MUSIQUETA DA POSTAGEM
Enquanto ele arrumava o quepe em sua cabeça, as ideias pulavam dos olhos, faziam tremer a língua.. Não era mais o mesmo que antes... Não era só o sangue que cobria o corpo do soldado - fazendo com que ele tivesse que perder mais tempo ao limpá-lo depois -, não era só a Guerra Contra os Inimigos da Nação que o incomodava... Era outra coisa, outras coisas de dentro de sua pele que não tomava banho já fazia dias e que o deixava com um cheiro de coisa velha...
-Itamar! Venha aqui, vamos limpar isto tudo! - Chamou o Chefe, com seu bigode loiro e roupa negra.
E lá ia o sargente Itamar, segurava uma perna, jogava na vala, outra pelo braço, mais uma queda na vala,
Pof!
Faziam eles quando caiam na terra, era estranho... Era o mesmo barulho que faziam os corpos dos soldados que também eram jogados na mesma vala, um lugar sem nome, sem lápide, apenas aqueles cinco soldados iriam lembrar daquele lugar, entre eles, Itamar, e claro, o Chefe.
-Chefe, - comentou o sargento ao jogar um jovem corpo - por que estamos a jogar isto nos buracos?
-Como assim, Itamar? Temos de enterra-los... São humanos...
-Oras, meu Chefe, por que não eram humanos quando nós metralhamos? - E Itamar jogava mais um corpo
-Meu caro, isto é diferente... Enquanto estavam vivos, eram nosso INIMIGOS, logo, não eram humanos...
-Mas, então, agora, que estão mortos, eles o são?
-Sim, pois os inimigos mortos são humanos...
-Mas, se estão mortos, por que não deixamos eles aqui? Estou me sentindo meio mal... Não sei, estou suando demais... - Falava o soldado, que com as camisas já ensopadas, em nada parecia com os outros membros do Exército da Liberdade, que estavam bem, por ser um dia frio e por nenhum dos mortos terem reagido, o que traria algum cansaço
-Ora, Itamar - pôs a mão no ombro do soldado o seu superior - não podemos deixar os corpos a vista pois, apesar do Inimigo ter se tornado humano quando o matamos, ele ainda é nosso inimigo, seus corpos são a prova de que existiram, o que não podemos deixar que seja mostrado depois...
Por um momento, Itamar parou, virou-se e olhou para o comandante, disse:
-Então, nós os enterramos para que nunca mais nos ataquem?
-Sim
-Então, nós os matamos duas vezes?
-... Sim, exatamente, Itamar, nós matamos estes civis inimigos de nossa Nação e também suas Memórias, seus Histórias, suas Lembranças... É assim, meu caro, apenas assim, que Vencemos e que a Humanidade Caminha pra adiante...
-... Sobre os corpos dos outros?
-Não, sobre os nossos corpos, que um dia viram poeira... E esta poeira voa, pelo ar...
-... -Itamar ficou quieto, engoliu seco. Virou-se para trás, ao ouvir o colega falar:
-Itamar! Tem mais dois aqui!
Já contavam mais de 20 corpos jogados na vala. O soldado estava cansado, pegou nos pés daquele corpo, achou engraçado, ou melhor, curioso, tinha botas muito bem lustradas, deveria ser um soldado muito asseado... Pena que sua face estava queimada, e o sargento não ligou em ficar olhando os mortos, mesmo os do seu exército... No entanto, ao ver a face daquele jovem, ele lembrou-se de perguntar ao superior, que estava sendo numa pedra, comendo uma manga:
-Mas, senhor, por que enterramos nosso homens junto com o Inimigo?
O comandante sorriu e disse:
-Oras, pequeno Itamar, porque nós morremos com eles, em uma guerra, sempre morre uma parte de nós...
O jovem soldado não entendeu, porém, começou a fitar o velho bigodudo, ele sorria, sorria de um jeito estranho e assustador... Seus olhos, estavam dilatados, muito para algo comum... Ouvia seu colega reclamar e reclamar... Mas, ele não ligava, o soldado não ligava e., pensativo, olhou novamente para o corpo com cara queimada...
Ele tinha um belo colar no pescoço, de Santa Rosa dos Marinheiros Perdidos, um colar tão belo que o fez lembrar daquele... Daquele... Que ganhara de sua mãe...
Tocou o seu pescoço o soldado... Não havia colar ali... Não havia colar ali!
Virou-se, ao ouvir uma gargalhada que dizia:
-Oras, pequeno Itamar, porque nós morremos com eles, em uma guerra, sempre morre uma parte de nós...
-O quê... -Disse o jovem, que via apenas o comandante rir e rir, falando:
-Oras, pequeno Itamar, porque nós morremos com eles, em uma guerra, sempre morre uma parte de nós...
-O que há aqui?!!! - Largou o corpo o jovem, ele fitou bem a face do morto, ninguém mais se mexia, todos os outros estavam paralisados, pareciam todos mortos; a face agora se revelava para o jovem Itamar como sendo a dele, ao qual, no desespero, ele ouviu algo do comandante:
-... Sempre morre uma parte nós... Ou até, nós mesmo!
Itamar olhou para o comandante, ele o retribuiu.
Seus olhos estavam azuis, seu bigode caiu da cara, como se postiço, estava inchado...
Um desequilíbrio, o jovem caiu na vala
Os corpos pareciam agarrar-lhe... Itamar gritava, gritava...
...
Então, o silêncio.
...
"Abri os olhos, e lá estava eu: Itamar, morto"
O jovem sai da vala, com dificuldade. A sua volta, ninguém o percebe e todos continuam a levar os corpos e jogar no buraco. Seu uniforme sujo e úmido, todo aquele frio, toda aquela cena... Tudo parece que sumiu de atormenta-lo... Ele olha para frente, na pedra aonde deveria estar seu comandante, seu exemplo de vida, ou em vida: nada vê dele, apenas uma criatura, um ser grande,
um cão, creio que siberiano, negro ou muito azul, apenas abaixo do pescoço é branco
as roupas são de soldado, porém, com um manto negro
ele o olha com cara silenciosa, o soldado tenta ter pânico, mas, não consegue
não consegue sentir nada...
-E nem vai sentir nada mesmo... -Diz a criatura - Está vendo aquele pequeno toca-discos?
