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terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Efeito-de-parada
"Uma ideia antiga era a de que nós somos muito ligados ao presente, como se no passado tínhamos um tempo mais lento, o ritmo da vida era mais demorado. Conforme foram passados os séculos, começamos a pensar que na verdade o que faz as coisas na vida passarem tão rápido é o fato de um certo 'efeito-de-parada', quando olhamos nossas vidas agora, até mesmo a nossa era atual, tudo parece rápido, vivo, ríspido, o Universo se mostra na sua magnitude e nos sentimos pequenos e sem ação, porém, se olharmos para o passado, em outras épocas, tudo parece maior, as vezes grandioso ou épico, outras triste e solitário, não estamos vendo a velocidade que as pessoas daquela época viam em suas próprias vidas, estamos escolhendo os momentos que as vezes elas nem ligaram para observar... Um dia, pode ser que nos olhem e riam da nossa cara, fazer o que, o tempo e as memórias são ironias agridoces" (personagem Jauna, "O Novo Imperador Nyxk")
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sexta-feira, 20 de junho de 2014
Da essência da cristalização
A nave de força arredondada vai descendo a atmosfera escura do
Planeta Bgloom lentamente, os instrumentos são anulados devido a quantidade
extrema de cinzas do tipo preta. Quando se pode ver a superfície do planeta,
gélida e desértica, o comandante da expedição, Tombias Biastom, ordena para
seus seis comandados:
-Ativem os discos, vamos descer!
Encontraremos com a embaixadora nas coordenadas em nosso UPS (Sistema de
Posicionamento Universal), só olhar os pontos vermelhos, vamos logo!
A descida é complicada, os ventos
gelados não cessam e todos já começam a colocar seus capacetes prateados e
ligar a térmica dos colãs, pois, mesmo não saindo dos discos, a calefação é
desligada para a energia ser toda direcionada para os estabilizadores do disco,
que, neste momento, fica na vertical, pois, poderá cortar os ventos do planeta
mais facilmente.
Pouso, hora do dia 12 horas, nenhuma
luz aparente, apenas, tudo é preto e branco - um filme noir.
Descem cinco e vão até uma escotilha
que emana uma luz rósea, primeira cor que eles vêem. Abrindo tal escotilha, um
tubo-escorregador os leva até um salão amplo, tudo ainda é cinzento, porém,
menos do que antes. Então, um enorme abelídeo surge e Tombias, tocando no peito
magro e elevando a mão em direção ao ser, diz:
-Nós saudamos o Gentil e Sincero
Embaixador Colomai Iu Iu Xi.
A criatura, sem dizer uma só
palavra, retira uma espada de brilho azul das costas e toca na cabeça do
capitão: "trato feito" surge no leito óptico dos tribulantes.
-Aonde está - continua o comandante
- a Embaixadora?^
-...
-Estou aqui, comandante Tombias
Biastom! - Uma jovem de capa roxa, cabelos brancos e marca na bochecha esquerda
de floco de neve (o que a identifica como um clone especial) surgiu, sua
presença forte e de mesma espécie, alegrou o capitão:
-Olá! Eu a saúdo, Embaixadora Zira!
-Zira Iu Iu Xi, senhor!
-Ó, ok!
Feitos os cumprimentos, o grupo
desce por outro escorregador, no fundo do salão vazio. O ambiente muda, uma
cidade azul surge, tudo brilha palidamente, as ruas, aonde passam outros
abelídeos em trajes brancos, parecem não se importar com os alienígenas
transitando em suas vielas. Reunidos em uma das construções azuis, Zira relata
que:
-Os Bgloons agora que foram
descobertos pelo nosso Império, gostariam de usar nossos recursos poderosos
para descobrir algo importante para a sua cultura, que, como vocês vêm, ainda
não atingiu o mesmo estágio que a "nossa".
-Sim, eles querem saber sua origem -
diz um dos integrantes da expedição
-Algo comum, para gêneros menores
como eles - relata outra. Tombias sorri de canto de boca.
-Exatamente. Porém, eles não são tão
ignorantes senhora. Se eles pudessem descobrir o que existe na mais profunda
das regiões deste planeta, eles o fariam, porém, não o podem... É algo antigo
demais, quase mais do que nosso próprio Império...
-... – O embaixador
Colomai, em silêncio, a tudo escuta, emite apenas assobios de sua respiração.
-Então... – Prevendo o
mal-estar, o capitão se levanta da onde estava sentado – Vamos logo a tal
lugar!
O grupo se dirige até as estalagens da cidade, aonde encontram
centenas dos chamados bisões-bgloom, enormes quadrúpedes marrons e redondos.
-Agora, capitão e mais um vem
comigo, o resto irá com o embaixador.
-Ótimo, conversaremos
bastante! – O grupo ri com a piada de uma dos membros da expedição, menos Zira
e o próprio Colomai.
Os bisões abrem suas
costas, aonde cabem várias indivíduos. Uma vez lá dentro, pode-se ver o
ambiente externo através dos olhos do ser, que é controlado em seus sistema
nervoso de inúmeros cabos com bolas nas pontas. A viagem começa e Tombias,
depois de saírem dos limites da cidade, começa uma conversa com a embaixadora:
-Então, dona Zira... Você e
Colomai...
-Foco na missão, senhor
capitão.
-Ok... Mas, você sabe que
isto não é permitido em nosso quadrante, não com raças diferentes e...
-É estranho o senhor falar
destas ideias... Da onde elas vêm? Qual é a sua essência? O General que guarda
este quadrante? Sua escola de oficiais? Seu planeta natal? De onde o senhor
vem?
-Olhe, eu não quero falar
disto, mulher. São assuntos pessoais, não tem nada haver com a busca que fomos
requeridos.
-Ora, então, pode usar esta
resposta pra sua pergunta de antes.
-...
-E o que é isto nas suas
costas? – Perguntou a outra que estava ali – É um dos famosos ferrões-gélidos
dos Bgloons? São tão mortais como se diz?
-Sim... São... Nesta
cultura, eles usam seu veneno em pistolas ligadas com suas costas, algo
estranho... Porém, graças a uma rocha sedimentar específica que existe neste
mundo subterrâneo deles, o Monril, eles conseguem criar estas facas e
espadas... Se nós formos tocados por elas, nosso organismo reage com congelamento,
porque ela tem a capacidade de se esmigalhar muito facilmente e absorver
calor... Isto explica o por quê deles usarem isto pra quase tudo, deste tijolos
até fios para suas roupas...
-Também vi – continuou a outra, pois o capitão em silêncio apenas
espiava com os ouvidos – que você não usa os capacetes, não está com frio?
-... Vocês devem ter lido na minha ficha, mas, eu sou feita com
parte de Monril.
-Isto não estava na sua ficha. – disse o capitão
-Estranho... Quando fui criada isto era comum, nós os Replicantes
éramos feitos para os planetas que seríamos mandados...
-Sim, senhora, disto sabemos... Assim como vocês não poderiam
ficar longe dos Nyxk genuínos de raça pura incubidos de serem os embaixadores
de cada planeta... Aliás, como vai o Grande Platinaro?
-... Vai bem. Está na Grande Cidade-Caverna do planeta, Olmai
-... Você tem quantos anos, Zira? – pergunta o outro membro
-Setenta*, ainda sou jovem... Mesmo para um Blgoom...
-Entendo... Mas, o Grande Platinaro não dá notícias ao nosso
General há quase cem anos... Estranho que nunca tenha...
-Cuidado agora! – Disse Zira, ao chegar em um grande salão com o
bisão – Temos de fazer silêncio agora, aqui é um Território Inimigo...
-Não foi relatado que teríamos combate... Não trouxemos armaduras!
Apenas pistolas de carga rápida! – Disse o capitão Tombias – Isto me dá poder
para anular esta missão...
-Tudo bem, Capitão... Apenas, temos de fazer silêncio. Os Bgloons
não tem boa visão, devido à baixa luminosidade, então, sentem os sons, estamos
todos com roupas coladas ou algo assim, além de sermos mais leves... Talvez não
façamos barulho.
-Ora, mas, ainda assim eles podem nos ouvir? E estarão com suas
espadas, ferrões, que seja???
-Sim, claro.
A moça pegou em sua mão o
Livro Vermelho que tinha no bolso, sagrado para ela.
Desceram, em um lugar mais
isolado, longe da enorme Cúpula Verde que indicava o tal Território Inimigo.
