segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Ofício Assassino


O Ofício  Assassino
Era o que tinha Timoth Olho de Urubu
Caçando suas carniças com olhos de águia e nariz de urubu, se este pássaro tivesse nariz
Dentro do seu bico, carregava ao invés de forma ornitóloga análoga, um espingarda
E esta sim era sua arma
Nome original de seu assassinado, Mrº John Mustache
Nome atual, Tiros no pescoço, tórax, pulmão perfurado por balaço de prata
Morreu o peludo, Lobisomem de Baskerstreet
Enquanto o ouvinte de blues ouvia seus sons caindo em seus ouvidos
Como timbres de violão
Escutou o assobio dos capangas da Gangue Gangrena, com seus estiletes
E metralhadoras
Não podia escapar, então, entrou dentro de uma mecânica
Do Srº Palhares, que ali morava, com seus gato, Trump
Para escapar da Gangue Gangrena, o jovem Timótio olhou nos olhos do velho Palhares
E o idoso com miopia viu sua chance, despindo-se de sua melhor roupa estava
De quando era Capitão de Armada
E deu-lhe uma chance, dizendo ser na verdade, um dos Setenta Anjos Caudilhos da Morte
Que tem cara de medo, focinho de cão e coroas de flores dos lírios da meia noite
E andou com as caveiras multi-coloridas do Festival dos Mortos, à dois de novembro
E Timótio aceitou o acordo, pois, quando entraram a gangue de rapazes de coletes e navalhas
E metrancas
Agora o jovem tinha o nome de Trump e o gato de Palhares era
Enquanto ele não exterminasse todos aqueles que queriam deixar-lhe num caixão
Jamais, digo, jamais, poderia recuperar seu nome
Pelo julgo de Trump viveria, até que sua vingança se completasse
Como na história de mimir do duende Lille Sage que se vinga de seu senhor Westegoros
Assim seria, o Srº Trump, mesmo que agora
Velho e só de humanos
Apenas o gato com ele está
Esperando o Festival dos Mortos, à dois de novembro

Eram os 7 da Esquina Barkerstreet


Eram os 7 da Esquina Barkerstreet.
Mrª Pond carregava a sua arma dentro de sua bolsa, a mesma em que carregava cheque, da pensão pro filho
Srº Lopes, com pança do ex-guarda de parque, perto do seu carro longo e quadrado estava
Dona Flores, com seu carrinho de feira, d’outro lado da rua, tinha uma escopeta cortada, embaixo da blusa, podendo se ver
Mrº Carlos, com os olhos fixos, pedia calma
Senhorita Kitte, com seu casaco lã caramelo, tinha uma 45 na sua traseira e o amor de Mrº Carlos
Mrº Carlitos Mustache, tinha o anel de noivado com Kitte, e um casaco de couro marrom
Mrº Cash, dois de três manos, com seus olhos saltados, apenas observava, do canto do banco traseiro dum carro longo e quadrado
Srº Trump, apenas observava com sua pele sobre a noite, em um fuzil de alta precisão, porém, desarmado estava, com a situação


