domingo, 15 de setembro de 2013

Organização Secreta dos Eletrônicos – OSE

A OSE foi desenvolvida a partir dos partidários contrários a expulsão dos Barfos do Continente de Waum, medida criada pelo ainda partido da Ultraviolência. Como eram pouquíssimos que se opunham a tais medidas, Ortoniel, um serafim que vivia naquelas terras, resolveu apoiá-los e perguntou o que eles gostariam de ter para poderem derrotar e implementar um golpe de estado contra o Partido da Ultraviolência, que cada vez mais tinha votos maiores na Confederação das Tribos de Waum.
Formou-se então o Instituto Elétrico, nomeado assim pois seus partidários eram a favor de energia hidroelétrica ou heólica e não de fontes das ricas minas de rochas radiotivas, as quais as companhias de Sar, chamado de “Kanti” (que viria a ser tutor do Kanti Ibizio, escritor do Livro Uno, elemento principal da doutrina da Ultraviolência), faziam posição de exploração máxima.
Ortoniel, o Serafim Branco, decidiu que eles seriam mortos ali e resolveu, em sua vontade de observar a criação das mentes inteligentes, levá-los para um Planeta que não havia ainda sido contactado pelos Nyxk, porém, que fazia parte do Pensamento. Levou-os lá e deu a eles uma mala de tecnologia avançada e chaves sônicas, para que eles entrassem em contato com os Raquitas, seres reptilianos que tinham uma tecnologia biológica a partir de plantas e frutas.
Entretanto, o primeiro Grão-Mestre do Instituto, Filito, observou que nada podia fazer com diplomacia com os Raquitas e que suas tribos, com medo e temor por aquilo tudo, fugiam  e se armavam com enormes armadas feitas de samambaias e tanques de frutas de caldo ácido. Empregou em convencer todos os membros que estavam com ele para empregarem a fusão das plantas-olhos-quartzo (que eram como gigantes lupas estrelares) junto com toda a mala de tecnologia Nyxk para que, em fusão, criassem a Arma Suprema do Instituto. Os sessenta membros assim acordaram e criaram aquilo que veio a ser chamado de Caçador Cobaias, enganando os Raquitas que observaram as estrelas para o outro lado e viram as extensões da Galáxia, mas, não os Nyxk, que estavam do outro lado, não sabiam a forma destes e Filito disse ser um, disse ser um Deus e com a caixa ele provou isto, criando máquinas de metal e pedra.
Com o Caçador Cobaias criado, os Raquitas que deram as plantas-olhos-quartzo foram aprisionados em um vale e a maioria teve suas pernas cortadas. Quanto aqueles que eram contra o Instituto, foram aniquilados, tribo por tribo, povo por povo. A gigante máquina em forma de dirigível, com olhos e pontas saindo de sua esfericidade de quatro braços principais e tentáculos auxiliares, era comandada por quinze membros e destruía em minutos centenas de Raquitas. Porém, o Caçador Cobaia não só destruía, também criava, pois Filito falava de suas ideias para Ortoniel, que vivia pálido e vigilante, sobre a maior montanha do planeta Raquita. O líder contava e o serafim, que não era adepto da moral da Descência, aceitou tudo: os cortes começaram, e não eram mais mortais... Os raquitas, em sua antropomorfismo reptóide eram cortados e separados dos membros, armaduras de plantas sendo substituídas por carne metálica e puro aço, engrenagem colocadas em todo e qualquer lugar e o sexo daquela raça, que era apenas um, multiplicado, dividido, leis morais colocadas por choques, novas formas e deformidades espalhadas em aldeias para serem queimados vivos em fogueiras, dentro do temor do povo pelo novo...
Os raquitas, então, foram sumindo, foram sumindo cada vez mais das grandes florestas, dos Grandes Salões do Sol Vermelho. Logo, Raquita inteira foi queimando pelas mãos do Caçador Cobaia e das guerras para aniquilar aquela criatura. Então, e só então, o velho Filito instituiu o nome de Ordem Eletrônica e deu a si mesmo a Diretoria.