Nisto, o Capitão já enviava mensagens visuais nos capacetes dos outros membros,
instruindo todos da situação. Então, entregando um comunicador de mão para
Zira, ele perguntou:
“-Razão território inimigo”
E teve como resposta:
“-Fanáticos
Aqui ser local sagrado Bgloom
Mais sagrado
Porta Origem Bgloom
Fanáticos proteger porta
Chamar ‘A Porta’”
Havia uma escotilha próxima, porém, escondida entre rochedos e
ervas daninhas rosas, porém, havia um problema: abrí-la faria barulho e
atraíria os Fanáticos, porém, não havia outra maneira de acessar a tal Porta,
aonde estava a origem.
Colomai, Tombias e Zira seguraram cada um uma ponta da pesada
escotilha e foram abrindo-a devagar... Nisto, o barulho do metal rangendo foi
sendo substituído por um assobio, depois, outro, mais e mais em sinfonia.
Sinfonia da destruição, vários Bgloons trajando roupas verdes desceram das
encostas, então, viu-se que os membros da expedição estavam cercados em uma
depressão.
Colomai, Tombias e Zira entraram pela porta enquanto os outros
três membros da expedição atiravam com as pistolas para o alto ou na direção
dos Fanáticos, apenas para assustá-los. Eles não paravam, nem falavam, apenas
assobiavam com suas respirações e sacavam suas espadas. O brincalhão foi o
último a entrar na escotilha e levou uma estocada no ombro, caiu dentro do
buraco, não houve tempo nem de fechá-lo, já descia pelo escorregador, mais
longo que os demais.
-AIIIIIIIIIIIIii Tá Frio!!!! – Gritava o homem, enquanto os
tripulantes tentavam fazer curativos e analizavam a ferida.
-... Ele vai... – Perguntou Tombias
-... Vamos, temos de ir – Disse Zira, inflexível – Ele não fechou
a escotilha, eles estão descendo...
-FAÇA ALGO!!! – Grita uma das moças do grupo
-... Isto apenas alivia a dor... – Zira pintou de um vidrinho um
líquido rosa, depois de algum tempo carregado, o brincalhão disse:
-Estou bem, estou bem, vamos!!
-Obrigado! – Disse Tombias, antes do grupo começar a correr dentro
do túnel escuro, Colomai já estava na frente, ao qual se ouviu uma porta se
abrindo
Entraram no que parecia apenas mais um salão, porém, Colomai,
abaixando a cabeça de abelídeo, buscou algo como um botão enorme, tocou-o e um
espelho virou para baixo, iluminando uma série de pequenos pontos de luz
branca: eles estavam embaixo da Cúpula Verde, porém, estava isolados da Cidade
Inimiga - podiam ver nitidamente os Bgloons acima de suas cabeças andando,
porém, eles não pareciam vê-los.
Colomai começou a assobiar,
sacou seu Ferrão-gélido e a pistola ligada nas suas costas.
-Vamos, Tombias! Quem
quiser lutar, fiquem com Colomai-San!
Todos os membros dos
viajantes foram com Zira e Tombias, o embaixador fechou a pesada porta, eles,
então, seguiam por uma enorme série de caminhos circulares, em uma espiral de
grandes paredes.
-Aonde vamos, Zira?
-Aqui na superfície o que
procuramos já está gasto, temos de ir mais no fundo desta coisa...
Depois de alguns minutos,
muitos assobios acima deles. Quanto mais se aprofundavam na estrutura espiral, maiores
as paredes ficavam em algo surrealista, a luz ficavam cada vez mais fraca,
então, chegaram ao fim da rampa espiral:
-Acho que... É aqui... –Disse Zira
-Você nunca veio aqui, Zira? – Ficaram todos surpresos
-Não, apenas Colomai conhecia esta terra... Ele... Ele já foi um
deles...
-... – O capitão olhou firmemente para a moça, nisto, o brincalhão atingido pelo ferrão caiu
-Vamos, logo, se formos rápidos em registrar e detectar isto,
poderemos levar ele para a sua nave.
-... Ok. Coloque isto. – Deu para Zira um monóculo, era um
Conector com o banco de dados da nave, que possuía um Códex da maioria dos
idiomas conhecidos pelos Nyxk.
Começaram a olha para os enormes símbolos nas paredes, Tombias
tentava contato com o módulo que trouxera eles para a superfície, que não
respondeu, porém, ainda estava enviando as informações:
-... Incrível... – Disse Tombias – Isto é... Isto é do Império
Sasquito... Eles foram inimigos dos Nyxk, só que há mais de cem mil anos...
Deve ser uma das Colônias Perdidas deles...
-Sim, mas, aqui diz que aqui só haviam os tais Luminófagos...
Comedores de Luz...?
-Era uma raça exploradora dos sasquitos, eles não tinham
capacidade organizativa e apenas se alimentavam de luz ou qualquer outra
emissão de energia estelar... A maioria morreu como parte de sua programação
evolutiva-social, mas, em alguns planetas, eles resistiram...
-É estranho isto – disse Zira -, se eles se alimentavam de luz,
como sobreviveram aqui? Não existe luz na superfície de Bgloom em grande
quantidade desde que uma chuva de asteroides criou um cataclisma em forma de
tempestade de cinzas, tudo ficou mais frio, menos o subsolo
-Os luminófagos vivem em cavernas ou... Bem, como esta registrado
aqui, nestas Naves-Colônias... Só que, como você disse, eles não podem
sobreviver sem fontes de luz
-Olhe aqui! – Gritou outro membro, ao qual os três com os
monóculos olharam
-“Então, depois que os céus brilharam em chamas e a comida secou
Nós e o Rei mandamos uma mensagem para os Mestres
O silêncio foi a resposta da primeira vez, da segunda e das mil
vezes
Estávamos no fim, não havia mais que o Rei e alguns cens
Então, nós achamos a saída, a Pedra Fundamental nos salvará
Se não salvar, nós cairemos com a glória de
Ter tentado
...”
Seguem-se especificações técnicas de procedimentos de
auto-destruição da nave.
-A Pedra Fundamental é aonde os Luminófagos guardavam a energia em
excesso que eles guardavam... – Disse o capitão, consultando o banco de dados –
Ela foi carregada e detonada, alterando as criaturas jovens... Então...
Surgiram os Bgloons...
-... Eles são, criações, então? – Perguntou Zira. Neste momento,
ouviu-se o barulho da porta e assobios, vários, descendo a rampa em espiral.
-Eles... Estão vindo... Estes malditos são apenas, apenas
experiências erradas! Escravos de um império inimigo!!! –Gritou o capitão
Tombias – Soldados, podem atirar para matar!!!
Zira Iu Iu Xi, se afastou
para um canto, enquanto a horda de Bgloons verdes invadia aquele fim de
estrada, nisto, todos que podiam portar uma pistola atiravam na direção dos
seres, porém, para cada um que caia, outros se vinham, em desespero. A moça
caiu com a face cortada na frente do capitão, atingida por três facadas, seus
Livro Vermelho caiu nos pés de Tombias que, gritando atirava na face de todo
Bgloom que podia...
Uma porta se abriu atrás de
Zira, sumindo nas sombras...
O capitão se desvincilhou
de um morto aos seus pés e viu os outros companheiros caírem e a embaixadora em
seu sumiço mágico, sua pistola estava sem carga e ele sangrava devido a um
corte de raspão no pescoço. Os outros, mortos ou morrendo não gritavam mais
alto que os assobios, não havia sinal da nave na superfície, o SOS em silêncio.
Dentro da câmara, que
revelou ser uma outra série de túneis, estava Zira e Colomai, que estava sem um
dos braços e sangrava roxo. Tombias pôde fechar a porta da passagem
dificilmente, pois, as patas dos Fanáticos dificultaram o serviço.
-O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI,
ZIRA?
-... Capitão Biastom, você
veio aqui procurando um membro da sua espécie, e em sua superioridade nojenta,
não observou que apenas nós vivemos aqui... Apenas nós, os Bgloons!!!
-Você não é um deles! Eles são simplesmente uma subespécie! Ou
melhor, são os restos de algo que nem existe mais, de um império do passado,
dos inimigos do passado! NOSSOS inimigos! Eles são apenas criações, como...
-... Os Replicantes... – Disse Zira
-...
-Zira é como eu e meu povo, homem-espacial. Você revelou-me isto e
agradeço. Agora, os Fanáticos cairão no nosso mundo por pregarem a mentira...
Nós somos apenas criações de algo antigo... Sim, somos. Porém, nós evoluímos. –
a voz fantasmagórica de Colomai assustou o Capitão Biastom, quase sem palavras
e ouvindo a porta se abrir, apenas perguntou:
-... Por que só falou agora? Quando vamos morrer?
-Eu não falo com seres inferiores. É da minha cultura.
-...
A porta se abriu, uma
estaca atravessou o peito do capitão.
-... E, nós não morreremos!!! Não aqui!
