As pessoas estão aí e eu estou aqui, lá vou eu com meu copo de café com leite comprado na padaria, pedia pra garçonete china me colocar mais café, sempre vinha mais leite, droga! A máscara de Panda Vermelho não me deixava beber muito bem... Tinha que levantá-la, mas quase derrubava no terno... AH! Molhei minha camisa xadrez! Minha mãe vai ficar uma fera...
Sai à 1:25 e atravessei a rua; ao ônibus vazio de passageiros, abaixei, levantei e segui rápido pela rua, com uma sacola preta grande... BUM!
"A distração"
Entrando e subindo as escadas no prédio atrás da velha Catedral, na Praça Central da cidade; mais uma cidade que começou com as bençãos do Senhor, sobre as Ordens do Livro Vermelho... Mais uma em que o marco zero nada mais era do que o point para que os bêbados e "punks" da época berrassem e para que o Resto, o resto berrasse internamente por alguma coisa
Era construção de paredes e reboco velho, com janelas trancadas com tábua, saquei da sacola a escopeta. Poucos são sinceros quando não tem uma arma na cara, eu era, pois queria achar uma tal garota que uma vez me vendera um pão na chapa... Ela estava no alto da torre quadrada do prédio... Eu subia e ouvia uns gritos lá de cima, de repente, aranhas pularam na minha frente:
-Oi, amor!
-Oi, benzinho!
-Olá! -Respondi as duas gostosas aranhas negras, cabelos morenos e coxas grossas, suas presas saiam da boca da face humana -o corpo era de aracnídeo, a cara um dos pares de pernas, de lindas mulheres, o veneno da língua, mortal.
Atirei seco e acertei a perna bela d'uma, ela cai e tanta me matar a outra. Desvio batendo num pedaço de madeira, aproveita isto a outra e me abraça, é mortal, mas, ouço um berro ordenando... O veneno em pouca quantidade da língua delas vai me fazendo apagar...
"A frustração inicial"
-Oi! -Diz a morena na minha frente, ela é uma das estranhas com quem conversei... Tem franja e uma roupa alternativa, estas modas! -Você é estranho... -Ela completa me olhando assustada, mas não ligo muito pra isto, estou amarrado numa cadeira no que acho que é a torre do bendito prédio...
Na minha frente, meu objetivo: Luna Mcbee, uma garota de 133 anos, cabeça de 13, fios brancos e estranhos da última rainha élfica, perdida numa cidade fria no sul do Equador
Nas três cadeiras, só solidão. Sem nada no lugar, tento puxar papo com a morena, ela esta acordada, diferente da outra -"a minha missão".
-Qual é o seu nome?
-Jane's, Jane's Tempest... - Eu ri
-E você?
-Sou o Panda Vermelho... -Rimos.
É evidente que isto era um simples flerte, mas, nada mais do que isto para começar uma grande amizade... Ou alguma bobeira destas; pena que ouvimos os passos subindo pelas escadas de madeira
-Hey! -Fala ela, eu respondi: "-O quê?"
-Não esqueça de anotar uma frase pra mim... -Eu falo sim e ela diz:
-"Talvez, seja só mais um psicopata buscando testes pra ver se ama alguém ou dispensa numa última esquina... Dizem alguns que isto é ser human..."
Abrem a porta que estava ao lado de Luna e entram três caras mal-encarados, armados, e o chefe gordo que braveja para serem rápidos, pois alguém explodiu um ônibus e a guarda estava fechando todas as saídas do lugar. Levam a garota na minha frente e ela diz:
-Não esqueça, hein? -Sorri e é levada para uma outra porta algemada nas mãos e nos pés, atrás de mim... Ouço tiros. Silêncio, estou com ele novamente
"Flerte"
Passaram-se minutos, ninguém voltou, só eu com o gordo sentado e a garota desmaiada... Minha máscara numa mesa onde estava a arma do gordo, vi para a cara dele e fiquei observando enquanto limpava sua unha do pé, sem bota.
Realmente tentava lembrar o que a garota sem nome tinha me pedido pra lembrar, acho que ia esquecer... Logo, pensei que o melhor tentar fugir daqui... Vi o pé sujo do gordo, uma viga, minha cadeira e uma janela
-Não sei como as coisas que vi aqui podem me ajudar a fugir -Falei pro meu carcereiro
-Cala-te! -Ele fica insano e me dá uma bofetada, levantou até sem bota...
Olhei mais uma vez pra ele, ele respirava muito alto. Virou-se o gordo e dei-lhe uma cabeça, pulando com toda força e cadeira
A cabeça dele se espatifa na viga - era uma coluna, na verdade -, ele tropeçara na própria bota, isto o fizera cair e morrer mais que a minha tentativa de acertá-lo, ao menos, o silêncio retornara
"Silêncio perturbador"
...
Já estamos descendo as escadas, eu e a elfa Luna McBee... Ela tinha uma navalha no pulso, mas a idiota caiu por causa de um simples veneninho, pffff... No salão há as duas aranhas e uns sete caras, eu de más cara e só com uma pistola... Sou muito distraído e estou na mira deles, ouvindo pequenos sons e tento escutar alguma coisa de esperança; a esperança vomita na forma de portas abertas, a guarda esta com mosquetes e os tiros começam... O sangue verde escorre e levo Luna entre balas para uma Porta d'Leste, umas das irmãs aranhas morta, há ainda muita resistência na sala, a outra irmã me derruba e a garota tenta acertá-la na perna...
Minha arma caída e a bicha enorme corta minha perna, derruba a minha protegida e tenta me envenenar finalmente me matando... A Adrenalina corre
"Primeiro beijo"
...
-Lembrei dela... Tive que escrever num papel o que ela me disse... - A pequena rainha élfica esbugalha os olhos, eu levei ela de ônibus até o pai, na Estação Norte, secretamente
-É mesmo?
-Tá aqui...
-Nem é dela... Isto é de Ilda Ramona... "Moinhos de Mancha", bom livro humano
-...Ela não era a sua guardiã, né?
-Nunca havia a visto... Trouxerem ela algum tempo depois
-... Hehe... Nem eu era o Panda Vermelho... -Entreguei o pacote de papel e deixei ela perto das escadas... A garota foi de encontro aos caras de terno amarelo, sentei num banco -eles não me conheciam-, esperei ela ir no banheiro, pois tinha dado laxante... A mala ficou com a comitiva
Desci as escadas e deu uns três minutos
KA.BUM!!
Acabou, minha missão terminou, ela era uma boa menina e se tornaria uma mulher forte, deixei ela lá e espero que não tenha se ferido, talvez um dia volta atrás de mim... Não me importo agora
"O Sorriso depois..."
...Soube que uma mulher morena e com roupas estranhas havia chamado a guarda... A parte da de pegar a pistola no último segundo da luta contra a aranha fora a minha... Então, assim eu estava salvo, apenas uma lembrança da Garota Sem-Nome
Em uma casa fria, perto das 4... O triiiim do telefone é atendido por alguém que pede um trabalho a alguém como eu
-O que é? -Pergunto a voz feminina
-Você sabe, seu ser Caótico...
-É...? Fale!
-Um Segundo Encontro pra alguém que guardou um papel e tem que me devolver agora...
Alguns segundos depois, pego o papel dado pela Sem-Nome e anoto uma data e hora, que jamais me lembrarei, nem mesmo dela... Ou é apenas barulho
Sei que apenas escrevi como título:
"Primeiro Encontro"
MUSIQUETA DA POSTAGEM
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domingo, 21 de agosto de 2011
Primeiro Encontro #Agentes do Caos
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Justiça na Estação Ferroviária #Agentes do Caos
Meus pés alimentam o chão frio da Estação de Metrô do Norte; sem sapatos, estou estranho aqui. A questão é que vendo sombras e fugas, apenas resquícios de ontem a noite... "Para o bairro Belém", fala a placa que leio dentro do vagão, tentando dormir
Ouço alguém entrar, com um capote e chapéu, ele senta alguns bancos à frente
Olhar para a janela e ver um cemitério de celas azuis se formarem lá fora... A Estação vai saindo de minha vista, olho por campos de Petróleo e nada demais...
Sinto o cheiro de sangue negro; olhando para fora de novo, vi gigantes de pedra sendo derrubados por homens de jeans e chapéus grandes; os caipiras, ou mineiros, não sei, derrubam os grandes seres e fincam tubos de onde sai o "sangue negro", eles grunhem...
Meu café de garrafa tem gosto estranho, assim como o cara na minha frente também; tem uma cara que se vira para mim e revela ser uma máscara preta, porém, vejo dentes e engrenagens que brotam dela
E de novo o toque frio do assoalho me desperta, talvez haja perigo em cada passo que dou, ou minha crença em um perigo atrás de cada porta e embaixo de cada cama nada mais seja que eu
Desço na próxima estação e o que vejo é que sai do Inferno para o Purgatório; acho que a festa foi boa demais... Não consigo enxergar bem, esta tudo com muito nevoeiro... O cara de engrenagens levantou e me olha da janela da serpente de metal enquanto esta cava a terra em direção à outra parada
"-Se você olhar pra trás um dia, morrerá!", me disse uma vez uma amiga, Jane's Tempest. Ao olhar para trás vejo que há um enorme homem com um pano cobrindo a boca, ele grita:
-Todo mundo quieto! Ninguém vive aqui!
-O que quer? -Grita um gordo com jaleco e pasta
-Tua vida em mentiras! -O com rosto coberto puxa o gatilho
-Por quê? -Pergunta a velha com uma sacola de compras ao ver o corpo do filho chorando sem vida em seus pés... Nada posso fazer, ouço, vejo, sinto o calafrio da morte percorrer o corpo dela
-Não era filho dela! Eu sei! -A velha engole seco, lembra que seu útero é igualmente assim, seco, nada saiu de lá, a não ser o garoto muito pequeno que nem se lembrava do seu passado num orfanato. Garoto que morreu ali, no seu pé -Você também irá, pois de sua mentira eu já me alimentei!
No corpo da velha caída, um pastor barbudo negro viu e quase uma lágrima lhe veio... -Pai de muitos filhos você! Sacerdote!
-O quê? -Pergunta o monge assustado...
-Você teve muitos crentes passando por sua porta, mas nenhum deles encontrou conforto pois confiou em teu deus, escrito por moedas... -Um tiro percorreu a perna do homem, ele cai - Moedas de teu bolso!
Enquanto acertava este, na cabeça, o justiceiro corria e falava com cada um que via; fazendo a vez da espada de Justiça, caiu mais três: um que mentiu pra você, um que traiu você com seu amigo(a) e último que roubou seu filho para as minas de carvão. Você, leitor, vai deixar ele fazer isto com quem fez tais coisas com você?
