sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Arqueólogo #Agentes do Caos

                                                                  Os deuses forjaram a lua e depois, uma estrada de tijolos amarelos para ela. A princesa, celada no castelo, chorava sangue pelo amante, aquele que fora derrotado pela deus... A tristeza dos dois fazia toda a terra triste, tão triste, que as ervas tornavam-se negras e mortas, os pelos dos animais caíam, os reis não tinham governo, os médicos não mais curavam, estrelas não podiam ser contadas, nem lidas.
                                                            Então, o dobrão de ouro caíra nas mãos do ladrão. Dando seu corpo ao Corrupto, ela gerará com ovos um milhar de homens-cobra, sedentos por sangue e ossos, eles não vão parar até injetar seus ovos em todo homem e mulher, criança e idoso, até que todos os guerreiros caíam e sucumbam a força de seu império.
                                             Então, e só então, os Senhores do Caos se cansarão deste mundo, com suas asas irão jogá-lo para longe e, com seu braço que se estende por montanhas, esmagará cada vivo ou morto, carne ou metal. Então, só então, o Caos reinará como o silêncio e não mais o barulho.
                                                         *
 Levava este manuscrito rápido para meu chefe, em Madchester. O velho Emanel Sworblü estava com uma cara péssima, se fosse possível piorar sua cara já feia! Sou arqueólogo de Indiana e meu nome é Johnes Stevens-Lucas, trabalhei sempre como consultor para a Ordem... Mas, agora, tinha algo muito importante, algo concreto demais para ser simples crença.
 -Você, -falou Emanel- Johnes, tão racional e cartesiano, me trazendo um pedaço de pano de 500anos atrás... O que é isto? Ficando mole depois de velho?
  Tive vontade de esmagar a cara dele, mas, com certeza, ele podia me matar com apenas uma mão, então, continuei: "-Há mais de quinhentos anos, barcos e mais barcos de colonizadores pararam em Asteca e Inca, derrubaram e mataram, mas eu descobri algo que prova que "mais alguém" esteve antes por ali...
 -O que? -Surpreendi o velho.
 Não era pra menos, o que falava era dum plano de nossos inimigos, os Corruptos do Caos, haviam guardado a muito tempo, nos templos e casas por toda a floresta amazônica e nos Andes. Difícil acreditar, mas, enquanto Lorde Azul fundava a Ordem em Bretan, os navegadores escandinavos cruzavam os mares gelados, os chineses, o grande mar, assim como os habitantes das ilhotas ao longos desta imensa porção d'água, junto deles, pude provar, até agora, que três dos "Caóticos" estiveram nas terras ao sul do Equador. Dois tinham sido náufragos, e não tinham tanta importância, mas, um terceiro, vindo das ilhotas do grande mar me chamou a atenção: parecia um peregrino, suas ordens eram de causar a desordem por onde passasse, era um mestre em domínio de um tal de Mana (desculpe, mas a região dele não a de meus estudos, por isto, a ignorância), além de ter um corpo de homem, mas cabeça e pele de tubarão. Fora cultuado por alguns povos, mas, parece que foi morto por um poderoso senhor dos Andes, uma serpente emplumada que queimava como o sol, esta guerra foi a responsável pela criação das Cataratas que temos lá hoje em dia, são registros desta batalha -claro, elas não foram criadas pelos dois, mas seu tamanho aumentou, e muito, graças a tal batalha épica.
 -Histórias Stevens, apenas histórias não me interessam! -Disse-me o velho chefe da Ordem da Lâmina Azul.
 -Mas, a morte de seu filho sim, não? -O velho me jogou contra uma parede e falou se eu sabia de algo sobre isto...
 -Ele morreu em circunstâncias misteriosas... Haviam ovos dentro dele! Talvez...
 -O que?! Acha que meu filho virou portador de ovos duma raça demoníaca? E o que o homem-tubarão tem haver com isto?!! -Capturei o velho...
 -O homem-tubarão, ou melhor, no tempo em Iguaçu que ele viveu, foi lá que encontrei provas do manuscrito espanhol que lhe mostrei... Ocorre que talvez nem os próprios Agentes do Caos soubessem da existência de tal membro, creio que o plano que ele começou a 1300anos foi "reativado" agora... Por quem, eu não sei!
 O medo estampou os olhos do velho... Homens-lagarto era a última coisa que ele queria, considerando o estado em que a Ordem caminhava, cada vez mais para "o buraco". "-Você sabe como parar isto?", perguntou-me o velho, "-Sim", respondi a seu temor.
 Às 22horas do dia 28 de janeiro de 1912, um grupo de vinte cavaleiros da Ordem Azul, incluindo o próprio líder Emanel, partiram para o mausoléu da família em Dublin; tinham, como os instrui, eliminar todo o corpo de Rihan, o filho do velho, queimariam o corpo e por três dias o velariam... Eu ficaria aqui, preparando ervas para localização de outros ovos (aprendi tal receita em livros antigos de padres em missões espanholas de Iguaçu).
 -Obrigado, meu jovem! -O velho sorriu para mim com seus dentes amarelos e pôs as mãos nos meus ombros... Eu havia ajudado muito a Ordem e merecia "tal gratidão", incomum ao velho tais gestos. Partiram depois.
 Fique alguns dias na casa, boa comida e bebida, belos quadros e livros -da época, séc. XVII/XVIII, em que eram grandes. Entrava no quarto e fingia que trabalhava, manhã e noite. No terceiro dia, sai um pouco, falando aos empregados que precisava ir a uma padaria, descansar uns minutos da rotina -claro que me olharam feio, pois seu patrão era inflexível a dar horários e folgas-, mas fui.
 Sentei na mesinha, tomei um café, um homem de capa preta passou perto de mim, deixou-me um jornal. Terminando o café, abri o jornal, fingi lê-lo, os vigias da Ordem estavam por toda a parte naquele bairro; peguei o telefone marcado nele e, depois de ir ao banheiro, voltei-me a cabine de telefones da padaria, arranquei um fio de um deles, liguei:
 -Esta tudo pronto, vão ficar fora mais um dia. O código das armas é BRAVO-1PJ e HIDDEN SCONTEN, há vinte canhões anti-aéreos cobrindo a região, mas com os códigos, é só desativar;
 -Duó mitriar -Falou-me a voz em "duendês", logo, entendi, às 20horas deveria matar os guardas da torre que controlava os canhões, inserir os códigos e sair o mais rápido possível, pois, como sabia, nada daquele bairro sobraria com três bombardeiros.
 Desliguei, paguei minha conta e, sob olhares desconfiados, desci a rua e peguei um bonde, eram ainda 17horas... Talvez alguém tivesse ouvido, mesmo tendo cortado o fio duma escuta no telefone que usei, mas, e daí, meus poderes começavam a se abrir, minhas mãos ficavam roças... Os Agentes do Caos estavam vindo.