Zira sacou sua espada e,
com brilhos vermelhos nas mãos, bradou a lâmina lançando a Energia Casmótica
dos Replicantes como ela, uma energia que faz parte de seu DNA de clone de
batalha, de criatura. Girava lançando lances de luz mortal, cortando os
Bgloons, quando, no fim, girando como tornado, matou os mais Fanáticos, gritou
para os poucos restantes:
-AQUELES QUE QUEREM MORRER, CONTINUEM EM SUA FÉ!
...
Os seres restantes correram.
O capitão morria, mas, antes de ir totalmente, perguntou:
-Minha nave está bem?
-Sim, libertaremos seu módulo,
ele poderá voltar para sua Casa nas Estrelas – Disse Colomai.
-... Então, tudo para saber
a Origem... Valeu a pena, monstro?
-...
O capitão pesou a cabeça,
não ouviu o embaixador pedir para Zira colocar o soro nas suas feridas mortais,
apenas, descansou em tela preta naquele fundo noir.
(Ashe Ametista - Inspiração para Zira Iu Iu Xi)
*Nota: a contagem dos anos nos contos deste universo são relativos
a nossa vida humana na Terra, tanto um Nyxk quanto outras raças possuem suas
próprias contagens e períodos de vida ao, tento, nestas histórias, relatar
parcialmente.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Terno Marrom Escorrido
Naquele momento em que você está totalmente sem ideias, e copia e cola o mesmo que escreveu para outra pessoa para aquela aquém você não sabe muito o que dizer de diferente, sabe? Aquele momento?
Assim disse o escritor com seu terno marrom do alto da sua torre com seu dirigível amarrado... Ele queria ter ficado mais tempo com sua Princesa de Cabelo Vermelho e Amarelado, mas, não deu, não, não deu.
Algo mais forte veio antes, algo terrivelmente periclitante: cheia de palavras difíceis e hifens malditas, corria o corredor da noite, um enorme buldogue de bochechas velhas para ele, segurando uma lanterna com seu ternim verdim ele bate na porta do cortiço:
-Ela chegou mestre, ela chegou!
-Veio em tempo, ainda, caro servo, veio em tempo!
Foi lá os dois na motoneta nas vielas tortuosas daquela cidade portuária que já não me lembro mais o nome de Waum, foram os dois teimando o som estridente até uma enorme construção, um daqueles, arranha-céus de ponta redonda que tanto amam por aí.
Ele desceu, tirou a colheira do cão e disse: - Agora estás livre!
E subiu as escadas, enquanto o liberto bebia já na rua, feliz, simples assim.
Subiu as escadas principais e adentrou salão rosa, já cheio de curiosos de caras pintadas pálidas.
De lá, virou a esquerda na esquina e entrou no elevador, que era como um tubo de vácuo, espelhado e transparente, falou para o ascensorista (palavra que nem sei como acertei aqui no teclado):
-Por favor, o 22!
-Mas, senhor, está fechado! Para "aquela"...
-Eu sei, mas, para mim não está!
E o senhor pardo o respeitou, mesmo ele sendo um cara de pé-rapado.
Tocou a sineta e foi até lá.
Chegando no andar, o homem de terno marrom disse ao outro: - Vende tua pistola? Sei que vocês todos andam armados, afinal, com as aranhas que temos nesta cidade, poderia-se abrir um rodízio de churrasco!
Meio deprê o homem lhe deu, por 20 mangos da inflacionada moeda, o jovem-jovem foi indo pelos andares platinados, até que as estátuas branquelas de dois seguranças o pararam:
-Quem vem lá?
-Quem és tu?
-Eu? Não viu minha arma? Sou segurança como você!
-Ah, é?
-É!
-Mostra então o nosso aperto de mão secreto!
O homem foi lá e beijou a face do gigante gorila branco, ao outro, uma narigada no rosto que fugia:
-Estão desarmados!
Os dois viram, sentindo nos sobretudos, que não mais estavam, ficaram de boa, e o rapaz voltou a correr.
Ele sentiu que logo tudo estava acabado
E correu, correu até o quarto 22 no andar 22
Com tiro na porta, vários seguranças se ouviam na escada.
Estava um homem de cauda de pavão maquiando uma jovem platinada alva. Ele disse:
-Vai mexer com um Mago, meu jovem?
-Não, mas, o senhor vai encarrar um chumbo grosso?
-Nesta situação, até que não!
Então, o outro saiu correndo e ela lhe virou a cadeira: estava enluarado o dia e os passos da segurança já aumentavam o raiar
Ela disse; então, você conseguiu? É um dos poucos em rebeldia...
-Sim, sou um dos poucos mesmo... E consegui...
Então, ele encontrou a sua alva, a sua Ideia.
Beijou-a, e escreveu esta história.
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domingo, 13 de outubro de 2013
Os múltiplos dragões Zarr
Então, o grande Sábio Diezarr uniu todo um grupo de
cinquenta tons de dracônicos negros, e todos os Zarr se viram em enorme paz
interior. Seus corpos, naquele momento, eram mais curtos e possuíam apenas
quatro pernas, mediam apenas cinco braças (mais ou menos 5 m) e suas pelagens
estavam escuras, devido ao grande tempo em que o chão ficou em permafrost, um
gigantesco mundo gelado na superfície que fez com que os seres Zarr aprendessem
a Arte de Minoritar.
Como dizia o próprio Diezarr: minoretar é esquecer-se de si como algo importante e focar-se nas
grandes entidades que existem dentro de si, deixando que seus pés movam-se em
nado para cima e carreguem os ares para trás de si... O resultado disto é o
minoreta, o voo pelo inflamento de nossos ossos e bolsas internas, nós, com
isto, nos tornamos os Senhores do Celeste, com isto, atingimos às alturas.
Após os duzentos anos de Era Mundial Glacial, os Zarr
começaram a desenvolver enormes canhões que usavam a energia dos grandes
vulcões cinzentos para causar um Aquecimento Global. Os vapores iam subindo e
revelando os velhos continentes, nesta era, foi fundada pelo Senado das Tribos
uma enorme base, feita com cinco grandes canhões como base, Minorito – a “estrela
em cima das nuvens”.
Neste período, tomaram contato com Niniel, um Serafim que
conduzia um grande cruzador interdimensões, um Nyxk. Com ele, o povo Zarr tomou
conhecimento do Mundo Exterior ao seu e começou a desejar a sua total
compreensão... Porém, algo grave aconteceu... Com seus enormes canhões de
degelo, os Zarr tiravam o calor interior do planeta Zarr e lançavam-o sobre a
superfície, como enormes jatos energéticos. Até aí estaria tudo bem,
entretanto, o planeta Zarr era na verdade uma enorme entidade viva, aonde uma
enorme parte de seu continente era na verdade uma estrutura bacteriana, o
Mumio.
Niniel sabia disto e deixou tudo acontecer, pois, quando o
Mumio acordou, arrebentou toda a enorme civilização Zarr, matando milhões,
inclusive os líderes globais. O Serafim roxo iluminava-se com o saber de tudo
aquilo, porém, foi descoberto que ele e seus apaixonados, outros Zarr, haviam deixado
tudo aquilo acontecer...
Com ele estava a Serafim Oganiel, que tomou parte em
providenciar peças Nyxk para construir as primeiras Naves daquele povo,
chamadas de Arcas. Entretanto, Niniel se achava no direito de impedir isto e
matou Oganiel, fulminando a primeira nave de fuga com seu cruzador.
Neste período, havia um geógrafo chamado Boarazarr, ele era o
principal representante de uma Escola de Pensamento, o da Honra Guerreira, que
dizia que apenas o ensino e paz do minoritar não era o bastante, apenas
considerando que em nós existe um eterno conflito e que pelo acaso devemos
viver, não apenas na busca do equilíbrio, é que este grupo formou cerca de um
continente inteiro de outras cidades Zarr. A conta fora de duzentos mil Zarr
que impuseram um regime ao qual Boarazarr implementou: a Cura pela Conservação
da Espécie Zarr.
Amplificando seus canhões ao máximo, os Zarr atraíram Niniel
e suas tropas para Minorito com a promessa de submissão da Escola de Boazarr
pela rendição do próprio. O serafim roxo desceu do espaço para a enorme
cidadela dourada e, enquanto tomava as honras, viu que as naves dos Zarr
partiam das outras cidades, ao qual ele respondeu para que destruíssem a todas
o seu Cruzador Galático.
Entretanto, da terra saíram as enormes garras e tentáculos
disformes de Mumio, que chegara na massa crítica...
