quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pós-Guerra de Rosa #Agentes do Caos

 Cheguei lá depois de umas sete horas de viagem e estava acabado, pernas e dedos querendo pular das luvas e tênis, mas, enfim estava lá: A-Lexandria, ou, agora, República da Diânia. Tinha fumado alguns cigarros no voo, não por mim, mas pelos drogados infelizes ao meu lado, isto me deixava muito mal... Assim como ter visto que meu cão Rufus não tinha sido alimentado. Enfim, relevei o cheiro na minha calça boca de sino e fui até a alfândega, tudo era estranho, apenas alguns novos guardas e os mais velhos eram mulheres...
 No táxi, pedi à choffer que me levasse para o Hotel Continental, fomos. Nas ruas, podia ver alguns reflexos da recente batalha campal na capital Kulona, agora Margarettegrado, algumas guardas com fuzis faziam rondas nos centros comerciais, alguns andavam desconfiados, havia guardas e muita segurança, porém, nenhum sinal de trânsito ou o metrô funcionavam, ainda as sombras de algum general macho e louco faziam com que fosse muito arriscado qualquer tomada de posição.
 Dormi bem, cheguei às 5 da tarde, cansado, dormi numa suíte aonde na janela estava amarado um dos cabos de uma bandeira enorme do Partido Feminista. Era incrível, mas o dono do hotel realmente as apoiava, assim como hospedou o General Esteves, que fuzilara muitas das líderes de um grupo ligado ao partido agora no poder... Apenas algumas marés que mudavam, assim como a bandeira na janela, e iam sobrevivendo.
 Minha reunião era ás 4 do outro dia, tive que tomar café lá no saguão do hotel, pois não havia muitos funcionários de serviço num dia como aquele: era a Festa de Rosa, haviam já três anos... Incrível o que houvera ali, não via nada de mais no meu café mal coado e nas torradas com pouca geléia, Rufus também não viu nada de mais na comida -se não me engano, era a mesma que era dada aos soldados da Resistência-; nossa grande surpresa foi ao ligar a tv e ver que poucos programas esportivos passavam, apenas novelas e tudo mais... Busquei o canal fechado, sim, o XXX, mas nada achei... Desliguei a tv com os programas cabeça e filmes antigos e românticos e tentei ler o jornal apenas receitas, nem uma boa crônica ou quadrinhos tinham... Achei estranho... Pensara que elas fossem mais abertas, falo das Donas do Partido, mas, enfim... Já eram 2 e meia e logo vieram me buscar, deixei Rufus dormindo e acariciei sua barriga, fiz um pequeno dedilhar, programando-o, seus olhos piscaram constantes até eu sair e fechar a porta
 Taparam meu rosto como haviam dito que fariam... Depois da primeira esquina, de nada lembro, só sei que foi longo. Paramos, vi o relógio: fora da cidade e uma hora e meia depois. As guardas me levaram pela grande Casa Vermelha, quadros antigos e figuras religiosas estavam pela casa... Era estranho, tudo contrastava com a figura icônica do Partido Feminista, diziam que naquela bandeira rosa havia um cinto de castidade quebrado ao meio, porém, pra mim parecia um pinguim... Mas, nunca fui bom em desenho mesmo, nem em nenhuma das Artes, apenas aquela que mais fazia -a Confusão
 ...
 -Então, o senhor se formou na Federal de Sud-East, não? -Perguntou a senhora, com roupas sóbrias e róseas
 -Sim, a senhora também?
 -Evidente que aqui não tínhamos muitas opções, porém, pude me formar muito bem e ir para seu país para meu doutorado, como creio que saiba...
 -Olhe só, evidente que sei! Fiz Artes Plásticas como graduação enquanto a senhora deveria estar por lá...
 -Coincidências, não? E agora é repórter! -Rimos, contidamente, claro. A ocasião era uma entrevista para alguma revista famosa que nem me lembro mais o nome, tinha credenciais, assim como olhos... Eu os usei para ver que as comandantes -tanto militar como da inteligência-, haviam ficado num quarto reservado, e blindado.
