quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pequena Balada: Rei Arthur o Cash #Agentes do Caos

 As planícies do cerrado estavam ligeiramente mais belas naquela época do ano, as relvas brilhavam e as árvores demoníacas abraçavam os idiotas que caíram em anos e anos de batalha que levavam aqueles dois reinos.
 Abraço
 Era o que não saia da cabeça daquela barba negra com elmo; magro como um galgo, e com mãos do tamanho de braços de águia, e armadura brilhante escarlate: De Sangue Vivo... Assim cantaram as baladas e cantos até mil anos depois.
 Morena
 Tinha um corpo escultural, para uma época sem agulhas, facas e dietas estava muito bom! Formava um 8, um belo número mais achatado da parte cobiçada da cintura... Mas, ele nunca teve a oportunidade de dizer isto em seus ouvidos, seus pálidos ouvidos.
 Esperava a morte
 -Noooout! -Berrou em sua língua natal, segurou a espada novamente e golpeou forte a perna do atacante, este caiu e de repente, sentiu o vento de sua vida ser ceifado pelas mãos de Arthur, o Cash (um fantasma que caminha no céu); ele matara o pior inimigo de seu povo.
 Oz Arawn
 O bruxo caiu, nenhum veneno ou erva cura um corte de uma perna... Nem uma degola; o Senhor de Annwn, o Paraíso do seu Povo e Inferno dos Outros tinha sido desestruturado, foram naquelas terras que os pais de Arthur haviam morrido, Coy Lil'Rich e Ote DreamGirl haviam sido vingados!
 Vinganças
 Agora, o rei dos reinos de Granz-Pinus, Hardrelva e Goia tinha conquistado Annwn, seu nome agora seria o Luminoso, suas armas seriam santificadas, seu conselheiro, um grande mago que a tudo via, etc; estranhamente, não se sentia bem por ter chegado a esta posição.
 Pressentimento
 Ele caminhou pelo castelo de Wall Adriano e viu algo terrível, que nunca abandonou seus sonhos... Uma sombra com uma máscara parecia que ia devorá-lo, o rei viu a morte nos dentes caninos de uma fera que parecia um homem, mas agia em busca da vida e para sugá-la.
 Um baixinho
 Caiu do céu e veio em seu socorro, bateu com a um tipo de instrumento... Pareceu-lhe uma flauta; depois afastou a criatura com um corte feito c'um metal brilhante na outra mão, a criatura correu para a floresta próxima ao corredor de arcos abertos
 Guínever
 Sua amada mulher estava morta a muitos anos, ela morrera de cólera... Na verdade, não contou nunca a diabrura a base de veneno de ouriço feita por  Oz Arawn para não assustar seu soldados; assim se chamou a primeira leva de cavaleiros, de pessoas que lutariam contra "As Forças"
 Lâmina Azul
 Era o símbolo da Ordem, o baixinho ser parecido com um pequeno urso, só que vermelho e com uma grande cauda, seria o padrinho, "ser como o vento", o lema deles; lutaram contra muitos, a maioria mascarado e com um manto negro
 Hoje
 Eles usam máscaras de gás e ainda o mesmo manto negro, são muitos, mas ainda há a Ordem da Lâmina Azul e outras (muitas das quais auxiliadas pelo ser que hoje sei ser um "panda vermelho"); eu, o 4°a assumir o lugar de liderança da Ordem estou velho, mas ainda tenho o lema de meu antigo chefe na cabeça:
 "Seja como o Vento" -dizia as vezes a tragos de whisky



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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cidade de Fatos #Agentes do Caos

 Ontem, tentaram ligar para o Chefe, mas ele estava ocupado, um tal de Coronel Nicola Claus tinha armado uma armadilha ou sei lá o que
não se importando, foram até a Estação North e cataram o primeiro trem para o lugar desconhecido que viesse a ir; a cidade, o exército do país inteiro os procurava, antes -a duas horas atrás, eram Lordes e Condessas, hoje, os Procurados
 Tomaram o trem sem muito problema, naquela época, 1867, não havia o mesmo inovador sistema de informações Estratégico-Geográficas que os pegaria em 1873.
 Em todos os jornais, do Jornalê até o The Wall Floydy seu crime era relatado: Marie II, a Nova Iluminista, morrera num atentado no seu quarto de hotel, nas Ilhas Balcãs, junto com seu marido, o conde Edward Twilight, eram acusados a doutora em Química Augustine Nobbel e o conde Edmundo, juntamente com a condessa Maria Jane de serem os mandantes; a primeira já estava presa e logo foi para a forca, porém, os dois últimos fugiram por 6 anos, até serem pegos, trabalhando como funcionários de uma fábrica de peças para tecelagem -situação "irônica" para os jornais da época- estranhamente, continuavam no mesmo país, Bretan, onde haviam cometido seus crimes (alguns falaram até em possível remorso, outros, em metidez, neste aparente "desejo de serem pegos").
                            *
 -Adeus! -Falou calmo o loiro barbudo, enquanto sua mulher passava na frente de sua cela e era levada para forca. Os guardas nunca estranharam tanta calma dum condenado, o próprio casal estava muito calmo;
 Ela foi pedida pela corda, morreu rápido, ninguém teve que agarrar-lhe os pés... O marido seria o próximo;
 -Tudo bem? -Falou o barbudo a uma figura com manto preto que estava em sua cela, ninguém a vira entrar ou sair; ela lhe deu uma corda, mas daí eles discutiram em sussurros e decidiram por uma navalha de barba, ele tinha pedido para ser enforcado sem pelo no rosto, ninguém percebeu nada!
 Deu nos jornais, a mulher ruiva e de olhos castanhos famosos morrera enforcada, o marido se matara com a navalha, antes de cumprida a sentença, porém a pressão sobre a burrice dos executores estatais foi esquecida devido a total onda de medo e temor coletivo que causou a próxima notícia sobre o caso: os corpos, dois dias depois do ocorrido, haviam sumido, sem sangue, sem nada, eles estavam trancados no Necrotério Municipal -até hoje, fico com calafrios ao atravessar o lugar e me imaginar como uma pessoa da época.
                           *
 -Vamos? -Disse a ruiva                         -Claro! -Disse o loiro, sem barba
 Entraram na Casa Real e ela, com duas pistolas Colt (novíssimas pra época) acabava com todos os guardas que vinham para eles, o homem ficava com as mãos nos bolsos, porém, de suas costas brotavam sobras que se estendiam e formavam foices que marcavam freneticamente as paredes;
 Desceram ao cômodo dos filhos da rainha morta por eles a seis anos, era um "quarto-cofre", criado pelo antigo Inventor-Mor da família, Jorge Nobbel, lá, o casal vestido com as roupas jovens da época -terno e vestido decotado- apontaram pistolas para a mais alta Corte Real de Bretan e disseram:
 -Estamos vivos!
  Um disco luminoso cegou a todos e ninguém mais viu nada
                            *
 N'outro dia foi constatado que praticamente toda a Guarda Real foi dizimada a tiros de pistola, mas nenhum membro que ficara com a Família no quarto-cofre; nas paredes da Casa Real, sobre pinturas e assoalho de lajotas lusitanas, a frase se repetia:
 -Estamos vivos!
                    O caos tomou conta, por muito tempo os nobres que estavam naquela sala nunca saiam de casa sem antes chamarem muitos guardas com muitas armas, o disco luminosos virou sinônimo místico, as pistolas Colt nunca venderam tanto; a frase "Estamos vivos!" seria repetida anos e anos depois, por jovens do rock que revisitariam este tempo, usariam cabelos ruivos e barba, assim como os membros de suas bandas favoritas -os responsáveis por esta Arqueologia Não-acadêmica
                    Os dois, porém, deram-se uns anos de férias, depois da missão de Agentes cumprida: Sabiné Al Duwayce e Wallace Animus fugiram para Gaia Brasilis para ter uns momentos de paz vendo cachoeiras inexploradas e montanhas cheias de neblina; não precisaram matar ninguém nem viver grandes aventuras românticas como espera você, só ficaram viajando por aí, até receberem outra ligação do Chefe.