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domingo, 23 de janeiro de 2011

Tecelões de Vida: Prólogo

 Há muitos anos, mulheres chamadas Moiras nos representavam. Três senhoras que o destino liam, com finos fios teciam, a vida da Humanidade. Nós, iguais a elas, existimos; somos Os Tecelões.
 Num dia frio em Barbek City, uma sombra se movimenta através do bairro frio de Parolli, tendo a direção da casa principal, a maior e mais velha; se vira antes de qualquer coisa a atingir... Luta com algo que se move muito rápido! A coisa se mexe e a sombra se defende com movimentos de mãos, saltos, macaquices. Súbito, tudo para, ela não mais se mexe, com uma mão retira uma pequena ponta de ferro, uma gilete: corta em partes algo no céu e coisas invisíveis em suas mãos. Atrás, ao lado, na frente, três, quatro, homens caem, mortos.
 Desce a rua, chega ao portão, entra e vê: A Velha e sua Trupe; Circo dos Horrores, assim ela os escondeu de seus espiões, não mais, não mais...
 -Você vai mesmo tentar isto, irmão? -Fala A Velha, uma linda mulher de cabelo negro, franja e sensual roupão
 -Sabe, eu nunca achei que chegaríamos a isto! -O garoto, talvez novo namorado dela! Mostrava sua intromissão de cunhado, levantava uma espada
 -Acabemos com isto! -Uma jovem masculinizada! A isto me parecia a terceira atacante, com duas pistolas; era apenas uma elfa descuidada
 -Vai pagar pelo que fez a minha família! -Falou o baixinho ruivo, um goblin que se escondia sobre o nome de Julio Quixotte -família nobre, mas morta
 Vários estavam com eles, mas não dei importância: levantei minhas mãos... Os cordões da vida apareceram: chamamos de cordas, ligam tudo em nós, são parte da conexão com o Universo da Existência, a única coisa que existe fora das Cordas é o Vazio. Mexi as mãos rápido, minha irmã fez o mesmo e logo seu roupão branco voava, assim como minha roupa preta: bailávamos no ar, logo, tiros foram disparados dos 38 e carabinas, desviei, mexi minhas mãos num lado e noutro, nenhum tiro a mais:
 -Eles foram preparados para morrer! Apesar de pobres, não tinham medo do Vazio pós-morte! -Falou Isís, agora de nome Safira Blade; movíamos os dedos e cordas finas, transparentes e luminosas, surgiam se amarravam mais e mais: mexi meu braço e amarram-se infinitas numas viga, outras, numa fachada, arranquei-as e lancei sobre ela, que reagiu desviando e lançando-me uma pá de terra, rebati!
 -Você parece evoluído nos poderes, jovem irmão! -Ironizou, não pensava no momento que era ironia, mas, então, nossas cordas ficaram tão amarradas que ficamos de frente um para o outro: era minha chance, se cortasse a corta mestre que todos temos na sequência de nossa coluna (onde dizem estar os chacras), mataria ela -isto me condenaria a morte, mas e daí? Era minha inimiga!
 -Não! -Gritaram os jovens lá embaixo, que, parados, não interferiram na batalha dos adultos; nem precisaram, A Velha retirou-me para trás com um chute e desembaraçou os fios, me lançando sobre a estufa, no terraço da velha casa; lançou-me pedras e uma viga de madeira: usei o controle sobre a vida, puxei ramos de árvore e fiz um escudo, fazendo eles crescerem em forma de dólmen.
 -Andou aprendendo a controlar as forças vivas, hein Sama? -Tive medo do que ela faria a seguir...
 Puxou as mãos para trás, lançou muitos fios, moveu rapidamente os braços para frente, trazendo com sigo uma enxurrada de pássaros, parada, no chão, ela me lançou tal ataque! Fiz tudo que pude e construí um dólmen melhor, mas, os pássaros o perfuraram; cai do terraço e quase morri na queda: o jovem com espada tentou aproveitar a oportunidade, segurei a lâmina da espada e quebrei seu braço, joguei-o na revoada de pássaros. Isís viu isto, desviou a maioria deles, os que sobraram foram mortos por mim, agarrei no chão e dele tirei cães que destroçaram alguns, porém, era muitos e eu corri para um paiol, atrás da casa.
 -Você está bem? -Perguntou a velha ao jovem, ele respondeu, envergonhado, o idiota, que sim; os outros dois vieram acudi-lo.
 Estava morto, não conseguiria escapar a tempo pelas árvores antes que a mulher as derrubasse, se pudesse, perderia tempo pulando a cerca, assim poderia ser pego: estava nas últimas! Mas, então olhei para a Lua...
                                                                      