Não há tempo, o olhar do cara coberta me cerra como o de um predador, eu o olho, ele responde: duelo constante... Sua arma sacada me aponta, diz:
-Você mente para si, todos em ti confiam porque você os engana com a única face que tem... SUA MENTIRA QUE ANDA!!!
Nunca tivera muito medo de tal morte, nunca a vira de tão perto, no meu nariz. A bala percorre o caminho de vinte centímetros em curso diagonal, cortando o ar como um torpedo que via do submarino de meu pai Nemo, quando a há muito uma guerra engoliu o corpo prostituído de minha nação...
Perfura
Mata
Cai na linha do trem o corpo
Na estação em que eu teria que descer, às 23:28, lá se vai meus pés descalços... Um baralho de sombras
O controle de sua morte, coleciono estes tolos heróis, a Justiça para eles é algo mais que a visão de alguns sobre alguma coisa
O Ser com Face de Engrenagem, o Verdadeiro Eu, lá estava ele naquele trem... Parado durante um tumulto de um mascarado, o que pensava ter a Justiça nas mãos, desceu um tiro duma janela fulminante no Justiceiro, já não mais existe este...
Eu vou com os corvos, continuo no caminho de descobrir quem sou, fugindo de mim mesmo, fugindo não daqueles Justiceiros -aos quais derrotei, derrotamos eu e o outro eu-, mas de mim mesmo
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://letras.azmusica.com.br/letras_the_do/letras_slippery_slope/letra_gonna_be_sick!.html
Ouço alguém entrar, com um capote e chapéu, ele senta alguns bancos à frente
Olhar para a janela e ver um cemitério de celas azuis se formarem lá fora... A Estação vai saindo de minha vista, olho por campos de Petróleo e nada demais...
Sinto o cheiro de sangue negro; olhando para fora de novo, vi gigantes de pedra sendo derrubados por homens de jeans e chapéus grandes; os caipiras, ou mineiros, não sei, derrubam os grandes seres e fincam tubos de onde sai o "sangue negro", eles grunhem...
Meu café de garrafa tem gosto estranho, assim como o cara na minha frente também; tem uma cara que se vira para mim e revela ser uma máscara preta, porém, vejo dentes e engrenagens que brotam dela
E de novo o toque frio do assoalho me desperta, talvez haja perigo em cada passo que dou, ou minha crença em um perigo atrás de cada porta e embaixo de cada cama nada mais seja que eu
Desço na próxima estação e o que vejo é que sai do Inferno para o Purgatório; acho que a festa foi boa demais... Não consigo enxergar bem, esta tudo com muito nevoeiro... O cara de engrenagens levantou e me olha da janela da serpente de metal enquanto esta cava a terra em direção à outra parada
"-Se você olhar pra trás um dia, morrerá!", me disse uma vez uma amiga, Jane's Tempest. Ao olhar para trás vejo que há um enorme homem com um pano cobrindo a boca, ele grita:
-Todo mundo quieto! Ninguém vive aqui!
-O que quer? -Grita um gordo com jaleco e pasta
-Tua vida em mentiras! -O com rosto coberto puxa o gatilho
-Por quê? -Pergunta a velha com uma sacola de compras ao ver o corpo do filho chorando sem vida em seus pés... Nada posso fazer, ouço, vejo, sinto o calafrio da morte percorrer o corpo dela
-Não era filho dela! Eu sei! -A velha engole seco, lembra que seu útero é igualmente assim, seco, nada saiu de lá, a não ser o garoto muito pequeno que nem se lembrava do seu passado num orfanato. Garoto que morreu ali, no seu pé -Você também irá, pois de sua mentira eu já me alimentei!
No corpo da velha caída, um pastor barbudo negro viu e quase uma lágrima lhe veio... -Pai de muitos filhos você! Sacerdote!
-O quê? -Pergunta o monge assustado...
-Você teve muitos crentes passando por sua porta, mas nenhum deles encontrou conforto pois confiou em teu deus, escrito por moedas... -Um tiro percorreu a perna do homem, ele cai - Moedas de teu bolso!
Enquanto acertava este, na cabeça, o justiceiro corria e falava com cada um que via; fazendo a vez da espada de Justiça, caiu mais três: um que mentiu pra você, um que traiu você com seu amigo(a) e último que roubou seu filho para as minas de carvão. Você, leitor, vai deixar ele fazer isto com quem fez tais coisas com você?
Não há tempo, o olhar do cara coberta me cerra como o de um predador, eu o olho, ele responde: duelo constante... Sua arma sacada me aponta, diz:
-Você mente para si, todos em ti confiam porque você os engana com a única face que tem... SUA MENTIRA QUE ANDA!!!
Nunca tivera muito medo de tal morte, nunca a vira de tão perto, no meu nariz. A bala percorre o caminho de vinte centímetros em curso diagonal, cortando o ar como um torpedo que via do submarino de meu pai Nemo, quando a há muito uma guerra engoliu o corpo prostituído de minha nação...
Perfura
Mata
Cai na linha do trem o corpo
Na estação em que eu teria que descer, às 23:28, lá se vai meus pés descalços... Um baralho de sombras
O controle de sua morte, coleciono estes tolos heróis, a Justiça para eles é algo mais que a visão de alguns sobre alguma coisa
O Ser com Face de Engrenagem, o Verdadeiro Eu, lá estava ele naquele trem... Parado durante um tumulto de um mascarado, o que pensava ter a Justiça nas mãos, desceu um tiro duma janela fulminante no Justiceiro, já não mais existe este...
Eu vou com os corvos, continuo no caminho de descobrir quem sou, fugindo de mim mesmo, fugindo não daqueles Justiceiros -aos quais derrotei, derrotamos eu e o outro eu-, mas de mim mesmo
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://letras.azmusica.com.br/letras_the_do/letras_slippery_slope/letra_gonna_be_sick!.html
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Sol Quente e Secreto fale #Agentes do Caos
Enquanto eu estava com ela naquele quarto escuro de um domingo quente eu estava bem, cheirava como cheiram as rosas -porque ela usava este perfume-, e logo o sol poderia queimar minhas vistas preguiçosas se ainda olhasse para seu corpo refletindo a luz, não mais da lua, mas agora do sol. Contente, ao menos agora, eu estaria
Olhei para a sua boca, era rosada a cor dos lábios: os beijei, com paixão, ela, tímida... Regrediu um pouco e não deixou que eu tocasse mais
Então, vieram os tiros e eu esqueci de tudo
-No bolso da jaqueta! -Ela grita, eu faço. Lá estava uma pistola estranha, era uma pistola Gatling, metranquei tiros para fora enquanto olhava o corpo dele se vestir rápido e correr comigo; sem arrependimentos, apenas vontade de Sobrevivência, mais um dia, mais uma segunda eu queria para ver o ser corpo iluminado
Eu queria, mas não pude
Mas, antes, queria contar um segredo
*
Estava um pouco frio naquele fim de domingo... Achava que isto não ia acontecer de novo, mas, eu vi ele... Estava incrível com seu tênis D'Star preto e um casaco de couro -acho que era de mulher, só ficou bem nele, mesmo assim. Foi numa portinha de carvalho branco que ocorreu, quando vi, já tinha colocado a língua do beijo e já tinha ido...
Continuava o mesmo bobo de sempre, com suas teorias e falas malucas... Nunca o vira tão esquisito; queria ficar ali ao menos até o sol nascer, poderíamos tomar um café, não sei
Então, você ouve o engatilhar, droga! O que fazer numa situação destas a não ser lutar? É a única saída!
-No bolso da jaqueta! -Tive que empurrar ele, as balas zuniam e tive que por a roupa logo, sorte eu não ter tirado toda...
Sempre com uma mira horrível, não acertou nada o bobão... Porém, ele era o meu bobão! -Eu disse isto mesmo?!
Descemos as escadas, saímos pela porta e foi quando aconteceu... Queima
Antes, tenho que contar um segredo
*
Lá estava o Compasso. Nossa organização de 660 anos, aqui, nestas terras quentes... Reduzidos a forças de caça de seres fantasiosos, da Divisão Organum. Um velho de 60 anos como não precisaria estar aqui! Malditos sejam estes Agentes!
-Não é minha velha? -E a minha esposa gorda e de cabelos brancos responde:
-Esta na hora, meu velho! -Com seu pau-de-fogo atira na janela, quase amanhecendo, os malditos cães ladram!
-Que porra é esta?! -Uma metranca esta atirando, quase pega nóis, entretanto o cara é ruim e não mata ninguém
Mandados pra cá, este fim de mundo! Fora da Sociedade! Só pra levar tiro?! -Atiro a valer agora
E então, vemos o idiota e sua vadia sair da porta do prédio... Nossa informação estava certa
Acabou, o segredo fora guardado
*
-Meu pensamento inflama como chama, meus pés doem... Quero meu cachimbo! -Um pequeno ser com cara de lagarta entrega-me o pito, não há tabaco nele, porém, imagino que tem e sopro a fumaça verde da raiva e vingança
Talvez, quem nunca tenha gostado de uma coisa como gostei desta não entenderia: curtia o corpinho do cara, as roupas, até a atitude meio sensível... Tinha um bom toque...
-Mas, isto é sacanagem! Não tive nem chance de me defender! Ele catou até minha pistola!
Não acreditaria se não tivesse sentido a bala queimar, entrou e saiu... Tudo ficou quieto, olhei pra algum canto... Lembrei das tardes de sol, a luz em sua barba a tornava ruiva, era engraçado e belo
Acabou, tudo acaba um dia; poderíamos ser Agentes muito bons, o Caos é como todo o arco-íris em um pote de ouro dentro do espelho: me reflete, mas penso que só quebrando a ordem dos cacos de vidro é que posso pegá-lo...
Eu e minhas filosofias tolas!
-Tenho ainda um último segredo... Algo que... Deveríamos ter com...
A fúria toma os fios do cabelo ruivo, o violão se levanta e sai algo brilhante dele
*
Olho tudo, sou o Narrador. Ela desce com seu cabelo ruivo, ele a segue, os atiradores em cima
Os tiros sessam e eu fico triste por ela: com pistola escondida atrás, um tiro pelas costas -atravessou a barriga
Minha senhora pede para que eu dê seu cachimbo, ela esta triste, parece furiosa; eu a amo, sei quando esta triste mesmo quando os raios de sol em seu cabelo ruivo desviam e caem como fogo, algo quase tão assustador quanto minha mãe, ao me descobrir fazendo arte
Escutei o que ela disse, muito mal... A atirada aponta para o ventre, esta deitada nos braços do homem. Os atiradores que desceram do outro prédio o olham com piedade -resignação, não acredito! Por trinta moedas de prata ela esta caída ali, dois morreram com o tiro do Traidor
Traidor que seria pai
E a pistola soa, a velha cai e logo outros três, o velho do banco é acertado na perna...