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 Um casal aí... Pra descontrair
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Do Fundador aos #Agentes do Caos

 Sou o fundador deste grupo, o que chamam de Agentes do Caos...
 Sou velho como o Vento e me escondi ao inverso da aparência d'uma Montanha
 Ninguém se lembra de meu rosto ou de quem fui
 Não há muitos registros de minha passagem, a não ser
 Algumas figuras em pequenas ilhas do Oceano Empaz, lá eu resido marcado nas pedras
 Apenas nisto;
           Fui reservado e tentei me mostrar o mínimo,
           Caminhei por aí, sem você ver
           Criei coisas e estudos "as mecânicas das coisas"
           Descobri a mediocridade e ali, encontrei paz, o que vocês chamam de Paz
           Fui construindo a Imagem do seu Mundo, ele não é mais meu
   O nome do primeiro era Astar, do segundo Kalla
   O terceiro foi discípulo deste e seu nome era Órion
   Dele, Sinnix, a Dama de Preto, reinou como primeira Catástrofe
                                     Catástrofe é aquele que nunca, ou muito pouco, falha
                                     Nome inventado dois mil anos depois da minha partida
                   Os quatro primeiros morreram, sendo que Kalla, o mais poderoso dos quatro
                   Morreu por minhas mãos, nossa Batalha está ali, pra quem quiser ver
                   Indicada pelas pedras de Babel
                   Cinza foi a Imagem do dia em que batalhamos, Entendimento foi aquilo que me fez vencer
                   Nada sobrou de registro meu; Contaram os anos, Indícios de meu paradeiro foram procurados
                   nenhum Achado;
 Esta carta eu escrevo, depois de milhares de anos
 Para provar que alguém criou esta organização, mas o seu nome
 De nada importa, apenas sangue é mostrado mais a minha vista, como a sua também leitor
 Porém, somos mais que Isto
 é nas coisas sem sangue que demonstramos mais eficiência, logo
 sim, acredito na Vitória da Causa
 Qual?
         Talvez por muitas, não há exército aqui, entidade que me causa repulsa
         Nem tão pouco Desejo por nada
         A revolta com tudo e com todos é por nós explorada, porém
         nunca me verão julgando ninguém por seguir seus próprios desejos
         não haverá deuses, ídolos ou idéias que nos homogenizam
         a morte de Kalla foi meu aviso
         outros aqui morrerão por simples fato, ninguém será mostrado como a Mão que Executa
         Mas, há a "Mão Que Pune", o Carrasco-mor
                                                       sem glórias a meu nome
      Pois não o Tenho
      Caminho com um só pé, o Vento
      Minha arma tem apenas um alcance, o da Montanha
     Não tente me achar
     Estou dentro.

Caminhos dos Traidores #Agentes do Caos

 Uriel beijou aquele ser, e ele morreu
 Eva fora punida, agora cabia a ele caminhar pelo Vale do Indo e
 À Sombra da Morte levar Adam, o Conde da Valáquia
 Caminhou pelo castelo, poderia voar, mas caminhou
 Dois capangas com mosquetes,
                   "-Dois corpos com a garganta arrebentada", como me contou
 No telefone, a noite do dia 2 de janeiro de 1790
                                 *
 Marcelle estava um caos, a Revolução dos Páreas tinha começado a alguns meses e o caos se confimava
 Ainda este caos ecoava no caótico castelo de Versalles, aristocracias decadentes lá se esconderam;
                         Mas, de nós, os Agentes do Caos, nenhum traidor poderia sair ileso
                         Começou a 3anos, a caça
                         Dois foram os escolhidos: Uriel e Baar, o Anjo e o Urso
                                 *
 Esta caça tinha algum valor para Uriel, ele não lembrava o que era, pois nunca tinha remorso
 Nunca falava o desnecessário, parecia até ter certo prazer em ter as trancas de seu silêncio
             Maiores que as chaves de um possível coração, que acho que ele não possuía;
 -Não! -Berrou a mulher, já com as roupas ensanguentadas pelo seu marido que agora estava em pedaços
 Uriel deteve-se, sentia a obrigação de obedecer
 -Tu lembras de mim, não? Eu e meu antigo marido estivemos como seus senhores a muito tempo... Um tempo antes de tu seres um eremita no Deserto... Lembras? Eu sou a...
            O sangue jorrou, era igual o dele, era água
 O ser com um manto preto e uma máscara de corvo curvou-se sobre a mulher e retirou a prova de sua morte: um colar com um pedaço duma fruto grudado, seu símbolo;
           Os rebeldes estouraram a porta do castelo e entraram, porém, só encontraram no salão de baile os corpos de dois nobres, os unicos que não fugiram quando a situação apertou;
 Dizem alguns, que eles viram um espectro voar da janela, tinha grandes asas que pareciam nuvens, alguns consideraram aquilo como um "sinal divino" do apoio a sua causa, mesmo a revolta se dizendo atéia, esta foi uma coisa muito falada


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 Caminhos de fuga...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Morre St. Claus #Agentes do Caos

 Então o Velho germânico de calça vermelha desceu com seu mono-motor
igualmente vermelho e chamuscante
 Ele desceu novamente, de seu avião e as escadas do castelo no Norte do Mundo
ouviu um estribilho de metais
 Contorceu-se pela via estreita e retirou do bolso da calça a sua arma
parou ao ver um corpo de duende, esfolado ao chão
 Temeu por Margareth, a Mamãe
correu até o Salão de Presentes, sentiu-se imbecil, pois caíra na armadilha
 Na frente, o Medo, expresso pelo ser gigante com capa e máscara contra gases
característica, era um Agente do Caos
             -Veio aqui me buscar, não é?
            -Não! -Falou voz metálica, três capangas surgiram atrás do Noel;
 Mas, Nicola não se abalou, e então ele ficou nervoso, senti um cheiro conhecido de cão molhado
            -Olá! Velho, finalmente o Filho Pródigo retorna a casa do Pai!
 O Grinch estava com roupas caras, mesmo não estando bem com elas, se sentia mais forte que aquele velho pela primeira vez
            -Você vendeu a alma para os seres mais nefastos que conheci... A Ordem dos Templários nunca o aceitaria, assim como eu nunca o aceitei!
 O ser verde ia fulminar o velho com uma lâmina, ia estripá-lo como fez com muitos de seus irmãos de criação;
 O Agente do Caos, de nome que vamos dar de Mach III, nada ia fazer, ele não poderia matar alguém da importância do velho, mas um ladrão ressentido e louco, nada o ligaria em uma futura investigação; porém, balas zuniram, uma rena entrou na sala e bateu no gigante Mach III
              -É a hora!! -Gritaram os últimos duendes para Noel
 O gordo senhor corria pelo corredor lateral, precisava chegar a sala de controle de máquinas, lá havia uma máquina de telégrafo onde ele poderia enviar um sinal de socorro direto com o 26°quartel de Sctotia
 Entrou na sala e Pá! Pá! Pá!... Bum!
                 -Morre! Miserável! -O Grinch saiu correndo para o terraço, ele deu três tiros, mas um acertou a barriga de Noel, outro errou e o último acertou um duende, que entrou na sala, seu nome era McBoll, ele era o mais fiel, fora ele que gritara no Salão dos Presentes e seguiu o velho para protegê-lo
                -Acaba com ele Noel! Você pode! Já chamei a guarda! -o sangue negro do pequeno amigo escorria pela sala de controle enquanto o velho germano-russo sai com dificuldade para o terraço e era acertado por um cano de PVC;
                -Não mais Natal, velho! -Enquanto o verde o espancava, era isto que gritava; St. Claus caiu no chão, mas não podia deixar...
 Nunca, um soldado não podia ter coração; segurou a mão do ser verde e torceu seu pulso e o quebrou, deu dois socos no Grinch e derrubou-ou, chutou sua cara e preparava para lançá-lo, mas um capanga dos atacantes deu um tiro de pistola nas costas do velho, ele errou, pois estava no lá no pavimento; esse capanga levou um tiro, a guarda chegou!
 Tommy guns zuavam, escopetas também, as tropas do exército da Sctotia começaram a entrar, o tiroteio foi pouco intenso, não haviam tantos capangas assim;
                        -Acabou! -Disse o velho Noel, mas seu "Filho Pródigo" puxou uma faca de trinta centímetros da bota e enterrou no senhor
                               *
                        -Não creio que vão passar, senhores... -O gigante Mach III estava parado, todos os antigos atacantes da primeira cena que descrevi estavam ao seus pés... Cada um em duas partes... A capa do Agente do Caos se abriu e sacou duas pistolas, sua má pontaria não matou muitos soldados, que o fuzilaram, mas ele se escondeu atrás de uma pilastra, não podia ser morto por suas balas;
 Ele saiu e pegou mais duas pistolas das pernas, desta vez, matou três soldados e subiu as escadas que davam para a sala de controle
                             *
 As balas zuniam, o velho Noel arrancou a faca e passou no Grinch, não o acertou, mas o assustou, o velho soldado ainda deu um chute no joelho do ser verde e catou sua mão esquerda, a qual cortou com um só golpe de faca, o sangue verde jorrou
 Um tiro de pistola estourou a mão do velho, ele gritou e caiu sobre a trave de metal que separava o terraço da queda mortal;
                        -Um soldado nunca deve se entregar a um inimigo! - St. Claus pulou e com a neve fez seu túmulo; nem o Agente do Caos, o atirador que estourou a mão, nem o ser verde, que ainda com dor e sangrando não se continha
 Mas, os soldados vinham, subiam as escadas também, Mach III virou-se e agarrou o Grinch com um braço e com o outro atirou sete granadas pela porta,
 Baaaammmm!!!
 O fogo consumiu a neve, mas Mach  deixou o inoperante ser verde na neve, perto da construção, logo ele foi preso, o Agente, correu e desapareceu na floresta, como uma sombra, correu entre as árvores com velocidade de máquina.
 Assim, o Wall Floydy deu a notícia na 1ª página do dia seguinte:
 "Morre o excelentíssimo empresário Nicola Santa Claus!
 O grande filantropo foi atacado ontem a noite em seu castelo por um louco chamado Grinch Karrey Jr., as autoridades fizeram de tudo, mas St. Claus, como é conhecido o empresário, foi jogado do terraço de seu castelo..."
 Da notícia, dada no dia 26 de dezembro, até a execução pela forca, se passaram três meses, dizem que quando mister Grinch Karrey Junior estava preste a ser enforcado, babado e careca, disse:
 -Pelo menos, não mais Natal!
 E com a corda desceu


