Poente.
Odeio... Estar assim
Morto de esperar
Esperanças afogadas
Nas lágrimas que já estão secas
Como um riacho que não mais
Desemboca num mar
Não mais quero morrer apenas,
Quero virar solo, ser útil
Porém, silencioso
Porque o som do meu peito
Dói numa desarmonia de minha alma
Irrefletido num espírito
Que se perde
Entre os dentes
Vociferando palavras erradas
De um cara errado
Deprimido, entre o sol
Poente
---
O fantasma atormentava seu coração
Mas, eterno é o presente
Que se lembra da solidão
Dos passos cansados,
Ar parado no peito
Quando, insuspeito
Abriu-se às vestes
De um abraço solar
Abraço amigo
Fazia tocar, o coração fantasma
Desperto estava
Naquele presente
---
Há um silêncio pela casa
Ronda a madrugada
Firma na noite
Não é alvorada, nem tu
Oh face iluminada
Deixa de ser contada
Há um silêncio da penumbra
Mesmo com a lâmpada ligada
Tudo permanece ali
Eu, ali, preso
No eterno presente
Na função arbitrária
Julgamos um passado que esquecemos
Esperamos futuros possíveis
Mas, estarei eu sendo juiz implacável
Sem direito à me deixar em paz?
Mas, estarei eu sendo possível
De sustentar pernas, sonhos e bocas
Quando às tempestades passar?
O presente, lhe sou preso
O presente, lhe sou grato
"Sê tudo naquele que crê"
Que pra Ele se deixe o julgo,
Mas, dá força
Pra segurar minha espada
De ferir a mim mesmo
Que eu esteja presente no que sou,
No erro
No acerto
Posso estar presente, pra mim mesmo?
Peço, rogo
Naquela morada há silêncio
Naquele lar, o meu coração
Ouço a harmonia da canção muda
O eterno presente é caminho
Não apenas, um simples fractal
Pois, sou passarinho
Pois, voo na noite
Daquele silêncio, um mundo um cantinho
Naquele aquietamento
Não sou o universo
Escuto o verso
O presente da alma
Escuta, amigo
Escuta o silêncio
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domingo, 28 de abril de 2019
domingo, 31 de março de 2019
Céu azul, quatro amigos, voz de Deus
Sofrer no eu de andar por aí
sobre a sua sombra
esconder-se
mas, falta o meu abraço
que ocupa meu próprio peito
segura m'alma dentro
não me deixar pra que eu voe
não me deixar
que voe
até você
---
Eu falei com Deus e Dele apenas ouvi o silêncio, apenas ouvi a minha própria voz. Pensei ser Ele, pensei que estávamos todos destinados a sê-Lo. Deus, então me derrubou, pois minha fraqueza se revelou, pois sou humano, limitado e frágil, um castelo de muralhas abertas ao mundo, não mais precisa de guarda que não seja o teu próprio coração. Eu falei com Deus e esperei ouvir a Sua voz, então, compreendi, eu o ouvi pelas coisas. E não precisei mais ter esperança, nem tanta fé, tive certeza.
---
São nas palavras dos gestos e atos, que se escondeu o mister dos novos caminhos
---
Quatro pontos cardeais
caminham pela rua
calam estrelas pela estrada
daquela via suja
quatro pequenos caminhantes
entre espíritos dançantes
de um qualquer largo
passaram pela vida
afilharam os passos
nos muros em murros
de qualquer Centro perdido
duma capital do sul
quatro cavaleiros
cadentes de assuntos mil
fazem do coração amigo
via da amizade
n'eu céu anil
---
Olhei no céu azul
De um sábado em que eu
Estava um qualquer
Em algum momento, entre
Uma crise de choro ou um grito de fúria
Era o mesmo céu
O mesmo pra você
Meu leitor
Que voa como pássaro
Está aí, eu aqui
Nesta toca, caverna de Platão
Aqui, eu raposa
Aí, você passarinho, sabiazinho
No aguardo por alçar vôo
Canta melodia secreta
Que anoto no sigilo de meu pensamento
E escrevo na discrição das palavras
Jamais as letras do céu ocuparão
Tudo que contém o voar de um passarinho
Toda a cor azul que daqui
De minha toca raposa, enxergo
Não em letras de pergaminho
Mas, azul de uma canção
Que se fez poema
Entre nós dois, nós todos nós
Que lemos de verdade
Lemos com a vida
Pois, a permanência, o mesmo céu
Ocupa e cai sobre nossas cabeças
Séculos dos séculos
Contados em quilômetros, de linhas
Descritas
Porém, impossíveis de serem lidas
São aquelas que tocam pelo coração
Quando escuto meu passarinho
Neste céu azul de um sábado
De um escritor qualquer
Este mesmo céu
Que cai descrito, sobre nós
Pare, respire
Toma fôlego e voa
Que onde estamos sempre será pedacinho
Do infinito céu, que nos abarca
Nos permitindo voar
Passarinhos.