sábado, 9 de fevereiro de 2013

G - Encontro na Taverna de Iggui



E então, o Marquês quase se fora, quando  o Rainha Iggui Blah XIX lhe disse:
-Há gente aqui que quer lhe ter um papo!
E toda a gente viu entrar na Grande Taverna da Cúpula dos Antes, uma figura estranha
Rosto de pássaro corpo, mãos do mesmo animal, só que este as usa como patas
Manto negro, olhos vermelhos em ponta incandescente central
Perguntou o Marquês Vilêncio o que queria
Ele disse estar em conferência, tão longe de casa, pois queria uma ajuda de tão nobre senhor]
E Valêncio estranhou, pediu para saber de onde era e qual o seu nome
A criatura disse assim ser um dos Sete Irmãos, que agora tinham casa, ao norte
Quando mencionou o nome da casa, alguns riram, muitos assustaram: a Torre Branca de Valiuné]
-A Torre Branca de Valiuné, o Dracomante Morto?
-Sim, disse o corvo
E todos duvidaram, ainda mais o Marquês, cético por sua idade, vida
Mais por aquela viagem que empreendera em busca de respostas a suas dúvidas sobre o Poder]
Quando a resposta de como é possível, já que a tal construção era guardada por ferozes criaturas do fogo]
O corvo mostrou um pergaminho em bolo, lá disse: aqui estão quase sessenta nomes
Cada um deles, de um dragão vencido, em nossa servidão!
Ofereço à que me ajudar, este presente! Uma draconeida inteira!
E todos riram, perguntaram, “como é possível? Homem-Corvo?”
Ele disse ser pelas Armas de Orfeu, que são vivas e lutam sozinhas, nunca dormindo
Todos duvidaram
Pelo Bastão de Nitael, o Bastão dos Cansados
Ninguém acreditou, pois isto estava a muito perdido, na Guerra dos Goblins Madeira,
Nem a própria dona sabia seu paradeiro
E a Capa do Faminto, ninguém ouviu pelas risadas, pois, era do Demônio Barbatos, perdido no Esquecimento Empoeirado]
-Só falta dizer, que tens também o Amuleto da Perdição, do nosso mestre Artesão Dragão Éfesto?]
Disse um soldado, tocando o bico do pássaro semi-humano...
Só que logo que todos pararam, a criatura lançou mão de uma varinha, e um soldado viu aquilo~]
O Marquês também, só que ele não ria, apenas observava
O gordo e forte homem caiu sobre o pássaro xingando-o, só que ele lançou mão dum raio
O soldado caiu, esbranquiçado
Valencio mirou-lhe um foco de luz verde da defesa para o ser, que rebateu com sua capa
Capa que se tornou ser gatuno de presas branquelas, mordeu a lanterna
O Marquês mandou parar com aquilo, pois a vil criatura não largava o cetro
Clamou por um duelo, que sua ajuda ia dar depois disto, se poupadas as vidas dali presentes]
E assim foi feito, atrás da Grande Taverna, sobre a supervisão de Iggui com seu Escudo Ronronante]
Da lanterna saiu raio, do condão, luz
E foi tão poderoso que o Chefa de Iggui entrou atrás de seu escudo
Só que logo caiu, o Marquês vencido, com a Lanterna de Degeon apagada
Quando ia mirar o condão nele, o Corvo parou sobre a sua mão asteada:
-Sobre a Marca de Criptília não posso agir, iras superiores me daria, não quero mais disto
E tirou do seu condão a forma de cetro, e dele, luzes brilhantes, que voltaram a lanterna
Ligou-a e disse:
-Venci você com o Bastão de Nitael, minha capa, é a do Faminto, antiga posse do Barbatos
Agora acordo temos, agora, acordo o faremos!
- Assim, se fará, então, criatura estranha!
Fez-se o Acordo, que mais tarde viria a ser dito nas Lendas e Livros: o Trato da Taverna!
(Iggui, o Pop)

D - Sussurro

(The Journey)


1. Eram apenas um sussurro, apenas pano

2. Sobre uma melodia

3. E a isto davam o nome de Esquecimento Poeira

4. Veio uma vez uma moça de olhos claros e com par’de’dentro escura

5. Enviada pelas Três Nelson do Eterno Outono

6. Soturna, fora perdendo das mãos até ficar apenas olhos claros

7. Espectro, com uma túnica amarronzada d’onde não conhecia nem sabia

8. Era ela e mais outros

9. Andando pela poeira, com formas apenas em túnicas,

10. Símbolos nas testas, via apenas ela mesmo sua antiga face

11. Andou por uma floresta de cheiros, aonde tudo era odor

12. E por uma montanha aonde tudo apenas se tocava

13. Finalmente, após o rio dos fino palato

14. Chegou a um portão de espectros, aonde quase podia ver as suas verdadeiras faces

15. Lá, encontrou uma enorme tempestade

16. E ela disse ser o motivo de tudo aquilo

17. Ele era o Viajante

18. Que se exilou dos mundo que tudo viu

19. Da Terra, até Órion, do pequeno Povo de Zizion, até o fim

20. Com os que ele chama de Jagoon, que a sombra chamava de Serafins

21. Ele disse que ficou muito sujo em si

22. E rodou nele mesmo

23. Virou assim um disco

24. No centro, si mesmo, trancafiado

25. Em uma prisão que não acabou como só sua, e mesmo seres inocentes de crime e

26. Como também culpados maiores que tudo

27. Permaneciam ali

28. Sentidos

29. Meros, sentidos

Éolim, Cavalo do Vento


Com patas secas e tíbias longas
Dos outros você fez e faz, mas nunca foi
Foi alguém, ninguém
Aqui, meses, quase anos
Décadas de uma lágrima esquecida, na gaveta
Cartas, esquecidas, num e-mail
Vento, que não sopra mais, mas, brisa
Brisa nos bigodes longos
Loiros, do tempo
Que corre, como alazão, no galope
Do ventempo

(Scadufax)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Geração Mimimi

Geração Mimimi, larga a imaginação por um belo ceticismo que fala sobre uma decadência do Gênero Humano, "tudo foi feito, logo, você não é criativo", engolindo e reproduzindo memes, tiras, pops e rocks, pseudo-revolucionalismo e ambientalismo, com pequeninos momentos de riso, porém, sem capacidade de fazer rir, pois, isto é reservado a pequenos esquisitos, aos quais chamamos de ídolos e aos quais cultivamos em jaulas, nossas telas de computador.