Ao lado esquerdo do cão gigante, um gramofone, ou algo assim...
-Sim, estou...
-Ele está segurando tudo que você sente, não adianta ficar muito alarmado ou algo assim... Ainda deve ter umas seis horas de gravação...
-... - Itamar fito tudo aquilo, é tudo tão estranho, pois seu corpo esta pesado, ele está um paquiderme de peso, mas, não consegue dizer muito... Não consegue sentir nada... Nunca havia percebido como sentir algo era importante, nunca mesmo... Pensou ser apenas importante estar no controle de suas emoções por toda a vida e, agora, morto, vê que nunca talvez tenha sentido nada...
-Quem... Quem é você?
-Eu? - Disse o cão siberiano - Me chamo Saibret, Johan Saibret e tenha um bom dia...
-... O que...
-Sou um Rei da Morte, ou melhor, um Ceifeiro, algo do gênero... Sabe?
-Um anjo? Você é um Anjo do Senhor? Estou morrendo ou no Purgatório?
-Hm... -Pôs a mão no queixo, o cão de nome Saibret - Faz tempo que não converso durante o meu serviço, então, não sei a quantas anda a Humanidade... Não sei do que você está falando... Desculpe!
-Como assim?! -Disse o jovem, que não conseguia aumentar a voz - Como você não conhece o Nosso Senhor? Como nunca leu as Escrituras Sagradas do Livro Vermelho? Como não há aquela Luz no Fim do Túnel que..
-Desculpe, meu amigo... - Interrompeu o ser - Você por acaso conhece o homem-macaco Goku? Conhece Sefiratis? O Senhor Reiza-Fu? Calixto? Imperatriz Andrômeda? Comodoro Oasis?
-... Hm? Não... Mas...
-Então, façamos assim, cada um tem os seus amigos e não precisamos misturar, ok? Um dia marcamos algo... -Levantou-se o cão, tirou de trás da pedra uma bolsa de couro, abriu e ficou mexendo nela - Mas, agora, tenho algo que fazer com você...
-O quê... O quê... Espera!
-Sim? -Virou-se novamente Johan e olhou Itamar, que lhe perguntou:
-O que diabos quer comigo? O que está havendo aqui? Eu não consigo nem chorar, nem espernear... Simplesmente, não consigo...
-Viver? Sim, não consegue fazer nada disto pois está morto, ou melhor... - O cão tira da bolsa de couro um pedaço de metal que na ponta tem uma enorme lâmina de gelo - Você está quase morto...
-Como? Por isto eu carregava meu corpo? Aquelas perguntas, aquilo tudo que mostraram os primeiros parágrafos desta história...
-Bem, veja bem... Tudo isto, aquele velho senhor e seus questionamentos, tudo isto era você, Você tinha as Dúvidas, morreu com elas, precisava solucioná-las... O que fiz foi respondê-las, pelo que eu via em seus olhos... Nada pessoal... - Riu o ser, ao qual o jovem disse:
-Mas, se eu estou quase morto, por que, por que você está aqui? É do Inimigo?
-Não, não pensa pequeno... Eu sou um Ceifeiro, me alimento de gente como você... Desculpe as palavras, mas, você está morto, basicamente... O que fiz é capturar seus últimos momentos vivo, seus últimos momentos em que seu cérebro ainda esta conservado e não apodreceu... E, bom, se você está vendo esta lâmina de gelo aqui, é a que usarei pra terminar de te matar...
-O quê? Agora?! Mas, como assim?!!
-Olha, não é agora... Não teria sentido, não é? - Sorriu o cão - Eu, antes de te matar, preciso fazer uma coisa, preciso me alimentar... E faço isto da seguinte forma: quero que você diga um desejo.
-O quê? Como assim?! Você é um tipo de gênio?
-Não, não sou... Sou algo entre um gênio e o que vocês humanos chamam de esperança, ou arrependimento... O que faço é realizar esta última coisa, em troca, fico um pouco mais vivo...
-... Apenas isto? Tudo isto pra apenas um último desejo?
-Sim, apenas isto.
-E se eu não quiser? Se eu desejar ficar vivo?
-Olha, se você quiser voltar a ficar vivo vai voltar no seu corpo morto, totalmente ferrado... Não adiante pedir pra que eu te dê um corpo novo, pois isto é uma trabalheira e este tipo de coisa não é tão fácil de conseguir... E, claro, se você não quiser, basicamente eu não te mato, deixo este disco aqui do meu lado tocar eternamente... Até que alguém me mate ou o quebre, você vai ficar neste estado de nunca sentir nada, mas, desejar tudo, até sentir... Vai ser um quase humano, um quase fantasma, um quase morto... Vai ser um ser tão incompleto que, basicamente, apenas será uma música que sempre se repete na existência...
-... -Itamar olhava para baixo... - Posso ter qualquer coisa? De tudo?
-Sim, de tudo... Menos ficar vivo.
O jovem Itamar olhava para baixo, olhava para tudo e todos, olhava para mim e para você... O que pedir, o que fazer...
E, então, ele olha para a tela, olha para este escritor que está a descrever esta história que ele mesmo viveu... E diz:
-O que eu faço?
-... Não sei. -Respondi - Tudo que você pedir talvez o leitor desta história não ache digno... Ele está cansado, de todo o sangue que ela traz... Os sustos, a ficção, etc.
-Ora, eu não ligo pra nenhum leitor! O que eu, Itamar, posso fazer?
-... Apenas você, personagem, pode decidir... Como qualquer um de nós, meros mortais...
-... Então, é isto?
-Sim, é isto.
...
-Saibret, eu já sei o que eu quero...
-Diga, Itamar...
-Quero poder ter escrito minha própria história, quero poder ter feito isto... Eu quero ser o escritor...
Johan Saibret, o Ceifeiro - um dos últimos de sua espécie - sorriu com os dentes pontudos e disse:
-Itamar, mesmo eu sendo um Ser Velho e já tendo sido um Agente do Caos, nunca vi algo tão difícil de realizar como escrever a própria história, de novo...
-Então, deixe que se faça a Aventura... Deixe que a segunda chance venha...
-Bom, se é de uma chance nova, talvez isto eu possa fazer... - E Saibret golpeou com a massa o corpo do jovem soldado...
...