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sábado, 18 de dezembro de 2010

PôÉTia: Terrorista de Palavras caminha na rua

"Terrorismo poético é largar flores na porta do vizinho"
Estava na rua
                    dei com isto no meu
       caminho
Se pela maça da Árvore da Sabedoria
Fomos expulsos
          Por poesia
          Podemos nos Libertar
Mas,
 Eis que meus pés não mais comandam
Só minha Bunda
    Mas também Minha Cabeça
Se antes por campos vastos navegavam os veneziaenses
                                              espanhóis, portugueses
                                                   árabes e chineses
                                                    os longínquos
                                                     subsaarianos                                                        
                                                         e  tupis
                    Hoje é nossa mente
                                                  Que vagueia
                       Por páginas mil ventos
                                                          não à mil pés, mais
 Mas, ainda podemos fazer o Terrorismo
                                             Não de BAZUCA
                                                     ou FUZIL
               Tinta, papel e flores, talvez bastem
                     Impressora, monitor e plástico, também valem
             Só não perca
                A lágrima seca
                    de alegria que
                         tua alma e a
                           minha, se valem
                      Se conectam
                   Leitor & Leitor
                Escritor & Escritor
                   Observador
             Terrorista de Palavras

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma véia para Dario

  O grande senhor persa Dario estava entediado, queria algo para viver, necessitava de algo que ascendesse sua chama, aquela que Zoroastro disse a ele em sonho, ou aquela que vemos nas piras dos heróis mortos, ou ainda, aquela que possuímos ao ter um corpo unido ao outro numa felação complexa dos corpos humanos, mas não tinha.
 "Eis que os mares do rio de Eufrates ou Tigre vieram e vão, mas nossos sonhos de grandeza permanecem,
  Queremos a imortalidade
  Queremos a honra e glória eterna" 
 É a inscrição que encontra-se no túmulo do rei babilônio hoje, mas resume-se bem a sua vida...
 O mais estranho, é que eu, ao ir para meu tratamento de hipnose no mês passado, descobri que sou a reencarnação do tal rei. Me senti muito bem, eu era um antigo rei, deveria me unir espiritualmente a ele, esta era a minha ideia quando, perigosamente, entrei no Irã; através de caminhos tortuosos e cartas falsas de Oxford, dizendo que eu era um grande antropólogo em projeto inovador de doutorado, estava eu nas portas dumas ruínas que diziam alguns estudiosos da região, ser do rei babilônico em plenos anos 70, durante uma época que ser um "ocidental" ali seria muito arriscado.
 Li a inscrição e, de repente, tive um insight.
 Me vi em um reflexo de água num pote. Estava com uma barba esquisita e era careca, minha pele estava mais morena, mas ainda me via ali.
 -O meu senhor deve estar satisfeito com o resultado do meu trabalho! - Virei-me e vi um homem negro alto com túnicas vermelhas... Ele falava uma língua estranha e enrolada, mas eu entendia... Na verdade, ele era tão negro que era azul, isto é, literalmente, percebi que ele era azul, assim como seus dentes e olhos... Nunca tinha visto aquilo, o sol oriundo das portas do palácio que batia no corpo daquele ser e fazia ele mais esquisito, de modo que demorei para perceber que ele não era humano.
 -Desculpa, o que tu és? -Falei na língua enrolada e percebi isto, realmente, era uma situação bem insólita.
 -Um djin, meu senhor, vejo que minha obra foi mais forte que pensei!
 Não entendi nada, mas depois lembrei de um pedido que fiz para aquele ser: "-Queria ter uma grande emoção, ser imortal!". Minha mente ainda estava confusa, quando o ser azul me disse:
 -Veja bem, você viveu uma vida em um mundo onde os homens voam como pássaros, andam nas águas através de cascas de metal e correm como o vento e seres que parecem touros de ferro, que mujem e fazem fumaça, um mundo muito barulhento e onde as pessoas vivem espremidas em palácios de conforto, mas que sempre estão a correr, para na vida de rotina não se perder...
 Ele, o gigante azul, então continuou depois de me olhar fixamente nos olhos:
 -Você queria ver algo que te completasse, eu te mudei do mundo em que estava e em ti sempre faltou algo... Infelizmente, talvez nem eu possa completar o que você não enche por si mesmo...
 -Então, vou viver aqui agora... Talvez a finitude humana seja incorrigível? 
 -Não sei, não sou humano, você também não será por muito tempo... -Respondi um "-O quê?" e o ser me bateu com seu cajado, desmaiei.
 Estou de volta a meu hotel, em Teerã, uma garrafa de whisky me explicou muita coisa... Mas, então, olhei para a janela... Naquele sol do Oriente, meus olhos encheram-se d'água e eu quis que alguém por mim colocasse uma vela, alguém completasse o que nunca pude, esta dúvida do eu mesmo...
 "Era Dario, no meu quarto
  Uma véia me tocou no ombro
  E no Irã
 Vi a Dona Morte
 Talvez eu nunca complete a reposta, saiba a minha real existência
 Um rei em que se falta a coroa
 Ou a pessoa buscou ser igual a um rei"

 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 Um dark pop do Irã...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Edda dos Pandas #Agentes do Caos

 E então, vi uma batalha de muitas estandartes e lanças
 Caminhando pelas estradas áridas, hoje, eu fugi de lá
 O que vi, foram os Sete Grandes reinos caídos
 Seu líder era quase um deus
 Ele abriu a planície do rio Yellow
 E quebrou as barragens, que irrigavam os campos
 Mas, um camponês disto nada gostou
 Seu nome era Wall Jyraya
 O grande deus riu de sua cara
 Um camponês não poderia vencer um mestre panda nas artes da Terra
 Porém, Jyraya mandou que ele golpeasse três vezes a sua face
 Se nenhum de seus três poderes o atingisse,
 O deus, o rei, de nome Fuk Yo
 Deveria ao pobre panda vermelho se ajoelhar e prestar honras
 No vigésimo nono dia do segundo mês
 Entre uma rocha vermelha que parecia uma taça
 O rei lançou no camponês seu punho, com as mãos abertas,
 Como a um tapa, pois queria humilhá-lo
 O camponês caiu numa vala, mas antes do golpe final
 Pediu para que o rei o matasse com uma cripta,
 Isto é, ele deveria enterrá-lo em uma cripta, como diziam as leis da região
 O deus, muito orgulhoso, decidiu realizar seu desejo
 Coletou uma enorme rocha e lançou-a
 -Ainda há uma peça de ouro?
 Disse o camponês antes que a rocha o atingisse
 O rei segurou a rocha e perguntou o que era isto,
 O outro disse que apenas aquele que não enterrasse alguém
 Sem nenhuma peça de ouro
 Seria pelo grande Senhor Macaco castigado
 O divino ser então, temendo um castigo,
 Converteu a mão do panda em ouro, e assim, deu-lhe a tal peça
 O pobre homem deu um pulo, e um tapa na cara do rei deu
 Depois no rio pulou
 O divino ser se enfezou, pegou sua lança e na água pulou,
 Nela fez grandes ondas
 Procurou rio afora, mas nada achou
 Encontrou o panda na taça de rocha em que tudo começara,
 E o dia já tinha fim
 O camponês o olhou
 E o ser divino em ira, parou por um instante
 O panda lhe mostrou-lhe o crepúsculo
 O rei perdera, foi humilhado
 Ele levou um tapa
 Ele se molhou
 Ele se desequilibrou e buscou vingança
 E então, o rei ainda perdeu a aposta
 O deus catou sua lança e atravessou o peito do camponês
 O poderoso ser subiu na taça de rocha e
 Desonrado
 Com sua espada abriu a barriga
 A morte do rei, do divino ser, com vísceras lavou a terra
 No camponês, levantou uma sombra, era
 Um pequeno anão, nele, uma máscara de panda vermelho
 Então, o deus Macaco surgiu e disse:
 -Obrigado! Mais um caos foi liberado na Terra
 Eu lhe pagarei pelo serviço...
 Aquele que narra esta história,
 Viu e viveu este conto,
 Os deuses matando deuses,
 Os poderosos matando poderosos,
 Um jogo?
 Até agora

terça-feira, 23 de novembro de 2010

PôÉTia: Peru de véspera?

Sinto-me aquele último lanceiro,
Aquele do fim da batalha a
                                         levantar estandarte caído
Me fiz de anjo que quer se suicidar, quer
                                                             ser
                                                     caído
Não deveria me importar com os desejos dos outros,
Acabo por sofrer na véspera do natal, ou
           da Páscoa
Se nas nuvens do Céu, ninguém quer me ouvir
Eu não preciso falar
No fim
           das coisas
                           espero que o futuro o coração seja
Metal, e eu
Mesmo que em futuro tão distante
Tenha corpo, mente, ou seja,
                      "alma"
                            de pedra
Se não há consenso entre nós, já
Esperava
Se parece que não há sonhos na noite do verão
Previa
                     Pena
Sou um peru de véspera;
Se parecer que reclamo de ti leitor,
Aceito, sou um humano,
Não vejo deus;
Mas, no fim
"Estamos todos presos do lado de fora dum abraço"
                Atravesso a rua, é frio e chuvisca na minha jaqueta de tecido pesado
                             Continuo andando,
                                                      Me calo, por hora, por alguém, porém
                              Um pé depois do outro
               Mais um tijolo
Num castelo de areia e pó solúvel em lágrimas e babas de gozo:
Face da vida.

domingo, 21 de novembro de 2010

Música: Oh Judite!

