quarta-feira, 15 de maio de 2019

Moro no bosque, Domingo furioso

Eu moro naquele bosque
Perto da serra
Onde um riacho se esconde
Entre o meio de meu peito
Silenciosa, melancolia
Alimenta meu espírito
Com aquilo que não tive
Obtendo
Alguma ou outra alegria
Mas, apatia
Tudo apatia

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Na fúria, de um domingo
Qualquer
Famílias voltam com sua criançada escandalosa
Em pais mais escandalosos
Tudo, um bravio de bestas
Mecânicas, ônibus, parques moldados
Tudo, um qualquer
Sol de outono coroa a cabeça com calor
A gritaria das máquinas e crianças permanece
A serra de minha casa está longe
O lar do meu peito, desbastado de novas
Árvores está
No mundo
Máquinas e crianças-pais, tagarelam
Tagarelar pra não deixar-se o silêncio
Tomar de si
A voz mecânica
E num coro preso, sem tom ou som
As vozes se abafam, na barulheira
De domingo

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