 A senhora estava na minha frente e discorri as perguntas de praxe, com meu gravado ao lado e quatro seguranças na sala. Sentada e imponente, Margarette Estel nem demonstrava a vida difícil que teve, o olho de vidro esquerdo parecia não existir, era mesmo uma grande mulher... Suas ideias, como ela dissera: "-...Estavam mais amenas, eu mesmo estou mais amena com o tempo... Antes era radical, mataria todos do Partido Chauvinista se vinte anos tivesse, com mesmo corpo e 'saúde'...", a mim me pareceram magníficas estas palavras, continuou: "-...Hoje em dia não poderíamos mais suportar guerras e batalhas como as que no passado fizemos... Não só eu estou velha demais, como nosso povo também... Digo que não aprovo como esta se dando as condutas de nosso país, acho que dar o nome da capital com minha alcunha, assim como o de criar o Departamento Rosa Para a Informação são mais como epitáfios do que qualquer coisa!"
 Eu ri disto, ela riu também
 Passamos um tempo em silêncio, ela pareceu que esquecera as questões que lhe coloquei -sobre novas leis, mais duras com os homens em relação aos salários, assim como na vestimenta, etc-, repeti e ela, com certa demora, respondeu... Depois, me perguntou:
 -Estranho... O senhor disse que estudou Artes... Porém, como não há nada disto na ficha de sua revista?
 -A senhora é perspicaz... -Sorri
 Ela apertou levemente o alarme embaixo da mesa que eu sabia que existia, ninguém veio... Silêncio na sala que ficamos quase uma hora... Houve, para os presentes, menos para mim, uma cena bizarra:
 A porta se abre e vem entrando Rufus... Há em suas patinhas peludas garras de metal ensanguentadas, a porta ruge e ele fica ao meu lado... Levanto calmamente e uma das agentes faz um movimento, eu a derrubo -uma parte se abre em Rufus, como uma mala, tudo é muito rápido: há ali uma escopeta, saltitante, cato ela no ar e acerto o nariz daquela outra atrás de mim, disparo contra uma ao lado esquerdo, a do lado direito saca, mas leva antes de qualquer coisa. Lá estou eu e ela, Margarette Estel. Duas mortas ao seu lado, duas caídas atrás de mim, meu cão aberto como uma mala...
                     Seu silêncio é perturbador, mesmo pra mim
 -É assim, não?
 -Sim, é!
 -Acho que morrer como heroína é meu último epitáfio... -A velha dama olha para a janela, ela esta em pé, a luz a abraça calmamente- ...Que elas não façam mal o uso de tamanho poder que é o Coração das Pessoas
 Ela corre, em uma tentativa, pega embaixo de uma pasta uma pequena pistola. Um, ela cai, dois, enquanto ela estava caída...
 -Amém, Dona!
 ...
 Deixo a antes forte guerreira, há ali muitos corpos de meu silencioso Rufus, porém, duas estão atrás de uma viga, abaixo sob um móvel, saco a pistola de meu cão, o fiel amigo se desmonta em um boneco parecido com uma marionete e prendesse a mim em forma de mochila. Disparo e derrubo as duas, corro até um carro vazio e sigo pela estrada, existia uma máquina em meu amigo que vai me narrando o caminho...
 No hotel o velho traidor que agora é amigo daquelas que acabaram de subir ao Trono me diz no saguão:
 -Esta tudo pronto e...
 Não houve tempo, dois jipes de fiéis a velha dama carregam soldadas -que foram avisadas pelas minhas contratantes como vim saber depois, para assim montar uma "tragédia" para os canais da tv controlada-, entram e os disparos seguem do careca dono do hotel, diz o velho com a arma:
 -Malditas mulheres! Deveriam tê-las dado uma cinta e uma ripa quando moças!
 Fuzilado, o sempre em cima do muro morreu como a senhora: defendendo algo, mesmo que isto custe-lhes a vida
 Algo tolo isto
 Sigo com minha mochila até um banheiro, corri no começo do tiroteio e agora parecia meu fim
 Pego o relógio de bolso, giro três vezes
 Taco-o na privada, dou adeus a meu cão dizendo que não poderei levá-lo, mas tentarei buscá-lo, mesmo se for para alguma Zona Franca de vendas pelo mundo afora
 Zumbido, zonzo novamente, o corpo desmaia, mas não estou mais nele
 Eu, antes com bigode negro e de nome Alfredo Lexan, agora novamente Nick Charlie
 Disto só lembro que enfrentei grande Dama, porém, neste Pós-Guerra de Rosa, apenas um xeque se deu naquela que por suas próprias ideias morreu
 Nada como um bate-e-volta da vida.

