sábado, 11 de maio de 2013

Último Suspeito se Foi

Uma pequena chama que contava no meu último
Suspeito, um único foco de fogo naquele isqueiro
Cinzento céu e brilhante metal, apenas havia aqui
No último suspiro dele

Quase ferro cai no meu pé agora
A Bala queimou o último suspeito
Que dizia: eu te amo
Apenas pelo foco de luz do isqueiro
Do último cigarro dum último cigarra que canta meu peito
Então, dado que este último retumbar relutante no meu peito
Tocando o terror no fogo do foco do isqueiro do meu peito
Havia apenas aquele morto
Corpo
Do último suspeito
De dizer algo do mundo
De amar algo no fundo, do poço
Que tentei olhar no fundo e descobri: não havia nada.

Morri e não havia nada, eu, eu era o suspeito
Relógio que não atrasa não adianta, apenas, marca
Marcou minha morte, ou, quando eu fui embora naquela manhã
Quase noite, noite pros meus olhos
Deixei o isqueiro do meu peito com ela
Marcando o compasso, meu

A bala tocou mais uma vez o peito daquele suspeito
Eu era ele, já sabia faz tempo
Suspeito de... Gostar... Ou
De deixar o isqueiro queimar

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