-Você pegou a Tempest errada... -A Mestre diz e o acerta com uma bala de borracha na cabeça, ele dorme; o velho parecia saber, ele talvez fosse apenas uma isca para provar se havia um assassino, pode ser que os 5 que a Verdadeira acertou nada mais fossem que uma simples minhoca na vara...
-Não! Não! -Ele berra, desesperado... Estava confuso, seria ainda pai de uma viúva? Ela era com quem ele ficara por dias e semanas a contemplar as luzes do corpo? -Eu posso ver isto, mas não ligo
-Matou aquela que iria ser sua mãe, não se preocupe... As Luzes da Cidade se apagaram pra você!! -Jane's gira e faz um passinho de dança, coisa da cabeça dela, ele faz um movimento com a arma da vergonha que o próprio traidor sente: ela, mais rápida, o destroça a perna
O último pedido dele foi para contasse um segredo à sua executora:
-Diga... "Se os ventos do Último Vale eu lhe devo levar, faço com que vá sereno", traíra -disse, engatilhando o 38 novo
-Se a sósia eu entreguei meu Coração, se nos amamos em corpo, é por que sempre vaguei por aí, procurando coisas que me satisfizessem em coisas que nada mais são que pó de deserto... Mesmo que ele fosse ouro, ainda preferia trocar isto tudo, até minha vida idiota e errada, por mais um momento com ela... Eu dei um tiro nas costas dela, eu sabia de seu segredo, tinha que libertá-la! Eu era um herói para ela... Não, ela é que fora a cavaleira de armadura brilhante... Se não fizesse agora, Outros o fariam... O Caos só acaba quando há o sono eterno e...
O Tiro ríspido acertou sua orelha
-Por quê?! Você me açoitou...?!! - a Executora responde: "-Desculpe"; -Eu não mereço isto! Eu amava ela, porém as forças que ela, que VOCÊ desperta iriam atrás de nós... De NÓS, não de você e...
Outro tiro, errou... Ele se calou, ia falar algo quando
-Eu errei, os dois! Desculpe
Último suspiro na certa bala, as mãos de Jane's tremeram, tudo acabara...
...
Não, não poderia acabar assim, não na mente de uma Tempest... Com um pequeno amuleto de pedra verde, não mais de vingança, alguma Esperança tola, talvez
O sangue dos dois -ou três-, se recolheu, não era vermelho, era luminoso... Com o Sol brilhando em seus olhos, a Agente deixou pendurado o pingente na soleira de uma porta de carvalho branco... Lá dentro, havia um homem que sempre olhou para uma mulher suave em movimentos e forte em palavras, lá dentro, havia uma mulher que olhava para um homem bobo em se expressar, mas forte no agir. Os dois dançavam pelas ruas,
seria apenas um pingente esquecido, ela deixo-ou em um lugar incerto, nada se fez com este pedaço de Esperança deles, nada que eu saiba... Apenas, algum romântico dele se serviu para escrever, durante um quente sol de domingo
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=Ky4AKUfFYJ4&feature=related
Olhei para a sua boca, era rosada a cor dos lábios: os beijei, com paixão, ela, tímida... Regrediu um pouco e não deixou que eu tocasse mais
Então, vieram os tiros e eu esqueci de tudo
-No bolso da jaqueta! -Ela grita, eu faço. Lá estava uma pistola estranha, era uma pistola Gatling, metranquei tiros para fora enquanto olhava o corpo dele se vestir rápido e correr comigo; sem arrependimentos, apenas vontade de Sobrevivência, mais um dia, mais uma segunda eu queria para ver o ser corpo iluminado
Eu queria, mas não pude
Mas, antes, queria contar um segredo
*
Estava um pouco frio naquele fim de domingo... Achava que isto não ia acontecer de novo, mas, eu vi ele... Estava incrível com seu tênis D'Star preto e um casaco de couro -acho que era de mulher, só ficou bem nele, mesmo assim. Foi numa portinha de carvalho branco que ocorreu, quando vi, já tinha colocado a língua do beijo e já tinha ido...
Continuava o mesmo bobo de sempre, com suas teorias e falas malucas... Nunca o vira tão esquisito; queria ficar ali ao menos até o sol nascer, poderíamos tomar um café, não sei
Então, você ouve o engatilhar, droga! O que fazer numa situação destas a não ser lutar? É a única saída!
-No bolso da jaqueta! -Tive que empurrar ele, as balas zuniam e tive que por a roupa logo, sorte eu não ter tirado toda...
Sempre com uma mira horrível, não acertou nada o bobão... Porém, ele era o meu bobão! -Eu disse isto mesmo?!
Descemos as escadas, saímos pela porta e foi quando aconteceu... Queima
Antes, tenho que contar um segredo
*
Lá estava o Compasso. Nossa organização de 660 anos, aqui, nestas terras quentes... Reduzidos a forças de caça de seres fantasiosos, da Divisão Organum. Um velho de 60 anos como não precisaria estar aqui! Malditos sejam estes Agentes!
-Não é minha velha? -E a minha esposa gorda e de cabelos brancos responde:
-Esta na hora, meu velho! -Com seu pau-de-fogo atira na janela, quase amanhecendo, os malditos cães ladram!
-Que porra é esta?! -Uma metranca esta atirando, quase pega nóis, entretanto o cara é ruim e não mata ninguém
Mandados pra cá, este fim de mundo! Fora da Sociedade! Só pra levar tiro?! -Atiro a valer agora
E então, vemos o idiota e sua vadia sair da porta do prédio... Nossa informação estava certa
Acabou, o segredo fora guardado
*
-Meu pensamento inflama como chama, meus pés doem... Quero meu cachimbo! -Um pequeno ser com cara de lagarta entrega-me o pito, não há tabaco nele, porém, imagino que tem e sopro a fumaça verde da raiva e vingança
Talvez, quem nunca tenha gostado de uma coisa como gostei desta não entenderia: curtia o corpinho do cara, as roupas, até a atitude meio sensível... Tinha um bom toque...
-Mas, isto é sacanagem! Não tive nem chance de me defender! Ele catou até minha pistola!
Não acreditaria se não tivesse sentido a bala queimar, entrou e saiu... Tudo ficou quieto, olhei pra algum canto... Lembrei das tardes de sol, a luz em sua barba a tornava ruiva, era engraçado e belo
Acabou, tudo acaba um dia; poderíamos ser Agentes muito bons, o Caos é como todo o arco-íris em um pote de ouro dentro do espelho: me reflete, mas penso que só quebrando a ordem dos cacos de vidro é que posso pegá-lo...
Eu e minhas filosofias tolas!
-Tenho ainda um último segredo... Algo que... Deveríamos ter com...
A fúria toma os fios do cabelo ruivo, o violão se levanta e sai algo brilhante dele
*
Olho tudo, sou o Narrador. Ela desce com seu cabelo ruivo, ele a segue, os atiradores em cima
Os tiros sessam e eu fico triste por ela: com pistola escondida atrás, um tiro pelas costas -atravessou a barriga
Minha senhora pede para que eu dê seu cachimbo, ela esta triste, parece furiosa; eu a amo, sei quando esta triste mesmo quando os raios de sol em seu cabelo ruivo desviam e caem como fogo, algo quase tão assustador quanto minha mãe, ao me descobrir fazendo arte
Escutei o que ela disse, muito mal... A atirada aponta para o ventre, esta deitada nos braços do homem. Os atiradores que desceram do outro prédio o olham com piedade -resignação, não acredito! Por trinta moedas de prata ela esta caída ali, dois morreram com o tiro do Traidor
Traidor que seria pai
E a pistola soa, a velha cai e logo outros três, o velho do banco é acertado na perna...
-Você pegou a Tempest errada... -A Mestre diz e o acerta com uma bala de borracha na cabeça, ele dorme; o velho parecia saber, ele talvez fosse apenas uma isca para provar se havia um assassino, pode ser que os 5 que a Verdadeira acertou nada mais fossem que uma simples minhoca na vara...
-Não! Não! -Ele berra, desesperado... Estava confuso, seria ainda pai de uma viúva? Ela era com quem ele ficara por dias e semanas a contemplar as luzes do corpo? -Eu posso ver isto, mas não ligo
-Matou aquela que iria ser sua mãe, não se preocupe... As Luzes da Cidade se apagaram pra você!! -Jane's gira e faz um passinho de dança, coisa da cabeça dela, ele faz um movimento com a arma da vergonha que o próprio traidor sente: ela, mais rápida, o destroça a perna
O último pedido dele foi para contasse um segredo à sua executora:
-Diga... "Se os ventos do Último Vale eu lhe devo levar, faço com que vá sereno", traíra -disse, engatilhando o 38 novo
-Se a sósia eu entreguei meu Coração, se nos amamos em corpo, é por que sempre vaguei por aí, procurando coisas que me satisfizessem em coisas que nada mais são que pó de deserto... Mesmo que ele fosse ouro, ainda preferia trocar isto tudo, até minha vida idiota e errada, por mais um momento com ela... Eu dei um tiro nas costas dela, eu sabia de seu segredo, tinha que libertá-la! Eu era um herói para ela... Não, ela é que fora a cavaleira de armadura brilhante... Se não fizesse agora, Outros o fariam... O Caos só acaba quando há o sono eterno e...
O Tiro ríspido acertou sua orelha
-Por quê?! Você me açoitou...?!! - a Executora responde: "-Desculpe"; -Eu não mereço isto! Eu amava ela, porém as forças que ela, que VOCÊ desperta iriam atrás de nós... De NÓS, não de você e...
Outro tiro, errou... Ele se calou, ia falar algo quando
-Eu errei, os dois! Desculpe
Último suspiro na certa bala, as mãos de Jane's tremeram, tudo acabara...
...
Não, não poderia acabar assim, não na mente de uma Tempest... Com um pequeno amuleto de pedra verde, não mais de vingança, alguma Esperança tola, talvez
O sangue dos dois -ou três-, se recolheu, não era vermelho, era luminoso... Com o Sol brilhando em seus olhos, a Agente deixou pendurado o pingente na soleira de uma porta de carvalho branco... Lá dentro, havia um homem que sempre olhou para uma mulher suave em movimentos e forte em palavras, lá dentro, havia uma mulher que olhava para um homem bobo em se expressar, mas forte no agir. Os dois dançavam pelas ruas,
seria apenas um pingente esquecido, ela deixo-ou em um lugar incerto, nada se fez com este pedaço de Esperança deles, nada que eu saiba... Apenas, algum romântico dele se serviu para escrever, durante um quente sol de domingo
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=Ky4AKUfFYJ4&feature=related
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O monstro dentro/embaixo da xícara de café #Agentes do Caos
cotidiano de citadinos e rurais, sempre há uma boa peça de trigo cozido e bebida quente
não que você ligue, nem que eu ligue
porém, eis que o vapor doce que subiu no meu café hoje de manhã me dera uma ideia
-Olhar por baixo da xícara! -Exclamei, nada minha mãe entendeu... Ela não sabia...