 MUSIQUETA DA POSTAGEM

http://www.youtube.com/watch?v=HzHNUsnN6u4&feature=player_embedded#!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Passeata #Agentes do Caos

 A ordem do dia era simples: Caminhar numa ponte com algumas faixas, lutar por direitos dos outros e blablabla
 Nada que vocês não fariam, simplesmente mais uma coisa que se faz movido pelo poder dado pelos outros... Só por status mesmo; não sou minoria por tomar estar atitude, sou da maioria absoluta mesmo levando uma vida em noção de relativas
                      Sou estatístico
 Ele fuma um baseado e pensa nas suas teorias sobre o mundo. É um grande contraventor das regras, ficando deitado em sua sala e maldizendo o Sistema, sempre se manifestando sobre tudo, este poderia ser eu, poderia ser você, se tivéssemos oportunidade de estudar posteriormente ao ensino médio e não ter que trabalhar na maldita obra da casa do estudante
                      Ele faz alguma coisa em Ciências Sociais
 -Estou hoje muito bem! -Diz a esforçada garota loira que tira seu vestido de carola do armário e o coloca juntamente com um ousado conjunto de lingerie vermelha, ela quer tomar o corpo inteiro do barbudo que ela conheceu numa festa de calouros... Só que ela era ainda uma garçonete, só uma garçonete, mas tinha sonhos... Como todos nós
                       Ela era garçom feminina de um bar que queria estudar
 Tirar a massa da calça jeans e ir vagarosamente para o ônibus que vai ao Centro Cívico da cidade, nada de mais... Só quer participar de algo, que viu o atual patrão comentar, chamou um amigo bom em contas, só que acabou como contador e ele, como pedreiro... O relógio de pulso do pai é antigo assim como seus sonhos, esta enferrujado
                       O Homem-de-Lata, pedreiro
 Estava perto das 11 e o frio se misturava com chuva... Talvez o tempo abrisse... Fumei o último cigarro preto e cuspi o pigarro, o símbolo de corvo e meu pequeno mecanismo no bolso do casaco com uma caveira atrás estavam quase prontos... Ia ver no que dava
                        O Agente do Caos
 Limpa o bigode loiro o gordo guarda próximo de aposentar-se, olha para o companheiro no cavalo -jovem, iniciante, ainda assustado-, existe preocupação na cabeça do velho Segurança da Lei da mesma maneira que com o cozido de sua esposa no domingo que comemora o término de tudo: a paz novamente de uma cadeira e uma tv
                       O cavaleiro policial
 Descendo a rua vem a turma de manisfestantes -ou de acordo com o gosto, baderneiros, ou ainda, heróis. Cartazes e faixas pedem reformas, as cruzes em volta do esquadro pedem mais que simplesmente novos métodos no tratar com os  novos estudantes das Abadias Superiores, pedem novas cargas e verbas para viagens, assim como coisas sem importância. É um mar de ideias, cada um busca que o outro faça logo o que ele deseja, espera-se, ou tenta-se, no grupo que escoa pela avenida, algo a mais... Mas, alguns nem sabem por que lutam, ou se era preciso lutar, uns acreditam, outros não
                        Berreiro infernal, estandartes subindo com faixas
 No marasmo de quase duas horas da tarde, estão quase chegando as forças estudantis e trabalhistas do seu objetivo: berra na face dos Governantes... Aqueles que sempre terão a culpa de todos, pois deles é o Reino do Cidadão, amém!
                              A barrulheira é infernal! As corridas se fazem como fluxo infernal de estrelas cadentes na avenida. Naquela grande rua ficam os corpos espalhados pelo chão beijando o asfalto grosso e esburacado...
 O vão é aberto pelas câmeras, os repórteres, como seus cães e portando armas, afastam todos para gravar aquilo que era um jovem cadete chorando sobre o corpo de uma jovem loira... Um barbudo esta lá também... Desmaiado pelo cassetete de um velho guarda bigodudo que olha atônito a cena...
 Na confusão, um corpo com um velho relógio e de outro cara, que tem cara de que mexe com números, dado aos esteriótipos comuns a nós, estão próximos a área em que as pessoas se acumularam na fuga louca; pisoteados, os dois não mais protestam por nada
 Ninguém nunca sabe como o caos acontece... O piano toca suas teclas de uma forma a sempre nos desorientar em conhecer qual é a melodia, porém, não para aquele Agente que fumava seu cigarro e agora anda entre as pessoas... Porta na mão pequena garra negra, carrega consigo uma caixa, de ébano, com uma forca -símbolo sacro-, esta ele parecido a um coveiro...
 Ele corta as costas do velho com a garra e ele cai, fulminado em um ataque do coração
 Passa pelo corpo do estudante fumante e aperta seu peito, da cabeça sangrando, sai um último suspiro
 Pela loira com a bala, ele acaricia a face
 Atravessa o jovem guarda atirador que estava mais desesperado que nunca
 Nas escadas, onde se tenta salvar o um, ele toca a perna do pedreiro
 Espera um pouco, a massagem cardíaca não funciona, ele toca no estatístico
 Vai seguindo a avenida, depois disto
 Vai saindo da confusão
 Eu não pude ver, mas, no caixão, estão os cinco mortos neste dia
 Suas vidas, memórias e lágrimas
 Na arma no bolso do ser, a Culpa
 Sempre um Culpado, sempre alguém pra aonde vão nossos protestos
 Porém, ninguém nunca protestou contra ele
 Pois, ele está no meio de todos, no meio da multidão