E agora, em um som constante de umidade nos meus ouvidos, eu escrevo esta história... De como eu tive a chance de escrever o que poucos puderam... De ver o que deixaram, de falar o que queriam... Afinal, de ser livre...
E, assim, nesta carta, conto sobre a minha morte, sobre a minha aventura, sobre eu mesmo... Só que sobre o meu fim... E apenas, isto, cinco páginas me resumem, como resumem a todos nós.
Itamar se despede com um: "-Até logo"
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
Hoje está frio
Frio, frio que entra nas capas de alguns vampiros que atacam suas polaquinhas daqui, deste universo curitibano, entre Colônias, olhos verdes e ônibus vermelhos...
Máquina constante das pedras de petit pavet negro-branca em racial transmissão de energias que capturam meus olhos para os das pessoas nas calçadas, que não mais me olham nos olhos;
Não olhamos ninguém nas janelas, queremos mais que todos sejam apenas portas de si, para entrarmos, sairmos, em ritmo sexual constante e que não liga nem ficar com você até de manhã, arruma as malas nas brumas e vai embora,
beijo apenas a tua bochecha e adeus.
Máquina constante das pedras de petit pavet negro-branca em racial transmissão de energias que capturam meus olhos para os das pessoas nas calçadas, que não mais me olham nos olhos;
Não olhamos ninguém nas janelas, queremos mais que todos sejam apenas portas de si, para entrarmos, sairmos, em ritmo sexual constante e que não liga nem ficar com você até de manhã, arruma as malas nas brumas e vai embora,
beijo apenas a tua bochecha e adeus.
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segunda-feira, 4 de junho de 2012
A Saga dos Elfuns: O Valor da vingança
A Saga dos Elfuns-Era 3:A Era de Locke Booke.
Capítulo:??:O Valor da vingança.
Eis que Locke Booke já tinha o Mal dentro de si,Leont Booke,causador desse fato,fugira do Tarcktáros e agora chegava ao Bell Castelo,morada dos Condes das Rosas,antiga família de nobres de Galampony,que a algumas décadas atrás,juntamente com o lorde Serpente Negra,conquistaram a força o Conselho dos Senhores.
-Quero falar com o senhor desta casa.-Falou Leont ao guarda da porta.
-Quem é vossa graça?-Respondeu o soldado.
-“Aquele que irá dar-lhe um condado”.-O guardião,como se tivesse ouvido um código,foi rápido mandar avisar o senhor do castelo,depois de algum tempo no relento de uma fria madrugada,o mago foi recebido pelo nobre,o filho do Conde das Rosas de Sangue,barão Aurylin Parxoss:
-Você cumpriu sua palavra,não pensei que faria isso,parecia bêbado naquela taverna.-Disse o barão ao vê-lo,era um jovem de cabelos dourados,roupas de linho branco,uma espada e uma couraça negra no peito,ricamente enfeitada,sendo o principal símbolo,as duas rosas,também negras.
-O bêbado era tu,-respondeu o mago-onde está seu pai?
Com essa pergunta,o jovem ficou calado,só conduziu Leont até uma torre,a mais isolada do castelo,famoso pela beleza de seus domos e cúpulas,uma para cada grande membro da família Parxoss,tinha nessa parte um estilo ainda antigo,mais “normal para a época”.
Ao chegarem,o nobre abriu a porta de madeira para o mago,este,entrou e se viu em uma pequena sala,desarrumada e suja,em vista que,sentado só em uma cadeira,jazia alguém de grande importância,Judv Parxoss,o Conde das Rosas de Sangue,que,quando notou Leont,disse:
-É hoje que minha alma cairá?Pois te reconheço.-Perguntou o velho,já calvo e enfraquecido pela idade,muito diferente do poderoso conde que dominou grandes partes de Galampony,porém,tinha ainda sua couraça escarlate,sempre com as rosas cruzadas no centro,e seu par de espadas de ilidium-rupro,armas mágicas que valeram-lhe em muitas batalhas.
-Como me conheces?Nunca nos vimos antes?-Retribuiu a questão o mago Leont,que tinha uma capa avermelhada,manto amorronzado,armadura parca e surrada,sua barbicha e bigode negros estavam médios e tanto neles como nos cabelos já se viam os fios brancos,uma espada e uma adaga eram suas armas.
-As rupra-roxas(nome das espadas duplas) só desembanhariam quando aqueles que descendem da lendária feiticeira que matei para conquistar meu poder voltassem a fim da vingança,nisto também se incluiria minha couraça,que da mesma forma,somente com a presença dos descendentes do Lorde Cinzento,soltaria-se do meu corpo,-o velho conde deu um suspiro-passei mais de sessenta anos com essa coisa e hoje de manhã ela se soltou,as espadas pude puxar agora a pouco,antes de você entrar.
Leont tinha os olhos marejados,mas somente um pouco,sendo quase imperceptível,falou:
-É um velho esperto,descobriu motivos para o que farei,mas sabe quem me deu essa chance,não?
-A espada que está um pouco desembanhada aí na mesa não me servirá de nada...-uma lágrima caía do rosto do velho-faça o que veio fazer,pelo menos uma parte de sua vingança se cumprirá.
-Não,só terminarei o que a muito comecei.
-Como assim?Olidif,o lorde Serpente Negra morreu a muito tempo atrás,envenenado...-O conde percebeu suas palavras.
-Foi díficil para uma criança consiguir um veneno poderoso,se fingir de criado e servir um “vinho especial” ao seu senhor,mas creio que tive mais dificuldade em explicar a meu irmão onde estava e dar qualquer explicação para a perseguição dos soldados na busca de suspeitos,porém,conseguimos fugir da cidade e,depois de muito tempo,pude revivier esse assunto.
A reação do velho foi de temor:
-Apenas uma criança...isso é...per...-O velho Conde das Rosas de Sangue não consiguiu falar,estava atônito,porém não teve muito mais tempo de vida,Leont tirou sua adaga e lentamente chegou próximo de um dos assasinos de seus pais,cravou-lhe a lâmina no lado esquerdo do nobre,a arma partiu a antiga couraça facilmente,deixou-a lá por alguns momentos e,segurando a cabeça do velho,fitou-o,disse sussurando:
-Adeus!
A Saga dos Elfuns-Capítulo:??:O Valor da vingança.
Parte 2.
-Tome,-falou o mago jogando as espadas na mesa-não é isso que você queria?