Sob a peça de louça plástica, encontrei um mundo estranho, cheio de cores e formas; nada uso de alucinógeno e o que conto é verdade, a Verdade
Veramente que dentro do café que bebi poderiam estar algumas moscas e alguma formiga, dado minha pouca prática na lavagem de louças e outras nobrezas de utensílios de cozinha;
Dentro da xícara nada havia, como eu; só bebi o café e por baixo dela se abriu um pequeno orifício ao qual arrombei -minha mãe saíra para o banho, pois logo iria trabalhar, assim, tive a Oportunidade, nada viu!
Dentro daquele buraco vi um mundo em uma casa de paredes amarelas, cheias de graça e beleza, se velho você fosse assim acharia, porém, não "era" velho, era um patife novo e ainda não criado sobre "as leis"
entrando pelos corredores iluminados da casa, cheios de um cheiro que parecia muito com meu café -não riam!. Na porta lateral, saindo para um campo de mato azul, lá havia, saltitante e interessante coelho branco, uma linda loira de franja que com pequena sainha me olhava... Corri à ela... Corri muito, ela era rápida e logo me vi em uma floresta de louça, como se fosse aquela que lavara muito mal sempre...
Perceber que se está sonhando é sempre muito chato, no entanto, não estava sonhando, estava calmo e olhando fixamente para ela quando , mais que de repente, sou acertado por um ogro cinza e feio... Um dos meus colegas Caóticos, ao qual retribuí com um soco...
Sem esperança de vencê-lo: ele era um gigante! Ora! Torci por acordar logo... Mas, a mulher logo me cortou no braço com uma navalha, a dor e depois as cordas retardaram minha ação de fuga pelo despertar
-O que fazer agora? -Era a grande questão... Numa fortaleza de louça, frágil e fina, lá estava um homem quebrado e caído, tentando vencer um enorme monstro e a lembrança de uma lebre que fugira e deixara-o ali, para os lobos!
O Caos é algo estranho, principalmente quando você aceita ele... Olhei para o lado e vi o maldito Panda Vermelho, ele me olhou e perguntou:
-Você sabe que posso ajudá-lo, deixe que eu derrube o grandalhão e você poderá resolver com a coelha...
-...Qual a garantia?
-Nenhuma, nunca teve com nada na vida a não ser a esperança e fé, precisa de algo mais? Homem?
-......Sim, quero que isto não seja uma sonho, terminar com meus assuntos com eles! Terminar isto em mim!
Foi na manhã chuvosa, o casal estava num mar amarelo, parecia mijo... E deveria ser mesmo. Perto, um barco para alguma ida para algum lugar. Enfim, lá fui eu, liberto pelo Panda, levei ele até onde o ogro cinza trocava uma pedra negra com a Coelhinha...
-Então, aqui esta o quero?! -Disse a vadia
-Sim, é o que quer... A Cura -respondeu o traidor-, dentro da pedra há uma inscrição, aqueça ela e leia, é aonde há ajuda para...
O vento assobiava, um tiro de escopeta se ouviu;
A batalha de balas fez com que ela se escondesse, o ogro atirava com uma espingarda de dois canos serrada, poderosa, mas não pegou o Panda. Um humano era ele agora, com a máscara apenas do urso vermelho, ele se escondia e atirava -das árvores de louça, só se ouvia seus quebrares e estalares pelas balas dos gladiadores, não importo-me com isto
Corri no encontro dela, louco, poderia tomar um tiro! Levei um na perna. Havia três ali, três Agentes: um com um no alto de um monte, outro pulou na água e o ogro traíra; maldita desvantagem! Nunca fui bom em atirar! O 38 de nada me serviu a não ser olhar na cara da cadela e dizer: "-Por quê?! Por que eu não podia viver o resto da vida com você?!!!" SÓ NÓS DOIS
Na fúria, o dedo no gatilho, fora atrás da marquise, enquanto os três brigavam...
Um único disparo, fora certeiro e com a certeza da cólera de um homem em SUA mulher!
...
Desde então, só de flashes me lembro aquele dia... Meu nariz sangrava, como sangrou várias vezes e me sentia zonzo, como zonzo fiquei várias vezes ...
Ela, morrendo, disse:
-Você não poderia viver comigo... Me entreguei a um monstro...
Seu sangue era negro, assim como do ogro cinza, que vi depois; sua maldade... Não?! Era prova da traição...
-Teu nariz... -Ela vomitava, eu olhei- Uma Cura, eu era tua cura!
A pedra que estava na minha mão, derretera ela depois, lá estava escrito meu nome e o de minha doença... O nome do Curador lá estava... E, em segredo dentro dela, poderia finar a minha zonzeira e sangria
...
Não lembro mais de nada naquele dia
...
Nem pra onde foram os lutadores, se minha perna ao qual a bala atravessara estava boa, nada
Na xícara de café eu olhei de novo, estava em casa
sem minha Cura, sem Ela.
O papel com a resolução do problema físico que me fazia sangrar, bem, este joguei no lixo, junto com a borra, tudo na lata de lixo... Junto comigo
MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=XtsmMCIfZzI&feature=youtube_gdata_player
não que você ligue, nem que eu ligue
porém, eis que o vapor doce que subiu no meu café hoje de manhã me dera uma ideia
-Olhar por baixo da xícara! -Exclamei, nada minha mãe entendeu... Ela não sabia...
Sob a peça de louça plástica, encontrei um mundo estranho, cheio de cores e formas; nada uso de alucinógeno e o que conto é verdade, a Verdade
Veramente que dentro do café que bebi poderiam estar algumas moscas e alguma formiga, dado minha pouca prática na lavagem de louças e outras nobrezas de utensílios de cozinha;
Dentro da xícara nada havia, como eu; só bebi o café e por baixo dela se abriu um pequeno orifício ao qual arrombei -minha mãe saíra para o banho, pois logo iria trabalhar, assim, tive a Oportunidade, nada viu!
Dentro daquele buraco vi um mundo em uma casa de paredes amarelas, cheias de graça e beleza, se velho você fosse assim acharia, porém, não "era" velho, era um patife novo e ainda não criado sobre "as leis"
entrando pelos corredores iluminados da casa, cheios de um cheiro que parecia muito com meu café -não riam!. Na porta lateral, saindo para um campo de mato azul, lá havia, saltitante e interessante coelho branco, uma linda loira de franja que com pequena sainha me olhava... Corri à ela... Corri muito, ela era rápida e logo me vi em uma floresta de louça, como se fosse aquela que lavara muito mal sempre...
Perceber que se está sonhando é sempre muito chato, no entanto, não estava sonhando, estava calmo e olhando fixamente para ela quando , mais que de repente, sou acertado por um ogro cinza e feio... Um dos meus colegas Caóticos, ao qual retribuí com um soco...
Sem esperança de vencê-lo: ele era um gigante! Ora! Torci por acordar logo... Mas, a mulher logo me cortou no braço com uma navalha, a dor e depois as cordas retardaram minha ação de fuga pelo despertar
-O que fazer agora? -Era a grande questão... Numa fortaleza de louça, frágil e fina, lá estava um homem quebrado e caído, tentando vencer um enorme monstro e a lembrança de uma lebre que fugira e deixara-o ali, para os lobos!
O Caos é algo estranho, principalmente quando você aceita ele... Olhei para o lado e vi o maldito Panda Vermelho, ele me olhou e perguntou:
-Você sabe que posso ajudá-lo, deixe que eu derrube o grandalhão e você poderá resolver com a coelha...
-...Qual a garantia?
-Nenhuma, nunca teve com nada na vida a não ser a esperança e fé, precisa de algo mais? Homem?
-......Sim, quero que isto não seja uma sonho, terminar com meus assuntos com eles! Terminar isto em mim!
Foi na manhã chuvosa, o casal estava num mar amarelo, parecia mijo... E deveria ser mesmo. Perto, um barco para alguma ida para algum lugar. Enfim, lá fui eu, liberto pelo Panda, levei ele até onde o ogro cinza trocava uma pedra negra com a Coelhinha...
-Então, aqui esta o quero?! -Disse a vadia
-Sim, é o que quer... A Cura -respondeu o traidor-, dentro da pedra há uma inscrição, aqueça ela e leia, é aonde há ajuda para...
O vento assobiava, um tiro de escopeta se ouviu;
A batalha de balas fez com que ela se escondesse, o ogro atirava com uma espingarda de dois canos serrada, poderosa, mas não pegou o Panda. Um humano era ele agora, com a máscara apenas do urso vermelho, ele se escondia e atirava -das árvores de louça, só se ouvia seus quebrares e estalares pelas balas dos gladiadores, não importo-me com isto
Corri no encontro dela, louco, poderia tomar um tiro! Levei um na perna. Havia três ali, três Agentes: um com um no alto de um monte, outro pulou na água e o ogro traíra; maldita desvantagem! Nunca fui bom em atirar! O 38 de nada me serviu a não ser olhar na cara da cadela e dizer: "-Por quê?! Por que eu não podia viver o resto da vida com você?!!!" SÓ NÓS DOIS
Na fúria, o dedo no gatilho, fora atrás da marquise, enquanto os três brigavam...
Um único disparo, fora certeiro e com a certeza da cólera de um homem em SUA mulher!
...
Desde então, só de flashes me lembro aquele dia... Meu nariz sangrava, como sangrou várias vezes e me sentia zonzo, como zonzo fiquei várias vezes ...
Ela, morrendo, disse:
-Você não poderia viver comigo... Me entreguei a um monstro...
Seu sangue era negro, assim como do ogro cinza, que vi depois; sua maldade... Não?! Era prova da traição...
-Teu nariz... -Ela vomitava, eu olhei- Uma Cura, eu era tua cura!
A pedra que estava na minha mão, derretera ela depois, lá estava escrito meu nome e o de minha doença... O nome do Curador lá estava... E, em segredo dentro dela, poderia finar a minha zonzeira e sangria
...
Não lembro mais de nada naquele dia
...
Nem pra onde foram os lutadores, se minha perna ao qual a bala atravessara estava boa, nada
Na xícara de café eu olhei de novo, estava em casa
sem minha Cura, sem Ela.
