terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cidade de Fatos #Agentes do Caos

 Ontem, tentaram ligar para o Chefe, mas ele estava ocupado, um tal de Coronel Nicola Claus tinha armado uma armadilha ou sei lá o que
não se importando, foram até a Estação North e cataram o primeiro trem para o lugar desconhecido que viesse a ir; a cidade, o exército do país inteiro os procurava, antes -a duas horas atrás, eram Lordes e Condessas, hoje, os Procurados
 Tomaram o trem sem muito problema, naquela época, 1867, não havia o mesmo inovador sistema de informações Estratégico-Geográficas que os pegaria em 1873.
 Em todos os jornais, do Jornalê até o The Wall Floydy seu crime era relatado: Marie II, a Nova Iluminista, morrera num atentado no seu quarto de hotel, nas Ilhas Balcãs, junto com seu marido, o conde Edward Twilight, eram acusados a doutora em Química Augustine Nobbel e o conde Edmundo, juntamente com a condessa Maria Jane de serem os mandantes; a primeira já estava presa e logo foi para a forca, porém, os dois últimos fugiram por 6 anos, até serem pegos, trabalhando como funcionários de uma fábrica de peças para tecelagem -situação "irônica" para os jornais da época- estranhamente, continuavam no mesmo país, Bretan, onde haviam cometido seus crimes (alguns falaram até em possível remorso, outros, em metidez, neste aparente "desejo de serem pegos").
                            *
 -Adeus! -Falou calmo o loiro barbudo, enquanto sua mulher passava na frente de sua cela e era levada para forca. Os guardas nunca estranharam tanta calma dum condenado, o próprio casal estava muito calmo;
 Ela foi pedida pela corda, morreu rápido, ninguém teve que agarrar-lhe os pés... O marido seria o próximo;
 -Tudo bem? -Falou o barbudo a uma figura com manto preto que estava em sua cela, ninguém a vira entrar ou sair; ela lhe deu uma corda, mas daí eles discutiram em sussurros e decidiram por uma navalha de barba, ele tinha pedido para ser enforcado sem pelo no rosto, ninguém percebeu nada!
 Deu nos jornais, a mulher ruiva e de olhos castanhos famosos morrera enforcada, o marido se matara com a navalha, antes de cumprida a sentença, porém a pressão sobre a burrice dos executores estatais foi esquecida devido a total onda de medo e temor coletivo que causou a próxima notícia sobre o caso: os corpos, dois dias depois do ocorrido, haviam sumido, sem sangue, sem nada, eles estavam trancados no Necrotério Municipal -até hoje, fico com calafrios ao atravessar o lugar e me imaginar como uma pessoa da época.
                           *
 -Vamos? -Disse a ruiva                         -Claro! -Disse o loiro, sem barba
 Entraram na Casa Real e ela, com duas pistolas Colt (novíssimas pra época) acabava com todos os guardas que vinham para eles, o homem ficava com as mãos nos bolsos, porém, de suas costas brotavam sobras que se estendiam e formavam foices que marcavam freneticamente as paredes;
 Desceram ao cômodo dos filhos da rainha morta por eles a seis anos, era um "quarto-cofre", criado pelo antigo Inventor-Mor da família, Jorge Nobbel, lá, o casal vestido com as roupas jovens da época -terno e vestido decotado- apontaram pistolas para a mais alta Corte Real de Bretan e disseram:
 -Estamos vivos!
  Um disco luminoso cegou a todos e ninguém mais viu nada
                            *
 N'outro dia foi constatado que praticamente toda a Guarda Real foi dizimada a tiros de pistola, mas nenhum membro que ficara com a Família no quarto-cofre; nas paredes da Casa Real, sobre pinturas e assoalho de lajotas lusitanas, a frase se repetia:
 -Estamos vivos!
                    O caos tomou conta, por muito tempo os nobres que estavam naquela sala nunca saiam de casa sem antes chamarem muitos guardas com muitas armas, o disco luminosos virou sinônimo místico, as pistolas Colt nunca venderam tanto; a frase "Estamos vivos!" seria repetida anos e anos depois, por jovens do rock que revisitariam este tempo, usariam cabelos ruivos e barba, assim como os membros de suas bandas favoritas -os responsáveis por esta Arqueologia Não-acadêmica
                    Os dois, porém, deram-se uns anos de férias, depois da missão de Agentes cumprida: Sabiné Al Duwayce e Wallace Animus fugiram para Gaia Brasilis para ter uns momentos de paz vendo cachoeiras inexploradas e montanhas cheias de neblina; não precisaram matar ninguém nem viver grandes aventuras românticas como espera você, só ficaram viajando por aí, até receberem outra ligação do Chefe.


 MUSIQUETA DA POSTAGEM
 Um casal aí... Pra descontrair
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