A própria Minorito, começou a ser devastada, os quadrúpedes
Zarr morriam, e o desesperado Niniel vira que não podia lutar com tal
entidade... Neste momento, a própria cidade de Minorito ascendeu, atingindo o
espaço, atingindo... O Cruzador de Niniel!
Disparando seus enormes feixes de laser vermelho, a nave
matou o próprio Niniel, porém, a proximidade da bactéria Mumio fez com que seus
enormes tentáculos atingissem a estabilidade da nave...
Enquanto isto, Boarazarr nas poucas naves que saíam da
atmosfera, ligou o último presente da Serafim Oganiel, Globos de Viagem Interdimensional
(GVI, ou Gevi) que, mesmo instáveis, puderam lançar as naves no hiperespaço
velozmente, escapando do que acontecia na atmosfera do planeta.
Então, o Cruzador Nyxk caiu sobre o enorme Mumio, que, já
exausto de tudo aquilo, apenas emitiu um ruído na língua dos Zarr que captaram
em suas naves (ou pensaram ter ouvido) algo como: - Chega! (Afuunziur!)
E enterrou-se no interior do planeta, causando um cataclisma
de fogo azulado, explodindo, Zarr.
MUSIQUETA - Eyes Wide Open – Gotye
Os dracônicos Zarr e suas Torres de Guerra
Viajaram assim por um século e meio, Boarazarr ficou preso
por genocídio até a sua morte; apenas dois milhões se salvaram, dos duzentos
que haviam antes. Porém, o Governo da Nave manteve a Filosofia da Honra pela
Espécie e puderam sobreviver, modificando seus corpos e treinando em primazia o
minoretar.
Agora, consistiam os Zarr em gigantescos dragões-serpentes
com pelos e face lupina ou canídea (pela tradução dos Crisociom, repito, NT) e
toda a arquitetura se converteu em formas geométricas notórias. Neste período,
eles foram abordados por diversas naves Nyxk, buscando algumas justiça, outras,
amizade. Os Zarr, então, transformaram-se em Piratas Espaciais e viajavam de
asteróide em asteróide, de lua em lua, até encontrarem um Novo Mundo.
Muitos morreram de fome e pelas instabilidades do Gevi (os
Globos de Viagem Interdimensional), pois eram muito instavéis as viagens e
podiam durar vários anos, sem uma única fonte de proteína ou fibras, alimento,
sequer.
Porém, no novo país, institui-se plenamente a Honra da
Espécie, e pelas mãos de um Novo Senado de Tribos, os Zarr decidiram por uma
Guerra contra os Serafins, que passaram a ser inimigos dos Zarr.
Sua geométrica tecnologia e seus corpos dracônicos foram úteis
na construação de enormes Torres de Guerra, retangulares e retirando a energia
de sistemas atômicos semelhantes aos velhos canhões de descongelamento do
planeta original, um único indiovíduo controlava mais de vinte alavancas
simultaneamente. Cada par de alavancas dava para um andar d’onde saíam quatro canhões
com capacidade atômicas. Entretanto, esta unidade de combate era apenas para as
batalhas dentro de planetas, não sendo boa para a viagem extraterrestre...
Mesmo assim, com esta tecnologia, os Zarr dominaram o Novo Mundo.
Novo Mundo que era meu, dos pequeninos seres Crisociom, acho
que éramos agrícolas naquela época... Os Zarr transformaram a atmosfera em um
enorme massa de nuvens, a terra tornou-se úmida pelas enormes chuvas, oceanos
aumentaram, nós não podíamos comer mais. Com as Torres de Guerra e nossos
vulcões dominados pelos Zarr, eles nos conduziram para o grande extermínio...
Nós nos tornamos o que eles eram antes, nosso planeta, antes apenas um enorme
aglomerado de nossa espécie de um metro, reconheceu as estrelas... Só que
rápido demais, nós deixamos de existir, governando as terras mortas do agora
Novo Mundo Zarr, o chamado Minorito.
As vezes, enquanto olhava para o céu escuro de nuvens
eternamente nubladas, via uma nava Zarr, uma Ouroboras (eternidade), como
chamava meu clã, aprendemos com os Zarr – que não nos matavam diretamente, mas,
pelas suas ações no nosso planeta – estava escrito um dos mais famosos e
repetidos provérbios destes seres voadores serpeantes, se para nós existiu o
Olho por Olho, para eles existe:
Honra sobre Honra,
honrai seu corpo e sobre o corpo inimigo, como fonte de Memória, serás Eterno
enquanto as batalhas durarem – e como para os Zarrs, a Batalha pela vida
era eterna, sempre haveria a necessidade de Honrar algo.
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zarr
domingo, 15 de setembro de 2013
Organização Secreta dos Eletrônicos – OSE
A OSE foi desenvolvida a
partir dos partidários contrários a expulsão dos Barfos do Continente de Waum,
medida criada pelo ainda partido da Ultraviolência. Como eram pouquíssimos que
se opunham a tais medidas, Ortoniel, um serafim que vivia naquelas terras,
resolveu apoiá-los e perguntou o que eles gostariam de ter para poderem
derrotar e implementar um golpe de estado contra o Partido da Ultraviolência,
que cada vez mais tinha votos maiores na Confederação das Tribos de Waum.
Formou-se então o
Instituto Elétrico, nomeado assim pois seus partidários eram a favor de energia
hidroelétrica ou heólica e não de fontes das ricas minas de rochas radiotivas,
as quais as companhias de Sar, chamado de “Kanti” (que viria a ser tutor do
Kanti Ibizio, escritor do Livro Uno, elemento principal da doutrina da
Ultraviolência), faziam posição de exploração máxima.
Ortoniel, o Serafim
Branco, decidiu que eles seriam mortos ali e resolveu, em sua vontade de
observar a criação das mentes inteligentes, levá-los para um Planeta que não
havia ainda sido contactado pelos Nyxk, porém, que fazia parte do Pensamento.
Levou-os lá e deu a eles uma mala de tecnologia avançada e chaves sônicas, para
que eles entrassem em contato com os Raquitas, seres reptilianos que tinham uma
tecnologia biológica a partir de plantas e frutas.
Entretanto, o primeiro
Grão-Mestre do Instituto, Filito, observou que nada podia fazer com diplomacia
com os Raquitas e que suas tribos, com medo e temor por aquilo tudo, fugiam e se armavam com enormes armadas feitas de
samambaias e tanques de frutas de caldo ácido. Empregou em convencer todos os
membros que estavam com ele para empregarem a fusão das plantas-olhos-quartzo
(que eram como gigantes lupas estrelares) junto com toda a mala de tecnologia
Nyxk para que, em fusão, criassem a Arma Suprema do Instituto. Os sessenta
membros assim acordaram e criaram aquilo que veio a ser chamado de Caçador
Cobaias, enganando os Raquitas que observaram as estrelas para o outro lado e
viram as extensões da Galáxia, mas, não os Nyxk, que estavam do outro lado, não
sabiam a forma destes e Filito disse ser um, disse ser um Deus e com a caixa
ele provou isto, criando máquinas de metal e pedra.
Com o Caçador Cobaias
criado, os Raquitas que deram as plantas-olhos-quartzo foram aprisionados em um
vale e a maioria teve suas pernas cortadas. Quanto aqueles que eram contra o
Instituto, foram aniquilados, tribo por tribo, povo por povo. A gigante máquina
em forma de dirigível, com olhos e pontas saindo de sua esfericidade de quatro
braços principais e tentáculos auxiliares, era comandada por quinze membros e destruía em minutos centenas de Raquitas. Porém, o Caçador Cobaia não só
destruía, também criava, pois Filito falava de suas ideias para Ortoniel, que
vivia pálido e vigilante, sobre a maior montanha do planeta Raquita. O líder
contava e o serafim, que não era adepto da moral da Descência, aceitou tudo: os
cortes começaram, e não eram mais mortais... Os raquitas, em sua
antropomorfismo reptóide eram cortados e separados dos membros, armaduras de
plantas sendo substituídas por carne metálica e puro aço, engrenagem colocadas
em todo e qualquer lugar e o sexo daquela raça, que era apenas um,
multiplicado, dividido, leis morais colocadas por choques, novas formas e
deformidades espalhadas em aldeias para serem queimados vivos em fogueiras,
dentro do temor do povo pelo novo...
Os raquitas, então, foram
sumindo, foram sumindo cada vez mais das grandes florestas, dos Grandes Salões
do Sol Vermelho. Logo, Raquita inteira foi queimando pelas mãos do Caçador
Cobaia e das guerras para aniquilar aquela criatura. Então, e só então, o velho
Filito instituiu o nome de Ordem Eletrônica e deu a si mesmo a Diretoria.