Os quatorze que estavam com ele já estavam também todos velhos e entraram novos, um novo time para controlar Cobaia. Então, foi tomado em conhecimento de Filito que na colônia da Ordem ele era chamado de “o Monstro” e ele tomou isto como elogio. Porém, doze dos que estavam ali não aceitavam suas questões e decisões de mutar tantos raquitas para escravidão e criação de bestas mecânicas. Um único que o apoiava era Greto Fano, um nascido em raquita e seu amigo.
Acontece que, temendo alguma revolta, Filito começou a orquestrar suas obras-primas: Engederões, um tipo de ciborgue com mínimas partes raquitas. Sua estrutura seria além do combate, eles seriam soldados invencíveis por terem as chamadas Jóias do Esquecimento, uma rocha psiquenita mesclada com um cálculo de programação que gerava o esquecimento daqueles que vissem o portador do dispositivo. Assim, eles não podiam ser percebidos, assim, eles nunca seriam vistos por suas vítimas. Porém, o velho Filito não podia resolver a equação que dava o cálculo correto da programação, seu desespero era completo.
Só que um jovem, o jovem da Ordem que era amigo de Greto, havia aprendido com raquitas escravos como estes faziam suas operações lógicas e, combinando com a necessária para gerar a Joia  descobriu que ambas eram as mesmas... E descobriu tratar-se da mesma tecnologia, ao qual Filito, há muito tempo, escondera. Contou para seu amigo Greto antes de fugir para a colônia da Ordem, pois não aceitou que suas ideias criassem criaturas tão destruidoras quanto os Engederões. O jovem Fano, em caso de inocência final, contou para seu mestre, temendo que seu amigo tivesse sido convencido pelos outros doze.
Filito então ordenou que não o Caçador Cobaia fosse às colônias, mas que os Engederões o fossem, eram desseseis contra mais de duzentos, que tentaram proteger o menino. Horas depois de tudo feito, a colônia caiu em chamas, todos mortos, o amigo de Greto se matou, antes dos seres pegarem-no.
Os doze então entraram em revolta e pararam o Caçador Cobaia. Filito, desesperado, saiu de sua máquina e encontrou Greto, com a cara inchada de lágrimas. Ele prometeu ao seu mestre que daria a resolução da equação se ele lhe desse o seu cargo, o velho aceitou e assim foi feito: os Engederões invadiram o grande Caçador e prenderam os doze.
Em horas, codificou as jóias com a ajuda de Greto. No fim do dia, ele lhe deu seu brasão de Diretor da Ordem. À meia-noite, com as Jóias colocadas, disse Greto:
-Sobre a Ordem dos Eletrônicos, eu ordeno a mudança desta para os Campos Secretos, por seus crimes contra os Raquitas... Liberto todos os escravos presos pelos transistores e chips e, pela ordem instituída apenas pelo Diretor da Ordem...
E nisto, Filito já gritava com ele e acertara em sua cabeça uma chave de fenda... Antes de matar Greto, sua mão foi esmagada por um dos Engederões, que em uma última vida, fora Quiita, apenas um raquita que perdeu tudo e que agora tinha uma enorme engrenagem no lugar da testa.
Filito foi preso há uma rocha e Caçador Cobaia foi usado nele, abrindo-o e jogando na mistura de entranhas compostos que fizeram ele solidificar em uma estátua medonha.
Greto Fano adquiriu o nome de “Antropo”, o humanitário, traduzindo porcamente, espalhou os quinze membros pela galáxia e formou vários raquitas membros da agora Ordem Secreta dos Eletrônicos. Sua missão era preservar a vida ou pesquisá-la no fundo da capacidade de criação, porém, evitando criar criaturas como os Engedrões, sempre privando pela escolha ou não... Pela total mecânica ou caos.