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
http://www.youtube.com/watch?v=g3y87t1rotg&feature=player_embedded#!

domingo, 21 de agosto de 2011

Primeiro Encontro #Agentes do Caos

 As pessoas estão aí e eu estou aqui, lá vou eu com meu copo de café com leite comprado na padaria, pedia pra garçonete china me colocar mais café, sempre vinha mais leite, droga! A máscara de Panda Vermelho não me deixava beber muito bem... Tinha que levantá-la, mas quase derrubava no terno... AH! Molhei minha camisa xadrez! Minha mãe vai ficar uma fera...
 Sai à 1:25 e atravessei a rua; ao ônibus vazio de passageiros, abaixei, levantei e segui rápido pela rua, com uma sacola preta grande... BUM!
 "A distração"
 Entrando e subindo as escadas no prédio atrás da velha Catedral, na Praça Central da cidade; mais uma cidade que começou com as bençãos do Senhor, sobre as Ordens do Livro Vermelho... Mais uma em que o marco zero nada mais era do que o point para que os bêbados e "punks" da época berrassem e para que o Resto, o resto berrasse internamente por alguma coisa
 Era construção de paredes e reboco velho, com janelas trancadas com tábua, saquei da sacola a escopeta. Poucos são sinceros quando não tem uma arma na cara, eu era, pois queria achar uma tal garota que uma vez me vendera um pão na chapa... Ela estava no alto da torre quadrada do prédio... Eu subia e ouvia uns gritos lá de cima, de repente, aranhas pularam na minha frente:
 -Oi, amor!
 -Oi, benzinho!
 -Olá! -Respondi as duas gostosas aranhas negras, cabelos morenos e coxas grossas, suas presas saiam da boca da face humana -o corpo era de aracnídeo, a cara um dos pares de pernas, de lindas mulheres, o veneno da língua, mortal.
 Atirei seco e acertei a perna bela d'uma, ela cai e tanta me matar a outra. Desvio batendo num pedaço de madeira, aproveita isto a outra e me abraça, é mortal, mas, ouço um berro ordenando... O veneno em pouca quantidade da língua delas vai me fazendo apagar...
 "A frustração inicial"
 -Oi! -Diz a morena na minha frente, ela é uma das estranhas com quem conversei... Tem franja e uma roupa alternativa, estas modas! -Você é estranho... -Ela completa me olhando assustada, mas não ligo muito pra isto, estou amarrado numa cadeira no que acho que é a torre do bendito prédio...
 Na minha frente, meu objetivo: Luna Mcbee, uma garota de 133 anos, cabeça de 13, fios brancos e estranhos da última rainha élfica, perdida numa cidade fria no sul do Equador
 Nas três cadeiras, só solidão. Sem nada no lugar, tento puxar papo com a morena, ela esta acordada, diferente da outra -"a minha missão".
 -Qual é o seu nome?
 -Jane's, Jane's Tempest... - Eu ri
 -E você?
 -Sou o Panda Vermelho... -Rimos.
 É evidente que isto era um simples flerte, mas, nada mais do que isto para começar uma grande amizade... Ou alguma bobeira destas; pena que ouvimos os passos subindo pelas escadas de madeira
 -Hey! -Fala ela, eu respondi: "-O quê?"
 -Não esqueça de anotar uma frase pra mim... -Eu falo sim e ela diz:
 -"Talvez, seja só mais um psicopata buscando testes pra ver se ama alguém ou dispensa numa última esquina... Dizem alguns que isto é ser human..."
 Abrem a porta que estava ao lado de Luna e entram três caras mal-encarados, armados, e o chefe gordo que braveja para serem rápidos, pois alguém explodiu um ônibus e a guarda estava fechando todas as saídas do lugar. Levam a garota na minha frente e ela diz:
 -Não esqueça, hein? -Sorri e é levada para uma outra porta algemada nas mãos e nos pés, atrás de mim... Ouço tiros. Silêncio, estou com ele novamente
 "Flerte"
 Passaram-se minutos, ninguém voltou, só eu com o gordo sentado e a garota desmaiada... Minha máscara numa mesa onde estava a arma do gordo, vi para a cara dele e fiquei observando enquanto limpava sua unha do pé, sem bota.
 Realmente tentava lembrar o que a garota sem nome tinha me pedido pra lembrar, acho que ia esquecer... Logo, pensei que o melhor tentar fugir daqui... Vi o pé sujo do gordo, uma viga, minha cadeira e uma janela
 -Não sei como as coisas que vi aqui podem me ajudar a fugir -Falei pro meu carcereiro
 -Cala-te! -Ele fica insano e me dá uma bofetada, levantou até sem bota...
 Olhei mais uma vez pra ele, ele respirava muito alto. Virou-se o gordo e dei-lhe uma cabeça, pulando com toda força e cadeira
 A cabeça dele se espatifa na viga - era uma coluna, na verdade -, ele tropeçara na própria bota, isto o fizera cair e morrer mais que a minha tentativa de acertá-lo, ao menos, o silêncio retornara
 "Silêncio perturbador"
 ...
 Já estamos descendo as escadas, eu e a elfa Luna McBee... Ela tinha uma navalha no pulso, mas a idiota caiu por causa de um simples veneninho, pffff... No salão há as duas aranhas e uns sete caras, eu de más cara e só com uma pistola... Sou muito distraído e estou na mira deles, ouvindo pequenos sons e tento escutar alguma coisa de esperança; a esperança vomita na forma de portas abertas, a guarda esta com mosquetes e os tiros começam... O sangue verde escorre e levo Luna entre balas para uma Porta d'Leste, umas das irmãs aranhas morta, há ainda muita resistência na sala, a outra irmã me derruba e a garota tenta acertá-la na perna...
 Minha arma caída e a bicha enorme corta minha perna, derruba a minha protegida e tenta me envenenar finalmente me matando... A Adrenalina corre
 "Primeiro beijo"
 ...
 -Lembrei dela... Tive que escrever num papel o que ela me disse... - A pequena rainha élfica esbugalha os olhos, eu levei ela de ônibus até o pai, na Estação Norte, secretamente
 -É mesmo?
 -Tá aqui...
 -Nem é dela... Isto é de Ilda Ramona... "Moinhos de Mancha", bom livro humano
 -...Ela não era a sua guardiã, né?
 -Nunca havia a visto... Trouxerem ela algum tempo depois
 -... Hehe... Nem eu era o Panda Vermelho... -Entreguei o pacote de papel e deixei ela perto das escadas... A garota foi de encontro aos caras de terno amarelo, sentei num banco -eles não me conheciam-, esperei ela ir no banheiro, pois tinha dado laxante... A mala ficou com a comitiva
 Desci as escadas e deu uns três minutos
 KA.BUM!!
 Acabou, minha missão terminou, ela era uma boa menina e se tornaria uma mulher forte, deixei ela lá e espero que não tenha se ferido, talvez um dia volta atrás de mim... Não me importo agora
"O Sorriso depois..."
 ...Soube que uma mulher morena e com roupas estranhas havia chamado a guarda... A parte da de pegar a pistola no último segundo da luta contra a aranha fora a minha... Então, assim eu estava salvo, apenas uma lembrança da Garota Sem-Nome
 Em uma casa fria, perto das 4... O triiiim do telefone é atendido por alguém que pede um trabalho a alguém como eu
 -O que é? -Pergunto a voz feminina
 -Você sabe, seu ser Caótico...
 -É...? Fale!
 -Um Segundo Encontro pra alguém que guardou um papel e tem que me devolver agora...
 Alguns segundos depois, pego o papel dado pela Sem-Nome e anoto uma data e hora, que jamais me lembrarei, nem mesmo dela... Ou é apenas barulho
 Sei que apenas escrevi como título:
 "Primeiro Encontro"



 MUSIQUETA DA POSTAGEM

http://www.youtube.com/watch?v=yoD1M-h1DiQ&feature=related

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Justiça na Estação Ferroviária #Agentes do Caos