---
Num fio, que tu nunca se encontra
Apenas tromba com outros
Olhares
Que não serão nunca pra você
Mas, sempre de um outro qualquer
E você, está ali, andando
Por aí
Fantasma em seus próprios passos
Um ser neutral que usa suas próprias botas
Respira um ar que pesa
Que parece levar aos pulmões de um condenado
"Há estar aí"
Já não mais estava, anda
Trilha, nunca se encontra
Apenas uma fila de vários outros
Por aí
Por lá
Em alguma cidadezinha fria, contida numa metrópole
Um jovem ou uma jovem
Trombou em mim
Não soube jamais seu nome
Porém, soube que era eu
Num fio, que não mais se tece
Achei meu duplo
Um reflexo do espelho
Derretido entre o olhar do outro
Que escorre entre minhas tripas
O olhar que era meu, o refletido
Reflexivo
Trombe-lhe, e, quando vi
Havia sumido
Pois, não há nada meu ali
Que um sonho, devaneio
De uma juventude gótica
De uma cidadezinha ao sul do mundo
Passada num fio da Moira
Passei
Trombei
E você nem me viu?
sobre a sua sombra
esconder-se
mas, falta o meu abraço
que ocupa meu próprio peito
segura m'alma dentro
não me deixar pra que eu voe
não me deixar
que voe
até você
---
Eu falei com Deus e Dele apenas ouvi o silêncio, apenas ouvi a minha própria voz. Pensei ser Ele, pensei que estávamos todos destinados a sê-Lo. Deus, então me derrubou, pois minha fraqueza se revelou, pois sou humano, limitado e frágil, um castelo de muralhas abertas ao mundo, não mais precisa de guarda que não seja o teu próprio coração. Eu falei com Deus e esperei ouvir a Sua voz, então, compreendi, eu o ouvi pelas coisas. E não precisei mais ter esperança, nem tanta fé, tive certeza.
---
São nas palavras dos gestos e atos, que se escondeu o mister dos novos caminhos
---
Quatro pontos cardeais
caminham pela rua
calam estrelas pela estrada
daquela via suja
quatro pequenos caminhantes
entre espíritos dançantes
de um qualquer largo
passaram pela vida
afilharam os passos
nos muros em murros
de qualquer Centro perdido
duma capital do sul
quatro cavaleiros
cadentes de assuntos mil
fazem do coração amigo
via da amizade
n'eu céu anil
---
Olhei no céu azul
De um sábado em que eu
Estava um qualquer
Em algum momento, entre
Uma crise de choro ou um grito de fúria
Era o mesmo céu
O mesmo pra você
Meu leitor
Que voa como pássaro
Está aí, eu aqui
Nesta toca, caverna de Platão
Aqui, eu raposa
Aí, você passarinho, sabiazinho
No aguardo por alçar vôo
Canta melodia secreta
Que anoto no sigilo de meu pensamento
E escrevo na discrição das palavras
Jamais as letras do céu ocuparão
Tudo que contém o voar de um passarinho
Toda a cor azul que daqui
De minha toca raposa, enxergo
Não em letras de pergaminho
Mas, azul de uma canção
Que se fez poema
Entre nós dois, nós todos nós
Que lemos de verdade
Lemos com a vida
Pois, a permanência, o mesmo céu
Ocupa e cai sobre nossas cabeças
Séculos dos séculos
Contados em quilômetros, de linhas
Descritas
Porém, impossíveis de serem lidas
São aquelas que tocam pelo coração
Quando escuto meu passarinho
Neste céu azul de um sábado
De um escritor qualquer
Este mesmo céu
Que cai descrito, sobre nós
Pare, respire
Toma fôlego e voa
Que onde estamos sempre será pedacinho
Do infinito céu, que nos abarca
Nos permitindo voar
Passarinhos.
