sábado, 30 de março de 2013

Fantasmas na minha janela

Fantasmas estão na minha rua
Eu mando um e-mail pra eles, dizendo que está tudo bem
Fantasmas estão em meu quintal
Mando o cão dar um latido para espantá-los como espantalho
Fantasmas estão sobre minha porta
Eu estou dentro do seu armário
Fantasmas estão na minha sala, vendo tv comigo, me dando bom dias, todo o tempo, nos meus perfis
Tampo meus ouvidos, fecho meus olhos, calo a boca para mim mesmo
Fantasmas estão na minha vida, olham para mim
Cadavéricos, esperam respostas que apenas eu quero dar
Para alguém que não pode ouvir
Fantasmas estão por todo o lugar
Percebo, então, que fantasma eu sou.


sábado, 23 de março de 2013

Éter

Malditos Cavalos de Éter
Grita o Alquimista para mim
Enquanto isto, ele evoca sua Siência para fazer a Ciência de si mesmo, dialeticamente, forjando em pequenos potes de metal, novos Jovens
Deu a eles o nome de Juventude Força Verde-Vermelha da Boina Hippie Hipster (FVVBHH)
Deu a eles educação em tudo que ele acreditava e depois, colocando uma grande barba
Fez-se de um antigo prolixo de outras épocas
Deu a eles baionetas que comprou de mim, Deus Da Morte
E pintou suas caras de branco, desenhando-os engrenagens nos olhos esquerdos
Assim, como em seus corações
Enviou-os assim, contra o Grande Lobo Mau, que morava na Casa da Vovó
Enviou-os para a morte em trincheiras cheias de lodo fétido da vida cotidiana
O Lobo, em seu trono de pau, nunca ouviu falar deles direito, sempre sendo pelos jovens odiado
Quando, já com 40 anos, aquelas pessoas de roupas coloridas, que me davam melancolia,
Quando as via, durante eu pentear os cabelos da minha amada Dama Morta,
Chegaram ao Castelo do Lobo, abriram a porta do salão e encontraram apenas uma cadeira vazia
A muito tempo vazia
Então, alguns choraram, outros buscaram outros caminhos, outros encontraram a saída em mim
Mas, nada maior estava que a barriga do forjador dos Jovens
Ele ria e sorria, enquanto tomava com canudinho de seus cérebros, o suco da juventude
Meu irmão, Sonho, mais uma vez conseguira
E eu lhe paguei um drinque, como havíamos apostado


Ver aos 13 minutos e 39 segundos

http://youtu.be/ePp5HKu3Rbw?t=13m39s

Circulando por Curitiba: O Iluminado


Circulando por Curitiba: O Iluminado:  “All Work and no Play makes Jack a dull boy!  All Work and no Play makes Jack a dull boy!  All Work and no Play makes Jack a dull boy”! ...

Revolução é Batata Frita


Fabricando Bombas, de chocolate
Quebrando Regras, de estacionamento
Perdendo a linha, da barriga
Destruindo patrimônio, dua Paraíso Perdido
Caminhando e cantando, só que você não sabe cantar
Reclame enquanto pode, pois logo, irá se calar
Reclamações, afinal, são papéis que você coloca na Caixinha de Sugestões
Revolucionário
Todos Batata Frita


terça-feira, 19 de março de 2013

Por um Individualismo Responsável Tomo 1

O Individualismo Amerericanista (diferente de dizer Americano), ou melhor, um Individualitório, não é dos melhores, ao invés de um Responsável, que observa as condições sociais e culturais, mas, não reduz o indivíduo a elas, esta ideia tende a considerar que instituições e estados oprimem a vontade do indivíduo, porém, em Democracias, eles exprimem as condições, representam-no em alguma medida, mesmo que suas críticas. Defender a criação de armas em casa como uma forma de "defesa contra o governo e suas cessões de direitos individuais" é antes de tudo, contraditório e um "tiro-no-pé".
 Esta opinião é oriunda do assistir a matéria no Jornal Nacional sobre este fato http://www.tecmundo.com.br/armas-de-fogo/27309-homem-fabrica-armas-de-verdade-com-impressora-3d.htm (via Tecmundo)

sábado, 16 de março de 2013

Dínamo Alado

Acabou, os dínamos escarlates que

Uma vez alimentaram a febre daquela moça de cabelos ruivos

Secaram, como o rio que corria pelo Sertão

Secou, e uma vez, mais uma vez, apenas mais uma

Vez, resolveu novamente acordar

E, sardentas ondas violentas, dos dínamos escarlates

Fizeram o Sino das Igrejas dos Últimos Dias Tocarem

Porém, já estava no fim da vida

E de teus cabelos de fogo, apenas a vida branca residia
Só que então, eu, a sua dama-damo da morte
Dei-lhe segredo em beijo: uma vez, cortei-lhe as asas de fênix
Agora, te devolvo elas, devolvo a juventude
Judie foi pra lua, com cabelos brancos de lua
E pontas azuis do mar nos pontos na pele, agora nova e jovem
Agora ela voa novamente e admiro o meu trabalho
De em poema em poema
De passo a passo devasso
Seguir-lhe como amante
Judie, das sardas ruivas-violentas