O papel com a resolução do problema físico que me fazia sangrar, bem, este joguei no lixo, junto com a borra, tudo na lata de lixo... Junto comigo
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A Separação da Senhora do Mar #Agentes do Caos
Ela mandou um beijinho, estava uma coisinha de saia xadrez e óculos gigante, mas, não me distraí...
Meu vestido incomodava e as águas desta terra de solo vermelho são feias para meus olhos
"Sem distrações, pare com isto!", disse em minha mente a mim mesma, como um conselheiro que conversa com um espelho
Havia uma parede de pedras negras, pus minha mão e ela se liquefez; o líquido cai e acabei causando muito barulho, droga! Isto que eu ganho, estou na TPM e vou querer entrar em um quartel general!
-Pegue a japa! -Berra o gordo, ele é escroto, tendo um grande corpo verde e com sua armadura samurai que me faz lembrar de Shino... Mas, ele é passado, o Tempo sempre cura as feridas, até as que fiz.
Corto a garganta dele, sangue, nunca gostei, sempre acabo causando
Haviam uns idiotas ali, derrubei suas baionetas e espadas facilmente, não eram bons servidores... Suas armaduras eram pesadas pelo Dinheiro, não pela Honra... Porém, meu coração também não toca a música da Honra, nem do Amor, nem nada disto que se constrói...
Trinta se foram, atravesso o segundo pátio quando um gás atinge minhas narinas, parece jasmim, no entanto, ele me leva a cair em um buraco... Vão profundo, muita luz! Vejo entre luzes de um entardecer; um homem abraça uma mulher bela, ela usa um quimono rosa, ele, um brasão da Onda -honraria das maiores...
Corro pra eles, "-Nami!", a voz é bonita, suave... "-Nami!", a voz torna-se amarga... Piso no campo de flores em que eles estavam, agora eles são espinhosos e eu os odeio -os odeio! Sinto a Família de Shino, me condenando à entrega, de meu corpo e serviços, o nojo de suas saliva só foi retardado por ela... Sakura, minha pequena amiga... Sinto traição, sinto morte, a minha começa e, de repente, acordo
-Maldita cadela! -Me diz o homem de cabelo escorrido e roupas brancas, é nipônico como eu; sua mão esmaga meu pescoço e vejo que suas calças queriam cair
Cravo minhas unhas e ele cai... Levanto sem remorso. Sinto um ar estranho, ao me virar, um coelho gigante tenta me esmagar, pulo e desvio de seus golpes
A arma do mosqueta lá esta, PÁ! Na cabeça! Vesgo, se volta o coelho ao homem de cabelo escorrido, para mim, ele tinha a cara de Shino, ele, todos os outros... É minha Vingança, fria, pálida...
Subo as escadas, nada mais parece me impedir, na porta ao fim do corredor, sinto que lá esta a esperança -ela tem vestidinho xadrez e estava uma coisinha!
-O quê?! -Minha parada é seguida de gotas de água que atiro dos dedos são como balas das mais fortes. Nada o afeta... Sinto o cheiro de cigarro, tem um chapéu coco e uma cara de safo!
-Olá, Senhora do Mar...
-Piadista! -É o Cão Calixto, um ser estranho e as vezes romântico... Um bom amigo, um velho amigo - O que há?
-Você quer mesmo viver com ela?
-Como assim?
-Sabe que salvá-la vai fazer com que ela se prenda em você...
-E daí? O que quer que eu faça? Não precisamos ser "sozinhos" no mundo....
-...
-Não precisaria ser você, velho amigo
-...... - Ele desapareceu, sumiu como uma fumaça negra e pulando a janela
Abro a porta, dos fundos e à direita, lá esta ela, com cara chorosa... Beijo-a, sorrindo, ela quieta
Ao virar, chamando ela para que se apresse, sinto um "-Desculpe! Nami...", era um mosquete... Há dor e estou quase desmaiando em meus últimos momentos... Não há mais nada... Não há nem a Esperança de vestidinho xadrez e cabelinhos loiros... Adeus, Pequena!
*
Chih, chih... [cheirando]
Sinto cheiros estranhos, não sabia que morrer tinha cheiro! Cigarro, conheço este cigarro... Sangue, também tem este cheiro, assim como de óleo queimado...
Minha mão vai vagarosamente tirando a tampa do barril em que usam para enterrar os mortos... Tem um dos samurais caídos na minha frente; as bandeiras de sua nação, chamada Assaí, no sul de Brasilis, estacavam o solo vermelho, não só naturalmente, como pelos corpos... Não entendo nada! Dirigíveis que pareciam com lanternas, com a mesma marca de sua honra, pegavam fogo, eram destruídos... O quê?...
Sem forças, sem dor, olhei procurando achar alguém... Minha mente caíra por causa dela, senti vergonha por lembrar e me preocupar em achá-la, talvez conversar, talvez...
-Você esta caída por ela mesmo... -Olhei, ainda sem foco, reconheci Calixto. Ele fumava seu cigarro, o cuspiu e disse:
-Vou indo, não quero continuar aqui... Eu não fiz isto, foram eles -Olhei sem foco e só ela, sim, minha Esperança; lá estava chorando, meu olhar ficou normal e percebi que ela não tinha braços e pernas. À frente, um homem de terno estranho, virou-se para mim, assim como um corvo parou em uma árvore.
-Quer se juntar a nós? -Pergunta o homem-mecânico, o corvo agora é outro, este me ajuda a ficar em pé...
-Espere...
-Eu espero... -Disse ele
-Eu estou indo para outra oportunidade, espero que você entenda...
Até que gostaria de chorar e fazer a cena, mas, nunca consegui fazer isto -não ali, não agora. Parei e fiquei olhando a cara chorosa dela... Talvez fosse a dor nela, ou fosse o prazer da Vingança que inebriava minhas lágrimas contidas;
Só tinha um pouco de fuligem, nada mais, segui o outro caminho pelos corpos e fui
Pelas cinzas, segui a oportunidade
MUSIQUETA DA POSTAGEM
Meu vestido incomodava e as águas desta terra de solo vermelho são feias para meus olhos
"Sem distrações, pare com isto!", disse em minha mente a mim mesma, como um conselheiro que conversa com um espelho
Havia uma parede de pedras negras, pus minha mão e ela se liquefez; o líquido cai e acabei causando muito barulho, droga! Isto que eu ganho, estou na TPM e vou querer entrar em um quartel general!
-Pegue a japa! -Berra o gordo, ele é escroto, tendo um grande corpo verde e com sua armadura samurai que me faz lembrar de Shino... Mas, ele é passado, o Tempo sempre cura as feridas, até as que fiz.
Corto a garganta dele, sangue, nunca gostei, sempre acabo causando
Haviam uns idiotas ali, derrubei suas baionetas e espadas facilmente, não eram bons servidores... Suas armaduras eram pesadas pelo Dinheiro, não pela Honra... Porém, meu coração também não toca a música da Honra, nem do Amor, nem nada disto que se constrói...
Trinta se foram, atravesso o segundo pátio quando um gás atinge minhas narinas, parece jasmim, no entanto, ele me leva a cair em um buraco... Vão profundo, muita luz! Vejo entre luzes de um entardecer; um homem abraça uma mulher bela, ela usa um quimono rosa, ele, um brasão da Onda -honraria das maiores...
Corro pra eles, "-Nami!", a voz é bonita, suave... "-Nami!", a voz torna-se amarga... Piso no campo de flores em que eles estavam, agora eles são espinhosos e eu os odeio -os odeio! Sinto a Família de Shino, me condenando à entrega, de meu corpo e serviços, o nojo de suas saliva só foi retardado por ela... Sakura, minha pequena amiga... Sinto traição, sinto morte, a minha começa e, de repente, acordo
-Maldita cadela! -Me diz o homem de cabelo escorrido e roupas brancas, é nipônico como eu; sua mão esmaga meu pescoço e vejo que suas calças queriam cair
Cravo minhas unhas e ele cai... Levanto sem remorso. Sinto um ar estranho, ao me virar, um coelho gigante tenta me esmagar, pulo e desvio de seus golpes
A arma do mosqueta lá esta, PÁ! Na cabeça! Vesgo, se volta o coelho ao homem de cabelo escorrido, para mim, ele tinha a cara de Shino, ele, todos os outros... É minha Vingança, fria, pálida...
Subo as escadas, nada mais parece me impedir, na porta ao fim do corredor, sinto que lá esta a esperança -ela tem vestidinho xadrez e estava uma coisinha!
-O quê?! -Minha parada é seguida de gotas de água que atiro dos dedos são como balas das mais fortes. Nada o afeta... Sinto o cheiro de cigarro, tem um chapéu coco e uma cara de safo!
-Olá, Senhora do Mar...
-Piadista! -É o Cão Calixto, um ser estranho e as vezes romântico... Um bom amigo, um velho amigo - O que há?
-Você quer mesmo viver com ela?
-Como assim?
-Sabe que salvá-la vai fazer com que ela se prenda em você...
-E daí? O que quer que eu faça? Não precisamos ser "sozinhos" no mundo....
-...
-Não precisaria ser você, velho amigo
-...... - Ele desapareceu, sumiu como uma fumaça negra e pulando a janela
Abro a porta, dos fundos e à direita, lá esta ela, com cara chorosa... Beijo-a, sorrindo, ela quieta
Ao virar, chamando ela para que se apresse, sinto um "-Desculpe! Nami...", era um mosquete... Há dor e estou quase desmaiando em meus últimos momentos... Não há mais nada... Não há nem a Esperança de vestidinho xadrez e cabelinhos loiros... Adeus, Pequena!
*
Chih, chih... [cheirando]
Sinto cheiros estranhos, não sabia que morrer tinha cheiro! Cigarro, conheço este cigarro... Sangue, também tem este cheiro, assim como de óleo queimado...
Minha mão vai vagarosamente tirando a tampa do barril em que usam para enterrar os mortos... Tem um dos samurais caídos na minha frente; as bandeiras de sua nação, chamada Assaí, no sul de Brasilis, estacavam o solo vermelho, não só naturalmente, como pelos corpos... Não entendo nada! Dirigíveis que pareciam com lanternas, com a mesma marca de sua honra, pegavam fogo, eram destruídos... O quê?...
Sem forças, sem dor, olhei procurando achar alguém... Minha mente caíra por causa dela, senti vergonha por lembrar e me preocupar em achá-la, talvez conversar, talvez...
-Você esta caída por ela mesmo... -Olhei, ainda sem foco, reconheci Calixto. Ele fumava seu cigarro, o cuspiu e disse:
-Vou indo, não quero continuar aqui... Eu não fiz isto, foram eles -Olhei sem foco e só ela, sim, minha Esperança; lá estava chorando, meu olhar ficou normal e percebi que ela não tinha braços e pernas. À frente, um homem de terno estranho, virou-se para mim, assim como um corvo parou em uma árvore.