---
Num fio, que tu nunca se encontra
Apenas tromba com outros
Olhares
Que não serão nunca pra você
Mas, sempre de um outro qualquer
E você, está ali, andando
Por aí
Fantasma em seus próprios passos
Um ser neutral que usa suas próprias botas
Respira um ar que pesa
Que parece levar aos pulmões de um condenado
"Há estar aí"
Já não mais estava, anda
Trilha, nunca se encontra
Apenas uma fila de vários outros
Por aí
Por lá
Em alguma cidadezinha fria, contida numa metrópole
Um jovem ou uma jovem
Trombou em mim
Não soube jamais seu nome
Porém, soube que era eu
Num fio, que não mais se tece
Achei meu duplo
Um reflexo do espelho
Derretido entre o olhar do outro
Que escorre entre minhas tripas
O olhar que era meu, o refletido
Reflexivo
Trombe-lhe, e, quando vi
Havia sumido
Pois, não há nada meu ali
Que um sonho, devaneio
De uma juventude gótica
De uma cidadezinha ao sul do mundo
Passada num fio da Moira
Passei
Trombei
E você nem me viu?
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sabiá,
Sto. Tomás de Aquino,
você
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Se chorar e Escrever atormenta
Se chorar, canta um tiquinho
Se sorrir, guarda no espacinho
Em que brilhe seu coração
Uma lembrança boa
Uma nota bela
Anda, aguenta firme
Existe sol na janela
A esperar que te conquiste
Um pouco de sossego nesta vida
Um pouco,claro, de momento triste
Uma paz com você
Que insiste
Em ver eu
Como eu
Não sei ver
Anda, aguenta
Que o coração não arrebenta
Se durar mais um dia
Se mantém a sonhar
A fazer
À tentar
Canta a música da sua alma
Pela janela, o universo
Sorri meu abraço
Seja dos diabos
Seja a firmeza divina que me sustenta
Sejam estas palavras entrecruzadas
Escrevo mal, pois não quero ser lido
Tenho medo da descoberta deste produto
Deste pó, deste egoísmo que é meu estilo
Meu pedestal de artista é mínimo
Poucos amigos, poucos sorrisos desperto
Nada tendo para criar, repito
Repito o que encontro no meu peito
É lá que acho minhas palavras
E em alguns poucos livros
E em muitas conversas
E em caros amigos
Não espero mais nada desta vida escrita
Não escrevo nada que não circule
Entre a amargura
Ela entra, se instala e me diz sempre:
-Você fracassou, garoto... Olha os outros
Olho, vejo sorrisos, vejo a vida
Mas, não há, duvido, não a vejo em mim
Escrevo palavras mortas, não para gente só viva
Mas, para quem está um pouco morto
Tento aluminar uma laterna, acender um cigarro, lhe dar um café
E cortando as linhas como estrofes, busco lhes dar um fundo, mínimo, é verdade
De que é possível, mesmo para um inútil como eu
Dar esperança:
Voem, cresçam
Esta é a palavra dos mortos, daqueles
Que fundam e firmam a terra sob seus pés
Vá, escreva
Vá, voe
São as linhas de um moço que no fracasso, ainda escuta o som do infinito.