 #Oh Judite!
 #Não me broxa!
 #Nem me deixa!
 #Te amo pra sempre,
 #Mesmo que o pra sempre seja
 #Até a próxima garrafa!
Te encontrei quando me dava mal
Hoje me regenerei
Tenho emprego e
Cachorro manso
Que me abana o rabo
E assim ri pra mim
 #Oh Judite!
 #Não fode!
Tomo pinga no bar
Mas, nem ligo se pro Arnaldo você
Dar!
 #Liberdade feminina!
 #Liberdade feminina!
 #Liberdade! Freedom!!
Agora estou na tua janela
Oh, Judite!
Te espero com flores
E uma caixa de bombons
Oh, Judite!
Eles têm a forma
Do meu coração
São meu coração!
Oh, Judite!
Coma meu coração!
Coma meu coração!

 #Liberdade feminina!
 #Liberdade feminina!
 #Liberdade! Freedom!!
É pegar ou largar!
Só não me taque pelo abismo
Do teu desdém!
 #Oh Judite!
 #Não fode!
Só não me taque pelo abismo
Do teu desdém!
 #Oh Judite!
 #Não me broxa!
 #Nem me deixa!
 #Te amo pra sempre,
 #Mesmo que o pra sempre seja
 #Até a próxima garrafa!


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PôÉTia: Aos portões do crepúsculo da manhã

Um dia me vi sonhando
Partindo para a porta de nuvens
Já não há anjos
Não há demônios
Descons
                Tru
                      Indo
Através do som
Da imagem;
Vemos o vermelho raio do
                                                 Crepúsculo
                                                                        Dos deuses
Ao nascer do sol, me parece
Paradoxo?
Não
                    É
           Sua
Mente
Que mentindo para si e para nós
Dizemos que por estatística e método
Matamos os deuses
Não, não há Crepúsculo
Só há nascimento
De um novo
Creia no método
Mas, não esqueça da fome de 
                                                        doce d'seu filho
Por que parece, sempre temos que ter estes deuses?
Seremos nós,
Eles, ou
                São eles que necessitam de nós
Acordei do meu sonho, mas não estava sonhando,
Estava vivo com você




MUSIQUETA DA POSTAGEM
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PôÉTia: Prisão Faroeste

O FarWest não vive mais
O Faroeste está morto
Num mundo de Justiça
Onde o Mal,
Perde
A Pistola 38,
Canta Melodia
Som dos dentes rangendo já não mais
Existe
Eu não acredito
Você não acredita na que digo,
Mas, em minha prisão
Nem o samurai pratica mais seu harakiri
Nem o violento bandido dado galã
Caiu sua Pistola
Caiu a Justiça
No deserto, na vida
Partiremos levando nosso caixão nas costas
Será que lá há
Cravos, rosas, copos-de-leite
Ou
Espingardas, metralhadoras
Algumas esperanças me mantém
Mas, a vingança não é,
Não mais,
Ao matador de meu pai,
Nem aquele que me deixou no mundo árido
A apodrecer
Meu último duelo,
Sempre é comigo
Mesmo, com pistolas
E palavras,
E tiros de ideias
"Meu corpo é uma prisão"
Porém,
Pow! Pow! Pow! (rém)
A minha mente talvez me liberta
Cavalgando para o crepúsculo
Dos deuses?
Do fim!
Em cavalo baio vou,
Como você?


MUSIQUETA DA POSTAGEM
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Gunshot guys #Odes

 O Violinista;
 Caminhei com o lobo,
 Ele ficou comigo enquanto andava
 Por nuvens, por terras
 Por que não fui por ali?
 O som de minhas cordas
 A acordar as crianças
 Fiz com que elas me seguissem
 Joguei-as no vale
 Onde o rio escava seu leito
 Lancei minhas crianças
 Toquei no meu violino
 À ode do trem que passa
 Pelos trilhos
 Minha vida parecia rotina, parecia
 Talvez tenha sido boa
 Apenas agora era, não mais é
 Fui com o som de minhas notas
 De meus dós, mis e fás mal tocados
 Toquei no meu violino
 Ao trem que chega às onze
 Vem em minha cabeça agora
 Pelos trilhos
 Saio voando com as minhas
 Notas
 Tocadas no meu antigo violino
 Eu, em notas.


MUSIQUETA DA POSTAGEM
 Só por causa dos violinos...
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domingo, 31 de outubro de 2010

Música: Shot and fly

 Shot the silver bullet
 Kill your Death Rider
 Your name is delusion
 Your name is grave
 Get the spade!
#Dig a black hole!
#The Supermassive Black Hole!
#No muse or rat run with force
#Hunter's dreams did your way!
 Dark Graveyard Sunshine House
 I walk
 I drive the car without wheels
 For Dark Graveyard Sunshine
 The enemy take your gun
 Us get the pen
 For fly
#Dig a black hole!
#The Supermassive Black Hole!
#No muse or rat run with force
#Hunter's dreams did your way!
 Can you leave?
 The Hícaro wings
 The chaos the little butterfly
 Make a hurricane in Amazon
 The Hícaros wings
 I can hear?
The sword in my hands and dust in my mind?
#Dig a black hole!
#Can leave you?
#You can hear?
#Can hear?
 Or can fly?
 Fly!!!

(combina com Human Jungle -Take It Easy Hospital, ou Sing for Absolution (talvez o acústico) - Muse o/)
(com erros no inglês! ":D)

Música: One chocolate box and a e-mail

 Pale face and put in your chest only a hopeless
 He rider in the sky with
 Ale face and beer cup in your left hand
 In right
 The heart her
#He was the great boy
#The funny guy
#The rich and sucess man
 And me
 I'm pig, poor, and a less
 Your smile make me glad
 You left me
 I'm fool, this true
 But, I don't have a "white horse", one toy
 And pale,
 I don't maked your face colored
#He was the great boy
#The funny guy
#The rich an sucess man
 I was fool
 I was dunce
 I took your hope for garbage
 But, I'm here
 And you too
 So, what thou do tonight?
#He was the great boy
#I'm  fool guy
#He was the rich and sucess man
#But, I'm here
 So, you came in to me
 Or, eat a chocolate?
 What you do?

 (combina com Raining Again -Moby o/ )

sábado, 30 de outubro de 2010

Música: Cats Math Story

#The story of cats math
#This is the story
#The line of square
#I'dont remember all numbers,
#But, I remember your happyday date!
 I walk all my life
 For the first of class
 For the example,
 But, the line is a lap
 We turn on by us
 We don't be, but
 Be here in us
#Prison of numbers!
#Lines of Universe without turn back!
 Dreams
 Your fuck one, two, tree...
 Ilusion your mind
 But,
 Yes,
 This good that dust world
#Prision of numbers!
#Lines of Universe without turn back!
 "I Wont back Down"
 Said a ol'wolf
 "I Wont back Down by Dreams"
 Said thou
 Wonderfool world,
 The cats fall in rise
 But, I don't remember with
 Fly

#The story of cats math
#This is the story
#The line of square
#I'dont remember all numbers,
#But, I remember your happyday date! 
 But, I remember your happyday date!
 Your happydate!
 Your happydate!
 Your happy...
 Number!
 Your Number!

 (Se preferir, toque Remember- John Lennon, talvez fique ritmado o/ ) 
 (Desculpe o inglês errado ":D ) 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Gunshot guys #Z