-Quer se juntar a nós? -Pergunta o homem-mecânico, o corvo agora é outro, este me ajuda a ficar em pé...
-Espere...
-Eu espero... -Disse ele
-Eu estou indo para outra oportunidade, espero que você entenda...
Até que gostaria de chorar e fazer a cena, mas, nunca consegui fazer isto -não ali, não agora. Parei e fiquei olhando a cara chorosa dela... Talvez fosse a dor nela, ou fosse o prazer da Vingança que inebriava minhas lágrimas contidas;
Só tinha um pouco de fuligem, nada mais, segui o outro caminho pelos corpos e fui
Pelas cinzas, segui a oportunidade
MUSIQUETA DA POSTAGEM
sábado, 30 de julho de 2011
País na Prisão #Agentes do Caos
"Uma muralha em círculo, de pedra bruta, em cada ponto de cinco a cinco metros, metralhadoras; uma torre de pedra maciça, para a vertical e cúbica; toda ela é como uma grande montanha, como uma estaca de pedra, enterrada no solo. É Grindpunch, a Prisão do Rei para os aspectos sobrenaturais e espectros... Fora feita nos cinquenta anos em que Lattir, o Lobo de Bretan, matou Odin e dominou a ilha... Ele chamou golens e duendes, sobreviventes da Inquisição, estes seres aceitaram a construção de um complexo feito de rocha de sputodraco, uma rocha que é praticamente indestrutível pelas chamas produzidas até hoje, metais, dificilmente a quebram... Forjada a prisão, foram lá colocados -no lugar mais profundo-, os seus construtores (matando os arquitetos e aqueles que fizeram a planta), depois, prisioneiros de todos os outros senhores de Bretan, dos mais crentes aos mais feiticeiros... Dizem que até Lattir, antes de ser morto por Cromwell, ficara ali..."
...
Paro de ler agora, minha máscara contra gás já esta incomodando, mas, creio que é resultado dos dirigíveis... Somos em cinco, indo em direção a Irlanda, à Grindpunch... Logo, elas soam, são as matracas infernais das metralhadoras, meus soldados morrem, nossos balões-bomba são derrubados e meus homens temem por suas vidas...
-Socorro! Senhor! -Este caiu
-Ajuda! -Este levou um tiro na cara
-Por favor! -Este só esta berrando mesmo; ele me agarra e movo minha mão, fazendo com que ele caia no chão do pier em que ele me levou... Sim, pois estou de cadeira de rodas e nem pude tirar meus chinelos... Que coisa, estes guardas bastardos me dão nos nervos -tanto inimigos quanto os nossos!
...A Prisão é bela, estranho como sua arquitetura simples do alto parece mesmo uma "faca na Terra", o mundo da beleza mórbida é tão estranho... Começo a tirar minha máscara, depois de me levantar com dificuldade e me arrastar para a ponta do pier de um dirigível que violentamente rasga o céu cinza, cometas de tiros e um som chato da hélice que me deixa louco...
Aviões deles vêm, dois... Seria o fim.
Voo, saltando e retirando minha máscara completamente, fumaça negra cobre meu corpo e acerto os aviões com minhas mãos, derrubando-os...
...
Na sala do Diretor, ele, com seu cabelos brancos e modos graves, como um gramofone desafinado, fiz ao seu melhor soldado, agente Ryan:
-Os demônios vieram com toda a força...
-O que é?... -Olha o gordo Ryan para a criatura humanoide, branco e de asas negras, o ser demoníaco tem dois chifres enormes e a cara parece até com um bode... O soldado sente como se visse seus pesadelos acordando de criança, aquele monstro dali, embaixo de sua cama ou atrás da porta, naquele escuro... A criatura esta ali, ao vivo, em iluminado!
Ela cai no pátio e conduz duas correntes de gás negro, mata soldados que com metralhadoras e fuzis tentam em vão matá-lo, ele os liquida, assim como o espírito de batalha de Ryan. Sua surpresa do dia é ver seu chefe, o Diretor, firme, xingando e olhando sem o mesmo medo das coisas no lado escuro das coisas...
Haviam cinquenta ali, agora, 3 correram feridos...
-Não pode entrar aqui! Bastardo! -O diretor abre a janela e é puxado pelo seu melhor soldado para dentro; a criatura, tranquila, move seu corpo vagarosamente -ele parece até um velho...-, as correntes de gás batem no prédio e giram em torno dele, tudo treme, mas, nada cai...
-Imbecil! Seu corpo pode ser até de obsidiana ou diamante, porém, não pode quebrar o sputodraco!
O ser olha, sorri, com dentes amarelos, responde e faz com que nós nos escondamos embaixo da mesa:
-Eu não poderia quebrar, mas, as máquinas que fizerem isto sim!
E as mãos do ser evocam do piso duas coisas, parecem carros de boi, só que com pinças e um grande espeto que parece para a escavação... Deveriam estar ali, como calcanhares de Aquiles, preparados para nossa queda... O ser os lança, como mísseis, fazem o prédio tremer e há uma rachadura... Alimentasse esta e é ouvido um ruído de tombar
-Vá, Ryan, vá lá embaixo... Vão todos!!
O temor e a vontade de servir bem entram de um modo nunca visto pelo antigo engenheiro... Ele teme por sua vida, entretanto seus soldados o empelem, trata-se de como se ele fosse sem noção, é uma alienação natural, o "ir sem pensar", indo com a maré de dez soldados, entra em forma com eles próximos ao portão principal, agora tombado e com fumaça... Tudo é feito de rocha negra que ao ser quebrada mostra-se vermelha, como sengue, o nosso
...
Nossos soldados conseguiram chegar e entram no pátio, lá vamos nós; eu "deixo" minha forma, regredindo a um velho, colocando minha máscara e logo me trazem minha cadeira... Os homens fazem uma formação e entram, atirando e atirando... Doze morrem, um gordo esta na frente, de jaleco, sua face me parece engraçada... Talvez, por que ele parece surpreso demais, sem dor, mas, parece que perdeu a fé... Poderia ser um de Nós, enfim
Ando com minha cadeirinha pela Grindpunch, é uma desgraça ser velho, lá vou eu. Os soldados trazem uma pedaço das máquinas que ficara ali, no hall de entrada, subimos até o primeiro andar... Cela... Hm...173... A rocha na ponta da peça quebra a fechadura...
Homem, ou algo semelhante a isto, um dia deve ter sido! Cai nos pés de minha cadeira, barbudo e tão fétido que nada sinto... Ainda bem que estou de máscara!
-Saia daqui! Já tem o que queria... Já... Já levou meu filho!
Grito de um alto falante na parede...
-Se pensou que seu filho era o mesmo que você, esta enganado! Apenas o que seguramos com nossos dedos e força é que é nosso!... Como pedir pra outro fazer o que você deveria?!
Andamos com minha cadeira e os soldados foram levando o barbudo... Esperei por alguém descendo as escadas que deveriam levar para a Sala do Diretor... Não ouvi nada... Mesmo os gritos dos prisioneiros não eram tão barulhentos quanto o coração do velho chefe desta prisão...
...Pá!
-Acho que ouvi um tiro...
Diz o homem barbudo, duas horas depois, já em um lugar seguro, com o cadeirante à frente
-Você é um fado que não necessita perguntar nada sobre isto...
-Sabe de minha origem -o homem coloca-se em posição de espertalhão
-Seres como você me lembram os pássaros que vemos ali, circulando o céu de sua prisão...
-Hahaha! -Ri o porco, um fado, ou seja, da família das fadas- Você é engraçado velho, eu nada tenho agora, o que ganho se ajudá-lo? Ora, por nada é que não fui solto!
-Quero que você ache uma pessoa pra mim... Um amigo meu quer isto; um o filho de uma mulher da lua e de um carvalho, ele levou uma moça de asas metálicas, querida pelo meu amigo... Use sua força e traga ela, antes que outro a corrompa...
-E o que eu ganho?
-Algo que todos querem algum dia e você não seria diferente... Paz
Além da ameaça, ofereço... Sabe, um pai morreu hoje aqui... Sabe onde esta a mãe de um falecido filho?
O barbudo anda lentamente, meio desconcertado... Um salgueiro morrendo e ele arranca um pedaço, ouve-se um choro... Ele o assopra e parece algo como uma flauta...
-É flautista?
-De homens, sou um flautista de homens
Tira um dó do instrumento e o oferece aos corvos e urubus
MUSIQUETA DA POSTAGEM
...
Paro de ler agora, minha máscara contra gás já esta incomodando, mas, creio que é resultado dos dirigíveis... Somos em cinco, indo em direção a Irlanda, à Grindpunch... Logo, elas soam, são as matracas infernais das metralhadoras, meus soldados morrem, nossos balões-bomba são derrubados e meus homens temem por suas vidas...
-Socorro! Senhor! -Este caiu
-Ajuda! -Este levou um tiro na cara
-Por favor! -Este só esta berrando mesmo; ele me agarra e movo minha mão, fazendo com que ele caia no chão do pier em que ele me levou... Sim, pois estou de cadeira de rodas e nem pude tirar meus chinelos... Que coisa, estes guardas bastardos me dão nos nervos -tanto inimigos quanto os nossos!
...A Prisão é bela, estranho como sua arquitetura simples do alto parece mesmo uma "faca na Terra", o mundo da beleza mórbida é tão estranho... Começo a tirar minha máscara, depois de me levantar com dificuldade e me arrastar para a ponta do pier de um dirigível que violentamente rasga o céu cinza, cometas de tiros e um som chato da hélice que me deixa louco...
Aviões deles vêm, dois... Seria o fim.
Voo, saltando e retirando minha máscara completamente, fumaça negra cobre meu corpo e acerto os aviões com minhas mãos, derrubando-os...
...
Na sala do Diretor, ele, com seu cabelos brancos e modos graves, como um gramofone desafinado, fiz ao seu melhor soldado, agente Ryan:
-Os demônios vieram com toda a força...
-O que é?... -Olha o gordo Ryan para a criatura humanoide, branco e de asas negras, o ser demoníaco tem dois chifres enormes e a cara parece até com um bode... O soldado sente como se visse seus pesadelos acordando de criança, aquele monstro dali, embaixo de sua cama ou atrás da porta, naquele escuro... A criatura esta ali, ao vivo, em iluminado!
Ela cai no pátio e conduz duas correntes de gás negro, mata soldados que com metralhadoras e fuzis tentam em vão matá-lo, ele os liquida, assim como o espírito de batalha de Ryan. Sua surpresa do dia é ver seu chefe, o Diretor, firme, xingando e olhando sem o mesmo medo das coisas no lado escuro das coisas...