Os quatorze que estavam
com ele já estavam também todos velhos e entraram novos, um novo time para
controlar Cobaia. Então, foi tomado em conhecimento de Filito que na colônia da
Ordem ele era chamado de “o Monstro” e ele tomou isto como elogio. Porém, doze
dos que estavam ali não aceitavam suas questões e decisões de mutar tantos
raquitas para escravidão e criação de bestas mecânicas. Um único que o apoiava
era Greto Fano, um nascido em raquita e seu amigo.
Acontece que, temendo
alguma revolta, Filito começou a orquestrar suas obras-primas: Engederões, um tipo de ciborgue com
mínimas partes raquitas. Sua estrutura seria além do combate, eles seriam
soldados invencíveis por terem as chamadas Jóias do Esquecimento, uma rocha
psiquenita mesclada com um cálculo de programação que gerava o esquecimento
daqueles que vissem o portador do dispositivo. Assim, eles não podiam ser
percebidos, assim, eles nunca seriam vistos por suas vítimas. Porém, o velho
Filito não podia resolver a equação que dava o cálculo correto da programação,
seu desespero era completo.
Só que um jovem, o jovem
da Ordem que era amigo de Greto, havia aprendido com raquitas escravos como
estes faziam suas operações lógicas e, combinando com a necessária para gerar a Joia descobriu que ambas eram as mesmas... E descobriu tratar-se da mesma tecnologia,
ao qual Filito, há muito tempo, escondera. Contou para seu amigo Greto antes de
fugir para a colônia da Ordem, pois não aceitou que suas ideias criassem
criaturas tão destruidoras quanto os Engederões. O jovem Fano, em caso de
inocência final, contou para seu mestre, temendo que seu amigo tivesse sido
convencido pelos outros doze.
Filito então ordenou que
não o Caçador Cobaia fosse às colônias, mas que os Engederões o fossem, eram
desseseis contra mais de duzentos, que tentaram proteger o menino. Horas depois
de tudo feito, a colônia caiu em chamas, todos mortos, o amigo de Greto se
matou, antes dos seres pegarem-no.
Os doze então entraram em
revolta e pararam o Caçador Cobaia. Filito, desesperado, saiu de sua máquina e
encontrou Greto, com a cara inchada de lágrimas. Ele prometeu ao seu mestre que
daria a resolução da equação se ele lhe desse o seu cargo, o velho aceitou e
assim foi feito: os Engederões invadiram o grande Caçador e prenderam os doze.
Em horas, codificou as
jóias com a ajuda de Greto. No fim do dia, ele lhe deu seu brasão de Diretor da
Ordem. À meia-noite, com as Jóias colocadas, disse Greto:
-Sobre a Ordem dos
Eletrônicos, eu ordeno a mudança desta para os Campos Secretos, por seus crimes
contra os Raquitas... Liberto todos os escravos presos pelos transistores e
chips e, pela ordem instituída apenas pelo Diretor da Ordem...
E nisto, Filito já gritava
com ele e acertara em sua cabeça uma chave de fenda... Antes de matar Greto,
sua mão foi esmagada por um dos Engederões, que em uma última vida, fora
Quiita, apenas um raquita que perdeu tudo e que agora tinha uma enorme
engrenagem no lugar da testa.
Filito foi preso há uma
rocha e Caçador Cobaia foi usado nele, abrindo-o e jogando na mistura de
entranhas compostos que fizeram ele solidificar em uma estátua medonha.
Greto Fano adquiriu o nome
de “Antropo”, o humanitário, traduzindo porcamente, espalhou os quinze membros
pela galáxia e formou vários raquitas membros da agora Ordem Secreta dos
Eletrônicos. Sua missão era preservar a vida ou pesquisá-la no fundo da
capacidade de criação, porém, evitando criar criaturas como os Engedrões,
sempre privando pela escolha ou não... Pela total mecânica ou caos.
Sobre Greto, esconderam-se
os Engedrões, sobre os lugares abandonados de um planeta chamado Rnu, sobre
eles, lá foram guardados talvez um dos exércitos mais mortais. Ortoniel, o
Serafim Branco, porém, espiava tudo, da mais alta montanha de Raquita e, de lá,
de lá engendrou algo com engrenagens monstruosas as quais aqui não irei contar.
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domingo, 25 de agosto de 2013
Tapião
-É, horrível toda esta montanha de água...
Dizem ainda que ela é doce!
-Horrível,
meu vereador, horrível mesmo... Preciso confessar que gostaria de voltar para o
nosso planeta logo, sinto falta das chuvas de amônia que banhavam as nossas
faces...
-Tudo bem,
Polarim, logo voltaremos... Temos de continuar a nossa exploração para
colonização – O vereador passou a mão para tirar a poeira que os seixos
arredondados criaram em sua calça boca de sino, levantou-se da rocha em que
estava e pôs seu casaco longo e negro, assim como seu capacete-com-abas (eu
diria que parecia um chapéu, e assim vou chamá-lo).
-Aonde vamos
agora, meu senhor? – Disse Polarim, que é o diminutivo na língua daquela raça
para Polaris, seu nome era Dola Polaris e ela era concubina do Vereador,
servia para a sua diversão e reprodução.
-Vamos para
uma cripta no centro desta terra rochosa e negra, os viajantes de nossos
cruzadores-espaciais Nyxk nunca enviaram ninguém para lá e é necessário que
alguém veja do que se trata...
Enquanto os
dois passavam pela praia para subir um monte rochoso, que apenas tinha alguns
poucos líquens vermelhos, a nave em forma de triângulo usada para a descida dos
dois, fora desligando as luzes e, aos poucos, a atmosfera nebulosa do planeta
foi tomando todo o lugar. Polaris e o Vereador tinha variadas formas, ambos
tinha narizes que pareciam de gatos, dada que eram pouco pontudos e pintados em
baixo de preto, só que o corpo de Dola era loira, menor e o tronco mais
acentuado, já o Vereador, careca, tinha longas pernas. Também tinham os dois um
tipo de sobre-pele cinzenta, d’onde saiam canos que se curvavam
retangularmente, voltando para a manta, apareciam só nas partes descobertas da
roupa e, no pescoço, viravam uma coleira aonde saía um capacete; isto existia, pois,
a espécie deles, os Eupalinos, viviam em um planeta aonde a amônia era líquida
e coisas como a água, para eles, não existia em abundância, para esta espécie,
esta coisa era até mesmo algo de mal-agouro: o lugar aonde o “demônio” vivia
era chamado de “Lugar aonde a água molha os pés” (Ouriuris) e o seu nome era mesmo “Senhor dos Aguados” (Ouraror). Mas, fora toda esta mitologia
antiga dos Eupalinos, eles tinham problemas com a água, que não os matava, mas,
uma vez em atmosferas como a deste planeta e de outros com muita água, passavam
a desenvolver doenças pelo nível de toxidade, por isto, criaram roupas em que
saiam tubos que retiravam toda a água absorvida pelos seus corpos, as
Eupavestes.
A água tomava
tudo ali, o próprio planeta em que estavam não tinha quase nenhum vulcão, pois,
o seu núcleo era praticamente frio: o planeta girava vagarosamente e só não
ficava estático e congelado porque a estrela branca em que ele transladava
enviava tanta energia para ele, que o fazia girar e ter dias e noites. Porém,
quando os Conquistadores aos quais o casal de Eupalinos estava trabalhando
passaram por ali, fazia décadas,
passaram por este planeta, nada encontraram, a não ser alguns líquens vermelhos
e o oceano de água doce que era tão profundo que chegava até o núcleo do
planeta. Tamanho era o silêncio que só era quebrado pelas ondas intermináveis em
uma costa rochosa que eles chamaram este lugar de Goostomu, “aonde tudo dorme”.
Ao tempo de
que contei as questões sobre a aparência de um Eupalino e sobre o planeta
Goostomu, o casal chegara até a enorme cripta, lá havia um gigantesco túnel
para baixo, aonde várias ramificações tomavam para o centro de uma lagoa.
-Olhe aquilo!
– Disse o Vereador, apontando para as paredes – A rocha é polida, tem algumas
coisas nela...
-Sim, meu
senhor... São escritos?
O Vereador
pegou um aparelho redondo que liberava um escâner de luz, acertou várias marcas
menores, até que elas falaram bem assim:
“Nós deixamos
– nosso senhor – nosso último líder – nosso salvador – nosso que dorme aqui –
manteremos ele para sempre – tapião”
-A língua
deles... Estranha, só fala relaciando tudo para “eles” – disse Dola
-Sim, ela é
uma língua sem objetos, parece que eles só ligavam para o seu povo...
Entretanto, o nome do que quer que
exista aqui é algo como “Tapião”...
