domingo, 20 de maio de 2012

Poemas musicados d'alma 2


Adianta o
Dia ser
Tão
Findo,
Lindo,
Fofo? ,
Não há
Nada lá fora
Só o
Vento frio e
Perverso.

Respondo: Se tem, e daí?!

A Redenção de Um Velho - A Saga dos Elfuns

 
 Klaln era agora cinza,o ar queimava as narinas,tudo reduzido a escombros.Um único homem andava em direção ao monte de pedras de uma varrida construção,corpos se mutiplicavam as vistas,alguns torrados,outros quebrados e alguns em pedaços,o velho cansado ajoelhou-se e começou a retirar os restos,encontrou uma criança,chorou.
 -Não!-Brandou o velho enquanto acariciava a cabeça da menininha de uns oito anos,tinha sangue atrás de seus cabelos negros como a noite.Escutou um bufar,este foi aumentando de força,um bruxo se levantou,tinha ódio.
 O chão tremeu,uma gargalhada nojenta se espalhou pelo lugar,estrondos tornavam-se mais potentes,finalmente saiu do solo um demônio,este surgiu embaixo do feiticeiro,deu-lhe um soco e,enquanto o velho voava no ar,agarrou-lhe o pescoço,terminado esse ataque,estava Kjards,rei dos cdevos,a segurar Locke Booke,”o mago maldito”,perto do centro da cidade.
 -Pensou ter me matado?!-Disse o ser maligno,guspindo sangue azul escuro e com o braço esquerdo e uma parte do peito com profundos cortes-Pois quase conseguiu!-Sorriu com a boca ferida.
 O mago o olhava com raiva incontável, Kjards virou para trás e percebeu a criança, riu e falou:
 -Idiota!Escutei um choro de um humano patético,não pensei que era você!Foi ela que desviou seu golpe,ridículo,podia ter me matado,mas distraiu-se com uma pequena fedelha!Se pelo menos tivesse me destruído!Me deu tempo de cavar um buraco,pena que estracalhei meu braço...
 -Maldito!-Disse Locke Booke-Cale-se!
 -Foi você que a matou!Se tivesse me deixado em paz,talvez ela fosse meu almoço de amanhã,assim viveria mais um dia!-Riu o demônio em alto tom.
 -Vou matá-lo!Desgraçado!
 -Não,eu é que vou!-Terminando esse dito,o ser maligno começou a juntar uma chama roxa entre seus dentes,Booke reuniu suas últimas forças,abriu a mão esquerda,Whailibur,a espada do mago,jazia próxima,embaixo de escombros.
 Quando estava para lançar o golpe,o rei dos cdevos,ainda piscou sarcasticamente para Locke,este deu um berro e a espada vôou para sua mão,o bruxo deu um ataque na lateral do demônio,quando este baqueou virando para o lado e assim perdendo toda a energia acumulada,o mago passou-lhe a lâmina diagonalmente,do ombro direito ao peito,jorrou o líquido de vida,o golpeado deu um grito de dor,quando viu,já estava com o feiticeiro,que dando um giro no céu,equilibrou-se em seu ombro recém cortado,Booke cravou-lhe a arma no pescoco e pulou para o lado,fazendo uma grande sujeira e caindo de mau-jeito poucos metros depois.
 Kjards ajoelhou,caiu,bufando e sangrando muito,teve forças ainda para dizer:
 -Foi sua culpa,não pode mudar isso.-E olhando para o feiticeiro,que levantando com dificuldade,levantou a espada e fazia esta brilhar com cor de fogo,completou:
 -Um último golpe?
 -Eslibur chenmai!-Berrou Locke,e sua espada queimou em chamas,deixando esta verticalmente,viu ainda um leve piscar de olho,cravou-a,escutou um último sussuro,um fogo amarelado queimou rapidamente o corpo,logo,este explodiu,o mago foi jogado para trás,um enorme barulho ecôou pelo deserto de carcaças,Kjards,o rei demoniáco dos cdevos fora destruído.
Parte 2.
 