 Meus pés alimentam o chão frio da Estação de Metrô do Norte; sem sapatos, estou estranho aqui. A questão é que vendo sombras e fugas, apenas resquícios de ontem a noite... "Para o bairro Belém", fala a placa que leio dentro do vagão, tentando dormir
 Ouço alguém entrar, com um capote e chapéu, ele senta alguns bancos à frente
 Olhar para a janela e ver um cemitério de celas azuis se formarem lá fora... A Estação vai saindo de minha vista, olho por campos de Petróleo e nada demais...
 Sinto o cheiro de sangue negro; olhando para fora de novo, vi gigantes de pedra sendo derrubados por homens de jeans e chapéus grandes; os caipiras, ou mineiros, não sei, derrubam os grandes seres e fincam tubos de onde sai o "sangue negro", eles grunhem...
 Meu café de garrafa tem gosto estranho, assim como o cara na minha frente também; tem uma cara que se vira para mim e revela ser uma máscara preta, porém, vejo dentes e engrenagens que brotam dela
 E de novo o toque frio do assoalho me desperta, talvez haja perigo em cada passo que dou, ou minha crença em um perigo atrás de cada porta e embaixo de cada cama nada mais seja que eu
 Desço na próxima estação e o que vejo é que sai do Inferno para o Purgatório; acho que a festa foi boa demais... Não consigo enxergar bem, esta tudo com muito nevoeiro... O cara de engrenagens levantou e me olha da janela da serpente de metal enquanto esta cava a terra em direção à outra parada
 "-Se você olhar pra trás um dia, morrerá!", me disse uma vez uma amiga, Jane's Tempest. Ao olhar para trás vejo que há um enorme homem com um pano cobrindo a boca, ele grita:
 -Todo mundo quieto! Ninguém vive aqui!
 -O que quer? -Grita um gordo com jaleco e pasta
 -Tua vida em mentiras! -O com rosto coberto puxa o gatilho
 -Por quê? -Pergunta a velha com uma sacola de compras ao ver o corpo do filho chorando sem vida em seus pés... Nada posso fazer, ouço, vejo, sinto o calafrio da morte percorrer o corpo dela
 -Não era filho dela! Eu sei! -A velha engole seco, lembra que seu útero é igualmente assim, seco, nada saiu de lá, a não ser o garoto muito pequeno que nem se lembrava do seu passado num orfanato. Garoto que morreu ali, no seu pé -Você também irá, pois de sua mentira eu já me alimentei!
 No corpo da velha caída, um pastor barbudo negro viu e quase uma lágrima lhe veio... -Pai de muitos filhos você! Sacerdote!
 -O quê? -Pergunta o monge assustado...
 -Você teve muitos crentes passando por sua porta, mas nenhum deles encontrou conforto pois confiou em teu deus, escrito por moedas... -Um tiro percorreu a perna do homem, ele cai - Moedas de teu bolso!
 Enquanto acertava este, na cabeça, o justiceiro corria e falava com cada um que via; fazendo a vez da espada de Justiça, caiu mais três: um que mentiu pra você, um que traiu você com seu amigo(a) e último que roubou seu filho para as minas de carvão. Você, leitor, vai deixar ele fazer isto com quem fez tais coisas com você?
 Não há tempo, o olhar do cara coberta me cerra como o de um predador, eu o olho, ele responde: duelo constante... Sua arma sacada me aponta, diz:
 -Você mente para si, todos em ti confiam porque você os engana com a única face que tem... SUA MENTIRA QUE ANDA!!!
 Nunca tivera muito medo de tal morte, nunca a vira de tão perto, no meu nariz. A bala percorre o caminho de vinte centímetros em curso diagonal, cortando o ar  como um torpedo que via do submarino de meu pai Nemo, quando a há muito uma guerra engoliu o corpo prostituído de minha nação...
 Perfura
 Mata
 Cai na linha do trem o corpo
 Na estação em que eu teria que descer, às 23:28, lá se vai meus pés descalços... Um baralho de sombras
 O controle de sua morte, coleciono estes tolos heróis, a Justiça para eles é algo mais que a visão de alguns sobre alguma coisa
 O Ser com Face de Engrenagem, o Verdadeiro Eu, lá estava ele naquele trem... Parado durante um tumulto de um mascarado, o que pensava ter a Justiça nas mãos, desceu um tiro duma janela fulminante no Justiceiro, já não mais existe este...
 Eu vou com os corvos, continuo no caminho de descobrir quem sou, fugindo de mim mesmo, fugindo não daqueles Justiceiros -aos quais derrotei, derrotamos eu e o outro eu-, mas de mim mesmo



 MUSIQUETA DA POSTAGEM

http://letras.azmusica.com.br/letras_the_do/letras_slippery_slope/letra_gonna_be_sick!.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sol Quente e Secreto fale #Agentes do Caos