Se sorrir, guarda no espacinho
Em que brilhe seu coração
Uma lembrança boa
Uma nota bela
Anda, aguenta firme
Existe sol na janela
A esperar que te conquiste
Um pouco de sossego nesta vida
Um pouco,claro, de momento triste
Uma paz com você
Que insiste
Em ver eu
Como eu
Não sei ver
Anda, aguenta
Que o coração não arrebenta
Se durar mais um dia
Se mantém a sonhar
A fazer
À tentar
Canta a música da sua alma
Pela janela, o universo
Sorri meu abraço
---
Escrever, uma atormentaçãoSeja dos diabos
Seja a firmeza divina que me sustenta
Sejam estas palavras entrecruzadas
Escrevo mal, pois não quero ser lido
Tenho medo da descoberta deste produto
Deste pó, deste egoísmo que é meu estilo
Meu pedestal de artista é mínimo
Poucos amigos, poucos sorrisos desperto
Nada tendo para criar, repito
Repito o que encontro no meu peito
É lá que acho minhas palavras
E em alguns poucos livros
E em muitas conversas
E em caros amigos
Não espero mais nada desta vida escrita
Não escrevo nada que não circule
Entre a amargura
Ela entra, se instala e me diz sempre:
-Você fracassou, garoto... Olha os outros
Olho, vejo sorrisos, vejo a vida
Mas, não há, duvido, não a vejo em mim
Escrevo palavras mortas, não para gente só viva
Mas, para quem está um pouco morto
Tento aluminar uma laterna, acender um cigarro, lhe dar um café
E cortando as linhas como estrofes, busco lhes dar um fundo, mínimo, é verdade
De que é possível, mesmo para um inútil como eu
Dar esperança:
Voem, cresçam
Esta é a palavra dos mortos, daqueles
Que fundam e firmam a terra sob seus pés
Vá, escreva
Vá, voe
São as linhas de um moço que no fracasso, ainda escuta o som do infinito.
---
-Deita teu ouvido no chão, pequenino, ascuta... A voz daqueles que firmam teus pés, aqueles por quem trilha seus passos. Honra os mortos com as linhas que escreve, bastião, na tua estrofe no livro da vida (Eduardo Ricieri, Os 9 Castelos, 2025)
---
Os contos de Dalton e os haikai de Leminski combinam com nosso calar de poucas palavras curitibanas. São parte de nossa paisagem Geográfica Literária...
domingo, 25 de novembro de 2018
Domingo Lobo James e Pânico
Jaime, o lobo
Perdeu seus dois olhos
Em batalhas antigas
Traído pelo seu próprio reflexo
Entorpecido pela bebida de sonhos loucos
Voando como borboletas
O guerreiro sem espada
A tempestade sem vento
Perdeu-se no deserto
Algum tesouro para lá estava
Observou o abismo, que permanece lá
Nele
Olhando-o todo o dia
Fazendo-lhe noite
O lobo caminha pela estepe, fria em seus pelos
Caminha entre as rochas
De uma esquecida cidade, Afrodite era seu nome
Já jaz ela morta, entre escombros
De último beijo perdido de Jaime
E lá, no poço daquele mundo esquecido de si
No fundo daquele poço
Cravada um sabre estava
No próprio coração do mundo
Ao qual já não via amor
Mas, via amigos
E pouco a pouco
Alguém podia lhe dar a mão, um abraço
Ou um simples obrigado
E isto, isto para Jaime
Sacrificava o mundo, iluminava tudo
Com alguma caridade aquecida
Jaime, o lobo
Ainda sem vistas
Podia enxergar de novo
Agradecer o poder do ensino
Sobre seus ossos esmigalhados de gelo
Lástima e saudade
Sobre um resto de fraqueza magra e pálida
Um pouco de nobreza nos olhos
Jaime, o lobo
Ainda vivia
Para ensinar os outros o caminho.