Olharam os
dois para aonde se acabavam as pedras dispostas circularmente pela cratera, e
lá havia uma outra pequena gruta. Seguiram até um salão no centro, o Vereador a
frente e Polaris atrás. O pequeno lugar arredondado tinha um vulto, e do vulto
gordo saíram olhos verdes que olharam os dois...
O corpo do
Vereador voou para bater no teto do túnel, enquanto Dola era jogada para trás.
O pernudo eupalino quando caiu, ainda desorientado, mas, nem tanto, sacou sua
pistola de ácido e jogou um jato para a criatura, que diminuiu de tamanho e
fitou a dupla...
O Vereador
perguntou se Dola estava bem, e ela disse que apenas estava espirando, talvez
por conta de estar no período fértil da espécie (o órgão reprodutor da eupalina
fêmea é na boca), e não precisava que o seu senhor se preocupasse, em pouco
tempo, ela já retirou sua pistola de ácido também, assim, ambos miravam no
vulto. Perguntou o Vereador:
-O que é
você? – Ele falou para o objeto redondo, que era um transcriptador Nyxk que
usava o banco de dados do planeta biblioteca Rudedeon-3, e apontou para a
criatura. Esta, nada disse, apenas apontou um de seus olhos para eles e os dois
passaram a levitar, temendo um ataque, Polaris atirou próximo aonde a criatura
parecia brotar do chão e eles caíram:
-POR QUE
ISTO, POLARIM? – Gritou o Vereador.
-Ele ia
atacar a gente, meu senhor!
-Como
podíamos saber? Talvez ele nem saiba falar alguma coisa e...
-Ela estava
certa, pernudo... – Saiu uma voz rouca do vulto, que tomou forma, como se
levantasse por estar sentado: era de pelos castanhos tão escuros, que negros
quando não vistos contra a luz.
-Quem é você?
– Apontaram os dois para o ser suas pistolas de ácido
-Eu sou
Tapião, senhor desta terra e último Gore vivo...
-E o que
quer?
-Eu? Eu sou o
último de meu povo... Dei a eles a liberdade e eles quiseram me compensar aqui,
me deixando como uma estátua para lembrá-los de seus grandes feitos... – Tapião
olhou para os dois e eles puderam ver que ele tinha um focinho, d’onde saiu uma
pequena língua que emitia a sua voz, fixando seus olhos no Vereador, ele viu:
-Ahhhhh sim,
Vereador... Você e seu povo, Eu... Eupalinos... Vivem em um mundo infernal,
digo, para mim...
Então, ele
entrou na mente do Vereador e descobriu, enquanto ouvia a atenta Dola Polaris
tudo aquilo:
Em Eupalina, lar de ambos, estava
Mégara, um Comandante que se apoiava sobre braços maiores que o corpo disse
para o Vereador:
-Você levará ela para longe, pois, ela
logo terá o ovo que é seu e logo este deverá tomar o seu lugar como Vereador,
como é a Lei... Quando isto o fizer, você não poderá concorrer a vaga de se
tornar um Comandante, como eu sou, meu camarada... Largue esta miserável em
algum lugar da Galáxia, chame os Nyxk e viaje até lá, como é o nosso acordo
como eles e deixe ela lá... Mas, cuidado, escolha um lugar... Um lugar aonde
ela não atrapalhe...
-Mas, mas ela terá um ovo meu... –
Disse o Vereador
-E você teve sempre as melhores notas
nos nossos testes, será um ótimo Comandante... Agora, você prefere ser bom para
todos e com sua meta, ou com algo que você nem conheceu? Sabe que matar a fêmea
não é uma opção! Os detetives descobririam o corpo! (o aborto, na espécie do Eupalinos,
não era possível sem o risco de vida da mãe)
-... – Sobre o silêncio do Vereador, sobreveio uma imagem a
mente de Tapião, e ele disse:
-Então, o
Comandante Mégara apertou um botão da nave que trouxe vocês dois para o
cruzador que os traria para cá... Interessante...
Com lágrimas
no rosto, que eram brancas, por serem de amônia, Dola olhou para o alto e
pernudo Vereador. Não dizia nenhuma palavra.
-Polarim...
Isto é mentira... Minha pequena Pola...
FISSSHHH
Disparou a
pistola de ácido dela no peito do eupalino, enquanto este caia no chão do salão
e morria, com o ferimento infeccionando devido a umidade da atmosfera.
-E agora... E
agora... Pequena Dola Polaris? – Perguntou Tapião
-Você... –
disse ela, limpando as lágrimas – você não sabe?
A criatura sorriu
e dobrou seu corpo como um gigantesco fluído escuro, que entrou no ferimento do
Vereador, até fazer sua pele tornar-se viva novamente, o corpo levantou-se e
perguntou, ainda com voz rouca:
-Em meu
mundo, há a figura do casamento... Gostaria de se casar comigo, Dola Polaris?
-E... E o que
você me oferece?
-Toda a
Eupalina para nós, como os Comandantes Supremos e seus filhos saidos deste ovo
que gesta, vivos, assim como você...
-... – Dola sorriu,
abaixou a pistola e comentou – Você também olhou para mim, não? Viu sobre...
Mégara?
-Sim. –
Tapião vira, Mégara enganar o morto Vereador e beijar em cantos dos castelos, a
boca de Dola, porém, além de beijá-la, também a acorrentava por dias e batia,
ela fora a sua maior criação para derrotar o seu maior rival – Quando encontrarmos
com este Mégara, será preso por tentar nos matar, nos mandando para um planeta
habitado por um monstro antigo que dizimou toda a sua sociedade...
Nisto, os dois
estavam já embarcados na nave triangular, voltando para o cruzador, para irem
para casa. Mas, a dúvida daquilo que ouvira surgiu na cabeça de Polaris:
-Como assim,
um monstro antigo? Como vamos provar isto?
-Sabe, minha
cara Dola – sorriu Tapião, na pele do Vereador – quando a minha espécie morria,
ela se decompõe em água
A moça,
lentamente, chegou a mão até o cinto, porém, seu coldre estava vazio e no cinto
de Tapião, havia duas pistolas, agora, apenas ele tinha as armas.
E, no vazio
da saída da atmosfera, os dois se entreolharam, seguindo seu rumo.
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quarta-feira, 31 de julho de 2013
Ultraviolência
Quando o Mundo estiver à beira do Caos
E a Representação se demonstrar falha, pois, varia conforme a
Ignorância
Quando nenhum homem for inventado como Salvador de uma Pátria
Ou, as ideias serem muito distantes para serem cultivadas na mente dos
comuns
Quando os comuns não se sentirem
mais aqui ou ali e não tiverem mais auto-saber
No dia em que o filhote for pela mãe devorado
Quando cão morder o dono por sua virtude
Nós, nós passaremos a existir
E nós, nós passamos a existir
Pois, o único caminho, quando a Palavra não mais representar mero gurnido
O Caminho é a ULTRAVIOLÊNCIA
(Livro Uno do Kanti
Ibizio)
Foram ditas as palavras de início da Conferência, e nós
vimos aquelas três criaturas em capuzes negros entrarem na cerimônia, não
expressavam nenhuma reação, mesmo com fêmeas e machos a tirar as partes púdicas
das roupas, para querer deitar-se com um deles, em histeria de furor dos
jovens. Sim, assim são os Jovens, hormonais.
O orador mostrou respeitos para os três, indo sentar-se
atrás deles, que ficaram em pé, em silêncio. Começaram as chatas apresentações
de textos e teatros daquele Colégio, no Centro de Fass, a maior metrópole de
nosso planeta.
Em um dado momento, quando uma fêmea dançava com uma série
de potes de barro cozido, o Kanti Jabizio se mexeu em sua capa e um silêncio
sepulcral se fez... Ele tirou um braço para fora e lá estava a sua Pistola
Atomizadora. Todos se ajoelharam, prestando respeito:
-Menos um! Fila 45, linha 20! – Gritou o Kanti com elmo de pássaro,
Amo
O rapaz se levantou, em sua camiseta, estava a figura da
rebeldia:
Então, o Kanti Jabizio disparou a Pistola e um
feixe estourou em luz azulada, o rapaz gritou:
-Não, não Greta!!
A Jovem caiu, virando poeira, lentamente... Eu... Eu amei
Greta uma vez... Segurei as lágrimas, prostrei-me com o rosto no chão, só que
levantei um pouco o olhar e vi, olhando para minha face, o Kanti Fano. Eu me
assustei, e me abaixei novamente, ouvi o segundo tiro e luz foi percebida por
mim, de canto de olho.
...