 Leont voltava para perto da cidade com os outros magos,pois correram como o vento durante a fuga,ele estava à frente dos outros feiticeiros e viu a cena narrada a pouco,compreendeu o irmão.Em sua companhia,seu cavalo e o de Booke,este,mesmo estando a uns quinhentos metros,enxergou o jovem mago e assobiando logo fez sua montaria o acolher.Leont permaneceu calado,apenas abaixou a cabeça e,sussurando,disse:
 -Adeus.
 O jovem mago disse aos outros apenas o necessário:”-Ele sumiu,assim como Ecinos(cavalo de Locke),logo que chegamos,o potro saiu em disparrada para os campos,Locke deve estar lá,temos que ir procurá-lo!”-Os velhos bruxos,claro,desconfiaram da história,tendo alguns até demonstrado isso,porém,seguiram para o leste em busca de Booke,entretanto,o verdadeiro seguia para o norte,sem rumo nem espírito.
 Andara quase um dia inteiro quando chegara à Tol,pequeno vilarejo fundado pelos lendários Galampricys durante a expulsão dos gigantes,isto,a muito tempo atrás,tendo descido da montaria,estava Locke Booke de frente a taverna-estalagem de Dom Libidijos,um famoso velho porco da região,agora caolho e sem uma perna.
 -Quero um quarto.-Falou Booke ao taverneiro,um gordo rosado e de faces abigodadas.
 -Vai custar 20 pesos em ouro,mas se quiser bóia,velho torpe,é 25.-Respondeu cuspindo.
 O mago estava como disfarçado,havia tirado suas peças armaduradas e posto roupas mais simples,se estivesse de posse de uma forma guerreira,com certeza,seria uma “pérola no meio de conchas vazias”.
 -Pago metade hoje.-Disse o mago,como se desse uma “resposta”.
 -É agora ou racha!-Guspiu mais o gordo.
 -Venha.-Desafiou o mago.
 A taverna estava cheia,o fim de tarde atraía “os lobos velhos”,o balconista olhou para uma mesa,nesta,estavam malencarados e robustos capangas que,ao olhar de ordem,levantaram-se e iam na direção de Booke,este,calmamente,olhou de relance para os três bugres.
 Eles estavam armados de picaretas e paus,aproximaram-se cada vez mais perigosamente,de repente,a um som de vento,estava Locke a empunhar o cajado,olhava-os poderosamente,a disfarçada bengala de velho senhor voltava em sua forma de bastão de feiticaria e apontava para o pescoço de um dos atacantes,de vistas agora aterrorizadas.Como se obra de magia,os atacantes,em movimentos compassados,sentaram-se novamente em seus lugares,beberam sua bebida e,imediatamente depois do gole conjunto,caíram a dormir sentados.
 -Sua melhor bebida,por favor.-Pediu o mago.
 -Sim,sim,já vai.-Respondeu,sem guspir,o assustado gordo.
 Era uma bebida pobre,mas com certeza a melhor da espelunca,de nome Wizirum,tinha um cheiro forte,pois fora fermentada de um arroz-bravo da região ainda no mesmo dia.Desceu a garganta do mago como uma labareda que cai em uma folha seca,ele,já com um bafo horrível,perguntou:
 -Onde há diversão por aqui?
 -Na Casa de Cortesia,senhor,-falou baixo o gordo-fica descendo a ladeira.-Apontou com o dedo.
 -Pode dar-me a chave do quarto?-Entregou o gordo a chave para o feiticeiro,este,pegou a garrafa da bebida que tomara,perguntando:
 -Posso?
 O balconista permitiu com um movimento de cabeça.Locke subiu para seu quarto deixou suas coisas,as quais foram decarregadas de seu cavalo gentilmente pelo gordo,pôs a garrafa na pequena mesa ao lado da cama e trocou de roupa,ficando com uma não tão pobre nem tão refinada,saiu e se dirigiu para a Casa de Cortesia de Dona Majerona,que só para constar,era mulher do fundador da taverna.
 Voltou à madrugada,tinha tido uma noite boa,uma bela e alguns vinhos o haviam acompanhado,porém,estava em silêncio,total e mortuário.Entrou no quarto,sentou na cama,olhou para o nada,revisou toda a vida que participou,sua e a dos outros,lembrou-se desde o resgaste seu e do irmão feito pelo mago Son-tsu,o treinamento com este,a vida de pobreza e orfã,o roubo,a sobrevivência,o assassinato,o bandido,o mercenário,o mestre e a morte.
 Chegou o raiar avermelhado do dia,Locke pegou a garrafa,deu três longos goles e derramou o pouco que restava no chão,sua face era estática,meditante,não chorou,pois suas lágrimas secaram-se.
 -Chega disso...acabou!-Ordenou.
 Um velho bruxo redimira-se.
 Pegou seu cavalo,ainda durante o meio da manhã,pagou ao taverneiro,25 pesos de ouro e 5 de prata,”-A fim de pagar a bebida.”,disse ao gordo.Partiu rumo ao nordeste,pois queria ver o passado.