 Enquanto eu estava com ela naquele quarto escuro de um domingo quente eu estava bem, cheirava como cheiram as rosas -porque ela usava este perfume-, e logo o sol poderia queimar minhas vistas preguiçosas se ainda olhasse para seu corpo refletindo a luz, não mais da lua, mas agora do sol. Contente, ao menos agora, eu estaria
          Olhei para a sua boca, era rosada a cor dos lábios: os beijei, com paixão, ela, tímida... Regrediu um pouco e não deixou que eu tocasse mais
                  Então, vieram os tiros e eu esqueci de tudo
 -No bolso da jaqueta! -Ela grita, eu faço. Lá estava uma pistola estranha, era uma pistola Gatling, metranquei tiros para fora enquanto olhava o corpo dele se vestir rápido e correr comigo; sem arrependimentos, apenas vontade de Sobrevivência, mais um dia, mais uma segunda eu queria para ver o ser corpo iluminado
           Eu queria, mas não pude
                  Mas, antes, queria contar um segredo
 *
 Estava um pouco frio naquele fim de domingo... Achava que isto não ia acontecer de novo, mas, eu vi ele... Estava incrível com seu tênis D'Star preto e um casaco de couro -acho que era de mulher, só ficou bem nele, mesmo assim. Foi numa portinha de carvalho branco que ocorreu, quando vi, já tinha colocado a língua do beijo e já tinha ido...
  Continuava o mesmo bobo de sempre, com suas teorias e falas malucas... Nunca o vira tão esquisito; queria ficar ali ao menos até o sol nascer, poderíamos tomar um café, não sei
   Então, você ouve o engatilhar, droga! O que fazer numa situação destas a não ser lutar? É a única saída!
 -No bolso da jaqueta! -Tive que empurrar ele, as balas zuniam e tive que por a roupa logo, sorte eu não ter tirado toda...
     Sempre com uma mira horrível, não acertou nada o bobão... Porém, ele era o meu bobão! -Eu disse isto mesmo?!
      Descemos as escadas, saímos pela porta e foi quando aconteceu... Queima
       Antes, tenho que contar um segredo
*
 Lá estava o Compasso. Nossa organização de 660 anos, aqui, nestas terras quentes... Reduzidos a forças de caça de seres fantasiosos, da Divisão Organum. Um velho de 60 anos como não precisaria estar aqui! Malditos sejam estes Agentes!
 -Não é minha velha? -E a minha esposa gorda e de cabelos brancos responde:
 -Esta na hora, meu velho! -Com seu pau-de-fogo atira na janela, quase amanhecendo, os malditos cães ladram!
 -Que porra é esta?! -Uma metranca esta atirando, quase pega nóis, entretanto o cara é ruim e não mata ninguém
 Mandados pra cá, este fim de mundo! Fora da Sociedade! Só pra levar tiro?! -Atiro a valer agora
 E então, vemos o idiota e sua vadia sair da porta do prédio... Nossa informação estava certa
 Acabou, o segredo fora guardado
*
 -Meu pensamento inflama como chama, meus pés doem... Quero meu cachimbo! -Um pequeno ser com cara de lagarta entrega-me o pito, não há tabaco nele, porém, imagino que tem e sopro a fumaça verde da raiva e vingança
      Talvez, quem nunca tenha gostado de uma coisa como gostei desta não entenderia: curtia o corpinho do cara, as roupas, até a atitude meio sensível... Tinha um bom toque...
 -Mas, isto é sacanagem! Não tive nem chance de me defender! Ele catou até minha pistola!
      Não acreditaria se não tivesse sentido a bala queimar, entrou e saiu... Tudo ficou quieto, olhei pra algum canto... Lembrei das tardes de sol, a luz em sua barba a tornava ruiva, era engraçado e belo
 Acabou, tudo acaba um dia; poderíamos ser Agentes muito bons, o Caos é como todo o arco-íris em um pote de ouro dentro do espelho: me reflete, mas penso que só quebrando a ordem dos cacos de vidro é que posso pegá-lo...
 Eu e minhas filosofias tolas!
   -Tenho ainda um último segredo... Algo que... Deveríamos ter com...
 A fúria toma os fios do cabelo ruivo, o violão se levanta e sai algo brilhante dele
*
 Olho tudo, sou o Narrador. Ela desce com seu cabelo ruivo, ele a segue, os atiradores em cima
 Os tiros sessam e eu fico triste por ela: com pistola escondida atrás, um tiro pelas costas -atravessou a barriga
 Minha senhora pede para que eu dê seu cachimbo, ela esta triste, parece furiosa; eu a amo, sei quando esta triste mesmo quando os raios de sol em seu cabelo ruivo desviam e caem como fogo, algo quase tão assustador quanto minha mãe, ao me descobrir fazendo arte
 Escutei o que ela disse, muito mal... A atirada aponta para o ventre, esta deitada nos braços do homem. Os atiradores que desceram do outro prédio o olham com piedade -resignação, não acredito! Por trinta moedas de prata ela esta caída ali, dois morreram com o tiro do Traidor
 Traidor que seria pai
 E a pistola soa, a velha cai e logo outros três, o velho do banco é acertado na perna...
 -Você pegou a Tempest errada... -A Mestre diz e o acerta com uma bala de borracha na cabeça, ele dorme; o velho parecia saber, ele talvez fosse apenas uma isca para provar se havia um assassino, pode ser que os 5 que a Verdadeira acertou nada mais fossem que uma simples minhoca na vara...
 -Não! Não! -Ele berra, desesperado... Estava confuso, seria ainda pai de uma viúva? Ela era com quem ele ficara por dias e semanas a contemplar as luzes do corpo? -Eu posso ver isto, mas não ligo
 -Matou aquela que iria ser sua mãe, não se preocupe... As Luzes da Cidade se apagaram pra você!! -Jane's gira e faz um passinho de dança, coisa da cabeça dela, ele faz um movimento com a arma da vergonha que o próprio traidor sente: ela, mais rápida, o destroça a perna
 O último pedido dele foi para contasse um segredo à sua executora:
 -Diga... "Se os ventos do Último Vale eu lhe devo levar, faço com que vá sereno", traíra -disse, engatilhando o 38 novo
 -Se a sósia eu entreguei meu Coração, se nos amamos em corpo, é por que sempre vaguei por aí, procurando coisas que me satisfizessem em coisas que nada mais são que pó de deserto... Mesmo que ele fosse ouro, ainda preferia trocar isto tudo, até minha vida idiota e errada, por mais um momento com ela... Eu dei um tiro nas costas dela, eu sabia de seu segredo, tinha que libertá-la! Eu era um herói para ela... Não, ela é que fora a cavaleira de armadura brilhante... Se não fizesse agora, Outros o fariam... O Caos só acaba quando há o sono eterno e...
 O Tiro ríspido acertou sua orelha
 -Por quê?! Você me açoitou...?!! - a Executora responde: "-Desculpe"; -Eu não mereço isto! Eu amava ela, porém as forças que ela, que VOCÊ desperta iriam atrás de nós... De NÓS, não de você e...
 Outro tiro, errou... Ele se calou, ia falar algo quando
 -Eu errei, os dois! Desculpe
 Último suspiro na certa bala, as mãos de Jane's tremeram, tudo acabara...
 ...
 Não, não poderia acabar assim, não na mente de uma Tempest... Com um pequeno amuleto de pedra verde, não mais de vingança, alguma Esperança tola, talvez
 O sangue dos dois -ou três-, se recolheu, não era vermelho, era luminoso... Com o Sol brilhando em seus olhos, a Agente deixou pendurado o pingente na soleira de uma porta de carvalho branco... Lá dentro, havia um homem que sempre olhou para uma mulher suave em movimentos e forte em palavras, lá dentro, havia uma mulher que olhava para um homem bobo em se expressar, mas forte no agir. Os dois dançavam pelas ruas,
       seria apenas um pingente esquecido, ela deixo-ou em um lugar incerto, nada se fez com este pedaço de Esperança deles, nada que eu saiba... Apenas, algum romântico dele se serviu para escrever, durante um quente sol de domingo