Na sala do Diretor, eu estava insólito, com a morte de
Greta... Ela escolheu o Amor ao invés da Ultraviolência... Não deveria ter
feito isto e...
Abriu a porta e o Kanti Fano entrou, o Diretor saiu, em
silêncio, como eu nunca tinha visto. Fiz reverência e me sentei de costas para
ele, entretanto, ele mandou que se vira-se para mim e me perguntou:
-Rapaz... Quem sou eu?
-Você é o Kanti Fano, o mais velho dos Três Santificados...
Representa o Estado dos Cães, a servidão para a Ultraviolência é sua Segurança,
você deve recitar os poemas antigos e guardar as versões do Livro Uno e...
-Certo, agora, quem é você?
-... – Não entendi a pergunta, mas, de repente, senti como
se algo me olhasse por de trás do elmo de Fano... Algo “maior”
-Eu posso ver a mente, rapaz... Todo o nosso povo podia
antes, no Caos, antes de nós entrarmos e salvarmos nossa existência... Sabe
disto, não?
-Sim... Sei...
-Você, garoto, você quando viu aquela infeliz apaixonada
morrer... Sabe o que aconteceu?
-Eu... Eu... – Com vergonha, confessei – CHOREI! – Gritei e
abracei a capa negra
-Não me importo, menino... Eu sou uma Ultraviolência,
emoções são meu alimento, não as tenho...
-O que... Que é então? – Eu era jovem e apenas chorava...
-Quando a moça morreu, você transmitiu o seu amor para a
existência dela, eu senti isto, é algo normal, porém, você conseguiu enviar esta
carga emocional para outro lugar...
-O que?
-Você criou, meu rapaz... Você criou ela em algum outro
lugar...
O choque foi enorme e, quando vi, adormeci.
VINTE ANOS DEPOIS
Minhas pernas não existiam... Eu estava preso em um par
biônico que funcionava a Urânio, como toda a nossa Sociedade Atômica, era moda
usar jaquetas com neon e eu usava logo um sobretudo, para disfarçar o que havia
acontecido comigo; também meus olho esquerdo era um globo vidro, uma câmera,
além das minhas palmas das mãos, serem apenas sintéticas. Tudo devo ao meu
protetor: Kanti Fano.
Vinte anos atrás, me levou e me estudou, em todas as partes
e sensações, peles e ossos. Algumas partes se perderam... Mas, eu estava feliz,
eu sempre fui um dedicado Agente da Causa da Ultraviolência. Pena que meu mestre, Kanti Fano, fora
substituído, pois, teve de ser internado em um Manicômio, pois, talvez ele
tivesse chegado a um nível irracional do que que fazia.
Porém, eu estranhamente não pude ir para o enterro do grande
Kanti Jabizio, que morrera dias antes, promovido por Alizio, seu substituto. dizem
que de velho, digo... Claro que foi de velho. Estava em Uberlim, cidade do País
dos Pássaros, em missão pelo Ultraviolência de lá, Kanti Amo.
A Cidade era estranha, de forma de fôrma quadrada, de cima
parecia uma tábua de hexágonos, W. Cristalerio, um prefeito de lá, tinha feito
uma série de reformas que destruíram a velha e eclética cidade, organizando-a
racionalmente, como tudo deve ser. Entretanto, puteiros, ou como chamam quem os
frequentam, “baladas”, estavam por toda a parte naquele pequeno núcleo central,
aonde se mantiveram algumas construções antigas.
Recebi um comunicado do satélite atmosférico: “Alvo a vinte
metros, emana vermelho”
Cheguei perto e vi, com corpo esbelto e jaqueta neon, uma
fêmea. Abordei e disse:
-Têm cigarrilhas?
-Eu? Eu tenho... Mas, você é estranho...
Ela me deu, eu coloquei na boca e ela acendeu:
-Estranho, parece que eu te conheço... Como se chama?
-Eu? Iano, e tu?
-Greta, Greta Esgrima e...
Dei um golpe com a mão aberta nela, de Uki-doki [um tipo de
luta como karatê], caída, esperei com ela num canto, fingindo fazer coisas com
ela, relações carnais.
Logo, o apoio chegou e levamos ela para um prédio de
delegacia, que para nós significa aonde ficam nossas Câmaras de Gás, Cadeiras
Elétricas e Incineradores. Lá, deixaram os outros Agentes a tal da Greta nua,
pendurada em um gancho fincado nas mãos, estranho, parecia que eu sentia algo
por aquela coisa... Ela tinha duas Pistolas tatuadas na escápula, algo incomum
era... Não pelas tatuagens, mas, pelo fato de que eram Pistolas Atômicas...
Chegou em uma cadeira de rodas, o velho Kanti Amo, e com
reverência, os Agentes levaram ele para a frente da tal de Greta. Os Agentes
quiseram violentá-la, preferi que não, pois, já vi como ficam as fêmeas ou
machos todos sujos, isto poderia ser feito, mas, só depois dela ser vista pelo
Kanti. De frente para ela, Amo disse:
-Então, você é o Ponto Fixo, o Problema de que tanto Jabizio
se queixou... Agora, prostituta – e o Kanti do Pássaro cerrou os dentes,
babando – você será morta!
Fiquei por um momento esperando que alguém viesse com uma
arma ou algo assim, quando vi que o próprio Kanti tirou sua Pistola Atômica do
blusão que estava. Com as mãos tremulas, mirou na moça, eu ajudei ele a segurar
a arma:
-TZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZIM
O primeiro tiro, apenas fez o corpo pálido dela brilhar... A
pistola falhou, FALHOU!
Mais um e mais outro, nada aconteceu... Era impossível
qualquer coisa sobreviver aquela arma, era a coisa mais poderosa no mundo
(permita, pois, as bombas atômicas eram controladas pela Ultraviolência).
A garota abriu os olhos, eles estavam mais verdes do que
nunca, ela disse:
-A primeira era a Lesma, agora, é o Pássaro que deve
MORRER!! – E ela arrancou a mão do gancho, ficando com os buraquinhos nas
palmas. A luz apagou, o que é impossível, pois, nossas Usinas de Energia do
Urânio são interruptas... Ao menos, eram...
O Impossível aconteceu. Acontecia naquele dia.
O Kanti gritou pelos outros Agentes da Causa, ninguém veio,
a luz piscava e eu e ele nos vimos cercados por astronautas de roupas laranjas,
Greta, no centro, olhava furiosa para o meu mestre... Me foquei em não demonstrar
medo, meus olhos estavam desacostumados com a falta de luz, ao escuro, não
podia mostrar a arma que tinha no bolso do meu terno.
-AMO, SUA SENTENÇA CARREGADA DE SEUS ANTEPASSADOS ESTÁ PARA
SER CUMPRIDA!!! - Gritaram em coro, os
astronautas, Greta, junto, percebi um Elo Psíquico entre eles.
-Quem está aí???! Quem são vós?!!!
-NÓS, NÓS SOMOS OS COLONOS NYXK, ANTIGOS DONOS DESTE MUNDO
CORROMPIDO!
-Quem??? Vocês são Agentes do Caos??? Nós, a Ultraviolência
salvamo...
Um feixe de luz acertou a cabeça do Kanti... Eu vi a cabeça
desmanchar em fluídos, por dentro do elmo de Pássaro. Por uma vez mais em minha
vida, chorei uma lágrima:
-Então, agora sou eu?
Um dos astronautas abriu seu elmo e eu me vi, gritando a
seguir:
-FANO! MESTRE FANO?
Ele me abraçou e disse:
-Obrigado, obrigado, meu pequeno experimento! Graças a
você... Nós salvamos, salvamos a Ultraviolência!
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domingo, 21 de julho de 2013
A Arma com Moto Continum
Havia visto as pequenas pontes de açúcar e as pequenas laranjas que formam o universo. Viajando por entre as máximas ondas de luz e energia, não havia limites em que os braços daquela galáxia não se desbotassem em servir ou mesmo ouvir o Pensamento Nyxk.
Ouvir um Pensamento, pois, os Impérios passam, os reis e prefeitos morrem, porém, nada é tão forte quanto um pequeno pensamento, um leve sussurro. Tão leve, tão pequeno e simples para ser levado de boca em boca que, cada um que o escuta e o fala repetidamente, traz consigo e para si o fato de levá-lo para outros, família, Estado, Nação, Igreja, Classe, tudo, como um pequeno sussurro.