-As rupra-roxas...-disse o jovem Aurylin,que,fascinado,olhava para as espadas,depois de um tempo,porém,notou o pai no outro cômodo,foi até ele e falou:
-Meu paizinho...por que você não me viu ser conde?-O filho fitava o cádaver-Agora podes me ver aí do Tarcktáros?Hum?
-Ei,”Conde das Rosas”!-Interrompeu o feiticeiro-E meu pagamento?
O jovem se levantou e olhou para o rosto do mago,disse:
-Talvez se tivesse contratado o outro Booke,este,não seria tão insolente...Ou será que isso é “mal de família”?
Leont em um rápido movimento segurou a gola do “novo conde”,não por muito tempo,pois este era considerado o “melhor espadachim de Galampony” e segurava as espadas de seu finado pai,porém,ao pensar retirar as armas,já estava ele com a lâmina de uma destas escostada em seu pescoço,o mago empunhava com sua mão direita,enquanto a esquerda segurava a bainha de sua própria arma,disse o feiticeiro:
-És o melhor de minha terra?
O jovem,atormentado,aquietou-se,perguntou:
-Qual era mesmo o pagamento?
-800 pesos de ouro e um cavalo.-Respondeu o mago,que assustou o antigo barão,entretanto,esse depois de pensar um pouco,falou:
-O preço vale o benefício.
Na mesma madrugada,Leont Booke,após comer um pouco,recolher mantimentos e receber seu pagamento,seguiu para os Portos Craquem,tinha que ir à Floresta de Dolfos no outro continente,pois finalmente conquistara seu Valor.
O “novo conde” olhou o mago partir,mas agora tinha preocupações maiores,tais como sua posse e o funeral do pai morto,esta morte,sendo dada por “causas naturais de fácil compreensão”.
Capítulo:??:O Valor da vingança.
Eis que Locke Booke já tinha o Mal dentro de si,Leont Booke,causador desse fato,fugira do Tarcktáros e agora chegava ao Bell Castelo,morada dos Condes das Rosas,antiga família de nobres de Galampony,que a algumas décadas atrás,juntamente com o lorde Serpente Negra,conquistaram a força o Conselho dos Senhores.
-Quero falar com o senhor desta casa.-Falou Leont ao guarda da porta.
-Quem é vossa graça?-Respondeu o soldado.
-“Aquele que irá dar-lhe um condado”.-O guardião,como se tivesse ouvido um código,foi rápido mandar avisar o senhor do castelo,depois de algum tempo no relento de uma fria madrugada,o mago foi recebido pelo nobre,o filho do Conde das Rosas de Sangue,barão Aurylin Parxoss:
-Você cumpriu sua palavra,não pensei que faria isso,parecia bêbado naquela taverna.-Disse o barão ao vê-lo,era um jovem de cabelos dourados,roupas de linho branco,uma espada e uma couraça negra no peito,ricamente enfeitada,sendo o principal símbolo,as duas rosas,também negras.
-O bêbado era tu,-respondeu o mago-onde está seu pai?
Com essa pergunta,o jovem ficou calado,só conduziu Leont até uma torre,a mais isolada do castelo,famoso pela beleza de seus domos e cúpulas,uma para cada grande membro da família Parxoss,tinha nessa parte um estilo ainda antigo,mais “normal para a época”.
Ao chegarem,o nobre abriu a porta de madeira para o mago,este,entrou e se viu em uma pequena sala,desarrumada e suja,em vista que,sentado só em uma cadeira,jazia alguém de grande importância,Judv Parxoss,o Conde das Rosas de Sangue,que,quando notou Leont,disse:
-É hoje que minha alma cairá?Pois te reconheço.-Perguntou o velho,já calvo e enfraquecido pela idade,muito diferente do poderoso conde que dominou grandes partes de Galampony,porém,tinha ainda sua couraça escarlate,sempre com as rosas cruzadas no centro,e seu par de espadas de ilidium-rupro,armas mágicas que valeram-lhe em muitas batalhas.
-Como me conheces?Nunca nos vimos antes?-Retribuiu a questão o mago Leont,que tinha uma capa avermelhada,manto amorronzado,armadura parca e surrada,sua barbicha e bigode negros estavam médios e tanto neles como nos cabelos já se viam os fios brancos,uma espada e uma adaga eram suas armas.
-As rupra-roxas(nome das espadas duplas) só desembanhariam quando aqueles que descendem da lendária feiticeira que matei para conquistar meu poder voltassem a fim da vingança,nisto também se incluiria minha couraça,que da mesma forma,somente com a presença dos descendentes do Lorde Cinzento,soltaria-se do meu corpo,-o velho conde deu um suspiro-passei mais de sessenta anos com essa coisa e hoje de manhã ela se soltou,as espadas pude puxar agora a pouco,antes de você entrar.
Leont tinha os olhos marejados,mas somente um pouco,sendo quase imperceptível,falou:
-É um velho esperto,descobriu motivos para o que farei,mas sabe quem me deu essa chance,não?
-A espada que está um pouco desembanhada aí na mesa não me servirá de nada...-uma lágrima caía do rosto do velho-faça o que veio fazer,pelo menos uma parte de sua vingança se cumprirá.
-Não,só terminarei o que a muito comecei.
-Como assim?Olidif,o lorde Serpente Negra morreu a muito tempo atrás,envenenado...-O conde percebeu suas palavras.
-Foi díficil para uma criança consiguir um veneno poderoso,se fingir de criado e servir um “vinho especial” ao seu senhor,mas creio que tive mais dificuldade em explicar a meu irmão onde estava e dar qualquer explicação para a perseguição dos soldados na busca de suspeitos,porém,conseguimos fugir da cidade e,depois de muito tempo,pude revivier esse assunto.
A reação do velho foi de temor:
-Apenas uma criança...isso é...per...-O velho Conde das Rosas de Sangue não consiguiu falar,estava atônito,porém não teve muito mais tempo de vida,Leont tirou sua adaga e lentamente chegou próximo de um dos assasinos de seus pais,cravou-lhe a lâmina no lado esquerdo do nobre,a arma partiu a antiga couraça facilmente,deixou-a lá por alguns momentos e,segurando a cabeça do velho,fitou-o,disse sussurando:
-Adeus!
A Saga dos Elfuns-Capítulo:??:O Valor da vingança.