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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O monstro dentro/embaixo da xícara de café #Agentes do Caos

cotidiano de citadinos e rurais, sempre há uma boa peça de trigo cozido e bebida quente
não que você ligue, nem que eu ligue
porém, eis que o vapor doce que subiu no meu café hoje de manhã me dera uma ideia
-Olhar por baixo da xícara! -Exclamei, nada minha mãe entendeu... Ela não sabia...
 Sob a peça de louça plástica, encontrei um mundo estranho, cheio de cores e formas; nada uso de alucinógeno e o que conto é verdade, a Verdade
 Veramente que dentro do café que bebi poderiam estar algumas  moscas e alguma formiga, dado minha pouca prática na lavagem de louças e outras nobrezas de utensílios de cozinha;
 Dentro da xícara nada havia, como eu; só bebi o café e por baixo dela se abriu um pequeno orifício ao qual arrombei -minha mãe saíra para o banho, pois logo iria trabalhar, assim, tive a Oportunidade, nada viu!
 Dentro daquele buraco vi um mundo em uma casa de paredes amarelas, cheias de graça e beleza, se velho você fosse assim acharia, porém, não "era" velho, era um patife novo e ainda não criado sobre "as leis"
entrando pelos corredores iluminados da casa, cheios de um cheiro que parecia muito com meu café -não riam!. Na porta lateral, saindo para um campo de mato azul, lá havia, saltitante e interessante coelho branco, uma linda loira de franja que com pequena sainha me olhava... Corri à ela... Corri muito, ela era rápida e logo me vi em uma floresta de louça, como se fosse aquela que lavara muito mal sempre...
                       Perceber que se está sonhando é sempre muito chato, no entanto, não estava sonhando, estava calmo e olhando fixamente para ela quando , mais que de repente, sou acertado por um ogro cinza e feio... Um dos meus colegas Caóticos, ao qual retribuí com um soco...
 Sem esperança de vencê-lo: ele era um gigante! Ora! Torci por acordar logo... Mas, a mulher logo me cortou no braço com uma navalha, a dor e depois as cordas retardaram minha ação de fuga pelo despertar
 -O que fazer agora? -Era a grande questão... Numa fortaleza de louça, frágil e fina, lá estava um homem quebrado e caído, tentando vencer um enorme monstro e a lembrança de uma lebre que fugira e deixara-o ali, para os lobos!
 O Caos é algo estranho, principalmente quando você aceita ele... Olhei para o lado e vi o maldito Panda Vermelho, ele me olhou e perguntou:
 -Você sabe que posso ajudá-lo, deixe que eu derrube o grandalhão e você poderá resolver com a coelha...
 -...Qual a garantia?
 -Nenhuma, nunca teve com nada na vida a não ser a esperança e fé, precisa de algo mais? Homem?
 -......Sim, quero que isto não seja uma sonho, terminar com meus assuntos com eles! Terminar isto em mim!
 Foi na manhã chuvosa, o casal estava num mar amarelo, parecia mijo... E deveria ser mesmo. Perto, um barco para alguma ida para algum lugar. Enfim, lá fui eu, liberto pelo Panda, levei ele até onde o ogro cinza trocava uma pedra negra com a Coelhinha...
 -Então, aqui esta o quero?! -Disse a vadia
 -Sim, é o que quer... A Cura -respondeu o traidor-, dentro da pedra há uma inscrição, aqueça ela e leia, é aonde há ajuda para...
                                  O vento assobiava, um tiro de escopeta se ouviu;
 A batalha de balas fez com que ela se escondesse, o ogro atirava com uma espingarda de dois canos serrada, poderosa, mas não pegou o Panda. Um humano era ele agora, com a máscara apenas do urso vermelho, ele se escondia e atirava -das árvores de louça, só se ouvia seus quebrares e estalares pelas balas dos gladiadores, não importo-me com isto
 Corri no encontro dela, louco, poderia tomar um tiro! Levei um na perna. Havia três ali, três Agentes: um com um no alto de um monte, outro pulou na água e o ogro traíra; maldita desvantagem! Nunca fui bom em atirar! O 38 de nada me serviu a não ser olhar na cara da cadela e dizer: "-Por quê?! Por que eu não podia viver o resto da vida com você?!!!" SÓ NÓS DOIS
 Na fúria, o dedo no gatilho, fora atrás da marquise, enquanto os três brigavam...
 Um único disparo, fora certeiro e com a certeza da cólera de um homem em SUA mulher!
 ...
 Desde então, só de flashes me lembro aquele dia... Meu nariz sangrava, como sangrou várias vezes e me sentia zonzo, como zonzo fiquei várias vezes ...
 Ela, morrendo, disse:
 -Você não poderia viver comigo... Me entreguei a um monstro...
 Seu sangue era negro, assim como do ogro cinza, que vi depois; sua maldade... Não?! Era prova da traição...
 -Teu nariz... -Ela vomitava, eu olhei- Uma Cura, eu era tua cura!
 A pedra que estava na minha mão, derretera ela depois, lá estava escrito meu nome e o de minha doença... O nome do Curador lá estava... E, em segredo dentro dela, poderia finar a minha zonzeira e sangria
 ...
 Não lembro mais de nada naquele dia
 ...
 Nem pra onde foram os lutadores, se minha perna ao qual a bala atravessara estava boa, nada
 Na xícara de café eu olhei de novo, estava em casa
 sem minha Cura, sem Ela.
 O papel com a resolução do problema físico que me fazia sangrar, bem, este joguei no lixo, junto com a borra, tudo na lata de lixo... Junto comigo


 MUSIQUETA DA POSTAGEM

http://www.youtube.com/watch?v=XtsmMCIfZzI&feature=youtube_gdata_player

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Separação da Senhora do Mar #Agentes do Caos