  É o expresso Trans-Siberiano, a neve cai. Silêncio quebrado por um velho de barba longa branca.
 -Você tem que voltar! -Me diz o desconhecido de terno cinza e bengala negra com caveira de lobo na ponta.
 -Quem é você?... -Não pude terminar minha sentença; eu, barbudo, com terno surrado, fui puxado pelo velho, ele abriu a porta, eu tive a maldita dor de cabeça.
 Logo, vieram os demônios; "-Saiam daqui!"-berrou o outro, bateu a bengala no chão, dois voaram para trás.
 -Vamos logo! -Berrou e eu obedeci, ia tirar meu enferrujado 38, tinha que fazer algo.
 -Não, deixe comigo! -Bateu o cajado, as portas das cabines se fecharam, os monstros não conseguiam abri-las. O velho ainda se virou, vinha um por trás, ele bateu a bengala na janela e ela se partiu, o outro voo arrebatado para fora.
 Caminhamos até entramos em um cabine vazia, os demônios apareciam na porta.
 -Eles não entrarão aqui, não se preocupe.
 -Diga seu nome, seu Pedestre! -Reconheci o ser, esse tipo de coisa não é muito comum.
 -Muito bom! Eu sou o que vocês chamam de Pedestre, caminho por aqui a muito tempo...
 -Diga! -O velho se levantou: "-Escute aqui! Existo bem antes de você fazer suas estripulias!"
 Então, ele pegou sua bengala e bateu no vidro da cabine, esta se espatifou e mandou os demônios que estavam nela para longe. Nisto, minha dor de cabeça voltou, só que desta vez foi tão forte que eu desmaiei por alguns momentos.
 -Meu nome é Willian Spellfot. -Ouvi o velho dizer enquanto recebia um chá dum funcionário do trem.
 -O meu é Charles e você é daon...
 -Sei que seu nome não é Charles, nem Élio, nem David ou outros mais, e isto não me importa; é uma recomendação do seu mestre, a quem tenho muito apreço e o qual já me livrou de muitos problemas no passado.
 -Meu mestre? -Perguntei desconfiado, ele foi e me sussurrou o nome de meu mestre, o verdadeiro. Confiei nele.
 Seguimos até uma estação, já na Rússia, porém pegamos o sentido contrário, por um voo que o velho Willian pagou. Não tivemos mais problemas, mas percebi que o barbudo não tinha nenhum relógio de cobre, nada, nem digital, fiquei curioso para saber como ele sabia a hora de lutar... Apesar dele ser um Pedestre, um ser que nasce entre as dimensões e que nunca sabe onde está bem num lugar ou noutro, não conhecia um caso que pudesse ter tais poderes sem ser um demônio, um deathlord ou algo assim. Perguntei:
 -O quê? -O velho me perguntou, no avião, percebi que ele tirou um fone de MP3 que seus cabelos escondiam. "-O que tem pra ouvir aí?"
 -Ah, só umas músicas ciganas, rockabilly, baladas de violão espanhol, essas coisas... Mas, as vezes ele para, na hora que preciso, ele faz o favor de parar.
 Assim, eu já sabia como ele via a hora de agir contra os demônios, ele tinha minha confiança, estávamos "quits", como eu falaria se fosse jovem em Kurit.
 Chegamos na grande ilha de Bretan, lá fomos pra Madchester; no avião, vi algo que me assustou:
 -Está em chamas... Como isto é possível?!
 -Calma, ninguém vê, talvez você não conheça, mas é o que chama-se de Evento Catástrofe, (eu conhecia, li isto em uns livros do meu mestre, mas deixei o velho falar) isto acontece sempre que há uma batalha enorme demais para durar apenas um momento nos olhos dos que podem ver... Sempre que há guerras muito grandes, corresse este risco, episódios como o do rio Tânis, em 1640, são um exemplo disto...
 -Você leu o mesmo livro que eu? (Este trecho realmente me parecia muito familiar) "As grandes ordas de Bretan", este era o nome, era de... -Fiz uma cara de surpreso.
 -É, fui eu que escrevi, mas não sou tão velho! -Riu o velho.
 Passamos com o táxi, eu via as pessoas andarem para o trabalho, levarem seus cães à passeio, tudo entre cinzas e algumas fogueiras, essa capacidade de ver o outro mundo ainda me surpreende. Fomos até um bairro mais calmo, eu vi barreiras feitas com espadas, homens e mulheres me viam, eles sabiam que eu também enxergava -estavam sujos de fuligem e pareciam muito cansados. Paramos em frente à uma casa amarela, uma grande casa amarela, a mais conservada entre as que eu via.
 -Prepare-se! -Me avisou o velho, que tirara seu chapéu; a casa vazia e com as janelas abertas, um vento frio entravam, subindo as escadas, demos com uma porta.
 -Emanel! -Foi o velho direto pra outro velho que lhe respondeu: "-Bill!"; se abraçaram, enquanto isto acontecia e, até nas primeiras apresentações, percebia a sala: havia uma espada azul desenhada na parede em cima da mesa, duas espadas em cima da mesa, livros abertos, um mapa caído no chão -percebi que se tratava de uma rede fluvial, só não sabia da onde, pois a data escrita era muito antiga.
 Sentamos em poltronas perto duma lareira, a cadeira que o outro velho sentou-se tinha uma escopeta em cima, ele a retirou e começou sua conversa.
 -Bem, amigo, não sei se meu amigo Bill te contou, mas estamos mal aqui... -Ah, o nome dele era Emanel Sworblü, sua cara era feia que doía, mas ele chamava todo mundo de amigo e tinha uma voz bem calma.
 -Percebi, mas vocês, da Ordem da Lâmina Azul resistiram bem até! -O velho Willian sorriu com minha esperteza.
 -Não me interrompa, por favor! -Disse o velho alterando a voz, depois ele, mais calmo, continuou- Você está certo, somos da antiga Ordem da Lâmina Azul, mantemos nossos eventos, aqui na ilha de Bretan, sob controle a mais de 600 anos... Mas, agora não é mais assim...
 -Por que? -Interrompi ele mais uma vez, mas foi sem querer.
 -Esses macacos do sul... -Sussurrou o velho enquanto colocava um pouco de chá, eram cinco horas.
 -Bem, você viu, Madchester foi palco de uma batalha terrível, cinco dias de evento, cinco dias! -O velho me apontava três dedos, o que mostrava sua destreza com contas.
 Mas é claro, estava surpreso, havia visto apenas um evento tão longo assim e ele apenas durara um dia... Foi no mesmo evento que aconteceram as coisas que me fizeram querem ser uma pedra de gelo na Sibéria... Enfim.
 -Vocês resistiram, não é? Isto é o importante. -O velho estava prestes a me xingar.
 -Nós resistimos Élio, sim, nós resistimos. -Interveio Willian. "-Agora é bom descansarmos por algumas horas"; eu estava bem, mas aceitei a ideia.
 Em Ville des Lumières, no continente, em um beco escuro, uma figura roxo de terno e quatro chifres se encontrava com outra estranha imagem, um homem alto de barba negra pro fazer.
 -Então, estamos combinados, Bal-Arady?
 -Qual o pagamento? -Perguntou o "Senhor do Reflexo", Bal-Arady, o chifrudo.
 -25 peças de prata, cheias de seus "tabletes" de energia, e mais um bônus... -O outro pôs uma porção de olhos no tablado que tinham posto em cima de uma lata de lixo.
 -Mais que maravilha!! -O demônio se alegrou bastante, ele pegou um dos olhos e pôs em sua órbita branca, "seus olhos" choravam.
 -Tem muito mais de onde este veio, sei que "seus olhos" nunca ficam por muito tempo... Lembre-se assim do acordo.
 -Tudo bem, Nicola, está feito o trato: matarei até o último dos Lâminas Azuis, nem um pupilo, nem um lorde sobreviverá.
 -Ótimo! Ótimo! -Disse Nicola Izolovan, virou-se e partiu pela neblina da madrugada, ainda poderia aproveitar alguma balada villense.
 Eu tive um sonho estranho, não sei se seria um pressentimento, sabia que algo acontecia, lá, em algum lugar. De novo eu teria que lutar e enfrentar os maus demônios e derrubar muralhas, não consegui dormir naquela sede da Ordem da Lâmina Azul.


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 Cidades...
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PôÉTia: Citi

 "Batidas d'máquinas não têm
 Alma"
 Li isto num violão
 Roubei pra mim
 "Uma andorinha sozinha
 Não faz verão"
 Ouço muito isto
 Talvez acredite
 Um dia
 "Se a vida te der limões, faça uma limonada;
 Se de cagados... Dê pra outro"
 Me contaram faz tempo,
 Ainda rio, mesmo que
 Pouco
 ...
 Espero um dia restar,
 Apenas como uma
 Citação
 No mínimo
 Instante
 De alguém