Parte 2.
-Tome,-falou o mago jogando as espadas na mesa-não é isso que você queria?
-As rupra-roxas...-disse o jovem Aurylin,que,fascinado,olhava para as espadas,depois de um tempo,porém,notou o pai no outro cômodo,foi até ele e falou:
-Meu paizinho...por que você não me viu ser conde?-O filho fitava o cádaver-Agora podes me ver aí do Tarcktáros?Hum?
-Ei,”Conde das Rosas”!-Interrompeu o feiticeiro-E meu pagamento?
O jovem se levantou e olhou para o rosto do mago,disse:
-Talvez se tivesse contratado o outro Booke,este,não seria tão insolente...Ou será que isso é “mal de família”?
Leont em um rápido movimento segurou a gola do “novo conde”,não por muito tempo,pois este era considerado o “melhor espadachim de Galampony” e segurava as espadas de seu finado pai,porém,ao pensar retirar as armas,já estava ele com a lâmina de uma destas escostada em seu pescoço,o mago empunhava com sua mão direita,enquanto a esquerda segurava a bainha de sua própria arma,disse o feiticeiro:
-És o melhor de minha terra?
O jovem,atormentado,aquietou-se,perguntou:
-Qual era mesmo o pagamento?
-800 pesos de ouro e um cavalo.-Respondeu o mago,que assustou o antigo barão,entretanto,esse depois de pensar um pouco,falou:
-O preço vale o benefício.
Na mesma madrugada,Leont Booke,após comer um pouco,recolher mantimentos e receber seu pagamento,seguiu para os Portos Craquem,tinha que ir à Floresta de Dolfos no outro continente,pois finalmente conquistara seu Valor.
O “novo conde” olhou o mago partir,mas agora tinha preocupações maiores,tais como sua posse e o funeral do pai morto,esta morte,sendo dada por “causas naturais de fácil compreensão”.
domingo, 20 de maio de 2012
Poemas musicados d'alma 2
Adianta o
Dia ser
Tão
Findo,
Lindo,
Fofo? ,
Não há
Nada lá fora
Só o
Vento frio e
Perverso.
Respondo: Se tem, e daí?!
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A Redenção de Um Velho - A Saga dos Elfuns
Klaln era agora cinza,o ar queimava as narinas,tudo reduzido a escombros.Um único homem andava em direção ao monte de pedras de uma varrida construção,corpos se mutiplicavam as vistas,alguns torrados,outros quebrados e alguns em pedaços,o velho cansado ajoelhou-se e começou a retirar os restos,encontrou uma criança,chorou.
-Não!-Brandou o velho enquanto acariciava a cabeça da menininha de uns oito anos,tinha sangue atrás de seus cabelos negros como a noite.Escutou um bufar,este foi aumentando de força,um bruxo se levantou,tinha ódio.
O chão tremeu,uma gargalhada nojenta se espalhou pelo lugar,estrondos tornavam-se mais potentes,finalmente saiu do solo um demônio,este surgiu embaixo do feiticeiro,deu-lhe um soco e,enquanto o velho voava no ar,agarrou-lhe o pescoço,terminado esse ataque,estava Kjards,rei dos cdevos,a segurar Locke Booke,”o mago maldito”,perto do centro da cidade.
-Pensou ter me matado?!-Disse o ser maligno,guspindo sangue azul escuro e com o braço esquerdo e uma parte do peito com profundos cortes-Pois quase conseguiu!-Sorriu com a boca ferida.
O mago o olhava com raiva incontável, Kjards virou para trás e percebeu a criança, riu e falou:
-Idiota!Escutei um choro de um humano patético,não pensei que era você!Foi ela que desviou seu golpe,ridículo,podia ter me matado,mas distraiu-se com uma pequena fedelha!Se pelo menos tivesse me destruído!Me deu tempo de cavar um buraco,pena que estracalhei meu braço...
-Maldito!-Disse Locke Booke-Cale-se!
-Foi você que a matou!Se tivesse me deixado em paz,talvez ela fosse meu almoço de amanhã,assim viveria mais um dia!-Riu o demônio em alto tom.
-Vou matá-lo!Desgraçado!
-Não,eu é que vou!-Terminando esse dito,o ser maligno começou a juntar uma chama roxa entre seus dentes,Booke reuniu suas últimas forças,abriu a mão esquerda,Whailibur,a espada do mago,jazia próxima,embaixo de escombros.
Quando estava para lançar o golpe,o rei dos cdevos,ainda piscou sarcasticamente para Locke,este deu um berro e a espada vôou para sua mão,o bruxo deu um ataque na lateral do demônio,quando este baqueou virando para o lado e assim perdendo toda a energia acumulada,o mago passou-lhe a lâmina diagonalmente,do ombro direito ao peito,jorrou o líquido de vida,o golpeado deu um grito de dor,quando viu,já estava com o feiticeiro,que dando um giro no céu,equilibrou-se em seu ombro recém cortado,Booke cravou-lhe a arma no pescoco e pulou para o lado,fazendo uma grande sujeira e caindo de mau-jeito poucos metros depois.
Kjards ajoelhou,caiu,bufando e sangrando muito,teve forças ainda para dizer:
-Foi sua culpa,não pode mudar isso.-E olhando para o feiticeiro,que levantando com dificuldade,levantou a espada e fazia esta brilhar com cor de fogo,completou:
-Um último golpe?
-Eslibur chenmai!-Berrou Locke,e sua espada queimou em chamas,deixando esta verticalmente,viu ainda um leve piscar de olho,cravou-a,escutou um último sussuro,um fogo amarelado queimou rapidamente o corpo,logo,este explodiu,o mago foi jogado para trás,um enorme barulho ecôou pelo deserto de carcaças,Kjards,o rei demoniáco dos cdevos fora destruído.
-Não!-Brandou o velho enquanto acariciava a cabeça da menininha de uns oito anos,tinha sangue atrás de seus cabelos negros como a noite.Escutou um bufar,este foi aumentando de força,um bruxo se levantou,tinha ódio.
O chão tremeu,uma gargalhada nojenta se espalhou pelo lugar,estrondos tornavam-se mais potentes,finalmente saiu do solo um demônio,este surgiu embaixo do feiticeiro,deu-lhe um soco e,enquanto o velho voava no ar,agarrou-lhe o pescoço,terminado esse ataque,estava Kjards,rei dos cdevos,a segurar Locke Booke,”o mago maldito”,perto do centro da cidade.