Haviam cinquenta ali, agora, 3 correram feridos...
-Não pode entrar aqui! Bastardo! -O diretor abre a janela e é puxado pelo seu melhor soldado para dentro; a criatura, tranquila, move seu corpo vagarosamente -ele parece até um velho...-, as correntes de gás batem no prédio e giram em torno dele, tudo treme, mas, nada cai...
-Imbecil! Seu corpo pode ser até de obsidiana ou diamante, porém, não pode quebrar o sputodraco!
O ser olha, sorri, com dentes amarelos, responde e faz com que nós nos escondamos embaixo da mesa:
-Eu não poderia quebrar, mas, as máquinas que fizerem isto sim!
E as mãos do ser evocam do piso duas coisas, parecem carros de boi, só que com pinças e um grande espeto que parece para a escavação... Deveriam estar ali, como calcanhares de Aquiles, preparados para nossa queda... O ser os lança, como mísseis, fazem o prédio tremer e há uma rachadura... Alimentasse esta e é ouvido um ruído de tombar
-Vá, Ryan, vá lá embaixo... Vão todos!!
O temor e a vontade de servir bem entram de um modo nunca visto pelo antigo engenheiro... Ele teme por sua vida, entretanto seus soldados o empelem, trata-se de como se ele fosse sem noção, é uma alienação natural, o "ir sem pensar", indo com a maré de dez soldados, entra em forma com eles próximos ao portão principal, agora tombado e com fumaça... Tudo é feito de rocha negra que ao ser quebrada mostra-se vermelha, como sengue, o nosso
...
Nossos soldados conseguiram chegar e entram no pátio, lá vamos nós; eu "deixo" minha forma, regredindo a um velho, colocando minha máscara e logo me trazem minha cadeira... Os homens fazem uma formação e entram, atirando e atirando... Doze morrem, um gordo esta na frente, de jaleco, sua face me parece engraçada... Talvez, por que ele parece surpreso demais, sem dor, mas, parece que perdeu a fé... Poderia ser um de Nós, enfim
Ando com minha cadeirinha pela Grindpunch, é uma desgraça ser velho, lá vou eu. Os soldados trazem uma pedaço das máquinas que ficara ali, no hall de entrada, subimos até o primeiro andar... Cela... Hm...173... A rocha na ponta da peça quebra a fechadura...
Homem, ou algo semelhante a isto, um dia deve ter sido! Cai nos pés de minha cadeira, barbudo e tão fétido que nada sinto... Ainda bem que estou de máscara!
-Saia daqui! Já tem o que queria... Já... Já levou meu filho!
Grito de um alto falante na parede...
-Se pensou que seu filho era o mesmo que você, esta enganado! Apenas o que seguramos com nossos dedos e força é que é nosso!... Como pedir pra outro fazer o que você deveria?!
Andamos com minha cadeira e os soldados foram levando o barbudo... Esperei por alguém descendo as escadas que deveriam levar para a Sala do Diretor... Não ouvi nada... Mesmo os gritos dos prisioneiros não eram tão barulhentos quanto o coração do velho chefe desta prisão...
...Pá!
-Acho que ouvi um tiro...
Diz o homem barbudo, duas horas depois, já em um lugar seguro, com o cadeirante à frente
-Você é um fado que não necessita perguntar nada sobre isto...
-Sabe de minha origem -o homem coloca-se em posição de espertalhão
-Seres como você me lembram os pássaros que vemos ali, circulando o céu de sua prisão...
-Hahaha! -Ri o porco, um fado, ou seja, da família das fadas- Você é engraçado velho, eu nada tenho agora, o que ganho se ajudá-lo? Ora, por nada é que não fui solto!
-Quero que você ache uma pessoa pra mim... Um amigo meu quer isto; um o filho de uma mulher da lua e de um carvalho, ele levou uma moça de asas metálicas, querida pelo meu amigo... Use sua força e traga ela, antes que outro a corrompa...
-E o que eu ganho?
-Algo que todos querem algum dia e você não seria diferente... Paz
Além da ameaça, ofereço... Sabe, um pai morreu hoje aqui... Sabe onde esta a mãe de um falecido filho?
O barbudo anda lentamente, meio desconcertado... Um salgueiro morrendo e ele arranca um pedaço, ouve-se um choro... Ele o assopra e parece algo como uma flauta...
-É flautista?
-De homens, sou um flautista de homens
Tira um dó do instrumento e o oferece aos corvos e urubus
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quinta-feira, 28 de julho de 2011
O Bom Selvagem do Mar #Agentes do Caos
Hoje em dia eu agradeço à Deus por tudo que recebi
Estava em meu quarto, em 30 de março de 1931,
Na costa, ouvi os aviões vindo, vindo e indo, como
baratas
Eis que meu velho tio, Rajamundo, manda que eu me esconda embaixo de cobertas, no quarto em que dividíamos com duas pequenas camas, disse -e jamais esqueço-: "-Fique aí! Em suas cobertas, se ficar aí, apenas parado e respirando, nada há de lhe acontecer, nunca!"
Ouvi bombas e explosões, o sons de violinos estava por todo o lugar, era o som dos mortais ovos de pássaros de metal caindo por terra e trucidando o povo que apenas acreditou nas ideias de um homem, um Santo Homem; ele nos matou, ou nós matamos por ele. O calor das armas em volta de mim me fez desmaiar
...
As ondas batem, acordo
Na fantasia, nunca li algo igual: Vejo um pedaço de meu quarto, preso pelas três vigas horizontais e um pedaço da parede, o próprio canto de um dos quartos do 2º andar, estou nele, com um armário e minha cama, uma parte da janela que dava para o vão do prédio também sobrou... Estou boiando no mar, como um barco...
...Levanto minha cabeça e ouço vozes, chiados, vejo ao fundo a terra firme e pareço levado pela água, teria uma corrente me levado? E as terríveis criaturas deste desolado mar?! O QUE HÁ AQUI?
Ao ficar de pé em minha cama, olhando para a massa d'água, lembro dos monstros, das criaturas malignas que o oceano possui; por deslize, me abaixo quase sem tempo, vejo uma serpente-de-couraça-amarela pular e quase comer minha cabeça, meu susto inicial, hoje eu nem lembro...
Sei que, fiquei ali, deitado e embaixo das cobertas, talvez fosse um sonho e eu já estivesse morto, isto, seria bom. Por três dias fiquei ali, em pavor
...
Era um dia de sol, ele queimava a minha face e olhava para frente, peguei uma vareta, outra, outra e, mais uma, retirando das madeiras que restavam, não mexera no guarda-roupa, mas, peguei umas faixas de lá, as que meu tio, em seus tempos de jovem, amarrava na cabeça e saía para "lutar". Amarrando e perigando morrer, fiquei várias vezes de pé, logo, martins-mecânicos e cobras encouraçadas, até uma tartaruga-furiosa, todos pularam em cima de mim, medi-lhes o pulo, coloquei as fitinhas, era feliz... Dominara a Selva!... Ao menos, não precisava me preocupar em ser decapitado
Fez cinco dias quando, esgotado e quase morrendo, descobri como comer, não tinha ainda colocado minhas cordinhas... Mas, pus a mão, no desespero, na água azul escuro... Senti as mordidas, era meu fim, na segunda tentativa de beber tal líquido, puxei e me veio algo como minhocas, moles e pretas, algumas marrons; assim me sustentei por todo o meu tempo no "meu navio", comendo sanguessugas do mar - que ficavam até que boas com sal, pena que era difícil arranjar isto ali, no mar
Em um mês que pelas minhas contas deveria ser abril, avistei algo que parecia ser uma xícara no meio da água; com meu remo feito do armário, segui até ele e vi uma preciosidade: um corpo jovem envolto em restos de panos, era uma mulher... Seu nome era acho que, Roupe, Felicia Roupe... Estava viva... Meu corpo cansado se alegrou!!
Susto, ela tem medo e fome, por dois dias eu cuidei dela e ela calada, tentou levantar e ficar em pé, eu a segurei, empurrando para baixo, ela lutou, machuquei ela, mas ela parou ao ver o gigantesco martim-mecânico, com sua couraça azul celeste escura, quase ela me perde a cabeça! Como poderei usar o porquinho assim?!
Precisamos de mais de um mês, me contou sua insólita vidinha, eu a ouvi... O meu navio havia me tornado uma rocha, uma fria rocha de granito frio... Ouvi sem chorar como seu navio fora afundado pelas obus enormes do exército Azul, ela falava em língua franca, era difícil entendê-la, mesmo porque estudei pouco esta língua... Nem a mulher, nem eu, sabíamos falar... Mas, o mês passou, eu consegui, foi numa tarde de junho
Empurrei-a para junto da cama, perto da cabeceira, fora ali mesmo, cheia de não me toques, porém, precisando de mim... Consegui meu objetivo, humano e selvagem
Vivíamos bem, comendo os vermes marinhos e não falando muito, não precisávamos... Era engenheira e disse que poderíamos tentar uma máquina à vapor, sair dali... Ora veja, ela queria dominar o meu navio!!
Também senti que a comida ia faltar... O frio começava a chegar no sul, as chuvas pararam, estava nervoso, foi aí que a barriga foi começar a crescer; era o fim, eu tinha entre ver os peixes-leopardo e as vontades da fêmeas... Passávamos os dias embaixo da cama, onde fiz nosso ninho
Foi num dia de reclamações, em um frio dia de julho; no começo, olhei a barriga como uma pança, ela queria ir, queria pular e ver o que acontecia, falei que como capitão eu poderia dar um jeito, eu poderia!
Em fúria terrível, ela me fuzila com o olhar e me empurra, eu disse que como capitão eu daria um jeito... O fio vermelho cobriu o barco, tentei limpar com os lençóis o cortezinho na cabeça, ela chorava em desespero e me xingava na língua dela, eu, tentava de tudo... Nisto, já era hora do almoço, levantei e nem lembrei dos seres malignos do oceano desconhecido -ela viu com temor e prazer, sem me avisar. Me assustei após minutos, surpreso com o nada que ocorreu, minha fêmea embuçada disse que estava certa, ela queria pular, eu disse não, ela não estava nem aí...
Foi aí que tudo se iluminou, era um cometa... O Cometa que anunciava o Crepúsculo de meu reinado! Não poderia deixar ela responder... Peguei um dos pedaços de madeira que usava como marcação e que agora eram remos, por causa de ideia dela, não fiz nada! EU NÃO FIZ NADA!!
Veio um ser enfeitiçado, cheio de listras, barbatanas e listras... Parecia um leopardo em plena água! Arrancou-lhe sangue da jugular, ela caiu em cima de mim, em impulso louco, lancei ela na água...