Nem do meu
O assassino em cada esquina
Olhar de médio aberto
Nos semáforos de cada via caótica
Desta cidade que não dorme
Nem você, minha pequena
Minha pequena Lua
Brilhe para mim, com sua luz pálida ainda mais uma vez
Que abrirei meu coração para você
E gritarei para todas as estrelas terem inveja de você
Nunca mais saindo do meu peito
Este pânico
Será vencido
Eu vencerei a Lua
Eu deixarei de ser apenas aquele que chora
Que cai
Que se dobra ao destino
Calma, minha pequena
Eu poderei
Derrotar-me de minhas preocupações
Resistirei
Às sombras de cada beco, àquelas que surgem quando
Fecho os olhos abertos
Nesta caótica cidade
Não podes escapar do olhar da Lua, pequena
Então, abrace e enfrente
O Azul dos céus
Está contigo.
Perdeu seus dois olhos
Em batalhas antigas
Traído pelo seu próprio reflexo
Entorpecido pela bebida de sonhos loucos
Voando como borboletas
O guerreiro sem espada
A tempestade sem vento
Perdeu-se no deserto
Algum tesouro para lá estava
Observou o abismo, que permanece lá
Nele
Olhando-o todo o dia
Fazendo-lhe noite
O lobo caminha pela estepe, fria em seus pelos
Caminha entre as rochas
De uma esquecida cidade, Afrodite era seu nome
Já jaz ela morta, entre escombros
De último beijo perdido de Jaime
E lá, no poço daquele mundo esquecido de si
No fundo daquele poço
Cravada um sabre estava
No próprio coração do mundo
Ao qual já não via amor
Mas, via amigos
E pouco a pouco
Alguém podia lhe dar a mão, um abraço
Ou um simples obrigado
E isto, isto para Jaime
Sacrificava o mundo, iluminava tudo
Com alguma caridade aquecida
Jaime, o lobo
Ainda sem vistas
Podia enxergar de novo
Agradecer o poder do ensino
Sobre seus ossos esmigalhados de gelo
Lástima e saudade
Sobre um resto de fraqueza magra e pálida
Um pouco de nobreza nos olhos
Jaime, o lobo
Ainda vivia
Para ensinar os outros o caminho.
---
Não podes escapar do olhar da Lua, pequena, não podesNem do meu
O assassino em cada esquina
Olhar de médio aberto
Nos semáforos de cada via caótica
Desta cidade que não dorme
Nem você, minha pequena
Minha pequena Lua
Brilhe para mim, com sua luz pálida ainda mais uma vez
Que abrirei meu coração para você
E gritarei para todas as estrelas terem inveja de você
Nunca mais saindo do meu peito
Este pânico
Será vencido
Eu vencerei a Lua
Eu deixarei de ser apenas aquele que chora
Que cai
Que se dobra ao destino
Calma, minha pequena
Eu poderei
Derrotar-me de minhas preocupações
Resistirei
Às sombras de cada beco, àquelas que surgem quando
Fecho os olhos abertos
Nesta caótica cidade
Não podes escapar do olhar da Lua, pequena
Então, abrace e enfrente
O Azul dos céus
Está contigo.
---
Domingo,
Nada há
Fora, endomingado
Endomingamos, encomendas
De sono, missas e almoços da velha família
Agradeça, aos domingos
O resto de sua sanidade.
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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Fragmentos 5
O que é um amigo pra você? Uma mão caridosa? Uma espada justa que usa das palavras pra te mostrar a Verdade das coisas? O que é um verdadeiro amigo, além daquela companhia que te faz ver um pouco mais com clareza as treva do mundo, mostrando que, as vezes, é apenas uma noite esperando pelo sol nascente
A alegria maior do mundo é estar contigo, pequena
Gigante é o mundo escondido entre
Você e eu
Porém, nele cabe apenas a distância de um abraço
De um olá
De um tudo o mais que está
entre aqui e lá
Pois, se um espírito está perdido
Cabe algum guia ajudar
Pode se perder mais, podemos
Pode terminar por completo, é o que acontece com o que começa
Pode queimar o sol e apagar as estrelas? Talvez, isto a Física explica
Mas, não fique na potência do quase
Pois, do quase a vida está cheia de pequenas coisas
E desculpas, e restos de nós mesmos
Com 30 anos você olha pra trás
Com 60 você olha pra trás
Com 18 você olha pra trás
Finge olhar pra frente?