                                                                       ***

 Deserto da Pérsia.
 Abri os olhos, mais um dia, mais um momento no exôdo, lá ia eu, andando, andando, dias e noites, andei tanto que cheguei a uma área de conflito, pelo menos era o que os pastores falavam. Vi um jipe se aproximar, dois, três soldados dum exército rival ao daquele país estavam ali, talvez, secretamente; pararam-me, um pediu os documentos, que não tinha, pois não sou dali, outro, mais corrupto, falou que minha túnica de linho preto deveria valer alguma coisa, perguntou seu eu não tinha nada mais a dar -os outros dois calaram-se. Nada tinha e ele mirou na minha cabeça o fuzil, mandou eu lhe passar minha bolsa e minha túnica, eu era um sujo daquele país e deveria sofre e...
 Mexi minha mão e ele deu um berro, disparou para cima suas balas, os outros dois ficaram assustados, quando tentaram uma reação, mexi minha mão e lancei um para trás, agarrei a arma do outro e dei-lhe um soco. Com estes movimentos, já tinha pego os fios da vida deles, amarrei em um bolo só, cortei duma vez, através duma lâmina que tinha em um dedal.
 Seguimos com o jipe pelo deserto frio, pois já anoitecia. Cortei a cabeça de um dos soldados, o que pediu-me os documentos, e a enterrei, vesti depois seu uniforme. Os outros dois estavam calados, as vezes babando, um sangrava e não era nada bonito... Como cortei seus fios de vida, agora eu seria o seu Senhor.
 Achamos o helicóptero que os levaria para a base, não tinha tempo para conversas, mandei atacarem; lançaram o carro no quarto soldado, outro no helicóptero reagiu e matou um dos meus, estourou sua cabeça! O outro tentou me acertar, desci e catei o fuzil do morto, atirávamos com os fuzis, até que eles pegaram a metralhadora aérea e destruíram o carro, junto com meu aliado, desviei e lancei a dor sobre o que segurava a arma pesada, ele começou a estribuçar, lancei-me ao piloto, fiz ele ficar louco de bater a cabeça no vidro da aeronave até sangrar, o terceiro, tentou algo, mas atirei com o fuzil com uma única mão e estourei seu ombro; correu o jovem soldado, pelo deserto, segui ele, os cordões da vida dos companheiros eram segurados por mim, ainda tentou me matar com uma faca, segurei sua mão, poderia tê-la quebrado, mas não quis, pus minha mão em sua testa e capturei seu fio de vida. Cortei todos os três fios, mais três servos.
 A tarde caía e seguíamos pelo deserto em voo. Logo, lembrei do meu pai e de minha irmã, dos momentos antigos, das Eras de Ferro e Bronze, de nossos nomes, até de Agentes do Caos nos chamaram!... Era hora de por fim ao meu Exílio, voltaria ao mundo, era hora de "derrubar os navios e pilhar os inimigos, depois, ir beber rum no bar, whisky se preferir", como dizia Nemo, um amigo pirata meu. Talvez, tentassem derrubar este helicóptero, mas sou um daqueles que pode ver e sentir os fios, as cordas, da vida, meus desejos serão concretizados, custe o que custar.



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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os 7Reis da Távola Solar pt.1 #Agentes do Caos

 Há meninos que sonham dominar multidões com uma bola, outros, voar pelos céus, nas novíssimas nave interestelares, mas ele, John Vicious, sonhava em ganhar o mundo de outra forma... Sempre fora apaixonado por uma menina chamada Victoria Atenas, nunca confessou isto a ela, pois ela era uma nobre do reino de Walls, ele, um simples carpinteiro, nunca poderia conquistá-la, se não por ato heróico que salvasse o reino.
 O fato é que o garoto de óculos e fraco era um péssimo lutador, nunca empunhou direito o florete, disparou certo a escopeta, fora dispensado do serviço militar em uma semana, mesmo querendo servir, era um perdedor, um fraco, ou seja, não poderia ser desejado por nenhuma garota...
 Mas, ele queria ser forte! Se não podia defender o reino ele o destruiria! Aí, como poderoso conquistador, poderia tomar a mulher para si -fora ensinado assim, assim deveria prosseguir. Leu muitos livros, antigos e velhos, coisas estranha e em línguas velhas que ninguém podia ler, mas conseguiu mesmo assim, esta era a sua habilidade. Encontrou seu caminho num templo velho e abandonado, em um cemitério perto da cidade; sabia que seria mais fácil entrar para um grupo de bandidos do que usar o caminho das artes malignas, mas não tinha nenhum talento físico, logo, preferiu isto...
 Em élfico antigo e morto há séculos, estava escrito: "Aquele que bebe da água da fonte da vida uma vez, perde sua vida e tomara a dos outros/ sem morte e dor, apenas frio e indiferença/ o soldado eterno do povo das florestas jaz nestas águas/ nunca durma ó Elune D'Sol (deus do sol dos elfos), nem deixe seus combatentes e campeões repousarem/ pois, o putrefado acordou, nós levantamos o Rei Morto dos Céus e o lançamos/ para a nossa Vingança na Terra da Vil Maça Pecaminosa!/ Piedade!/Piedade de nós Elune D'Sol(...Verso repetido 42vezes...)".
 John Vicious não pensou em mais nada, bebeu da água, um, dois, três cantis, um ainda guardou... Talvez fosse o suficiente. Selou a caverna e saiu de volta a sua humilde casa... Com uma dor de barriga desgraçada!
 Nunca mais, como prometeu a si mesmo, seria desonrado e humilhado devido a convenções e classes sociais que as pessoas inventam! Ele cumpriria sua promessa, pois foi daí que surgiu o poderoso 6°Rei: John Vicious não, John SlayValkirias, o Lich.
                                                            