domingo, 26 de setembro de 2010

Gunshot guys #B

 Seguimos por quase um dia inteiro na estrada. Há muito já tinha passado pela Estação Norte, percebi a face de preocupado do Élio, ele tinha aberto aquele bilhete que o mestre estranho dele, aquele esquilo gigante, agora estava todo pensativo. Eu poderia ter perguntado alguma coisa pra ele, mas acho que nem precisaria, não sei como eu conseguira ficar mudo... Em trinta e três anos de vida eu nunca tinha passado um terror tão grande, nem quando comecei a ler os livros que o Élio tinha me dado e descobri o que realmente acontecia no mundo... Meu amigo podia ler minha mente! Isto é assustador! Talvez, ele já soubesse as burradas que fiz, como entregá-lo a uns valentões pra não arriscar minha pele e "proteger" minha ex-namorada -ainda nos tempos de faculdade-, a desgraçada ainda acabou me traindo...
 Mas, não podia ser só coincidência?!!
 Dúvidas como estas pairavam em mim, até que chegamos a um restaurante de beira de estrada, se não me engano se chamava Bistrô de Zii, estas coisas de lugares pobres arranjarem nomes pomposos! Hahahahahaha!
 Pois bem, chegamos na birosca, ela tinha uma pousada também e então pernoitamos ali. Eu, usei meus remédios, sempre tive problemas para dormir, Élio queria trazer uma puta morena que ele vira pelo carro, disse que tinha um "magnetismo"; eu não liguei para mais nada e fui dormir, ele acabou desistindo.
 Manhã seguinte, fomos encher as garrafas d'água numa torneira fora do restaurante. Depois, entramos neste, não sem antes o Élio desconfiar do motorista de uma limousine que estava parada perto de uns caminhões. O lugar era tipo um dinner e logo sentamos nas banquetas próximos às bancadas.
 -Chega! -Josias já falou demais.
 Eu olhei para trás, o lugar pareceu ficar mais escuro. Havia um gordo de terno listrado na nossas costas, junto a ele, dois magrelos com uma roupa idêntica sentados ao lado. Josias nem ligava, apesar d'eu ter dado um 38 pra ele, talvez na hora ele fosse atirar é em mim; eu também só tinha uma pistola 38.
 Fiz o que era o certo na minha situação: fui encarar o gordo. Ideias burras, resultados esperadamente ruins.
 -Francesco! -Falou o gordo pra mim.
 -Donnamartone! -Respondi menos alegre.
 Nesse momento, Josias já havia olhado pra mim, nós nos entreolhamos e fiz um sinal para que ele ficasse calmo.
 -Como vai aquele seu mestre... O Mão de Macaco? - "-Morto... "-Respondi; ele ficou com os olhos vidrados em mim:
 -É, eu sei... Sabe, ele foi meu grande "Maninho" em negócios passados... -Josias, também de frente para o gordo, pôs a mão atrás na cintura... O tempo ficava cada vez mais pesado.
 -... Fiquei sabendo que ele morreu numa grande troca de tiros, a Gangue da Zona Sul chegou no QG e fuzilou todo mundo... Estranho como poucos deles morreram, era como se soubessem onde atacar...
 -É... -Respondi, Josias fez um movimento de sacar a arma, eu tentei repreendê-lo com o olhar, mas era tarde.
 -Calma! -Disse Donnamartone. Ouvi um estalido de armas, parei a mão de Josias. Nesse momento o bar estava em silêncio, as pessoas pressentiam.
 Os dois magrelos tinham duas metralhadoras, duas tommy guns, embaixo dos casacos. Não dava pra atirar sem levar uma saraivada (como diria meu mestre).
 -Você se acha muito esperto não é Francesco... Sei o que fez e o que há! -Disse o gordo.
 -Como? -Fingir de bobo as vezes, muito poucas, funciona.
 -Mas, eu vi quem guiou a Gangue da Zona Sul, estava lá... Sobrevivi porque cai perto d'uns engradados, eu segurei a mão do Mão de Macaco na sua morte... Desgraçado!
 Donnamartone me deu um tapa, algo que me deixa realmente irritado, porém não era hora disto. As pessoas do bar estavam estranhamente paralisadas, ninguém tentara se quer sair de fininho. Josias olhava para tudo, senti nele uma paz estranha, ele parecia ter percebido algo.
 Olhou e disse: "- E a luz?"
 -Cala boca! -Berrou o gordo, ele rapidamente pegou um pacote de suas coisas, desembrulhou: era uma cataná (katana) com bainha verde.
 -Você vai ter o que merece! -Sacou a espada. Minha cabeça doeu.
 -Não! -Disse eu.
 Algo apitou no bolso do gordo. Ele tirou um relógio de cobre que tocava uma musiquinha clássica.
 -Maldito fuso horário!!
 Com esse berro eu empurrei o gordo e pulei pra trás do balcão, Josias fez o mesmo. A gorda que atendia no balcão veio com uma cafeteira, chutei ela e caiu pra cima da prateleira. Um homem que saia do banheiro sacou uma pistola e tentou atirar em Donnamartone e seus capangas, não pode:
 -Morre! -O gordo atirou na cabeça. Largando tudo que segurava, ele encaixou um soco inglês na mão direita, os dois magrelos levantaram e fuzilaram todos que estavam no Bistrô de Zii.
 -Fica aí! Fica aí! -Berrava pro Josias, peguei uma 12 que tinham embaixo do balcão e esperei o momento certo. Os tiros não paravam e nós quase levamos alguns deles.
 Pararam.
 -Atravessem a bancada, matem eles! -O desejo de Donnamartone não pode se realizar: uma quarentona quebrou o vidro lateral e veio pra cima dele, o gordo deu-lhe um único soco com o punho direito, ela voo para a parede, porém haviam muitos vindo, muitos mesmo.
 Os três saíram acuados, mas Donnamartone disse:
 -Venham pras tommy!! -Sacou de uma das mochilas que eles pegaram as pressas sua metralhadora, começaram a abrir caminho fuzilando tudo, passaram da porta e já estavam no terreno em frente ao restaurante. As balas dos comparsas acabavam, um deles não carregou tão rápido e um dos atacantes o arranhou antes que ele o matasse.
 -Infectado! -O gordo deu-lhe um soco, em seguida uma saraivada que deixou o outro capanga aterrorizado. Com as duas armas, Donnamartone derrubava dezenas de uma só vez.
 Eles iriam morrer, se não viesse a limousine atropelando tudo. Eles entraram e partiram levantando poeira.
 Eu e Josias nos levantamos, larguei minha 12.
 -Que é isto? Élio, o que foi? Temos que sair daqui! -Uma das pessoas entrou, Josias desajeitado atirou com o 38, duas vezes.
 Parei e peguei algo que Donnamartone esquecera na pressa: a cataná.
 -Calma, Josias -Nisto dois entraram, saquei e rodei a lâmina no ar, adeus pra eles!
 -O que? -Meu amigo confuso.
 Levantei a arma e mandei ele me seguir. Saímos, não havia mais ninguém, eles corriam desengonçados e desesperados para longe; tinham medo.
 Pegamos um furgão e saímos -desta vez foi Josias que fez a ligação direta. Seguimos por umas duas horas sem parar, sombras nos vigiavam. Era dia onze no jornal, de repente, um barulho.
 -Ahhahahahahahha! -Uma garota pulou da parte de trás do furgão, babava e tinha uma cara de louca. Eu, só estava pensando, ou melhor, não pensando, na minha maldita dor de cabeça!


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 E temos a infecção
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sábado, 25 de setembro de 2010

Gunshot guys #A

 Numa linda manhã em Barbek Cold, descendo do apartamento, minha missão seria comprar pão. Encontrei o Seu Jão, ele estava com seu carrinho de verduras, como todo o dia.
 -Bom dia, Dona Maria! -Comprei e peguei o pacote da velha senhora portuguesa da padaria. Sai e me preparava pra descer a rua.
 Luzes coloridas, uma loira black-power de branco. Fiquei com medo, na minha mão uma escopeta.
 Seu Jão, meu querido vendedor de verduras, retirou do meio dos alfaces um 38. Acabei com ele. A velha da padaria, que por vinte anos me serviu seu pão francês -muito bem feito por sinal-, retirou uma peixeira e vinha com ela (a velha estava rápida, mas fui mais), bum!, na cara, ela se foi.
 Meu mundo parecia terrível novamente, a manhã azul ficou cinzenta. Só sentia o cheiro de fumaça enquanto passava pelas vielas; consegui chegar no meu beco sorrateiramente e subi as escadas externas para minha janela.
 Deixando minha escopeta na mesa da sala, fui rápido para o quarto arrumar minha mala (como meu mestre dizia: "-Coloque um par de cuecas, uma calça e três camisetas -duas pra semana e uma pro domingo-, e, se necessário, uma jaqueta"); terminei e estava pensando por onde sair, talvez eles já tivessem tomado o prédio...
 -Olá!
 "-Sempre mantenha um 38 perto do travesseiro", como dizia meu mestre, eu tinha um até na almofada da sala! Apontei para a figura que estava sentada na cômoda da sala; ela já me apontava a escopeta.
 -Nunca largue suas armas, principalmente uma escopeta!
 -Olá! -Abaixei minha arma, ele desceu da cômoda, um pequeno ser de pelos vermelhos com um círculo preto na cara -nunca soube se ele era um guaxinim ou uma raposa atrofiada, sei lá!
 Ah, ele era, ou é, meu mestre.
 -Por que a roupa? -Ele estava de terno.
 -Adquiri do seu antigo patrão, aquele que te explorava na infância.
 -Mestre, o senhor roubou?
 -Adquiri.
 Eu estava esquentando água para um chá: ligava o fogão, pegava a chaleira, etc.
 -Então, o Anão Edgar foi visitado por você? -Sorri.
 -Eu o matei, e todos os 88 igualmente. -Fiquei sério, meu mestre retirou da bainha que tinha nas costas sua inseparável flauta.
 -O que...
 -Também foram pegos, a casa inteira estava infestada.
 -Você a queimou? -Meu mestre se preparava pra tocar a flauta, parou; eu parei: alguém bateu na porta.
 O pequeno ser pulou, ficou grudado na parede com sua técnica agravidade, eu peguei o 38. Fizemos tudo como fomos treinado a fazer, sem barulho.
 -Olá! -Atendi carinhosamente com minha pistola escondida pela outra mão.
 Entrou rápido, não atirei nele, meu amigo Josias. Ele estava assustado, seu óculos embaçados.
 -Preciso de... -Meu mestre caiu sobre ele, com a flauta de bambu o derrubou no sofá, atirei na parte de encosto do móvel.
 -Calma, calma! -Disse o cara.
 -Eu vi a alergia no pescoço dele, por isto a gola olímpica que ele usa! -Contra-atacou meu mestre.
 -Espera, espera! -Eu já ia dar o tiro de misericórdia.
 -Faz duas semanas que ela está aí! -Eu parei, meu mestre, em minha honra, foi investigar Josias, mas foi com uma faca na mão.
 -Aaaaaaaaaaaaaaaaa! -Meu mestre arrancou um pedaço da pele do meu amigo, a do pescoço, que parecia uma casca de árvore avermelhada; "-Não, não é nada" -disse ele ao expor o pedaço contra luz da cozinha, mais clara que a escura sala (não havia luz no apartamento).
 Tomamos café, pão recém comprado com mortadela. Feitas as conversas enquanto meu mestre tocava um rock com sua flauta.
 -Tudo bem? -Perguntou minha vizinha, Dona Cotina, uma quarentona, ela estava armada com uma panela e seu elmo era uma toca de banho. Eu ri e mandei ela ficar em seu apartamento, tentar juntar o máximo de comida e água e não sair a noite, como eu sei que ela gostava, para ir a casas de shows para mulheres.
 -Por que você... -Me perguntou Josias enquanto ela sai pelo corredor.
 -Eu sei que ela não está possuída. Pus sal na entrada. -Respondi antes que meu amigo terminasse.
 -E se fosse um Anjou, eles não são afetados pelo sal?- Fiquei surpreso, "-Você mudou Josias, andou estudando os livros que te passei no verão?"
 -Anjous seriam percebidos. -Disse meu mestre.
 -Mas, só por Anciões, e eles estão a muito tempo extintos, eu procurei na internet.
 -Eles seriam percebidos. -Sorriu meu mestre, eu também.
 Partimos pelo prédio vazio. Descendo as escadas até o térreo vimos o porteiro caído perto do elevador, um taco de bets quebrado perto dele.
 -Fui eu. -Respondeu Josias.
 -Tudo bem. -Respondi a todas as vezes que ele tentava, com remorso, falar sobre o assunto.
 Seguimos pela rua deserta.
 -A partir de agora, vocês vão sozinhos. -Disse meu mestre, ele me entregou um bilhete, disse para abri-lo somente quando já tivesse passado da Estação Norte de ônibus.
 -Mas, ele vai ficar bem? -Perguntou Josias enquanto eu via aquela maldita luz de novo.
 -Sim, é claro! -Respondi com dificuldade. Josias, não acreditando, olhou para o outro rumo da rua e viu meu mestre entrar um ônibus amarelo de dois andares; "-Como..." -pensou, "-Por que ele pode, droga!" -respondi pra ele, eu estava com uma maldita dor de cabeça.
 Quebramos um vidro de carro, eu abri a porta e perguntei ao meu amigo assustado se ele já sabia fazer ligação direta; ele fez uma recusa com a cabeça, eu sentei e fiz.
 Seguimos por ruas cheias. Pra não pegar trânsito, peguei um monte de atalhos que aprendi quando fiz um trabalho de campo pra faculdade -acho que a matéria era de Planejamento Urbano, ou Redes Urbanas, não sei.
 Josias ficou calado enquanto olhava para as pessoas passando pela janela do carro (todas vivendo suas vidas comuns). Ele tirou do bolso um relógio de bolso de cobre e olhou.
 -47 horas e 23 minutos para o próximo ataque, será que chegamos a tempo?
 -Sim, a cidade é caótica, mas nem tanto... Um ser vivo... -olhei pro meu amigo- Literalmente, não?
 Sorrimos, ele ainda assustado.
 Passamos por uma banca de jornais, compramos três coisas. Josias um jornal e um periódico mensal de economia e eu a revista de mulher pelada do mês, este que acabara de começar: 9 de setembro de 2019.