Sobre Greto, esconderam-se os Engedrões, sobre os lugares abandonados de um planeta chamado Rnu, sobre eles, lá foram guardados talvez um dos exércitos mais mortais. Ortoniel, o Serafim Branco, porém, espiava tudo, da mais alta montanha de Raquita e, de lá, de lá engendrou algo com engrenagens monstruosas as quais aqui não irei contar.

Topomomento

É necessário separar a experiência que temos dentro de ambientes virtuais , aos quais chamo daquilo que é fruto as tecnologias audiovisuais e digitais do pós anos 70, quando estas começaram a ser apreendidas entro do cotidiano humano e não apenas no burgo o universitário ou nos praças militares. É preciso separar este tipo de experiência aquilo que nós temos como “rela” não por que este é mais elevado que o derivado da criação humana, mas, porque este revela-se componente de elementos dotados a imaginação não elitista nem reservada apenas para alguns poucos técnicos, ela causa o Efeito Pop, gerando consigo legiões dos chamados fanáticos, os fãs, que dotam através do Signo Comum da Religiosidade ou da Cosmologia, diversos elementos chamados da Mitologia ou Universo de uma dada Estória.
Na relação humana concreta, estes elementos de completude e processo contínuo de complementação não existem de forma tão ampla pois estão subjugados as ideias e espaço-tempo-interpretação relativa, seus cânones possuem muito mais especialistas que através de suas teóricas, dizem tomar de toda a realidade em suas construções discursivas as quais, de fato, possuem a questão de terem uma função-individual de força explicativa para o Humano Comum, ou seja, todos os experimentadores, aos quais, juntamente com estes formuladores-experimentados, testam as teorias e vão, conforme a ordem social das gerações, reformulando as teses.
Porém, isto seria completo para o estudo mesmo das estórias oriundas da ficção se o humano fosse uma criatura dotada apenas da dita lógica dos positivos ou dos kuhners (seguidores atuais da Ciência Normal controlada pelos Paradigmas), porém, há um problema de ordem na razão da experiência e mesmo do culturalismo que parte de dois focos: primeiro, o humano é individual em sua existência, ele não é ente coletivo, logo, os paradigmas não possuem forma nem força de adentrar em toda a universalidade do método racional humano, dado que este é de cunho geracional e locacional, depende de quando-quem e aonde está, o que compõe o elemento que chamo de Topomomento, ou seja, a célula da interpretação-chave que construirá dada memória no individual; o segundo passo é negar a lógica humana como simplesmente a união do fator A para o fator B dada que ele pode ter uma série de compostos não apropriados entre A e B aos quais chamamos de Acaso e aos quais nunca poderemos identificar com um signo, no caso, as letras A e B.
Não há evidência que uma pessoa, dentro do processo de Tomada de Decisão, aos quais a vida está cheia, abarque a Dúvida, ela em si é uma criação social, ou seja, o conjunto externo não possui material organizado para uma dada situação suficientemente consciente friamente para ditar: para m caso C, deve-se proceder do jeito D. Assim, o preenchimento para termos o fenômeno Fisiológico-Filosófico da Certeza é aquilo que chamado de Emoção
A Emoção é primeiramente Memória mesclada com Cultura, reage no estímulo-resposta. Porém, ela é mescla e não dialética da Memória do humano com a Cultura, produzindo uma dada Emoção, esta é uma explicação demais comportamental, há algo que dentro e para a emoção “funcionar”  é fundamental, e isto seria a Imaginação. Assim, a ficção adentra dentro do Humano como a fonte das possíveis relações dadas uma certa situação, assim, a Emoção abarca o quanto fisiológica e culturalmente se reage a dado estímulo e o quanto os resultados anteriores e previstos de uma dada Lógica efetivarão uma “resposta normal”.
E no estudo das Respostas do Humano, existe ainda a questão: se há algo que preciso tomar uma dada certeza, se quando-sou e estou são importantes, logo, o Topomomento é apenas uma reflexão de milésimos? Algo ínfimo para a dada Ciência Normal ou Psicanálise Profunda, correto? Sim, de fato, considero incomum tal preocupação, não podemos filosofar sobre o que é pensamento e quem somos nós nisto hoje em dia, talvez depois, talvez, com um pouco mais de Criatividade e menos Conformidade. Talvez a capacidade humana seja maior que a dialética ou os sistemas, porém, isto não é lógico, e não posso explanar sobre o que não é lógico, nem mesmo, ficcionalizar o sonho, pois, na finitude das coisas, um sonho é apenas, um. O que não tira a sua importância no oceano-galáxia de eventos, porém, o que o deixa fora da festa dos populares.


Eduardo Emilio Ricieri, 15/set/2013.