                                                                       ###

        (Edda escandinava sobre o 1ºRei, Murdoc Gorila)
 Então, doce coração gélido de Freya, eu imploro
 Sou menestrel de voz mortal, mas desejo real
 Quero em ti proclamar, a história do Grande, do Forte e do Justo
 Dai-me forças, ó Coração Gélido e frio, lhe peço, para assim cantar!
  Das paragens do Sul, um mal veio, rápido e cortante
  Chapéu de pena usavam, espada curva dobravam
  Mas, o Grande Caldeirador não podia deixar
  Nós, o povo eleito, cair em sofrimento! Deu seu mister a iniciar
    Abrindo barrigas de porcos e servindo comida a homens de mesma índole
    Simples camponês viu na Guerra a sua Salvação
    "-Morte e Glória!", ele dizia
    Com coração perdido, foi ele há terrível batalha da Falha de Cão
       "-Tu não não irás morrer agora, não hoje!", me disse o barqueiro
       Contou-me o antigo camponês uma vez
       Ele morreu na Batalha da Falha Cão, com uma lança o pregaram
       No chão, agonizou, sofreu, chorou, rezando: Ninguém o Ouviu...
          Mas, há ainda o Mister do Grande Caldeirador!
          Ele pegou o corpo ainda quente do jovem, o banhou
          Lavou feridas e seu corpo recosturou, deu metade dum urso em seus músculos,
          3/4 de olho de águia e mãos de fado também
            Acordou no Salão de Armas do Senhor do Caldeirão
            Disse ele que homens como eles, de coração ardente e desejo forte
            Deveriam com força e destreza governar reinos e terras
            Tirou os óculos e sua face beijou: "-Vá filho, Governa!"
              Com pingo de Essência do Caldeirão, em sua mão o deus pôs
              Perdeu a sensibilidade nelas, mas agora tinha algo a mais:
              Potencial
              Nenhuma lâmina o acertaria se ele treinasse, pois suas mão nunca cansam e a tudo cortam!
 Ó Freya Dai-me Forças!
 Momento forte da Canção eu alcanço
 Meus Dedos tremem,
 Mas em ti confio, e sigo em frente
    Então, o Cavaleiro seguiu
    Nas paragens e arenas foi campeão
    Derrubou cavalos de ferro (grandes gladiadores) e generais
    Tornou-se Um Líder
      Rumou para os Inimigos do Sul
      Sangrou muitos em batalha, mas assim mesmo
      Só de um homem a Guerra não se vence
      Clamou por Ajuda
        O Caldeirador a ele deu Cinco Cálices do mais puro
        Licor da Vida
        Seu sabor à cinco Generais foi dado
        Seu sangue tornou-se Gelo, e convocavam das montanhas os homens-neve
          O Mestre tornou-se rei
          Dois Impérios dominou
          Seu pré-nome passou a ser Murdoc, homenagem ao Primeiro Rei
          Seu nome Gorila, em homenagem ao terceiro nome do Caldeirador
             E o Senhor Regeu
             Com espada cintilante e forçosa dominou
             Com os outros reis-deuses se uniu em aliança
             E o mais poderoso foi!

                                                                            ###

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Projeto Audivisual #2 :Mash Up

