sábado, 3 de novembro de 2018

Sexta feira de um feriado sozinho

A dor que não dói
A depressão
Percorre o rio que estou afundado
Não vejo o tempo
Não me importam horas
Ninguém, tudo me afeta
Para mostrar-me como
Ninguém, nada
Negação do princípio
Perdi minha pessoa
N'algum mar que afundo
Já não dói mais
Nada
Nada
Não chego a praia
E, se lá chegasse, seco de lágrimas estaria
Já não estou em nenhum lugar
Não sei que horas são
Meu copo está vazio, chame o garçom
Mas, o bar está vazio
A dor não dói mais
Estou no fundo do vale
E todo o mar de mim corre pra lá
Adormeço
Odeio cada luz do novo dia
A me mostrar
Este limbo que sou
Sou, nada
Nado
Buscando profundidades
Neste raso de mim
Já nada dói
E sigo o horizonte
De nada.

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Viver é também cultivar amigos

Sonhar é um pequeno sopro
Começar é difícil
Manter é o desafio
E cada semente espalhada, de sincera
Espera amada
Abraço ou agrado
Palavra gentil inesperada
É o cultivo de árvore
De raízes espalhadas
No ato infinito, da presença do ser
Consegue ouvi-los, os que aqui estavam?
"Caaarpe
Dieeeem"

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