-Pensou ter me matado?!-Disse o ser maligno,guspindo sangue azul escuro e com o braço esquerdo e uma parte do peito com profundos cortes-Pois quase conseguiu!-Sorriu com a boca ferida.
O mago o olhava com raiva incontável, Kjards virou para trás e percebeu a criança, riu e falou:
-Idiota!Escutei um choro de um humano patético,não pensei que era você!Foi ela que desviou seu golpe,ridículo,podia ter me matado,mas distraiu-se com uma pequena fedelha!Se pelo menos tivesse me destruído!Me deu tempo de cavar um buraco,pena que estracalhei meu braço...
-Maldito!-Disse Locke Booke-Cale-se!
-Foi você que a matou!Se tivesse me deixado em paz,talvez ela fosse meu almoço de amanhã,assim viveria mais um dia!-Riu o demônio em alto tom.
-Vou matá-lo!Desgraçado!
-Não,eu é que vou!-Terminando esse dito,o ser maligno começou a juntar uma chama roxa entre seus dentes,Booke reuniu suas últimas forças,abriu a mão esquerda,Whailibur,a espada do mago,jazia próxima,embaixo de escombros.
Quando estava para lançar o golpe,o rei dos cdevos,ainda piscou sarcasticamente para Locke,este deu um berro e a espada vôou para sua mão,o bruxo deu um ataque na lateral do demônio,quando este baqueou virando para o lado e assim perdendo toda a energia acumulada,o mago passou-lhe a lâmina diagonalmente,do ombro direito ao peito,jorrou o líquido de vida,o golpeado deu um grito de dor,quando viu,já estava com o feiticeiro,que dando um giro no céu,equilibrou-se em seu ombro recém cortado,Booke cravou-lhe a arma no pescoco e pulou para o lado,fazendo uma grande sujeira e caindo de mau-jeito poucos metros depois.
Kjards ajoelhou,caiu,bufando e sangrando muito,teve forças ainda para dizer:
-Foi sua culpa,não pode mudar isso.-E olhando para o feiticeiro,que levantando com dificuldade,levantou a espada e fazia esta brilhar com cor de fogo,completou:
-Um último golpe?
-Eslibur chenmai!-Berrou Locke,e sua espada queimou em chamas,deixando esta verticalmente,viu ainda um leve piscar de olho,cravou-a,escutou um último sussuro,um fogo amarelado queimou rapidamente o corpo,logo,este explodiu,o mago foi jogado para trás,um enorme barulho ecôou pelo deserto de carcaças,Kjards,o rei demoniáco dos cdevos fora destruído.
Parte 2.
Leont voltava para perto da cidade com os outros magos,pois correram como o vento durante a fuga,ele estava à frente dos outros feiticeiros e viu a cena narrada a pouco,compreendeu o irmão.Em sua companhia,seu cavalo e o de Booke,este,mesmo estando a uns quinhentos metros,enxergou o jovem mago e assobiando logo fez sua montaria o acolher.Leont permaneceu calado,apenas abaixou a cabeça e,sussurando,disse:
-Adeus.
O jovem mago disse aos outros apenas o necessário:”-Ele sumiu,assim como Ecinos(cavalo de Locke),logo que chegamos,o potro saiu em disparrada para os campos,Locke deve estar lá,temos que ir procurá-lo!”-Os velhos bruxos,claro,desconfiaram da história,tendo alguns até demonstrado isso,porém,seguiram para o leste em busca de Booke,entretanto,o verdadeiro seguia para o norte,sem rumo nem espírito.
Andara quase um dia inteiro quando chegara à Tol,pequeno vilarejo fundado pelos lendários Galampricys durante a expulsão dos gigantes,isto,a muito tempo atrás,tendo descido da montaria,estava Locke Booke de frente a taverna-estalagem de Dom Libidijos,um famoso velho porco da região,agora caolho e sem uma perna.
-Quero um quarto.-Falou Booke ao taverneiro,um gordo rosado e de faces abigodadas.
-Vai custar 20 pesos em ouro,mas se quiser bóia,velho torpe,é 25.-Respondeu cuspindo.
-Adeus.
O jovem mago disse aos outros apenas o necessário:”-Ele sumiu,assim como Ecinos(cavalo de Locke),logo que chegamos,o potro saiu em disparrada para os campos,Locke deve estar lá,temos que ir procurá-lo!”-Os velhos bruxos,claro,desconfiaram da história,tendo alguns até demonstrado isso,porém,seguiram para o leste em busca de Booke,entretanto,o verdadeiro seguia para o norte,sem rumo nem espírito.
Andara quase um dia inteiro quando chegara à Tol,pequeno vilarejo fundado pelos lendários Galampricys durante a expulsão dos gigantes,isto,a muito tempo atrás,tendo descido da montaria,estava Locke Booke de frente a taverna-estalagem de Dom Libidijos,um famoso velho porco da região,agora caolho e sem uma perna.
-Quero um quarto.-Falou Booke ao taverneiro,um gordo rosado e de faces abigodadas.
-Vai custar 20 pesos em ouro,mas se quiser bóia,velho torpe,é 25.-Respondeu cuspindo.
O mago estava como disfarçado,havia tirado suas peças armaduradas e posto roupas mais simples,se estivesse de posse de uma forma guerreira,com certeza,seria uma “pérola no meio de conchas vazias”.
-Pago metade hoje.-Disse o mago,como se desse uma “resposta”.
-É agora ou racha!-Guspiu mais o gordo.
-Venha.-Desafiou o mago.
A taverna estava cheia,o fim de tarde atraía “os lobos velhos”,o balconista olhou para uma mesa,nesta,estavam malencarados e robustos capangas que,ao olhar de ordem,levantaram-se e iam na direção de Booke,este,calmamente,olhou de relance para os três bugres.
Eles estavam armados de picaretas e paus,aproximaram-se cada vez mais perigosamente,de repente,a um som de vento,estava Locke a empunhar o cajado,olhava-os poderosamente,a disfarçada bengala de velho senhor voltava em sua forma de bastão de feiticaria e apontava para o pescoço de um dos atacantes,de vistas agora aterrorizadas.Como se obra de magia,os atacantes,em movimentos compassados,sentaram-se novamente em seus lugares,beberam sua bebida e,imediatamente depois do gole conjunto,caíram a dormir sentados.