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
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sábado, 18 de setembro de 2010

Bíblia do Absurdo #5

 Vi o senhor descer da montanha, ele segurava as placas de Sair -aquelas da lei.
 O grande Panda da Montanha se dirigiu a ele:
 -Tu se acha capaz de gerir tal coisa? Na terra dos verdadeiros vivos... Nenhuma misericórdia às ideias! Nenhuma a nós!
 O homem com barba e túnica branca disse: "- Não deixarei que nada aconteça, nada saíra do controle, pois eu serei aquele que se chamará apenas de a Luz".
 E assim, a Luz se proclamou Senhor. Porém, os verdadeiros habitam aqui, eles tinham a força de gerar o pensamento. Logo, a Luz iria destruir esta capacidade, pois ela cria no "Penso, logo existo", um conceito de um dos antigos Poetas Bêbados.
 Primeiro viriam os irmãos dele. Anjos Tortos, os mais poderosos, entretanto loucos dos seres falsos... Um se chama apenas de Espaço, outro, Tempo -são imortais por que não respeitam as leis de um mundo 1, 2, 3, ..., mas 1, c, abra, T, www, ou seja, as leis tortas.
 Depois o mistério, a Praga de Perder a Face (PPF), arrasará a mente.
 Finalmente, a própria Luz virá, com seus Anjous, anjos de metal -escolhidos de membros do mundo dos verdadeiros. Eles matarão toda a resistência que no meio do caos resistir.
 Então, depois disto eu não sei. Sou Edyuo Simurgh, vi o mundo cair três vezes... Agora, escrevo o que ouvi: a quarta vinda da Luz, a quarta destruição, será a mais forte -pois, ela se baseou nos Cavaleiros Sagrados, heróis para os falsos, estes são: Vitória, Fome, Guerra e Morte. O que descobri, por minhas conversas e como sou um ser falso também, é que este ataque será feito pelo filho do Anjou rebelde; terá mais força que a própria Luz, ele levará tudo para as trevas iluminadas... Até mesmo este cachorro velho que escreve.
                           Epístola via web de Simurgh aos apatacos, 16660, ano do Senhor
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sábado, 11 de setembro de 2010

Bíblia do Absurdo #4

 Meu nome é João Idrizi. Eu sou um deus.
 Estava fumando na sacada do quarto, haviam 3 dias que eu fugira da minha prisão. Agora espera ver um coelho branco, ou entrar em um armário... Se me enviassem uma carta -dizendo que eu estava convidado a estudar numa escola fora do país, eu já estaria contente.
 Mas, claro, nada chegou.
 Então, numa manhã azul, com fumaça no lugar do ar e frio em vez de calor. Peguei minha espingarda e resolvi mudar o mundo: Sai na rua, fiquei olhando a cara daquelas pessoas cinzas e, as vezes por causa da luz solar, laranjas, elas me olhavam e eu não dava tanta bola. Andei muito naquele dia, joguei xadrez com mendigos na praça até que, passando por um muro azul, parei -minha camisa xadrez azul combinava com a paisagem. Eu fiquei olhando por um tempo, tinha sumido. Entrei pela parede e não me feri, fui arrebatado pra cima, não via nada.
 Acordei, espaço desértico com um jardim no meio. Estava neste e perto de mim havia um banco branco, lá tinha uma velha. Ela me disse:
 -Eu sou a Avó.
 Estava falando com a grande matriarca do mundo, senhora dos 3 desertos. Aquela figura mítica, que eu nem sabia se era ilusão ou não, disse que era uma Representante, uma enviada da Luz.
 -E daí? Não acredito nisto!
 -Meu caro, -disse a velha- você não acredita, mas eu acredito em você!
 Me senti um burro, um textinho lazarento de ruim... Ela queria que eu me convertesse por acaso? Fosse servo da Luz?
 Não, ela não queria isto. Me falou que o seu desejo era que eu fosse Aquele que Derruba a Luz. Surpresa não foi pouca, eu deveria derrotar a força mais poderosa do mundo; o poder que criara as montanhas de Caramelo, furara o Queijo das Três Luas e fundara a profissão das putas... Eu deveria ser a Mão com o Tacape, me disse ela.
 -Por que? -Minha questão foi respondida: "Eu a muito tempo fiz parte da Resistance, um grupo que lutou contra a Luz... Eu fui uma das líderes, junto com meu amante... Ele era um Anjou, um guerreiro máximo da Luz, mais poderoso que qualquer arma, sua armadura era um tanque e sua mão, o peso de uma montanha tinha... Mas, tudo acabou e a Luz venceu... Ela fez um acordo comigo, se eu não continuasse a liderar meus guerreiros, seria glorificada e salva do 3º Fim do Mundo..."
 -Velha! Você fez um acordo destes?!! Mas, por que a Luz te manteve viva?!!
 -Meu filho, garoto, este era motivo... Eu tinha me deitado e gerado um filho daquele que amei em carne e mente... A Luz não poderia, por alguma razão, matar um ser que misturasse nosso sangue ruim com o sangue sagrado de um Anjou... Meu feto me protegeu de sua força... Porém, agora...
 -O que é velha?!
 -Você entra aí! -Não compreendi até que ela mandasse a minha missão: "-Mate meu filho!", disse ela.
 A minha saga começa. Desci ao "mundo normal" de novo, minha missão seria destruir Aquele que é o Trono da Luz; o filhote da Avó fora treinado pela Luz e estava em algum lugar por aí, mandando em você ou te influenciando... Escondido por sistemas e números, observando e se preparando, meu dever seria evitar que seu treinamento acabasse... Se eu falhar, nem uma das três guerras anteriores se comparara a isto, agora eu vou ter que acreditar em quem menos confio: eu.
 Torça pra que eu não falhe.