Pra que, olhe para o lado.
Faça das montanhas de pedras no caminho
Seu castelo
Se os bárbaros vierem, lute
====
Existem tesouros que não estão escondidos em ilhas, mas, no coração das pessoas. Quando encontro com eles, posso chamá-los de amigos, amores ou mesmo, de colegas de uma conversa na hora certa. Não perca a oportunidade de amá-los na medida que precisam, não deixe de cantar sons para eles ou admirar suas pinturas, pois, uma vida vendo a beleza neles já vale a pena
====
A alegria maior do mundo é estar contigo, pequena
Gigante é o mundo escondido entre
Você e eu
Porém, nele cabe apenas a distância de um abraço
De um olá
De um tudo o mais que está
entre aqui e lá
Pois, se um espírito está perdido
Cabe algum guia ajudar
Pode se perder mais, podemos
Pode terminar por completo, é o que acontece com o que começa
Pode queimar o sol e apagar as estrelas? Talvez, isto a Física explica
Mas, não fique na potência do quase
Pois, do quase a vida está cheia de pequenas coisas
E desculpas, e restos de nós mesmos
Com 30 anos você olha pra trás
Com 60 você olha pra trás
Com 18 você olha pra trás
Finge olhar pra frente?
Pra que, olhe para o lado.
Faça das montanhas de pedras no caminho
Seu castelo
Se os bárbaros vierem, lute
===
A paz está naquilo que se está fazendo
No que completa, não repleta
Nem repete
Naquilo que está, que firma meus pés no chão
E me deixa navegar pelas Universos dos outros
Marcadores:
abraço,
coisas,
companhia,
companhia das Índias Ocidentais,
fragmento,
fragmentos,
ilha,
loba,
o mar me diz,
olá,
paz,
pequena,
poemas,
tesouros,
tiê,
verdade
Um abraço
O corpo de um abraço
mal-acabado, daquilo talvez que dá sobrando
Um abraço, terminado
Parece carregar o mundo consigo
enquanto dura, carrega tudo consigo
terminou o abraço, o sentido do corpo
a lembrança daquela pessoa
indo, caminhando no horizonte
de alguma luz
"Um abraço", saudação misteriosa
Mais forte que o beijo, mais quente que apenas rosas
Mais dura que a mensagem de adeus no celular
Ou aquela palavra não dita
"Um abraço", traduzido quando bem dado
Quando mesmo que restante, acumulado
A memória das boas coisas ou momentos
Sinto sua falta
Abraço
Com todos os problemas
Abraço
Com alegrias
Abraço
Mesmo não vendo a face daqueles que os damos
Cuide bem daquilo que você dá
E pra quem você dá
Pois, cultivar uma lembrança
Carrega a vida
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Felicidade pilantra
Estar feliz é momento
É conquistar aquele sorriso
Dentro de você mesmo
Simples existir, já completo
Estar feliz é ser feliz, não há outro caminho
É estar naquela paz, mas, mesmo assim
Aventurar-se entre galáxias, mares, montanhas
Abraços, beijos e doces, ou coxinhas
É você, Proust, com aquela doce história dum infinito
Que logo acaba
Mas, é eterno enquanto dura
E vale mais no próximo e menos que o antigo
Estar feliz
Por simplesmente andar, passear e conversar
É ver a vida enquanto estamos vivos
Não há muito de filosofia dura e rígida de sistemas e estruturas
É filosofar com o que se tem e
É
Estar e ser
Feliz
Conjugado naquele mesmo momento
Em que você, torna-se um pouco de mim
Eu-no-mundo
Eu-estando
É conquistar aquele sorriso
Dentro de você mesmo
Simples existir, já completo
Estar feliz é ser feliz, não há outro caminho
É estar naquela paz, mas, mesmo assim
Aventurar-se entre galáxias, mares, montanhas
Abraços, beijos e doces, ou coxinhas
É você, Proust, com aquela doce história dum infinito
Que logo acaba
Mas, é eterno enquanto dura
E vale mais no próximo e menos que o antigo
Estar feliz
Por simplesmente andar, passear e conversar
É ver a vida enquanto estamos vivos
Não há muito de filosofia dura e rígida de sistemas e estruturas
É filosofar com o que se tem e
É
Estar e ser
Feliz
Conjugado naquele mesmo momento
Em que você, torna-se um pouco de mim
Eu-no-mundo
Eu-estando
Marcadores:
a ha,
a-ha,
abraço,
caminho,
completo,
completude,
esperança,
felicidade,
filosofar,
Filosofia,
sorriso,
take on me,
viver
domingo, 24 de setembro de 2017
Tristeza abraço
Tristeza.