-Sua melhor bebida,por favor.-Pediu o mago.
-Sim,sim,já vai.-Respondeu,sem guspir,o assustado gordo.
Era uma bebida pobre,mas com certeza a melhor da espelunca,de nome Wizirum,tinha um cheiro forte,pois fora fermentada de um arroz-bravo da região ainda no mesmo dia.Desceu a garganta do mago como uma labareda que cai em uma folha seca,ele,já com um bafo horrível,perguntou:
-Pago metade hoje.-Disse o mago,como se desse uma “resposta”.
-É agora ou racha!-Guspiu mais o gordo.
-Venha.-Desafiou o mago.
A taverna estava cheia,o fim de tarde atraía “os lobos velhos”,o balconista olhou para uma mesa,nesta,estavam malencarados e robustos capangas que,ao olhar de ordem,levantaram-se e iam na direção de Booke,este,calmamente,olhou de relance para os três bugres.
Eles estavam armados de picaretas e paus,aproximaram-se cada vez mais perigosamente,de repente,a um som de vento,estava Locke a empunhar o cajado,olhava-os poderosamente,a disfarçada bengala de velho senhor voltava em sua forma de bastão de feiticaria e apontava para o pescoço de um dos atacantes,de vistas agora aterrorizadas.Como se obra de magia,os atacantes,em movimentos compassados,sentaram-se novamente em seus lugares,beberam sua bebida e,imediatamente depois do gole conjunto,caíram a dormir sentados.
-Sua melhor bebida,por favor.-Pediu o mago.
-Sim,sim,já vai.-Respondeu,sem guspir,o assustado gordo.
Era uma bebida pobre,mas com certeza a melhor da espelunca,de nome Wizirum,tinha um cheiro forte,pois fora fermentada de um arroz-bravo da região ainda no mesmo dia.Desceu a garganta do mago como uma labareda que cai em uma folha seca,ele,já com um bafo horrível,perguntou:
-Onde há diversão por aqui?
-Na Casa de Cortesia,senhor,-falou baixo o gordo-fica descendo a ladeira.-Apontou com o dedo.
-Pode dar-me a chave do quarto?-Entregou o gordo a chave para o feiticeiro,este,pegou a garrafa da bebida que tomara,perguntando:
-Posso?
O balconista permitiu com um movimento de cabeça.Locke subiu para seu quarto deixou suas coisas,as quais foram decarregadas de seu cavalo gentilmente pelo gordo,pôs a garrafa na pequena mesa ao lado da cama e trocou de roupa,ficando com uma não tão pobre nem tão refinada,saiu e se dirigiu para a Casa de Cortesia de Dona Majerona,que só para constar,era mulher do fundador da taverna.
Voltou à madrugada,tinha tido uma noite boa,uma bela e alguns vinhos o haviam acompanhado,porém,estava em silêncio,total e mortuário.Entrou no quarto,sentou na cama,olhou para o nada,revisou toda a vida que participou,sua e a dos outros,lembrou-se desde o resgaste seu e do irmão feito pelo mago Son-tsu,o treinamento com este,a vida de pobreza e orfã,o roubo,a sobrevivência,o assassinato,o bandido,o mercenário,o mestre e a morte.
Chegou o raiar avermelhado do dia,Locke pegou a garrafa,deu três longos goles e derramou o pouco que restava no chão,sua face era estática,meditante,não chorou,pois suas lágrimas secaram-se.
-Chega disso...acabou!-Ordenou.
Um velho bruxo redimira-se.
Pegou seu cavalo,ainda durante o meio da manhã,pagou ao taverneiro,25 pesos de ouro e 5 de prata,”-A fim de pagar a bebida.”,disse ao gordo.Partiu rumo ao nordeste,pois queria ver o passado.
-Na Casa de Cortesia,senhor,-falou baixo o gordo-fica descendo a ladeira.-Apontou com o dedo.
-Pode dar-me a chave do quarto?-Entregou o gordo a chave para o feiticeiro,este,pegou a garrafa da bebida que tomara,perguntando:
-Posso?
O balconista permitiu com um movimento de cabeça.Locke subiu para seu quarto deixou suas coisas,as quais foram decarregadas de seu cavalo gentilmente pelo gordo,pôs a garrafa na pequena mesa ao lado da cama e trocou de roupa,ficando com uma não tão pobre nem tão refinada,saiu e se dirigiu para a Casa de Cortesia de Dona Majerona,que só para constar,era mulher do fundador da taverna.
Voltou à madrugada,tinha tido uma noite boa,uma bela e alguns vinhos o haviam acompanhado,porém,estava em silêncio,total e mortuário.Entrou no quarto,sentou na cama,olhou para o nada,revisou toda a vida que participou,sua e a dos outros,lembrou-se desde o resgaste seu e do irmão feito pelo mago Son-tsu,o treinamento com este,a vida de pobreza e orfã,o roubo,a sobrevivência,o assassinato,o bandido,o mercenário,o mestre e a morte.
Chegou o raiar avermelhado do dia,Locke pegou a garrafa,deu três longos goles e derramou o pouco que restava no chão,sua face era estática,meditante,não chorou,pois suas lágrimas secaram-se.
-Chega disso...acabou!-Ordenou.
Um velho bruxo redimira-se.
Pegou seu cavalo,ainda durante o meio da manhã,pagou ao taverneiro,25 pesos de ouro e 5 de prata,”-A fim de pagar a bebida.”,disse ao gordo.Partiu rumo ao nordeste,pois queria ver o passado.
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Vivendo com uma pena na cabeça e
Depois de um dia
Trabalhei
Tô morto,
Beber,
Beber,
Beber alma,
Reconstruir espírito.
Tempo pra que
É tudo pó no
Final,
Sua decisão:
Cheirar ou não.
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Você morreu com um beijo e reasceu com um amor #Agente do Caos
MUSIQUETA DA POSTAGEM
-Oi – me disse aquela moça estranha que vi uma vez andando pela rua abandonada do meu bairro, ela não era solitária, como era quase todo o meu bairro sempre naquelas madrugadas de sábado pra domingo, porém, naquele dia estava, talvez, pra ela, ou, era pra mim...