Nós, os Serafins, como somos chamados, ou Nyxk, como nós nos chamamos, decidimos nosso nome por causa de quatro seres que de nossa "raça" que foram importantes:
O para Nibodor, o Pioneiro, damos a letra N. Ele derrotou todos na Guerra Civil do nosso planeta original, tornou-se um ditador até sua morte, mostrou as Ferramentas de União dos Estados, pela força. A Segunda letra, Y, é de Ydrian, a Mil-Sóis, uma fêmea que liberou o caos e conquista por mil sistemas solares, os seus "mil-sóis" também eram as primeiras armaduras de guerra, quando nossas naves passaram a conservar mais que destruir. Só que, precisávamos de tempo para governar este vasto Império, e quando Ydrian morre na guerra contra Alípio, o Monstro da Boca Infinita, o andrógeno Xobo, toma o título de o Gestor, derrotando o inimigo e ficando por dez mil anos no poder, quando se criam planetas inteiros destinados para criar uma Polícia para o Império.
Ouvir um Pensamento, pois, os Impérios passam, os reis e prefeitos morrem, porém, nada é tão forte quanto um pequeno pensamento, um leve sussurro. Tão leve, tão pequeno e simples para ser levado de boca em boca que, cada um que o escuta e o fala repetidamente, traz consigo e para si o fato de levá-lo para outros, família, Estado, Nação, Igreja, Classe, tudo, como um pequeno sussurro.
Nós, os Serafins, como somos chamados, ou Nyxk, como nós nos chamamos, decidimos nosso nome por causa de quatro seres que de nossa "raça" que foram importantes:
O para Nibodor, o Pioneiro, damos a letra N. Ele derrotou todos na Guerra Civil do nosso planeta original, tornou-se um ditador até sua morte, mostrou as Ferramentas de União dos Estados, pela força. A Segunda letra, Y, é de Ydrian, a Mil-Sóis, uma fêmea que liberou o caos e conquista por mil sistemas solares, os seus "mil-sóis" também eram as primeiras armaduras de guerra, quando nossas naves passaram a conservar mais que destruir. Só que, precisávamos de tempo para governar este vasto Império, e quando Ydrian morre na guerra contra Alípio, o Monstro da Boca Infinita, o andrógeno Xobo, toma o título de o Gestor, derrotando o inimigo e ficando por dez mil anos no poder, quando se criam planetas inteiros destinados para criar uma Polícia para o Império.
N, Y e X, eram macho, fêmea e andrógeno, os três gêneros da raça Nyxk, os dois gametas e aquele que pari as crias. Para acabar com a última fronteira, a do gênero, surge Kaiel, o K. Ele era um General do Império que aposta seus recursos e tropas para desenvolver uma Armadura ao qual chamariam outros povos de uma palavra semelhante ao que nós chamamos no nosso mundo de "Serafins". Uma pele de guerra, uma pele de conservação e a pele daquele que usa a armadura. Kaiel se proclama Imperador e cria a Supremacia da Armadura Serafim, quando todos os do Império são colocados em uma.
Kaiel dá a distinção daqueles que Invadem e os que vivem no Império, para os que voam por aí, dão o nome com fim "el", os outros têm nomes comuns. Mas, a Guerra não foi o mais importante dele, pois, Kaiel realiza a descoberta do Pensamento: "conserve apenas o diferente, não deixe nada igual, para manter o diferente, tenha apenas o Pensamento e não mais o Império"
Os Generais, agora livres das ordens de um imperador, tomam ele em prisão. Agora, os Serafins dominam a tecnologia das Dimensões, possuindo ampla energia e transporte, podendo assim, não ter mais um governo central, mas, unido por algo mais forte: o Pensamento Nyxk.
Kaiel, preso em um vácuo dimensional secreto, nunca mais é visto, os Generais, cada um toma parte de um lado, até que, 100 mil anos antes de agora em que lhes falo, há uma Guerra Civil: ela não para, há aqueles que tomam partes de si, não havendo comunicação e várias facções se dividem, entretanto, diferente de outros, o Pensamento não se desagrega, apenas, é dividido em vários olhares.
É neste contexto que nasço, como um militar completo, pois, fui muito cedo levado com outros de meu planeta dentro da Galáxia Nyxk, fui levado para o Centro do Pensamento, o Sistema Original. Vi o Planeta Original, ou, um dos muitos que dizem ser ele: passados cem mil anos, é estranha aquela atmosfera, toda em gases de carbono, tudo é escuro e morno, existem os Nuuog [buldogues com couraça de lava], que comem e são comidos por Folicós [cogumelos-árvores], e no céu voam dragonóides, os Syncós [lacraias dragões com asas], eles são os líderes daquele mundo, nós, os Nyxk, deixamos eles lá, habitando timidamente apenas uma colônia; estas criaturas são os mais temidos animais, pois, são do nosso planeta natal, vivem muito, como nós, porém, têm língua própria, Governo da Força, da Cadeia Alimentar, são misteriosas figuras de nosso passado, como crianças que brincam em escombros, também vivem daquilo que já fomos um dia, talvez aí, na Terra, haja a mesma sensação, mas, acho difícil, afinal, vocês são jovens demais.
Lá, na Origem, como outros que comigo vieram, encontrei um Mestre, Colobos, que me levou ao pantanoso continente de Fauno. Aonde ele luta contra gorilas brancos do Norte, lá, ele que é um enorme verme com cara de pombo me diz:
-Em nosso mundo, nós não temos tantas armas e armaduras como vocês, porém, vivemos em paz, pois, nós vemos o que há no Tempo, nós vemos a Realidade!
E aquele povo, que chamei de Colobos, eles vêm cada possibilidade da realidade, como se fosse um enorme emaranhando de flocos de neve, só que, eles podem ver cada um dos perfeitos desenhos lá de dentro, emaranhados de possibilidades, ao qual nós só temos noção de uma ou outra, eles, vêm quantas. Eu, como aqueles outros, era um Ponto Fixo, ou seja, tenho em algum momento de minha vida uma enorme convergência, não sei qual é, não sei quando, apenas sei que tenho. "-Só não confunda Lógica e Matemática com Destino", me disse Colobos uma vez.
Então, vivi mil anos em treinamento para ser guerreiro, me formei militar e ganhei uma armadura. Quando vi, estava dentro do enorme sistema que é um Pensamento Galático, me senti vazio, porém, a esperança de me encontrar naquele emaranhando de planetas e estações espaciais me dava algo. Aos dois mil anos, perdi a Esperança e converti ela em Rotina, forjei minha luta e decidi entrar para a Tropa de Conquista, que estava por agora a avançar para outra Galáxia.
Fui impedido, com uma mensagem telepática no meu capacete.
Colobos me disse sobre ser um Ponto Fixo e não confundir com Destino, porém, não sei até que ponto eu acreditei nisto, ou, as instituições de nosso Pensamento assim acreditaram: fui armado com um Canhão de Moto Continum, uma arma que mata Serafins, logo, me colocaram um Dispositivo de Destruição Psônica no capacete, que pode destruir planetas inteiros com vida organizada em nervos (pulso elétrico), me lançaram sobre uma atmosfera esverdeada, que eu jurava conhecer, meu corpo reconhecia aquilo, eu sabia aonde poderia estar.
Então, veio o fogo, e eu fiz criaturas chorarem, só que, meu corpo simplesmente agia. Eu estava a serviço de manter a Diferença do Pensamento, pois, aqueles ali eram povos que conseguiram chegar próximos de tecnologias que seriam maravilhosas, porém, não para nós, os Nyxk.
Quando, eu e mais quatro, terminamos, todo aquele planeta estava em ruínas, seus mares de água perderam metade do volume, chovia ácido, o metal das cidades estava incandescente, aqueles que estavam vivos, tinham perdido toda a informação sobre sua sociedade, ou eram novos e iriam morrer logo. Plantamos sementes de Capabus (rinocerontes carnívoros), que atacariam e formariam manadas destrutivas daquela terra, depois, colocaríamos algo em cima, alguns colonos.
Estava andando por uma ruína, plantando sementes da destruição, quando peguei em uma pequenina placa de plástico, observei bem, li apenas: Dia Internacional da Terra de Ganz. G, A, N, Z, lidas em silêncio, lidas em sussurro, que fez meu corpo parar de agir sozinho:
Olhei para as ruínas:
-Eu... Nasci aqui...
Havia, assim, acabado com a última parte do velho eu, afundei em mim mesmo, num mar que não era de água nem piche, mas, um misto dos dois.
Quando matei a mim mesmo, me libertei das memórias do passado, porém, elas se juntaram em uma única agulha e, agora, depois de dois mil anos, elas voltam como se fossem um pequeno e mortal ponto no meu peito-respirador [serafins não têm coração, cada parte do seu corpo tem uma "bomba"].
Todo o Pensamento, toda a questão de ser diferente é normal... Porém, e agora, quando eu acabei com a minha diferença? O que fazer?
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The Dark and Endless Dalek Night
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