Poemas musicados em música d'alma


Vivendo com uma pena na cabeça e
Depois de um dia
Trabalhei
Tô morto,
Beber,
Beber,
Beber alma,
Reconstruir espírito.

Tempo pra que
É tudo pó no
Final,
Sua decisão:
Cheirar ou não.

Você morreu com um beijo e reasceu com um amor #Agente do Caos


MUSIQUETA DA POSTAGEM

-Oi – me disse aquela moça estranha que vi uma vez andando pela rua abandonada do meu bairro, ela não era solitária, como era quase todo o meu bairro sempre naquelas madrugadas de sábado pra domingo, porém, naquele dia estava, talvez, pra ela, ou, era pra mim...
 Vi chegar em passos estranhos, tinhas algo no olhar, eu também, mas, não sabíamos o que um ou outro haviam em seus bolsos; de grandes e profundos, de nossos bolsos, de sobretudos, ouvi simultaneamente o clicar de um dedo sobre um aparelho – celular, talvez? – porém, imediatamente, ouvi um engatilhar de arma...
 E o vapor de ar corroía todo o ambiente escuro, ela me olhava com seus olhos de sereia e eu mirava apenas aquelas duas partes do seu tórax, que estavam naquele dia muito chamativos aos meus olhos... Me sentia um lobo atrás da frágil mocinha de chapéu vermelho, talvez ela, gostaria de ser também a mesma coisa para mim... Ficamos, ali, por alguns minutos... Ela virou-se não me dando bola e entrou na porta de madeira, que fora aberta por um gorila de terno. Indo atrás do barulho que seus pés – pequenos pés! Na minha mente consumida por alguma vodca ou certeza de um desejo a ser realizado – faziam no assoalho daquele corredor ao qual entrei, depois de pedir passagem pro segurança ( o que me custou malditos 10 contos, um roubo!)...
 Logo, entrei naquela casa de luzes vermelhas e pessoainhas rebolando seus corpos, suados e logo resfriados pelo frio... Eu sorria, não para ela, mas, pela condição daqueles vermes... Tristes vermizinhos, macaquinhos evoluídos... Ainda bem, eu não mais era um daqueles, era outra coisa... Talvez, superior – a mim evidente, claro. Vi o seu sobretudo num cabideiro, vi que um corpo ia em direção mais do interior da casa de luzes vermelhas... E os corpos se mexiam, saltitantes, bêbados, por alguma razão que desconheço, comemoravam a simples questão de estarem vivos e de poderem ficar bebaços e vomitos, comemoravam a vida... Eu, não, eu não estava ali pra isto... Segui pelo segundo corredor... Já sem casaco, minha camiseta com um enorme desenho de uma máscara de gás com um “xis” revelava, de certa forma, o que eu caçava... Além, das pernas dela, ou melhor, com as pernas dela... Máscara de gás dos malditos Agentes, máscara que me persegui a vida inteira... Agora, eu, com uma Lâmina Azul de Caçar estes malditos era um deus, eu podia derrotá-los...
                   Mas, então, eis que eu a vi de novo...
 Bela, de rosto bem pequeno, ela era até que pequenina... Cabelos ao vento de brilhar com a luz meio laranja, não via seus olhos por causa da franja, no entanto, não era isto que queria ver... Seguia para ela, que me fitava, agora, de costas para uma porta no final de um corredor... Ela entra e eu também...
 Com um certo bailado, eu agraro-a, sem chance pra que ela reaja, como seus lábios em uma longa mordida... Neste momento, ouço os trompetes e os violões da música lá fora... Eu, aqui dentro, sinto ela... Sinto, como poucas vezes na minha vida de caçador, uma certa paz. Nós, então, dançamos, bailamos entre os biombos, que daquele lugar em que entrei – e nem percebi – era um banheiro sujo e emporcalhado... Mas, não os lábios e a pele dela...