Tinha que resgatá-la, pensei, pulei, entretanto, logo me agarrei a uma das vigas e subi novamente, com escoriações, vermes brancos e choro
Passei três dias dormindo de olhos abertos, em estado catatônico, olhava para a imensidão azul e nada via, nem sonho, nada; escorreguei, rolando para baixo da cama, em nosso... Em meu ninho
Até fiquei apenas chorando, comendo e bebendo água choca, apenas um pouco... De pouco em pouco ia indo, foi numa quinta
*
O Capitão atirou com seu rifle na coisa estranha que boiava no mar do sul. Nas frias águas, o vapor com seus canhões e tudo mais, há uma semana detectara algo no radar à óleo... Houve um disparo de um sinalizador, seguimos o mesmo rumo por recomendação de um marinheiro, Thomas, Thomas Roupe.
Tiro do Capitão fora apenas por esporte, era pra ser só um destroço da guerra... Porém, o sangue saiu debaixo da cama, o resgate e o remorso foi tomando a tripulação, assim, passados quase duas semanas, o homem barbudo e magro acordo e faz confusão, na certa, confuso pelo novo espaço, ele só se pergunta:
-Aonde esta meu navio?! Aonde está?!! -Sorrimos com piedade, explicamos tudo, mais alguns dias de silêncio e logo ele nos contou a história, da morte do tio à quinta em que levou o tiro não intencional de rifle
...Terrível história, ainda bem que ele não perdeu a fé...
*
Novamente uma quinta, fria e com nevoeiro
Penso em minha criança e minha pequena, lá, dormindo
Eu me recuperei do estado catatônico, nesta guerra, me enchi de fios e líquidos enfeitiçados... Cada um tem seu deus, eu, sou Mar, dei-me este nome... Ao sair do navio, passei por fama e busquei me restabelecer, estranho, isto acho estranho... Mesmo com tudo que tenho, de algum poder à respeito, ainda estou -sempre estive desde aquela quinta de julho-, com o maldito cobertor na cabeça...
É como se a sensação nunca tenha me deixado, ainda pareço seguir o que me tio disse:
"-Fique aí! Em suas cobertas, se ficar aí, apenas parado e respirando, nada há de lhe acontecer, nunca!"
E sigo com meu navio
MUSIQUETA DA POSTAGEM
Estava em meu quarto, em 30 de março de 1931,
Na costa, ouvi os aviões vindo, vindo e indo, como
baratas
Eis que meu velho tio, Rajamundo, manda que eu me esconda embaixo de cobertas, no quarto em que dividíamos com duas pequenas camas, disse -e jamais esqueço-: "-Fique aí! Em suas cobertas, se ficar aí, apenas parado e respirando, nada há de lhe acontecer, nunca!"
Ouvi bombas e explosões, o sons de violinos estava por todo o lugar, era o som dos mortais ovos de pássaros de metal caindo por terra e trucidando o povo que apenas acreditou nas ideias de um homem, um Santo Homem; ele nos matou, ou nós matamos por ele. O calor das armas em volta de mim me fez desmaiar
...
As ondas batem, acordo
Na fantasia, nunca li algo igual: Vejo um pedaço de meu quarto, preso pelas três vigas horizontais e um pedaço da parede, o próprio canto de um dos quartos do 2º andar, estou nele, com um armário e minha cama, uma parte da janela que dava para o vão do prédio também sobrou... Estou boiando no mar, como um barco...
...Levanto minha cabeça e ouço vozes, chiados, vejo ao fundo a terra firme e pareço levado pela água, teria uma corrente me levado? E as terríveis criaturas deste desolado mar?! O QUE HÁ AQUI?
Ao ficar de pé em minha cama, olhando para a massa d'água, lembro dos monstros, das criaturas malignas que o oceano possui; por deslize, me abaixo quase sem tempo, vejo uma serpente-de-couraça-amarela pular e quase comer minha cabeça, meu susto inicial, hoje eu nem lembro...
Sei que, fiquei ali, deitado e embaixo das cobertas, talvez fosse um sonho e eu já estivesse morto, isto, seria bom. Por três dias fiquei ali, em pavor
...
Era um dia de sol, ele queimava a minha face e olhava para frente, peguei uma vareta, outra, outra e, mais uma, retirando das madeiras que restavam, não mexera no guarda-roupa, mas, peguei umas faixas de lá, as que meu tio, em seus tempos de jovem, amarrava na cabeça e saía para "lutar". Amarrando e perigando morrer, fiquei várias vezes de pé, logo, martins-mecânicos e cobras encouraçadas, até uma tartaruga-furiosa, todos pularam em cima de mim, medi-lhes o pulo, coloquei as fitinhas, era feliz... Dominara a Selva!... Ao menos, não precisava me preocupar em ser decapitado
Fez cinco dias quando, esgotado e quase morrendo, descobri como comer, não tinha ainda colocado minhas cordinhas... Mas, pus a mão, no desespero, na água azul escuro... Senti as mordidas, era meu fim, na segunda tentativa de beber tal líquido, puxei e me veio algo como minhocas, moles e pretas, algumas marrons; assim me sustentei por todo o meu tempo no "meu navio", comendo sanguessugas do mar - que ficavam até que boas com sal, pena que era difícil arranjar isto ali, no mar
Em um mês que pelas minhas contas deveria ser abril, avistei algo que parecia ser uma xícara no meio da água; com meu remo feito do armário, segui até ele e vi uma preciosidade: um corpo jovem envolto em restos de panos, era uma mulher... Seu nome era acho que, Roupe, Felicia Roupe... Estava viva... Meu corpo cansado se alegrou!!
Susto, ela tem medo e fome, por dois dias eu cuidei dela e ela calada, tentou levantar e ficar em pé, eu a segurei, empurrando para baixo, ela lutou, machuquei ela, mas ela parou ao ver o gigantesco martim-mecânico, com sua couraça azul celeste escura, quase ela me perde a cabeça! Como poderei usar o porquinho assim?!
Precisamos de mais de um mês, me contou sua insólita vidinha, eu a ouvi... O meu navio havia me tornado uma rocha, uma fria rocha de granito frio... Ouvi sem chorar como seu navio fora afundado pelas obus enormes do exército Azul, ela falava em língua franca, era difícil entendê-la, mesmo porque estudei pouco esta língua... Nem a mulher, nem eu, sabíamos falar... Mas, o mês passou, eu consegui, foi numa tarde de junho
Empurrei-a para junto da cama, perto da cabeceira, fora ali mesmo, cheia de não me toques, porém, precisando de mim... Consegui meu objetivo, humano e selvagem
Vivíamos bem, comendo os vermes marinhos e não falando muito, não precisávamos... Era engenheira e disse que poderíamos tentar uma máquina à vapor, sair dali... Ora veja, ela queria dominar o meu navio!!
Também senti que a comida ia faltar... O frio começava a chegar no sul, as chuvas pararam, estava nervoso, foi aí que a barriga foi começar a crescer; era o fim, eu tinha entre ver os peixes-leopardo e as vontades da fêmeas... Passávamos os dias embaixo da cama, onde fiz nosso ninho
Foi num dia de reclamações, em um frio dia de julho; no começo, olhei a barriga como uma pança, ela queria ir, queria pular e ver o que acontecia, falei que como capitão eu poderia dar um jeito, eu poderia!
Em fúria terrível, ela me fuzila com o olhar e me empurra, eu disse que como capitão eu daria um jeito... O fio vermelho cobriu o barco, tentei limpar com os lençóis o cortezinho na cabeça, ela chorava em desespero e me xingava na língua dela, eu, tentava de tudo... Nisto, já era hora do almoço, levantei e nem lembrei dos seres malignos do oceano desconhecido -ela viu com temor e prazer, sem me avisar. Me assustei após minutos, surpreso com o nada que ocorreu, minha fêmea embuçada disse que estava certa, ela queria pular, eu disse não, ela não estava nem aí...
Foi aí que tudo se iluminou, era um cometa... O Cometa que anunciava o Crepúsculo de meu reinado! Não poderia deixar ela responder... Peguei um dos pedaços de madeira que usava como marcação e que agora eram remos, por causa de ideia dela, não fiz nada! EU NÃO FIZ NADA!!
Veio um ser enfeitiçado, cheio de listras, barbatanas e listras... Parecia um leopardo em plena água! Arrancou-lhe sangue da jugular, ela caiu em cima de mim, em impulso louco, lancei ela na água...
Tinha que resgatá-la, pensei, pulei, entretanto, logo me agarrei a uma das vigas e subi novamente, com escoriações, vermes brancos e choro
Passei três dias dormindo de olhos abertos, em estado catatônico, olhava para a imensidão azul e nada via, nem sonho, nada; escorreguei, rolando para baixo da cama, em nosso... Em meu ninho
Até fiquei apenas chorando, comendo e bebendo água choca, apenas um pouco... De pouco em pouco ia indo, foi numa quinta
*
O Capitão atirou com seu rifle na coisa estranha que boiava no mar do sul. Nas frias águas, o vapor com seus canhões e tudo mais, há uma semana detectara algo no radar à óleo... Houve um disparo de um sinalizador, seguimos o mesmo rumo por recomendação de um marinheiro, Thomas, Thomas Roupe.
Tiro do Capitão fora apenas por esporte, era pra ser só um destroço da guerra... Porém, o sangue saiu debaixo da cama, o resgate e o remorso foi tomando a tripulação, assim, passados quase duas semanas, o homem barbudo e magro acordo e faz confusão, na certa, confuso pelo novo espaço, ele só se pergunta:
-Aonde esta meu navio?! Aonde está?!! -Sorrimos com piedade, explicamos tudo, mais alguns dias de silêncio e logo ele nos contou a história, da morte do tio à quinta em que levou o tiro não intencional de rifle
...Terrível história, ainda bem que ele não perdeu a fé...
*
Novamente uma quinta, fria e com nevoeiro
Penso em minha criança e minha pequena, lá, dormindo
Eu me recuperei do estado catatônico, nesta guerra, me enchi de fios e líquidos enfeitiçados... Cada um tem seu deus, eu, sou Mar, dei-me este nome... Ao sair do navio, passei por fama e busquei me restabelecer, estranho, isto acho estranho... Mesmo com tudo que tenho, de algum poder à respeito, ainda estou -sempre estive desde aquela quinta de julho-, com o maldito cobertor na cabeça...
É como se a sensação nunca tenha me deixado, ainda pareço seguir o que me tio disse:
"-Fique aí! Em suas cobertas, se ficar aí, apenas parado e respirando, nada há de lhe acontecer, nunca!"
E sigo com meu navio
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