 Um mash up aí

sábado, 15 de janeiro de 2011

Mach I #Agentes do Caos


os aviões formaram os anjos de metal que davam a terra o sarrafo de bombas que liquidavam e geravam o mar de fogo no chão
eu nunca tinha terminado um livro até aquele, que terminei e ler no armário; nem a Bíblia que minha mãe e minha tia me obrigavam a ler no domingo, nem a Educação Sexual de Mad, na escola, 6°ano
você quer salvar o mundo?salve-se primeiro! -me disse senhor tomas jerry noutro dia, às 8horas
acontece que sobrevivi ao entrar num armário de metal em nossos apartamento no 2°andar; o barulho na hora do ataque foi tamanho ao silêncio na manhã e no dia que se seguiram e que fiquei dentro do meu cofre. Li lá o livro.
sai e dei de cara com um ser de longos cabelos negros, manto negro, máscara contra gás... Estava chutando uma pedra... Nos assustamos, dois saíram de trás de um monte e perguntaram se estava tudo bem, ela os dispensou e me puxou pelo braço: tivemos uma noite juntos, no armário!
de manhã, tinha um bloquinho de dinheiro perto de mim, me senti um prostituto! Haha! Mas, peguei e segui pela cidade destruída, até encontrar um grupo da Defesa Civil que me resgatou, saímos de lá às 8hs, o chefe do pequeno comboio era Tomas Jerry.
conversei com um homem que parecia ter um problema mental, tinha grande porte e pele morena, muito normal e com cara normal... Me fazia lembrar de Heimidall, o que me fez lembrar de Dino e depois da tristeza de ter perdido meus colegas de Escola Técnica naquele bombardeio... Mas, o garoto, o sentado ao meu lado no caminhão, seu nome era Humme Grin, ele havia sido coveiro, e como soube depois, tinha um tal de autismo, algo que recentemente tinha sido descoberto.
nós éramos bons amigos; com meu recente curso em eletrônica (um curso tão novo que ninguém ligou que eu não o terminei, já que o campus havia explodido), consegui vaga na Heimidall&Volta Associados, uma recente empresa de mecânica elétrica que estava despontando no ramo da Ciência Eletrônica, ou melhor, das armas e sistemas para a guerra que dizimava este lugar
Humme Grin era um homem estranho, porém, mesmo ele tendo sido colocado como meu emprego, secretário, mas ganhava como faxineiro! (devido ao racismo dum RH antigo) Tratava-se dum homem bom e decente, um dia deixei ele com alguns algoritmos que não estava consegui decifrar, quando dei por mim, voltando para com o café -meu amigo não sabia fazer café muito bem, cozinhava melhor-, ele resolvera tudo... Em vinte minuto! Cumprimento menos em sua vida do que o tempo que levou para fazer todos os meus trabalhos mais complexos: Um Gênio em Padrões e Combinações!
levei ele para o próprio senhor Heimidall, homem grave e com espólios de caça em seu escritório -chifres de alce e cervo, algumas cabeças de javali-, não ligava para cor de meu amigo, como outros, mas em seu resultado nas máquinas. Vendo o que podia fazer, tornou-o técnico como eu, logo, meu colega tornou-se meu chefe, já não mais o via em nossa casa, um apartamento na "parte segura" da cidade, ele não parava de trabalhar.
conversei com ele e me disse que trabalhava em um projeto máximo! Um bio-mach-homem, me explicou as funções deste ser, suas particularidades em poder ser desde uma peça substituída de um ser, até um, "quem sabe!", "humano completo". Gostei da ideia... Era a época em que começava a sentir inveja de meu amigo, apesar de eu já ter consolidado um círculo de amigos e mulheres inexistente a ele, tinha tanto sucesso que nunca poderia ter conseguido... Mas, num lampejo, decidi me lembrar de nossa velha amizade e ajudar-lhe da forma mais boba possível: "-O nome é muito ruim Grin! Use algo melhor!", "-Você acha?"(ele me olhava nos olhos, era o único ao qual ele fazia isto), "-Sim, use Mach, apenas Mach, dá sentido moderno, como as locomotivas!" (meu amigo adorava as locomotivas, e este nome era duma das mais modernas)
no projeto eu fui um simples peão de obra... Mas, conhecia o Líder, então acompanhei a medida do possível a formação dum exército de meio Mach, meio Homem que pela primeira vez nos fez avançar frente aos nossos inimigos na Guerra. Logo, o primeiro Homem Mach completo se deu, seu nome era Dummont Grin Gonçalves-Dias, o Mach I, fiquei emocionado com a homenagem de meu amigo! Mesmo que apenas nós três lembrarmos do nome: eu, ele e o próprio Mach I, nome que pegou para o gênio de metal
não só soldado era Mach I, inclinou-se as artes, podia ser um bom orador, mesmo as cordas vocais de naílon darem a ele uma voz terrível... Era também ótimo em padrões, como meu amigo, e um excelente jogador de xadrez e gamão! Conhecia ele, morava na nova casa de meu colega, um apartamento na região central da Zona Segura -grande ser de metal com uma pintura dourada e olhos faiscantes... Sua careca reluzente sempre me atrapalhou; me considerava, junto com seu "pai" Grin, os únicos amigos dele, os outros o tratavam como bicho de exposição, matérias e charges, sermões em templos em pedaços e discursos em câmaras fictícias  condenavam-o... Me sensibilizei até pelo "moço"... Não acreditava numa "alma" ou "salvação" para ele, mas talvez ele fosse uma coisa com sentimentos.
coisa com sentimentos foi o que disse para Humme, ele encolerizou-se e não nos falamos desde então... Ao menos, até esta noite, no teatro... Para a minha Missão
levado com um saco na cabeça, fui parar numa ilhota a 2km da costa, lugar perigoso, poderia muito bem ter sido atingido por uma artilharia inimiga em expedição secreta com seus navios, ou os tais "submarinos". Não fui. Na verdade, fui recebido por três senhores de manto negro e máscara contra gás, demorei, mas reconheci: aquela mulher, daquele dia! Mas, claro, não havia surpresas para eles, me disseram que ela havia me escolhido, eu deveria fazer uma determinada missão na noite de sábado... Ela era contra meu antigo amigo.
mostraram-me um banker, lá, haviam espadas velhas e fotos, reconheci o senhor Heimidall nelas... Me disseram que ele uma vez ajudara eles, ficou muito rico com o que ganhou com a empreitada, matou um tal de General Loki, ou algo assim, um parente dele, algo assim... O investimento na tecnologia de Volta e depois na de meu ex-amigo Humme estava tudo em seu plano: ele o mataria assim que desse os projetos de Mach I, disponibilizando o recém criado código binário que usara para gerar uma inteligência artificial tão sensacional em sua gênese quanto o próprio ser e sua evolução.
desconfiei várias vezes que estes seres estranhos fossem parte das tropas de Machado de Assis, dos nossos inimigos, os Guarani-Vinkin, que a trinta anos nos atacavam, assim como mais três nações. Os três mascarados negaram tudo, eles faziam parte "de algo maior", uns tais Agentes do Caos. Não liguei muito, fiquei perturbado no que poderia acontecer com meu amigo... Talvez, nunca paramos de nos preocupar com aqueles que chamamos de amigo na vida...
tinha que fazer algo! Tudo aconteceria no sábado, no teatro, depois dum show de rock com a Orquestra Sinfônica do estado, depois da música "Smell of the Woods", eu entraria na sala vip da agora Heimidall&Humme Associados, mataria Heimidall com uma garrucha, modificada para não fazer barulho, fazendo isto, acabaria com a empresa: o escândalo e a falta de jeito nos negócios de meu amigo cientista, fariam ele perder tudo com o tempo... Mas, estaria vivo. Eu, se fugisse, logo estaria preso, talvez a pena de morte legal recém votada seria estreada por mim... Mas, um amigo estaria salvo! E também os Agentes me garantiam alguma salvação, os dois milhões numa mochila demonstravam isto, além dos olhos azuis daquela Agente morena que tinha braços como molas, me disse que podia "voar com suas pernas", o outro, me disse ser como uma sombra, estaria a salvo
estava tudo pronto, ia acontecer... Depois, fui saber que Humme fora me visitar na prisão, mas eu já havia fugido e embarcado para os Andes... Estava vivo, mas com medo. No dia do teatro, Mach I ficara em casa, pois estava indisposto (?talvez com falta de óleo?), acontece que dois seres estranhos invadiram o local, um parecia um fantasma, outro pulava alto e dava fortes golpes: mataram todos, menos Mach I, que consegui fugir... Ao tentar chamar a Guarda, ninguém o dera muita importância, ao chamar o Juizado e o Departamento de Investigação, dias depois, não davam direitos, por ser uma máquina, a situação insustentável levava a uma crise, máquinas criadas por Humme e o próprio Mach se revoltavam e queriam partidos e direitos, alguns mestiços mecânicos se juntavam a eles, mesmo alguns políticos e nobres concordavam e davam apoio, as vezes por ganhos futuros, ou por fazerem parte do grupo de renegados... Meu amigo Humme era um símbolo, mas não queria a Guerra, precisava da Paz, sentia-se bem com isto, já enterrou muita gente, sabia das coisas. Fugiu para Guarani, uma das nações inimigas, tentou recomeçar lá, o perseguiram, as nações não mais brigavam, pois a nossa nação vencera a Guerra, porém, agora lutava internamente e meu amigo foi caçado em todo o lugar que foi, por suas criações e inimigos, buscavam o tal "código da vida".
Mach I seria um grande inimigo dos Agentes do Caos, principalmente depois de se tornar o 1°presidente máquina; Humme acabou sendo esmagado... No meio das duas facções... Nunca pude visitar seu túmulo, sem recursos e saúde, nem mais encontrei a morena Agente, passo a vida como um camponês nas alturas andinas...
penso sempre: como seria fácil se tivesse ficado naquele armário, mas também, como não teria vivido nada, se de lá não saísse
 