 Sinto agora, suas mãozinhas entrarem na minha camisa, eu a encostarei em cima da pia e tudo estará feito, tudo estará acabado para ela... Sei que não se deve – como ser superior e racional que sou – misturar “trabalho com lazer”, porém, nada é como era antes, nenhum beijo é como este ao qual tento me esforçar para que dure o máximo, dentro dela, pra que tenha tempo de alcançar aquela agulha de prata e cobre, uma arma que pode matá-la, este demônio...
                                                           De lindas pernas, perninhas, mas, um demônio
 Ouço que o coração dela bate mais rápido... Ainda, com um momento entre os beijos, me olha com dois olhos de maresia, corroendo minha vontade de matá-la... Estou com as mãos na minha agulha, que nas minhas calças aguarda para ser cravada e matar este ser do Caos... É só um momento... Só aquele momento...
                                “ – Não exite um único momento, pois, se a vida é feita as vezes deles, a morte igualmente o é”, já dizia meu mestre... É, pode isto ser verdade...
 O golpe na nuca foi preciso, não vi d’onde veio, até cair perto de um privada e ver um enorme homem de pele negra saindo do espelho sujo do banheiro... Havia apenas pavor agora, não. Estava seguro, mesmo com a nuca sangrando... Levantei e soltei da bota a faca, ele saiu e entrou na frente, antes de que eu conseguisse mirar a moça... Maldito!
 Ouvi um partir de vidro, vi ele tirando a faca das entranhas, ainda vivo... Levantei e cerrei os punhos, fitava o desgraçado, minhas últimas palavras foram:
 -Azulli, também a antes chamada de Sixx Valentine, você, é umas das Jóias dos Agentes do Caos... Eu, Temor Comtell, prendo-te com a autoridade da Ordem da Lâmina Azul e...
 -Cale-se, homem belo... – Não vi o ser se mexer... Ele era realmente rápido, principalmente com facas... Rasgou minha barriga, vomitando sangue por todo o lugar... Não via mais nada, apenas fui caindo pra trás, ao lado da privada... Ouvi:
 -Você, bom homem e belo... Você tem um beijo doce, senti isto em você, isto me cativou... Porém, o que é ter um beijo doce se você já um dia perdeu o que tinha atrás dele e se tornou como um amrgo? Bem, eu não sei o que isto significa...
 -Você, monstro, das belas pernas... –Dizia minha voz frágil e já falsante, estava morrendo. – Eu, eu... Eu ainda tenho algo pra o que ser amargo... Vazia!
 Ela me fitou, eu estava morrendo, vi ainda o gigante, um espectro que a servia como se fosse ela mesma, de nome Bournie, me agarrando pela cabeça... Não me mexia ou reagia, apenas, minha cabeça era levada e movida... Senti me molhado, depois de um cheiro impressionante de escremento...
 Ouvi as bolhinhas correndo pelo meu rosto, vazio de expressão, vazio de tudo, agora, todo o desejo se resumia, em menos de uma página de minha história, em simples água de merda... Água de privada, a última coisa que beijei... Ao menos, acho que eu, o último Agente dos Lâminas Azuis na ativa, teve algum tipo de sorte em sua morte rápida:
 -Amou deve se amar, como um beijo que te deixa morto na merda, mas, que ainda valeu um último beijo.