Uma vez você disse pra mim
Que viria me encontrar numa tarde
Pra irmos ao Parque das Rosas Azuis
Você veio na calada da noite, eu já estava em casa
Não estava com fome
Não estava cansado
Não tinha problemas sérios na vida
Você só veio, colocou a cabeça no meu peito e disse:
Meu amor, você sempre terá alguém comigo...
Uma vez você disse pra mim
Que viria me encontrar numa tarde
Pra irmos ao Parque das Rosas Azuis
Você veio na calada da noite, eu já estava em casa
Não estava com fome
Não estava cansado
Não tinha problemas sérios na vida
Você só veio, colocou a cabeça no meu peito e disse:
Meu amor, você sempre terá alguém comigo...
Então, sempre esteve
Em algum momento, em alguma hora, desde o ônibus
Até o dia nublado, do mais belo tempo ensolarado
Nunca deixou de cumprir sua promessa
É uma pena, que você não tenha um corpo
Me casaria com você, sua fidelidade é impecável
Tristeza,
Não é o que nos joga no lago, nos afoga em nós mesmos
Ela só permanece
É o permanecer da mortalidade
É o desejo de incontáveis coisas desistidas
É uma força da natureza.
Não se escapa de ficar triste
O dia tem sempre o crepúsculo
Não cabe aqui a defesa da mortalidade,
Não termina com boa mensagem
Não existe caminho fácil
Viver é difícil
Mas, sua companhia em algumas horas é o que tenho
E precisamos, apenas precisamos
De um abraço.
E do seu cadavérico beijo, Tristeza
Me despeço, me dispo de mim mesmo
Aquilo é ainda um feche de luz, ou o fino do último raio?
Marcadores:
abraço,
depressão,
Humans Are Such Easy Prey,
lago,
lua,
new retro wave,
pertubator,
poema,
sol,
tristeza
terça-feira, 11 de junho de 2013
dois corpos - Ode ao Abraço do Momento Eterno
Dos Corpos
Dois, que se tocam
Levemente, em potência, mas, forte mente, em sentimento
Sentindo teus dedos, tocando minhas costelas
Amassando o meu medo
Daquela noite escura e fria
Dentro de cada aperto, cada tenro feito, cada fortaleza feita
Dos dedos
Dos corpos
Dos dois que se tocam,
Naquele último
Porém eterno
Eternidade não de não mais existir
O abraço
Mas, por aquele momento
Nosso momento
Ser sempre aquele mesmo
Contido, contínuo
Abraço
Dos corpos, dois corpos
Sempre, encorporados
Nosabraço
Pra você, você mesmo!
Dois, que se tocam
Levemente, em potência, mas, forte mente, em sentimento
Sentindo teus dedos, tocando minhas costelas
Amassando o meu medo
Daquela noite escura e fria
Dentro de cada aperto, cada tenro feito, cada fortaleza feita
Dos dedos
Dos corpos
Dos dois que se tocam,
Naquele último
Porém eterno
Eternidade não de não mais existir
O abraço
Mas, por aquele momento
Nosso momento
Ser sempre aquele mesmo
Contido, contínuo
Abraço
Dos corpos, dois corpos
Sempre, encorporados
Nosabraço
Pra você, você mesmo!
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ode ao abraço do momento eterno,
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