MUSIQUETA DA POSTAGEM
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 [Qualidade melhor do som, caso haja problema, http://www.youtube.com/watch?v=ibpKX9VywAs&feature=related ] 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Casal de #Agentes do Caos


 No lar dos Istanbulls ela nasceu, prometida do mais forte filho do Senhor da Asgard
 mas, queria nascer mais, tinha que ser livre
 Cabelos de Sif tinha, loiros que nunca paravam de crescer
 ressuscitava tudo com eles, eram inquebráveis com ferro, somente o "Matador de Deus" poderia vencê-los]
 Mas, ela ia ser livre!
 cortou aquilo que a fez ser uma menina de 11anos por 110anos! Pôs fim a magia
 Perseguiram ela, mas seu pai ofereceu a outra filha em troca da paz da outra, sua ingrata cria]
 nos desertos ela viveu, a ler sonhos aprendeu, também os pesadelos compreendeu
 Ela os lia e os fazia, teve muito poder
 um irmão de criação também com ela estava, ele anotou isto aqui
 Viu o Cavaleiro do Leste chegar, com seu kilt e sua esperteza ele conquistou muitas terras e roubos]
 Mas, o peito dela ele não pode suportar, tiveram uma paixão que conseguiram manter no                segredo,
                                         beijo, corpo
                                                         mistério de compreender
 Um dia, ela morria, ele partiu
                      caçou um Ceifeiro, monstro vivo-morto, poderoso demais
        Lutou com ele e morreu, mas antes disto, conquistou as asas do ser
              a Foice do inimigo e a Lança do guerreiro
           Tornaram-se parte do corpo do Homem, e ele deu a vida à Mulher
           a Bruxa dos sonhos tinha o cabelo ruivo agora, o outro era o Ceifeiro do Leste]
 O casal se despediu do irmão, este, eu, fui para Oeste, para uma Ilha
                 os dois rumaram para o Norte e se declararam novos
                                      Agentes do Caos
                        e assim, o São






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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Carta da ponte de partida #Agentes do Caos