 Ela mandou um beijinho, estava uma coisinha de saia xadrez e óculos gigante, mas, não me distraí...
 Meu vestido incomodava e as águas desta terra de solo vermelho são feias para meus olhos
 "Sem distrações, pare com isto!", disse em minha mente a mim mesma, como um conselheiro que conversa com um espelho
 Havia uma parede de pedras negras, pus minha mão e ela se liquefez; o líquido cai e acabei causando muito barulho, droga! Isto que eu ganho, estou na TPM e vou querer entrar em um quartel general!
 -Pegue a japa! -Berra o gordo, ele é escroto, tendo um grande corpo verde e com sua armadura samurai que me faz lembrar de Shino... Mas, ele é passado, o Tempo sempre cura as feridas, até as que fiz.
                                  Corto a garganta dele, sangue, nunca gostei, sempre acabo causando
 Haviam uns idiotas ali, derrubei suas baionetas e espadas facilmente, não eram bons servidores... Suas armaduras eram pesadas pelo Dinheiro, não pela Honra... Porém, meu coração também não toca a música da Honra, nem do Amor, nem nada disto que se constrói...
                                  Trinta se foram, atravesso o segundo pátio quando um gás atinge minhas narinas, parece jasmim, no entanto, ele me leva a cair em um buraco... Vão profundo, muita luz! Vejo entre luzes de um entardecer; um homem abraça uma mulher bela, ela usa um quimono rosa, ele, um brasão da Onda -honraria das maiores...
                                   Corro pra eles, "-Nami!", a voz é bonita, suave... "-Nami!", a voz torna-se amarga... Piso no campo de flores em que eles estavam, agora eles são espinhosos e eu os odeio -os odeio! Sinto a Família de Shino, me condenando à entrega, de meu corpo e serviços, o nojo de suas saliva só foi retardado por ela... Sakura, minha pequena amiga... Sinto traição, sinto morte, a minha começa e, de repente, acordo
 -Maldita cadela! -Me diz o homem de cabelo escorrido e roupas brancas, é nipônico como eu; sua mão esmaga meu pescoço e vejo que suas calças queriam cair
                                    Cravo minhas unhas e ele cai... Levanto sem remorso. Sinto um ar estranho, ao me virar, um coelho gigante tenta me esmagar, pulo e desvio de seus golpes
 A arma do mosqueta lá esta, PÁ! Na cabeça! Vesgo, se volta o coelho ao homem de cabelo escorrido, para mim, ele tinha a cara de Shino, ele, todos os outros... É minha Vingança, fria, pálida...
 Subo as escadas, nada mais parece me impedir, na porta ao fim do corredor, sinto que lá esta a esperança -ela tem vestidinho xadrez e estava uma coisinha!
 -O quê?! -Minha parada é seguida de gotas de água que atiro dos dedos são como balas das mais fortes. Nada o afeta... Sinto o cheiro de cigarro, tem um chapéu coco e uma cara de safo!
 -Olá, Senhora do Mar...
 -Piadista! -É o Cão Calixto, um ser estranho e as vezes romântico... Um bom amigo, um velho amigo - O que há?
 -Você quer mesmo viver com ela?
 -Como assim?
 -Sabe que salvá-la vai fazer com que ela se prenda em você...
 -E daí? O que quer que eu faça? Não precisamos ser "sozinhos" no mundo....
 -...
 -Não precisaria ser você, velho amigo
 -...... - Ele desapareceu, sumiu como uma fumaça negra e pulando a janela
                  Abro a porta, dos fundos e à direita, lá esta ela, com cara chorosa... Beijo-a, sorrindo, ela quieta
                  Ao virar, chamando ela para que se apresse, sinto um "-Desculpe! Nami...", era um mosquete... Há dor e estou quase desmaiando em meus últimos momentos... Não há mais nada... Não há nem a Esperança de vestidinho xadrez e cabelinhos loiros... Adeus, Pequena!
                  *
 Chih, chih... [cheirando]
 Sinto cheiros estranhos, não sabia que morrer tinha cheiro! Cigarro, conheço este cigarro... Sangue, também tem este cheiro, assim como de óleo queimado...
             Minha mão vai vagarosamente tirando a tampa do barril em que usam para enterrar os mortos... Tem um dos samurais caídos na minha frente; as bandeiras de sua nação, chamada Assaí, no sul de Brasilis, estacavam o solo vermelho, não só naturalmente, como pelos corpos... Não entendo nada! Dirigíveis que pareciam com lanternas, com a mesma marca de sua honra, pegavam fogo, eram destruídos... O quê?...
 Sem forças, sem dor, olhei procurando achar alguém... Minha mente caíra por causa dela, senti vergonha por lembrar e me preocupar em achá-la, talvez conversar, talvez...
 -Você esta caída por ela mesmo... -Olhei, ainda sem foco, reconheci Calixto. Ele fumava seu cigarro, o cuspiu e disse:
 -Vou indo, não quero continuar aqui... Eu não fiz isto, foram eles -Olhei sem foco e só ela, sim, minha Esperança; lá estava chorando, meu olhar ficou normal e percebi que ela não tinha braços e pernas. À frente, um homem de terno estranho, virou-se para mim, assim como um corvo parou em uma árvore.
 -Quer se juntar a nós? -Pergunta o homem-mecânico, o corvo agora é outro, este me ajuda a ficar em pé...
 -Espere...
 -Eu espero... -Disse ele
 -Eu estou indo para outra oportunidade, espero que você entenda...
 Até que gostaria de chorar e fazer a cena, mas, nunca consegui fazer isto -não ali, não agora. Parei e fiquei olhando a cara chorosa dela... Talvez fosse a dor nela, ou fosse o prazer da Vingança que inebriava minhas lágrimas contidas;
             Só tinha um pouco de fuligem, nada mais, segui o outro caminho pelos corpos e fui
             Pelas cinzas, segui a oportunidade



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