sábado, 28 de outubro de 2017

Luz correndo pela casa

Passando entre o piso molhado
de cerveja
Estava ela, linda, loira e olhos de cigana
Cigarra da noite no meu copo
Luz vermelha no dela, cortados ambos
Pelos raios de luz da casa
Não sabia se aqueles cabelos eram de homem
Ou mulher
Já não importava
O som corria entre nossos corpos
E as faces ocultas pelas sombras
Do que os raios da luz da casa
Não iluminavam mais
O cometa corria entre as paisagens da noite
Como faíscas da pílula tomada horas antes
Como o beijo dado naquele momento
Como a dor de cabeça que veio
...
Raios já não eram de luz azulada
Luz fabricada
Tecnologia humana apagada, milhares de anos de evolução
No meu corpo cansado da noite
Trilhões de antepassados caídos
pela poeira do tempo
Já não importava
Ali estava ela
Com seu sorriso cortando a face
E com cada ponta da boca me levando aos olhos
De beleza desgrenhada
Na simplicidade eu enxerguei o belo
Na luz não fabricada
Naquele raio de luz da casa
Amarelo de sol
amando por dois minutos
O momento, a pessoa ou eu mesmo
Liberdade das estrelas em correr
Pelos céus
É menor que a minha
Em viver minha vida nos momentos?


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