 Esta chovendo e olho para meu relógio de pulso de cobre que comprei por £500 no Natal passado de presente para meu falecido pai. Na ponte Severn eu observo o movimento d'água: penso seriamente em me deixar ali... Acontece que nunca podemos realizar todos os nossos sonhos e isto me angustia: afinal, não somos nós os nossos próprios Deuses? Seremos tão incapazes a ponto de não podermos ter aquele que queremos amar ou a coisa que nos completara como seres humanos no período de um dia e amanhã, já será o outra? Bem, eu não sei e talvez nunca saberei, pois meu corpo desce com a Lei da Gravidade e meus pensamentos estão em total confusão aqui e ali, buscando um eixo de simetria que eu sei: Não Existe; total é nossa busca por um Padrão, uma Lei, que dê sentido, nos complete, que sempre buscamos nas irrealidades e fatos fantásticos aquilo que nunca poderemos cumprir em vida: mesmo com a mecânica quântica, as coisas continuarão, na maioria das vezes, a cair para baixo -mas, aí, você que é crente e/ou romântico como eu dirá:"-Mas, ainda há a possibilidade!"... Só por que posso abrir a porta e achar o ser que me complete ou ganhar na loteria depois de quinze anos jogando não quer dizer que eu não vou morrer solteiro, sozinho, e pobre e iludido como estou morrendo agora, não é? Fato é que ainda estou caindo aqui e ali você me vê com seus olhos questionadores de: "-Fraco, este homem é fraco"... Bem, fiz uma coisa que você, o Forte e o Intocável, talvez nunca tivesse coragem, ou melhor, nunca deu valor, pois, não se questionar a respeito -nunca em toda uma existência- é pior que tê-la deixado para trás e ter se entregado ao nada, sim, já que vivemos de memórias e em memórias, agora só existe sob o pensamento de alguém que passei alguns minutos, entre um amasso e um "oi" pela net... É certo que não encorajo ninguém a fazer tal ato, pois ele é desapegar-se ao bem mais útil que temos, mas digo que se questionar é sempre válido para que não se pense e se cumpra, o que acabo de realizar: me joguei e, talvez, tenha me arrependido um pouco, como tudo na vida: há vários caminhos, mas não há punição por escolher um ou outro e chorar um pouco depois de iniciada a caminhada... Quem punirá será nós mesmos, e ponto, logo, punir-se é uma escolha... Não me puni, só tentei me libertar. Talvez haja continuação, num caminho ou em vários.
 Agora parto.
                      *
 Carta de Ran D'Shotgun encontrada em 7 de janeiro de 1975; um livro de capa preta e seu carro azul também foram achados, mas nenhum corpo, durante muito tempo. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pacto para uma mente sugada #Agentes do Caos

"Você é tão fraco quanto os gemidos que faz e tão falso, quanto os corações que parte", vi isto, ou algo parecido, numa rede social um dia destes aí...
 Não posso dizer que nos meus 32 anos eu nunca tenha sido provocador de gemidos, nem que não tenha partido o coração de ninguém. É certo que nas minhas mãos muitas vadias passaram e por muitas fui deixado... Porém, nunca liguei muito pra nada, eram vadias; pais ricos, nem me preocupei em tocar o matadouro da família, nem o vinhedo... "-Quero deixar minha marca no mundo!"
                      Pensei, antes de entrar naquela tumba antiga e me tornar o que sou hoje... Um Pacto
           Sim, Pacto é o meu nome; entrei em um trem às 22horas do dia 4 de janeiro de 1911, em Marcele, capital de Gaules. Minha missão era derrubar um grupo de guardas e acabar com um tal de Menino Azul.
                       *
 Pensei, pelo nome "Menino Azul", rápido na minha "doença", meu esporo contraído a dez anos... Imortalidade dum antigo rei beduíno, em troca, não sentia o toque humano, não sentia dor, quase não tinha medo de nada. Agora eu usava tal forma para os Agentes do Caos, se eu não morria , nenhum nome era a mim menos apropriado.
                     *
  Balas me atravessam: Duas, três, quatro... Olha! Uma metralhadora tommy gun! Se eu sentisse, talvez isto fosse doer bastante!
                           Um tiro pra cada guarda, segui pelo trem até o último vagão
                           Sempre o último!
                    *
 Se degradar sempre foi uma boa saída para mim, já foi um meio que utilizei e que sei que muitos usam, é mais fácil que o real. Somos hipócritas e eu sei disto, nunca pude admitir.
                     *
 20:32, prédio Arlleté no outro lado de Marsele
 -Olá garoto! -Disse-me o grande homem negro com um piercing de osso no nariz
 -Claro! Meio atrasado, velho!
 Sorriu e me deu um papel com a missão, assim como o revólver
 -Vai morrer, sabe disto! -Disse ao ser que me treinou e que foi como um "pai", não, um "irmão", para mim
 -Eu nunca posso morrer, garoto! Sou uma Lenda e isto não morre dentro de ti!
 Me deu uma baforada com o cachimbo e saiu voando, virou um gato roxo listrado de preto, depois teve a forma dum tapete.
 Entrei num túnel e ouvi os tiros de canhão arranhando o céu, luzes vermelhas se viam. Marsele era um ponto-chave da Ordem da Lâmina Azul, mesmo eu tive que "morrer" pra entrar na cidade
                *
      Olhei nos olhos do garoto. Sua pele não era azul, nem seus olhos ou qualquer parte do corpo que não fosse a externa: roupa azul bebê.
  -Sabe, tenho uma missão
  Mirei
              *
 Tive sempre uma queda mais por gatos que cães, mas tartarugas sempre me atraíram, talvez fosse seu misterioso corpo, ou a vida longa que tinham... Sei que para mim, nunca tive muita facilidade em relacionamentos, humanos
             *
 O casal de Agentes do Caos desceu do carro, pegaram cada um uma escopeta; seguiram pelo resto da rua até o prédio Arlleté, tinham um resgate para ser feito.
                               *
 Virei-me, tinha feito meu trabalho com o garoto...
 -Eu sei, também tenho -Ouvi a voz dum garoto de 10anos, cai no chão, sentia dores de cabeça e não conseguir raciocinar, o chão tremia, as paredes eram de geléia de morango!
                              *
 Os dois membros da Ordem da Lâmina Azul vistoriavam os dados no computados a vapor... Tubos e canos invadiam o Agente do Caos em seu sistema nervoso: Pacto, a infância, o ataque que falhou... Tudo, mas eles queriam mais e estavam quase lá: onde e como acho você, um Agente do Caos?
 Havia cerca de dez pessoas na grande sala, um possível traidor, um menino estranho, mas ainda faltavam os dois que vinham descendo a rua para a festa.
                                            *
            Sabe, nunca entendi os humanos... Sempre buscando
                                                Algo, alguém, nunca nós
                                                     *
                               ...Transmissão de dados interrompida 