Vi chegar em passos estranhos, tinhas algo no olhar, eu também, mas, não sabíamos o que um ou outro haviam em seus bolsos; de grandes e profundos, de nossos bolsos, de sobretudos, ouvi simultaneamente o clicar de um dedo sobre um aparelho – celular, talvez? – porém, imediatamente, ouvi um engatilhar de arma...
E o vapor de ar corroía todo o ambiente escuro, ela me olhava com seus olhos de sereia e eu mirava apenas aquelas duas partes do seu tórax, que estavam naquele dia muito chamativos aos meus olhos... Me sentia um lobo atrás da frágil mocinha de chapéu vermelho, talvez ela, gostaria de ser também a mesma coisa para mim... Ficamos, ali, por alguns minutos... Ela virou-se não me dando bola e entrou na porta de madeira, que fora aberta por um gorila de terno. Indo atrás do barulho que seus pés – pequenos pés! Na minha mente consumida por alguma vodca ou certeza de um desejo a ser realizado – faziam no assoalho daquele corredor ao qual entrei, depois de pedir passagem pro segurança ( o que me custou malditos 10 contos, um roubo!)...
Logo, entrei naquela casa de luzes vermelhas e pessoainhas rebolando seus corpos, suados e logo resfriados pelo frio... Eu sorria, não para ela, mas, pela condição daqueles vermes... Tristes vermizinhos, macaquinhos evoluídos... Ainda bem, eu não mais era um daqueles, era outra coisa... Talvez, superior – a mim evidente, claro. Vi o seu sobretudo num cabideiro, vi que um corpo ia em direção mais do interior da casa de luzes vermelhas... E os corpos se mexiam, saltitantes, bêbados, por alguma razão que desconheço, comemoravam a simples questão de estarem vivos e de poderem ficar bebaços e vomitos, comemoravam a vida... Eu, não, eu não estava ali pra isto... Segui pelo segundo corredor... Já sem casaco, minha camiseta com um enorme desenho de uma máscara de gás com um “xis” revelava, de certa forma, o que eu caçava... Além, das pernas dela, ou melhor, com as pernas dela... Máscara de gás dos malditos Agentes, máscara que me persegui a vida inteira... Agora, eu, com uma Lâmina Azul de Caçar estes malditos era um deus, eu podia derrotá-los...
Mas, então, eis que eu a vi de novo...
Bela, de rosto bem pequeno, ela era até que pequenina... Cabelos ao vento de brilhar com a luz meio laranja, não via seus olhos por causa da franja, no entanto, não era isto que queria ver... Seguia para ela, que me fitava, agora, de costas para uma porta no final de um corredor... Ela entra e eu também...
Com um certo bailado, eu agraro-a, sem chance pra que ela reaja, como seus lábios em uma longa mordida... Neste momento, ouço os trompetes e os violões da música lá fora... Eu, aqui dentro, sinto ela... Sinto, como poucas vezes na minha vida de caçador, uma certa paz. Nós, então, dançamos, bailamos entre os biombos, que daquele lugar em que entrei – e nem percebi – era um banheiro sujo e emporcalhado... Mas, não os lábios e a pele dela...
Sinto agora, suas mãozinhas entrarem na minha camisa, eu a encostarei em cima da pia e tudo estará feito, tudo estará acabado para ela... Sei que não se deve – como ser superior e racional que sou – misturar “trabalho com lazer”, porém, nada é como era antes, nenhum beijo é como este ao qual tento me esforçar para que dure o máximo, dentro dela, pra que tenha tempo de alcançar aquela agulha de prata e cobre, uma arma que pode matá-la, este demônio...
De lindas pernas, perninhas, mas, um demônio
Ouço que o coração dela bate mais rápido... Ainda, com um momento entre os beijos, me olha com dois olhos de maresia, corroendo minha vontade de matá-la... Estou com as mãos na minha agulha, que nas minhas calças aguarda para ser cravada e matar este ser do Caos... É só um momento... Só aquele momento...
“ – Não exite um único momento, pois, se a vida é feita as vezes deles, a morte igualmente o é”, já dizia meu mestre... É, pode isto ser verdade...
O golpe na nuca foi preciso, não vi d’onde veio, até cair perto de um privada e ver um enorme homem de pele negra saindo do espelho sujo do banheiro... Havia apenas pavor agora, não. Estava seguro, mesmo com a nuca sangrando... Levantei e soltei da bota a faca, ele saiu e entrou na frente, antes de que eu conseguisse mirar a moça... Maldito!
Ouvi um partir de vidro, vi ele tirando a faca das entranhas, ainda vivo... Levantei e cerrei os punhos, fitava o desgraçado, minhas últimas palavras foram:
-Azulli, também a antes chamada de Sixx Valentine, você, é umas das Jóias dos Agentes do Caos... Eu, Temor Comtell, prendo-te com a autoridade da Ordem da Lâmina Azul e...
-Cale-se, homem belo... – Não vi o ser se mexer... Ele era realmente rápido, principalmente com facas... Rasgou minha barriga, vomitando sangue por todo o lugar... Não via mais nada, apenas fui caindo pra trás, ao lado da privada... Ouvi:
-Você, bom homem e belo... Você tem um beijo doce, senti isto em você, isto me cativou... Porém, o que é ter um beijo doce se você já um dia perdeu o que tinha atrás dele e se tornou como um amrgo? Bem, eu não sei o que isto significa...
-Você, monstro, das belas pernas... –Dizia minha voz frágil e já falsante, estava morrendo. – Eu, eu... Eu ainda tenho algo pra o que ser amargo... Vazia!
Ela me fitou, eu estava morrendo, vi ainda o gigante, um espectro que a servia como se fosse ela mesma, de nome Bournie, me agarrando pela cabeça... Não me mexia ou reagia, apenas, minha cabeça era levada e movida... Senti me molhado, depois de um cheiro impressionante de escremento...
Ouvi as bolhinhas correndo pelo meu rosto, vazio de expressão, vazio de tudo, agora, todo o desejo se resumia, em menos de uma página de minha história, em simples água de merda... Água de privada, a última coisa que beijei... Ao menos, acho que eu, o último Agente dos Lâminas Azuis na ativa, teve algum tipo de sorte em sua morte rápida:
-Amou deve se amar, como um beijo que te deixa morto na merda, mas, que ainda valeu um último beijo.
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