terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pacto para uma mente sugada #Agentes do Caos

"Você é tão fraco quanto os gemidos que faz e tão falso, quanto os corações que parte", vi isto, ou algo parecido, numa rede social um dia destes aí...
 Não posso dizer que nos meus 32 anos eu nunca tenha sido provocador de gemidos, nem que não tenha partido o coração de ninguém. É certo que nas minhas mãos muitas vadias passaram e por muitas fui deixado... Porém, nunca liguei muito pra nada, eram vadias; pais ricos, nem me preocupei em tocar o matadouro da família, nem o vinhedo... "-Quero deixar minha marca no mundo!"
                      Pensei, antes de entrar naquela tumba antiga e me tornar o que sou hoje... Um Pacto
           Sim, Pacto é o meu nome; entrei em um trem às 22horas do dia 4 de janeiro de 1911, em Marcele, capital de Gaules. Minha missão era derrubar um grupo de guardas e acabar com um tal de Menino Azul.
                       *
 Pensei, pelo nome "Menino Azul", rápido na minha "doença", meu esporo contraído a dez anos... Imortalidade dum antigo rei beduíno, em troca, não sentia o toque humano, não sentia dor, quase não tinha medo de nada. Agora eu usava tal forma para os Agentes do Caos, se eu não morria , nenhum nome era a mim menos apropriado.
                     *
  Balas me atravessam: Duas, três, quatro... Olha! Uma metralhadora tommy gun! Se eu sentisse, talvez isto fosse doer bastante!
                           Um tiro pra cada guarda, segui pelo trem até o último vagão
                           Sempre o último!
                    *
 Se degradar sempre foi uma boa saída para mim, já foi um meio que utilizei e que sei que muitos usam, é mais fácil que o real. Somos hipócritas e eu sei disto, nunca pude admitir.
                     *
 20:32, prédio Arlleté no outro lado de Marsele
 -Olá garoto! -Disse-me o grande homem negro com um piercing de osso no nariz
 -Claro! Meio atrasado, velho!
 Sorriu e me deu um papel com a missão, assim como o revólver
 -Vai morrer, sabe disto! -Disse ao ser que me treinou e que foi como um "pai", não, um "irmão", para mim
 -Eu nunca posso morrer, garoto! Sou uma Lenda e isto não morre dentro de ti!
 Me deu uma baforada com o cachimbo e saiu voando, virou um gato roxo listrado de preto, depois teve a forma dum tapete.
 Entrei num túnel e ouvi os tiros de canhão arranhando o céu, luzes vermelhas se viam. Marsele era um ponto-chave da Ordem da Lâmina Azul, mesmo eu tive que "morrer" pra entrar na cidade
                *
      Olhei nos olhos do garoto. Sua pele não era azul, nem seus olhos ou qualquer parte do corpo que não fosse a externa: roupa azul bebê.
  -Sabe, tenho uma missão
  Mirei
              *
 Tive sempre uma queda mais por gatos que cães, mas tartarugas sempre me atraíram, talvez fosse seu misterioso corpo, ou a vida longa que tinham... Sei que para mim, nunca tive muita facilidade em relacionamentos, humanos
             *
 O casal de Agentes do Caos desceu do carro, pegaram cada um uma escopeta; seguiram pelo resto da rua até o prédio Arlleté, tinham um resgate para ser feito.
                               *
 Virei-me, tinha feito meu trabalho com o garoto...
 -Eu sei, também tenho -Ouvi a voz dum garoto de 10anos, cai no chão, sentia dores de cabeça e não conseguir raciocinar, o chão tremia, as paredes eram de geléia de morango!
                              *
 Os dois membros da Ordem da Lâmina Azul vistoriavam os dados no computados a vapor... Tubos e canos invadiam o Agente do Caos em seu sistema nervoso: Pacto, a infância, o ataque que falhou... Tudo, mas eles queriam mais e estavam quase lá: onde e como acho você, um Agente do Caos?
 Havia cerca de dez pessoas na grande sala, um possível traidor, um menino estranho, mas ainda faltavam os dois que vinham descendo a rua para a festa.
                                            *
            Sabe, nunca entendi os humanos... Sempre buscando
                                                Algo, alguém, nunca nós
                                                     *
                               ...Transmissão de dados interrompida 


 MUSIQUETA DA POSTAGEM

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