Não sou um moralista, apenas um moralógo, não falo de meu palanque, considero isto como parte mim, em meu estado de ente desta geração. Antes que alguém intelectualóide chore as pitangas por não ter lido isto no seu "livro de referência".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Conto dos Três Centauros


Eda (Conto) dos Três Centauros
Conta o Serafim que eles eram Três
Então, o Serafim caiu de seu pandorim, de onde louvava a todos os seus co-irmãos
E suas asas multicoloridas como celofane moreram
Ele se tornou um vil ser, mesmo com forma divina ainda tinha
Condiziu uma Guerra
Contra os Titãs da Valáquia
Por mil dias lutou contra eles, por várias vezes, quase morreu
Mas, com a cabeça da Rainha Murda ele apareceu
Tornou-se O Pai, do Papado de Rhoda, banhado de tanto sangue, que vermelho seu manto era
Do Bósforo à Maraqueche ele dominou
Como novo Imperador
Serafim-Imperador disse ter sido ludibriado, buscava outro, buscava o Brigão
Mas, o Brigão caminhou longe
Quando virou um mortal, angélico mortálico
Deixou o bigode crescer, assim como uma pança
De cerveja quente e mulheres tentava esquecer o que fizera
Ele, ele que fora o reflexo da humildade
Tentou levar o Fogo aos Humanos, aquilo que aquece as Asas Coloridas
Perdeu suas Asas, e de seus ossos, Ídrael arrancou a Armadura Divina
Nada mais era, apenas um Homem
E ele caminhou por muitos anos, até dar Sete Voltas em uma Colina
Ali ele chamou de Colina das Sete Voltas
E para cada volta uma vida ele salvou
Cada salvação, lhe dava poder e mais vida
E com a quantidade de sete vivências, caminhou mais, mais jovem e poderoso
Até chegar ao Reino de Orfeu, o Barfo
Lá ganhou Parnassus, pois salvara os casais gêmeos do Rei dos Sonhos
E o Reino da Imagem e Ação lhe foi dado
E o Brigão continuou sua andança, agora, Rei
Rei não era o Terceiro
Nem Imperador
Ele era Marquês Contra-Vontade, de nome Vilencio, ao qual pouco menciona
Um dia acordou numa terra de grama verde, sangrento solo
E viu o que poucos viram: o Fim...
E os Santos Golens caminhavam para um lugar de luz, para dentro do Espectro Solar que os criou]
E o Humano sentia o que eles viam, pois pisava na mesma grama daqueles seres de rocha
Ele sofria com as guerras antigas, sofria e lhe doía
Andou até se esquecer da família, nação e língua, aprendendo a dos mortos
Foi aí que encontrou Ídramel, de olhos castanhos verdes, cabelos de quatro cores
Sorria com nada
Mas, ele conseguiu-lhe fazer, pois, falava a língua morta que trancada no sorriso
Mórbido e frio
Dela estava
E eles se amaram por cinco dias seguidos
Até que do fruto deles nasceram mil crianças
Que à mãe mataram com seu nascimento
E as mil se criavam sozinhas, com alguma ajuda do Marquês, que agora sabia quem era
Pois, a mulher lhe contou: contou o Segredo das Contas
Ó segredo profano, da filha de Ídrael, o Muro dos Mitos, trancada nos confins
Nos Confins de Orfeu, sem que este que é o tio da moça soubesse
Assim era e estava feito
O Marquês foi deprimindo, até que foi morar numa das luas do lugar, Criptília
E quando saiu, logo da discórdia foi nascendo entre as moças
Que comiam apenas bastões de doce e bolinhos de chocolate e mel
Pois, apenas uma deveria ser a Marquesa,Marquesato que dá a Imortalidade dos Três, o Segredo das Contas]
E começaram, e começaram a lutarem
E empalamentos, decapitações e quebras de dedos foram feitas com os bastões
Até que apenas três restassem, Ordah, Tordah e Hannah
Ordah era a mais forte
Tordah era a mais rápida
Hannah era a mais fraca, pois escondeu-se de toda a batalha, tão bem
Que era quase uma menina-moça-coelho
E foi nos Campos de Kaçador, aonde toda a Batalha dos Doces começou, que lá
Terminou
Ordah foi acertada pela ágil Tordah, mas, revidou e cavrou-lhe nas ventas um mortal golpe
A Mais forte, muito debilitada, não viu a mais fraca
Que precisou apenas empurrá-la num mortal penhasco, já que ferida, já não faria mais nada
E de lá caiu para a morte
Morte que não mais existe para Hannah,
A das Meias Listrasdas