MUSIQUETA DA POSTAGEM
Eu acredito.
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domingo, 5 de setembro de 2010

Chove em Curitiba

 Plec
 Plec, plec
 Puta que partiu! Meu guarda-chuva não abre!!!
 #Chove em Curitiba!
 #Tô molhado até o umbigo
 #Morreu até a porra do mendigo!
 2x
 Cidade fria e molhada
 Eu na sarjeta esperando
 Trem das onze passar
 Mas, no mundo meu irmão
 Ninguém te dá a mão
 Mas, come teu braço
 Mas, come...
 #Chove em Curitiba!
 #Tô molhado até o umbigo
 #Morreu até a porra do mendigo!
 3x
 O cachorro vira-lata
 Que cata o seu papel
 E limpa sua sujeira
 Primo, teu irmão
 Caiu no Ivo
 Levado para a vala
 Para o frio
 #Pro fundo do rio!
 #Pro fundo do rio!
 Então, my little sweet
 Chora no meu ombro
 E reza pro blues
 Vê se salva tua alma
 Que o mundo tá perdido
 #E molhado...
 #E molhado...
 Tá molhado!!
 #Tô molhado!!
 #Tamô molhado!!
 #Tamô... Ferrado!!
 3x
 Cadê meu guarda-chuva?
 #Chove em Curitiba!
 #Tô molhado até o umbigo
 #Morreu até a porra do mendigo!
 3x
 Cadê meu guarda-chuva, porra?

sábado, 28 de agosto de 2010

Bíblia do Absurdo #3

 Legião de bestas de queijo e presunto
 E então vi no céu, o escarlate da tarde de janeiro para dezembro vi o céu e nuvens se abrirem assim, fuuuuóóóó, foi seu som. Saíram discos de lá.
 Eles desceram, e abriu uma porta um homem velho... De uns trinta anos. Me olhando na face, disse:
 -Tu é o profeta?
 -Não sei, tu me chamas assim? -Ele encoleirizou-se e praguejou-me; dizia que vinha de muito longe, uma tal de Escócia do Sul, ou algo assim.
 Quando estava prestes a castigá-lo, pois me irritara e lançara meu cajado sobre ele -derrubando-o, uma mão tomou-me de assalto. A pele negra e o cabelo pintado a spray de vermelho denunciava: Zenão, o profeta antigo ali estava.
 -No faça iço! -Me disse ele, com sua língua presa que eu havia cortado um pedaço alguns dias antes.
 -Por que?
 -Esste é um anço! Buurro! Ele fiera em pass! - Como sabe? - Respondi.
 -No çei... É apenass o que çei! - Me citou poesia antiga, o safado. Acreditei.
 Fomos cear. Dividimos o pão e o vinho em quatro, pois minha mulher -a ex de Zenão- estava junto e, pela lei, devia ser a melhor alimentada.
 -Qual tua procedência hóspede? - Fica quieta mulher! -Respondi-lhe a altura dum homem.
 -Quieto você! Quem pensas que és?! - Diante disto, com raiva no coração, fique calado: "Pois palavra de mulher não se desdiz", já dizia a lei.
 -Vim de Celuria e não vim aqui para fazer-lhes brigar uns com os outros. Isto já fazem bem! - Riu - Vim anunciar ordens, ordens de lá! - Apontou para o chão, depois para o céu.
 E disse a profecia, ou se quiser chamar, a ordem:
 -Em vinte e quatro horas na meia-noite, deves ver como a luz se porta, não a da lua, mas a tua -do candeeiro!
 Ele falou e eu entendi, o velho Zenão e minha mulher ficaram com cara e pastel.
 Logo, veio o café e eu disse: "-Já é a hora!". Perguntaram-me do quê, respondi:
 -Da liberdade da mente, do fulgor do peito e da ira do Filho sobre o Pai! -E lancei minha espada sobre minha esposa, sobre o velho e sobre Zenão, este não caiu de prima -tive de esforçar e cortar-lhe um braço e depois feri-lo de morte.
 Sai de casa, corri para o campo e depois para a estrada. Minha justiça seria aquela que caberia em todo o ser pensante e toda a criatura criada à Luz, eu seria a tua Justiça que os livros proferiram ao velho do disco!
 Mas, eis que no segundo viajante que iria matar pela estrada, me deparei com um magrelo de óculos de garrafa e roupas quadriculadas; não pude atacá-lo, pois antes do golpe, ele virou-se e disse:
 -Se você pensa que faz o certo, erra. A alguns quilômetros daqui há uma guerra, chamam-na de Guerra do Loko... Tu devia ser um dos generais dela, esta seria tua prova... Porém, reprovou.
 Eu me assustei, caiu minha espada da mão, mas eu logo me recuperei -tinha que interrogá-lo, catei a adaga e fui.
 Ele me repeliu, com uma mão me derrubou -sem força, mas com conhecimento. Pisou na minha perna e a partiu em duas, eu chorei de dor.
 -Nós -falou-, as bestas que cheiram a queijo e defumam seus inimigos como presunto, não iremos permitir alguém assim como você!
 Logo, vieram luzes, do céu vi o brilho azul e me senti voando, fui arrebatado e lançado aqui, na Ilha de Las Loiras- a prisão mais terrível por não ter absolutamente nada para se fazer.
 Por isto, escrevo estes diários.
 #Em vinte e quatro horas na meia-noite, vê como a luz se porta, não a da lua, mas a tua -do candeeiro




 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 24 horas.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bíblia do Absurdo #2

 A Canção de Abroão
 E seu nome era Abroão, mas antes era Simon. Com couro negro e cabelos ao alto, este menino vagava pelos Desertos do Caos com seu bandolim; com ele falava coisas rápido e tocava em três acordes demoníacos, pelos bares lançava facas nos malfeitores e roubava os bons.
 Porém, a Luz o tomou. Ela roubou seu coração. Tinha o nome de Coralina Cardozo, com cabelo ruivo e vestido surrado; numa casa em um deserto de sal ela disse a ele:
 -Sou tua mãe, era meretriz e agora sou de novo mulher completa!
 -Morra!! -Disse o filho, que não era seu filho, era nosso, do mundo.
 Com uma garrafa ele a cortou e sangrou-a por dois dias até que morreu. Simon correu para o meio do vazio demográfico. Lá viu o anjo: um coiote comeu sua perna enquanto dormia, ele sangrou e ninguém o ajudou. Neste momento, ele conjurou o primeiro salmo de seu livro:
 -À estrume!!! Não terei mais perna! Não correrei por mais campinas, mas ainda hei de vingar no pensamento!
 Passaram dias e meses, Simon - agora Abroão - pegava as cocotas que passavam pelo caminho da encruzilhada do deserto do Sinhô; para comer, as conquistava com seus "dotes" e pedia para trazer-lhe um prato de pelo menos um frango com farofa e agrião.
 Mas, eis que a Luz quis de novo uma contribuição de nosso anti-herói, enviou uma tropa de cavaleiros errantes comprometidos a sua missão. Mercenários, mataram a aldeia que Abroão morava. Ele fugiu e, de pistola na mão, levou ainda mais uma garota com ele -sua mulher era Estrela, a santa!-, matando um cavaleiro   para morte nisto.
 Na corrida, o segundo salmo: "-Se queres fugir, leva apenas bagagem de mão!". E foram para a grande cidade de Goethe, um subúrbio industrial cheio de casas uma em cima da outra e dando espiral.
 Estrela, a santa!, foi por vezes corneada e maltratada pelo seu "marido", enquanto ele via o jogo de futebol no estádio, ela lhe trazia a cerveja. Nisto, ele disse o 3º salmo:
 -Só de pão e álcool  o homem vive!
 Entretanto, por uma última provação ele passaria. A Luz, mandou um jardineiro, seu nome era David, loiro e forte, tinha todas as mulheres em suas mãos, porém...
 No dia do senhor e da senhora, Abroão saiu para comprar pão, unica coisa que fazia, pois aproveitava e comia um churrasquinho de gato e as vezes fazia a alegria do cafetão. Sua mulher ficou só com o jardineiro... Forte e bronzeado, seria ele seu libertador -pensou ela em alguma hora. No quarto, depois de um logro e concertar um chuveiro que nem tinham, ela tentou, uma, duas e a terceira... Até eu me jogava, mesmo sendo o mais purista dos monges!
 Mas, A santa!, desapontada, ficou feliz; deu um pacote de notas amarelas ao seu novo homem.
 Abroão chegou, seu corpo não resistiu, pois os anos de sedentarismo o deixaram em "disforma". Saído de trás da porta, o jardineiro o fez.
 Depois do ato, quase morrendo, Abroão deu seu último respiro em poema chulo antes de morrer e sumir no Limbo:
 -Passar na rotina com a companhia é o mesmo que assinar sentença de promissória de qualquer coisa!!!
 Morreu.
 Seu filho, gerado a contragosto pela Santa! ficaria pior que ele, mas esta é só uma previsão do próximo periódico. E a chuva cai lá fora, sapos do céu; eu vou a um bar, quem quer?
 Não tenho mais perna, não mais correrei por campinas, mas ainda hei de vingar no pensamento
 Se queres fugir, leva apenas bagagem de mão ;
 Só de pão e álcool o homem vive ;
 Passar na rotina com a companhia é o mesmo que assinar sentença promissória de qualquer coisa.


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
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