse nos 2000... E começa
um nome milênio e, veja, o Universo não gira em torno de você,
Humanidade! Beija a própria mão onininante e vá dormir.
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domingo, 2 de setembro de 2012
Triste
My dead girl sang in my ears
And a picture pulled off the photo
Push a tears for inside
And uprising
Rise in the sun
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