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PôÉTia: Escolha um espaço

 No mares daquele lago negro, com vespas enchendo o saco, a câmera na mão e o casal de amigos
                    Investigar o monstro
 Nas águas negras do lago, a lua se completa, vieram a bicicleta, o amigo se encanta
                    A amiga cresceu
 Corpo durinho, voz mansa, sai do amigo, a esperança
                   -Não!
 Diz a outra pessoa
                   Sou Homem
 Pensa o rapaz, ela se entrega, a contra gosto
                   Desgosto
 Na alma da jovem Lívia, nunca mais será a mesma; perdeu muito mais que a pele-tal da inocência-
                   Perdeu Amigo
                              *
 Sou um escritor, minha pena é minha espada e meu papel um canhão
 Se o Leitor amigo desta história não gostar, quer algo que chama "Justiça", dou a ti duas coisas:
                   -Uma Pistola e a chance de tomar o lugar do rapaz
 Tua escolha é secreta, pois eu fui com a bicicleta, tomar um pileque no bar
                   Nossos desejos secretos, mais dentro do dentro de nós mesmos
                           Você pode
                                            Se acha que deve
                    Minha escolha, não, será tua ação:
           ......................................................................Completa a opção

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Na beira da Lagoa, Sangue e Loiras

 "Lucy com diamantes nos olhos andava por aqueles montes de carnes, na felicidade de uma criança
                                                                                     dum amor virginal, duma mãe que descobre ser mãe"

  talvez, você machismo meu, e eu, como visitante, deveria ter mais respeito, mas aquela menina delicada de franja e cabelo loiro, vestido branco e manchada de sangue me conquistou... Ou talvez, fosse só a emoção de estar a vinte metros do chão no estômago de um deus sapo gigante, que eu entrei sem querer -lenda de criança, se você desobedece a mãe na lua de Ano Novo, deverá sempre salgar a beira da cama com sal, senão o Sapo Kuru-Ruru vai engolir você pelo sonho e nunca mais voltará!
 Escritor, 22 anos, cético, não estava ali a não ser em sonho... Porém, em nada lá eu me controlava;
 vi a Lucy, cai em cima de fibras e carne e naquele caótico espaço em movimento de para o alto e para baixo -pois, o sapo pula, né?-; ela estava em um muro de ossos e nem me deu bola, me afundei em fluidos, mas um broco de dois metros me puxa
 -Toma, toma! -Pus o comprimido na boca e, no terror da situação, derreti na boca e logo, estranhamente, tudo parou e voltou a seu lugar. Cabeça doendo, terno xadrez sujo, perguntei: ...
 respondeu-me que era Messias, um antigo rabecão que cuidava de cadáveres ali e aqui, hoje, era preso "nesta cela sem grades", como costumava falar. Tinha uma arma, perguntei o por quê, fomos até a cidade e ele me explicou seus motivos; caos e ossos numa cidade estomacal, onde tudo funcionava dentro de tudo, tripas, fluido de carro era realmente fluido vivo, músculo como gangorras, prédios de objetos das partes humanas que eu -como quase formado em Geografia, não tinha mínima ideia-, me disse que sua arma o protegia dos ladrões de corpos...
 -Ladrões de Corpos? -Meu espanto foi grande, tal atitude bárbara era estranha... Mas, a explicação dele era a alimentação
 "alimentação!! Num corpo de carnes!" -pensei depois
 Na verdade, o sapo Kuru-Ruru era um espírito estranho, suas carnes de Agente do Caos eram intragáveis e, as vezes, mortais... Só conhecia uma pessoa que podia comê-la
 jovem loira de franja, branco e aparentando bobeira, a descrição do que vi era perfeita!
 Fomos até a casa do padeiro Kurt, ele fazia pães de vermes como ninguém, disse-me Messias; lá eu me sentei na cadeira, depois de uma rápida conversa, comemos o pão
 e estou aqui, amarrado nas correntes e com o baixinho do Kurt portando um cutelo, ao seu lado, Messias e um metralhadora giratória de mão, o grandalhão sentado no banco e o outro com uma cara de fome:
 -Ladrões de Corpos! -Berrei, tinha descoberto o ovo de Colombo, ou a América!
 senti a faca entrar na perna, desmaiava rápido... De repente, senti um vento, um não, dois, três, quatro
 Inúmeros "ventos" por mim foram escutados até que me levantasse e visse Lucy, a pequena Lucy de meu amor platônico!, ela portava uma espada e a cabeça de Messias;
 num, "-Olá!" ela me disse um tchau, deu um tapa e acordei, suado na cama da minha espelunca... Queria tê-la desejado aquela noite, a possuído, mas não, senti que devia contar a sua história, parecia recorrente o pensamento em minha mente que deveria repassar os acontecimentos daquela noite para que, algum herói, e não eu, salvasse aquelas pessoas com algum feitiço ou máquina cirúrgica gigante...
 Mas, estou velho agora, trinta anos se passaram e meu câncer de fígado me consome, nada fiz e minhas memórias são o único registro da vida daquela gente. Não fui herói, fui humano e esqueci meus sonhos, mas, talvez, em cada copo de whisky que me levará para cova eu... Tomava um pouco de mim mesmo e revivia memórias que nunca me deixaram, pois minha perna nunca parou de doer, nenhuma ciência cartesiana pode me explicar; já que este e próprio problema dos homens e mulheres são seus sonhos e os meus estavam numa barriga gigante em algum brejo por aí, era loira, de franja e tinha um vestido branco...
 mas, temos eles, e isto é o que temos, que tive


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